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  • 08/05/2025
O Judiciário sinalizou que deve ignorar a decisão da Câmara e manter a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem por suposta tentativa de golpe. A interpretação dos magistrados é que o Legislativo não tem competência para decidir ou interferir em processos em curso, especialmente quando as acusações se referem a fatos ocorridos antes da diplomação. Além disso, o Judiciário ignorou a votação dos parlamentares, afirmando que eles já sabiam que a ação seguiria com ou sem a aprovação do Congresso. A decisão de trancar o processo gerou irritação entre magistrados e também causou mal-estar no governo, já que partidos da base aliada — responsáveis por dez ministérios — foram autores de 60% dos votos favoráveis à suspensão da ação.

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00:00Presta atenção nesse destaque. O Judiciário sinalizou que vai ignorar a decisão da Câmara dos Deputados
00:07e manter a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem por suposta tentativa de golpe.
00:14Na avaliação dos magistrados, é que o Legislativo não tem competência para decidir ou interferir nos processos em curso,
00:21que as acusações são sobre episódios que aconteceram antes da diplomação.
00:26Além disso, o Judiciário ignorou a votação dos parlamentares, afirmando que eles já estavam cientes
00:32de que a ação continuaria com a aprovação ou não do Congresso.
00:37Além da clara irritação dos magistrados, a aprovação do trancamento ou paralisação do processo de ramagem
00:44também causou um mal-estar no governo, já que partidos da base aliada que chefiam 10 ministérios
00:49foram responsáveis por 60% dos votos que resultaram nessa aprovação da suspensão dessa ação.
01:00Isso é maldável para trazer as impressões e alguns apontamentos sobre possíveis consequências, né, Dávila?
01:08Porque tantos episódios que nós falávamos sobre interferência entre os poderes, no que isso poderia resultar?
01:15Mas parece que a gente tem um caso claro de insatisfação da Suprema Corte brasileira
01:23com uma aprovação que já aconteceu na Câmara dos Deputados.
01:28E o que a gente pode esperar quando a Suprema Corte sinaliza que vai ignorar uma decisão da Câmara?
01:37Criato, vamos dividir esse problema em algumas partes.
01:41A primeira parte é o seguinte, a Câmara Federal tem todo o direito de fazer valer a Constituição.
01:47O artigo 53, é claro, se houver uma ação contra um deputado, ela precisa ser comunicada ao presidente da Câmara.
01:56E se essa ação aconteceu após ele ocupar o mandato, que foi dia 16 de dezembro,
02:03essa ação pode ser suspensa num voto da Câmara.
02:07E foi o que aconteceu.
02:08Então, o 8 de janeiro, que culminaria no tal suposto golpe de Estado,
02:14é isso que o deputado Ramagem está sendo acusado, numa ação coletiva.
02:19Então, o que a Câmara está falando é, olha, ele é deputado, tem o mandato,
02:238 de janeiro é uma data após o dia 16 de dezembro, que foi a data da diplomação,
02:28e, portanto, esse projeto tem que estar suspenso.
02:30Então, esse é o ponto constitucional, e não tem como o Supremo dizer que é contra isso.
02:36Agora, qual é o problema?
02:38Que essa ação tem ali pontos que ocorreram antes do 8 de janeiro.
02:45E esse é o ponto.
02:45Então, eu estou dizendo assim, não, a arquitetura do golpe de Estado aconteceu antes e tal.
02:51O problema é que não houve, de novo, a individualização da pena.
02:55Houve essa coletivização do problema.
02:58Então, o Ramagem estava envolvido num problema.
03:00Então, o que acontece?
03:02Se tivesse separado as coisas, falaram assim, não,
03:05Ramagem vai ser julgado num processo que está ocorrendo duas ações aqui.
03:10Uma é a atuação dele quando era ainda presidente da Polícia Federal,
03:17o seu envolvimento, o uso da BIM, da máquina e tal,
03:20como o Peraldo já lembrou aqui, como parte de uma trama do golpe.
03:24Isso é um negócio.
03:25Mas, na hora que você tenta fazer combo de ação,
03:28é o mesmo erro cometido lá atrás com os manifestantes.
03:32Você não individualiza a pena, você traz todo mundo.
03:34Então, o que acontece?
03:35Quando a Câmara aprova a suspensão do projeto,
03:39porque, de fato, culminou, segundo a própria narrativa da Polícia Federal e da PGR,
03:47no 8 de janeiro, o 8 de janeiro já tinha posse.
03:51Então, o negocinho está tudo suspenso.
03:53Então, veja só o que é um processo mal feito.
03:57Porque, se fosse bem feito, se houvesse a individualização das acusações,
04:02isso não teria acontecido.
