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Transcrição
00:00E é curioso como o Vladimir Putin ordena que as tropas russas invadam a Ucrânia,
00:06bombardeios, extermínio o tempo todo.
00:09Ele quer tomar Kiev, não conseguiu fazer isso em poucos dias, como planejava.
00:13Houve uma reação muito forte.
00:15E qualquer reação a essa invasão territorial, essa violação da soberania,
00:24é vista como se fosse um ato espontâneo, livre, uma ação terrorista.
00:30Então o ditador, o tirano, ele sempre se coloca como vítima das reações às barbaridades que ele comete,
00:39mas que ele finge não cometer.
00:41É sempre o discurso de que o ato do tirano, do ditador, é uma reação a algum golpe anterior.
00:51E a gente também precisa ficar de olho nos populistas, que a gente conhece esse procedimento.
00:55É comum aqui no Brasil, só que em outra esfera.
00:57Nessa esfera política, nesse embate entre poderes, etc.
01:03Na Venezuela, a gente está falando de uma ditadura que oprime o povo.
01:06Na Rússia, a gente está falando de uma autocracia expansionista, imperialista,
01:11que está invadindo outro país.
01:13E que o Lula infantiliza com declarações como se um não quer, dois não brigam.
01:19Ora, se a Rússia não quisesse, se a Rússia não invadisse a Ucrânia,
01:27a Ucrânia não estava brigando com a Rússia.
01:30É simplesmente isso.
01:31A Ucrânia está reagindo.
01:32Ela é vítima na história.
01:34Então, são declarações absolutamente negacionistas da realidade.
01:42E, felizmente, há outros presidentes que falam claramente sobre o que está acontecendo.
01:47O nosso fica nesse sabão tremendo.
01:50E, obviamente, Felipe, um ato contra uma ponte não é um ato terrorista.
01:54Ninguém na Crimeia, ou na Ucrânia, ou na Rússia, dormiu preocupado à noite
02:01achando que, depois de uma bomba na ponte, estourar uma bomba em cima da sua casa, certo?
02:06Exato.
02:07Um ato terrorista, você causa o terror quando você mata um monte de gente inocente ali.
02:13E um atentado no meio de uma ponte ali, no mar de Azov, lá onde é,
02:19realmente não faz o menor sentido ter falado isso.
02:22É, e você tem uma série de atos diante de uma reação a uma invasão
02:29que, muitas vezes, são atos estratégicos para você garantir essa contra-ofensiva.
02:35Quer dizer, para você impedir que as tropas inimigas,
02:39essas que estão invadindo o seu país, avancem.
02:41Então, eventualmente, se implode ponte, se abre buraco em estrada.
02:45Tudo isso que os ucranianos estão fazendo para se defender.
02:48E que os russos fazem também.
02:50Eles também têm um ponto de vista estratégico.
02:52dentro desse conflito que eles criaram.
02:55E é sempre bom a gente lembrar aquilo que o Lula omite.
02:59Em outro momento, ele criticou o presidente do Chile, Gabriel Boric,
03:03que o Duda pronuncia Boric, não é isso?
03:06Eu dou uma portuguesada aqui.
03:08O Boric, que ontem reclamou da postura de países que se recusam a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia.
03:14O petista chamou Boric de sequioso e apressado.
03:18O sequioso é aquele que tem sede, aquele que tem justamente essa pressa.
03:24O Lula usou aí essas duas palavras, no fundo, querendo significar a mesma coisa.
03:29Vamos assistir.
03:29Primeiro, não se passaram dois dias discutindo a Ucrânia.
03:36Todos nós sabemos o que pensa a Europa, sabe, do que está acontecendo entre a Ucrânia e a Rússia.
03:44Todos nós sabemos o que pensa a América Latina.
03:46Eu não tenho porquê concordar com o Boric, é uma visão dele.
03:52Eu acho que a reunião foi extraordinária.
03:55Foi extraordinária a reunião.
03:58Possivelmente, sabe, a falta de costume de participar dessas reuniões
04:03faça com que um jovem seja mais sequioso, mais apressado.
04:08Mas as coisas acontecem assim.
04:11A reunião foi, do meu ponto de vista, extraordinária.
04:15Eu já tive a pressa do Boric.
04:18Eu, no meu primeiro ano de mandato, eu ia para uma reunião do G7, que eu fui convidado em avião.
04:25E eu queria que as coisas fossem decididas tudo ali naquela hora.
04:28Não tem que decidir, porque o Brasil precisa.
04:30Tem que decidir.
04:31Não, mas ali não é só interesse do Brasil.
04:34Ali, ontem, a gente estava discutindo a visão de 60 países.
04:42E, portanto, a gente tem que compreender que nem todo mundo concorda com a gente.
04:47Nem todo mundo, sabe, tem a mesma pressa, tem a mesma visão sobre qualquer coisa.
04:53Então, eu acho que a reunião foi muito importante.
04:57Eu acho que a reunião sobre a Ucrânia foi, sabe,
05:00no momento certo, no tempo certo, sabe, não teve nada que a gente já não soubesse.
05:07Não teve nada que a gente já não soubesse.
05:09Então, eu, sinceramente, possivelmente,
05:13porque deve ter sido a primeira reunião do Boric, da União Europeia com a América Latina,
05:19ele tem um pouco mais de ansiedade que os outros.