04:04O mal estar está acontecido, porque quem criou o combo dessa narrativa
04:07foi a Justiça, foi a Procuradoria-Geral da República e o Supremo que comprou essa tese.
04:12Então, o problema agora é que, para fazer valer a Constituição,
04:17o artigo 53 da Constituição,
04:19e que é a história da PGR e da Polícia Federal,
04:23que é uma sequência de atos que culmina na ação,
04:27a materialização desse tal suposto golpe,
04:30é o 8 de janeiro.
04:32Então, quem criou essa encrenca foi o Supremo.
04:36E o Supremo mandou uma ação que agora está sendo contestada
04:40pelo voto da Câmara e que teve essa maioria dos votos.
04:45Então, assim, o problema é o seguinte,
04:46tem que voltar para casa e fazer a lição correta
04:49e não tentar abrir mais uma guerra
04:52entre o poder legislativo e judiciário
04:56e tentar dar um bypass ou uma interpretação criativa
04:59no artigo claro da Constituição, que é o artigo 53.
05:05É o que muita gente fala no snooker, né?
05:07Uma sinuca de bico, né, para a Suprema Corte Brasileira.
05:11Porque, se eles se apoiam na tese da Procuradoria-Geral da República,
05:15o gran finale, o tal golpe,
05:18ocorreu quando, Cristiano Verado?
05:198 de janeiro.
05:21Pô, mas tem a situação de ramagem que já tinha sido diplomado.
05:24Então, eles vão fazer o quê?
05:25Vão fatiar?
05:27Caso do ramagem?
05:28Ah, não, mas os crimes ele cometeu somente
05:30até um dia antes da diplomação.
05:33Bom, mas o que ele fez, então?
05:34É isso que o Dávila falou.
05:37Quando não há individualização e você faz um pacotão
05:40sem determinar exatamente o que cada um fez,
05:44fica difícil, né?
05:46A análise do Dávila está perfeita.
05:49E, inclusive, nós deveríamos mudar o nome
05:53de Praça dos Três Poderes para o Circo dos Três Poderes.
05:57porque o malabarismo que está sendo feito
06:01para fingir que existe algum respeito institucional
06:06entre os poderes e fazer prevalecer uma tese
06:11absolutamente estapafúrdia
06:14e que está custando cada vez mais caro
06:18ao próprio Supremo Tribunal Federal,
06:20a gente vê que é um circo,
06:21porque não há base constitucional.
06:24O que o Dávila disse é perfeito.
06:27O texto constitucional é muito claro.
06:31E a oposição só pôde votar essa suspensão
06:36da ação contra o deputado, hoje deputado Ramagem,
06:40porque a Procuradoria-Geral da República
06:42e o Supremo Tribunal Federal
06:45compraram a tese, aliás, desenvolveram a tese
06:49de que tudo o que aconteceu dentro do Palácio do Planalto
06:54foi tentativa de golpe consolidada no 8 de janeiro.
06:59O que é uma tese absolutamente incoerente.
07:04Quer dizer, ali, anos de preparação para um golpe.
07:08E a grande tese do golpe é
07:10vamos sair do poder,
07:13dar posse ao novo governo,
07:15para que depois desse governo
07:18tenha tomado posse por uma semana,
07:21a gente tira eles do poder de novo.
07:23Já começa por aí.
07:25Depois tem ali a declaração
07:29de que o comandante do Exército
07:32disse não ao plano de golpe.
07:36Só que a gente precisa lembrar da lei no Brasil.
07:38Eu acho um absurdo.
07:41Eu acho uma vergonha.
07:43Eu acho inexplicável, injustificável,
07:48um presidente da República
07:49mobilizar seus assessores
07:52para tentar discutir
07:54como seria o plano de golpe.
07:56Porque o papel dele não é esse.
07:58Só que quando o chefe do Exército,
08:01se não,
08:02e se não parar com essa conversa,
08:03eu vou levar preso agora,
08:06acabou o assunto ali.
08:07Isso é claro e evidente.
08:10Então, no Brasil não se pune
08:12atos preparatórios,
08:14discussão para o cometimento de crime.
08:18Você pune a tentativa ou crime.
08:21Essa é a lei brasileira.
08:22A lei não é boa.
08:23Então vamos discutir a mudança da lei?
08:25Dentro do Congresso Nacional?
08:27Aí vamos discutir.
08:28Agora, não se pode fazer
08:30essa ginástica, esse malabarismo,
08:32para que a lei sirva
08:34conforme a conveniência
08:35que se quer da lei.
08:38Porque aí não há como
08:40a gente ter um país democrático.
08:42Essa democracia destroçada,
08:44arrasada,
08:45por esses que usam
08:46a própria democracia
08:47para justificar
08:49os seus atos autoritários,
08:51eles estão conseguindo isso.
08:52Portanto, a decisão
08:54tomada pela Câmara
08:56só é legítima
08:58porque há esta tese
09:00desenvolvida pelo Supremo
09:01e pela Procuradoria-Geral da República.
09:04Não fosse isso,
09:05Alexandre Ramagem
09:06responderia
09:08pelos efetivos crimes
09:10que está sendo
09:11acusado de ter cometido.
09:13O uso da ABIN
09:14para perseguição
09:16de adversários políticos,
09:17o que é absolutamente
09:18inaceitável
09:20e deve sim ser punido.
09:22A aprovação
09:23pela Câmara Federal
09:24para a suspensão
09:25dessa ação penal
09:26contra o deputado
09:28Alexandre Ramagem
09:29nessas ações,
09:33nos atos
09:33que envolvem
09:34o episódio
09:35da suposta tentativa
09:36de golpe de Estado
09:37e também
09:38os atos
09:39do dia 8 de janeiro.
09:40E aí a resposta,
09:42as sinalizações
09:42de que o judiciário
09:44deve ignorar
09:46essa decisão
09:47da Câmara
09:47e manter a ação
09:49sob o argumento
09:50de que o processo
09:51seria inconstitucional.
09:53Mota,
09:53como você
09:54tem avaliado
09:55essas idas e vindas
09:57em relação
09:58ao entendimento
09:59sobre
09:59prerrogativas
10:01do legislativo
10:02e o entendimento
10:03da justiça
10:04sobre
10:04especialmente
10:06essa ação
10:06que trata
10:07da suposta
10:08tentativa de golpe?
10:10O ato
10:11da Câmara
10:12é uma demonstração
10:14de assertividade
10:15e de coragem.
10:17É uma tentativa
10:17de buscar
10:18um reequilíbrio
10:20de poderes.
10:22É uma oportunidade
10:23para o Brasil.
10:25Não é a primeira vez
10:26que o Congresso
10:27é afrontado
10:28na história
10:30do Brasil.
10:30Isso já aconteceu
10:31muitas vezes.
10:32Aconteceu logo
10:33no início da República,
10:34no mandato
10:34do primeiro presidente,
10:36Marechal Deodoro.
10:38O Congresso
10:38aprovou uma lei
10:39de responsabilidade
10:40que podia
10:41significar
10:42o impeachment
10:42dele.
10:44Deodoro
10:44vetou a lei.
10:45Quando o Congresso
10:46derrubou o veto,
10:47Deodoro
10:48mandou fechar
10:48o Congresso
10:49que foi cercado
10:50com tropas.
10:52Em 1968,
10:54um discurso
10:55do deputado
10:56Márcio Moreira
10:57Alves
10:57serviu de estopim
10:59para a edição
11:00do AI-5.
11:02É curioso
11:03que hoje
11:04os atores
11:05e os métodos
11:07sejam diferentes,
11:08mas o resultado
11:09é praticamente
11:11o mesmo.
11:12Agora,
11:12Dávila,
11:13muitos interpretam
11:14que seria
11:14uma sinalização
11:16de Hugo Mota
11:17para os ministros
11:19da Suprema Corte
11:21Brasileira.
11:22E é engraçado,
11:23porque parece
11:24uma pessoa
11:27que tem
11:27bipolaridade,
11:28não sei.
11:29De um lado,
11:31uma pessoa
11:31que foge
11:32e ignora
11:33o PL
11:33da Anistia.
11:34E aí,
11:35muitos estão
11:35interpretando
11:36a aprovação
11:37desse texto
11:39e, no caso,
11:40como a agenda
11:41é dele,
11:41ele colocou
11:42em votação,
11:43acertou isso
11:43com os líderes
11:44partidários.
11:45Então,
11:46que situação
11:46é essa?
11:47Que,
11:47de um lado,
11:48ele vira as costas
11:49para aquele grupo
11:50que defende
11:51o PL
11:51da Anistia,
11:53mas dá uma
11:53sinalização
11:54muito considerável
11:56com a aprovação
11:57desse projeto,
11:58porque juristas
11:58entendem que
11:59esse projeto
12:00pode,
12:01a depender
12:02do avanço
12:03das tratativas
12:04com a justiça,
12:07possibilitar
12:07que outros
12:08sejam
12:09beneficiados
12:11até Jair Bolsonaro.
12:13Essa é a variação
12:13de alguns juristas.
12:16É,
12:16Caniato,
12:16se olharmos
12:17de acordo
12:18com o artigo 53,
12:20por isso que eu falo,
12:21a gente na política
12:21não pode perder foco.