05:23Olha o ar professoral do Lula para tentar desqualificar quem repudia o pano que ele tem passado para o Vladimir Putin.
05:36O Lula encontra métodos retóricos para desqualificar quem quer que aponte uma verdade a respeito dele.
05:44Então, o sujeito seria desqualificado porque ele é jovem, é ansioso, ele tem pressa.
05:51O Lula mesmo já foi assim no passado, mas agora, olha só como ele está mais maduro.
05:57Ele cresceu, ele evoluiu, ele foi adquirindo experiência.
06:01Toda essa sabedoria.
06:02É isso que o Lula quer transmitir.
06:05Ele tenta desqualificar aquele que estava falando uma verdade incômoda, inconveniente
06:11e que acaba gerando um desgaste para ele.
06:15E ele sentiu, o Lula sentiu muito.
06:18Essa declaração mostra o quanto que ele ficou incomodado com o puxão de orelha elegante
06:25que o Boric deu, sem citar o nome dele,
06:27sobre presidentes que não falam claramente que foi a Rússia que invadiu a Ucrânia.
06:32É uma simples constatação da realidade.
06:36Que essa guerra é uma guerra contra a Ucrânia, que foi iniciada por ordem de Putin.
06:42Então, o Lula tem esse método de desqualificar.
06:48E questionado por um jornalista brasileiro sobre a fala,
06:50o presidente do Chile rebateu esse ataque do Lula.
06:54Eu não chamo de crítica, porque a crítica precisava focar num argumento específico e desconstruir.
07:00O Lula foi para o ataque pessoal, porque é nessa seara que ele costuma atuar.
07:07E aqui a gente aponta analiticamente.
07:10Vamos assistir a reação.
07:10Eu tenho um respeito infinito e muito carinho, também, por Lula.
07:16Mas se me perguntam se quer que termine a guerra, sim, quero que termine a guerra.
07:21E acho que temos que ser muito claros em dizer que esta é uma guerra de agressão inaceptável,
07:25independente, tal como disse no discurso,
07:27de as posições que você pode ter respecto a as presidências temporais de um outro país.
07:34O importante é que seamos capazes de defender o direito internacional a toda a costa.
07:37Porque aqui, quando um país agregue a outro, não esquecemos que o dia de amanhã poderíamos ser nós.
07:42E, por tanto, nenhuma potência pode passar por cima do direito internacional,
07:46violando sua integridade territorial e, além disso, realizando a massacres que estamos vendo neste tempo.
07:51Hoje em dia vimos como os misiles rusos destruíam um lugar importante de produção de granos.
07:57Isso afecta directamente também a nosso país, a Chile.
08:00Hemos visto como o aumento dos preços de alimentos, de fertilizantes,
08:03ha influido na inflação.
08:05Então, por suposto que queremos que termine a guerra.
08:07Mas eu, com Lula, tenho respeito, cariño,
08:10não diferenças sustentivas nisso,
08:14e não me cabe nenhuma dúvida que ambos estamos por a paz.
08:16O que você acha que ele parece respeitoso, presidente?
08:18O que você acha que ele parece respeitoso pensando que ele fala de ansiedade
08:20e, de alguma maneira, apunta de inexperiência?
08:22Não me sinto ofendido, me sinto muito tranquilo.
08:28As vezes que eu tenho a oportunidade de conversar com ele, tenho a melhor impressão.
08:33Acho que somos da mesma família política e, hoje em dia, podemos ter matices em torno a isto,
08:39mas a posição de Chile é uma posição de princípios
08:41respecto à importância da defesa do direito internacional.
08:44E nisto, eu creio e tenho uma profunda convicção de que temos que ser categóricos,
08:48temos que ser claros.
08:49Não podemos deixar nenhum espaço à dúvida.
08:52E isso, eu creio que é algo que, ao longo,
08:54chega aos olhos da história em vez que se venha.
08:59Que elegância.
09:01Quanta generosidade, né?
09:03Chega a ser até compocente com o Lula,
09:05mas a gente entende uma questão diplomática.
09:08Ele não quer entrar em atrito com o Lula.
09:10Ele quer apontar aquilo que está acontecendo
09:12e gostaria que as outras lideranças apontassem também.
09:17Para quem não entendeu aí, todo esse espanhol,
09:19ele fala que tem um respeito infinito e muito carinho pelo Lula,
09:23mas se me perguntam, você quer que a guerra acabe?
09:25Sim, eu quero que acabe a guerra
09:26e creio que temos que ser muito claros em dizer
09:28que estamos em uma guerra de agressão inaceitável.
09:32Depois se pergunta ali se ele ficou chateado.
09:34Ele fala, olha, somos da mesma família política,
09:37porque o Boric também é de esquerda.
09:39O Lula estava comentando aqui justamente a diferença de Matiz.
09:42E ele fala, há diferenças de Matiz?
09:45Ele fala nessa declaração.
09:47Ele mostra a consciência de que pertence a uma esquerda
09:49diferente da esquerda do Lula,
09:51mas que é como se fosse dentro da mesma família.
09:54Ele faz um aceno.
09:56Ele não entra na briga que o Lula quer estabelecer.
10:00Ele não desqualifica o Lula.
10:03Ele não reage para turbinar esse tipo de atrito.
10:07Ele sabe que está com a razão e que o Lula não está.
10:21Então, vamos lá.

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