12:22No artigo 53,
12:24suspende
12:25e susta
12:26a ação
12:26para o parlamentar.
12:28Não tem nada a ver
12:29com o resto.
12:30O resto
12:30vai continuar sendo julgado.
12:32Então, assim,
12:32esse é o primeiro ponto.
12:33isso vale
12:33para o parlamentar.
12:35Não se pode
12:36estender esse benefício
12:37para quem não é parlamentar,
12:38para quem não tem mandato.
12:40Então,
12:40esse é o primeiro ponto
12:41que está claro
12:42também na decisão.
12:44Isso é um pouco
12:44de fantasia,
12:46né?
12:46Achar que,
12:47ah, não,
12:47olha,
12:48pega carona,
12:49quem não é parlamentar
12:50está dentro do processo,
12:51também vai ser suspenso,
12:52não vai ser votado.
12:53Isso não vai acontecer.
12:54É óbvio que a Suprema Corte,
12:55nesse sentido,
12:56derrubaria,
12:57se fosse esse o entendimento.
12:59Mas não foi isso
13:00que foi votado ontem.
13:01Ontem foi votado
13:02de acordo
13:03com o artigo 53,
13:05a suspensão
13:06da ação
13:06contra o deputado
13:07Ramagem.
13:08O negócio é com ele.
13:09Essa outra tese
13:10que estão querendo levar
13:11outras pessoas
13:12como o presidente Bolsonaro,
13:13isso não existe.
13:14Isso não faz
13:16o menor sentido.
13:17Ele não está
13:17coberto
13:18pelo artigo 53
13:19da Constituição
13:20como um ex-parlamentário.
13:22É só para quem
13:22está efetivamente
13:23no mandato.
13:24então esse é o primeiro ponto.
13:25O segundo ponto,
13:27Caniato,
13:28é o espírito corporativista.
13:30Qual é o espírito
13:31corporativista na Câmara?
13:32O negócio é o seguinte,
13:33olha,
13:34o artigo 53
13:35está valendo por Ramagem
13:36e é uma mensagem assim,
13:38que vale para todos nós
13:39parlamentares.
13:39Então amanhã,
13:40se quiserem pegar
13:41no nosso pé
13:41por causa da
13:42emenda PIX
13:43ou outra coisa,
13:45está todo mundo
13:45protegido pelo 53.
13:47então tem um recado
13:50de que esse embate
13:52entre o Parlamento
13:52e o Supremo
13:53tem outras coisas,
13:54inclusive como é
13:56essa disputa
13:58pela emenda PIX.
13:58Ah, se não houver
13:59transparência na emenda PIX
14:00pode ter problema.
14:01Bom, pode ter problema
14:02é o seguinte,
14:03não dá, vai dar
14:03para abrir um processo
14:04no Supremo
14:05contra esses deputados
14:07que se recusam
14:08a abrir
14:09ou dar mais transparência
14:11às emendas PIX
14:12e aí a gente está
14:13protegido pelo artigo 53.
14:15Então tem também
14:16um espírito de cor
14:17por trás,
14:18a gente não pode
14:18ignorar isso.
14:20No fundo,
14:20o voto reflete
14:21as duas coisas,
14:23fazer valer
14:24o artigo da Constituição
14:25e já criar
14:27uma vacina
14:28contra possíveis ações
14:31nesse embate
14:32entre judiciário
14:33e legislativo.
14:35Você, Beraldo,
14:36muitos apostam
14:38nessa tese, né?
14:39Talvez
14:39seja aqueles
14:41mais apaixonados, né?
14:43Que se apegam
14:44uma linha,
14:46uma interpretação
14:47diferente,
14:48uma possibilidade
14:49remota,
14:51mas assim,
14:51qualquer tipo
14:52de peça
14:53para defender
14:54um entendimento
14:55diferente
14:56não vai ser enviado
14:58para uma corte
14:58que fica acima
14:59do STF, né?
15:00Será apreciado
15:01pelo próprio
15:02Supremo Tribunal Federal.
15:03Então,
15:04ainda que muitos
15:04tenham esperança,
15:06é preciso colocar
15:07os pés no chão, né?
15:09É, assim,
15:10são duas,
15:12precisamos dividir
15:13entre duas perspectivas.
15:15A perspectiva
15:16dos torcedores
15:18sempre vai existir, né?
15:20Sempre vai ter ali
15:21uma narrativa
15:22a ser usada
15:23para dizer que
15:24tal decisão
15:25vai beneficiar
15:27ou poderia
15:27ou deveria
15:28beneficiar
15:29a BLC.
15:30E aí,
15:30há a interpretação
15:32dos juristas,
15:33efetivos juristas
15:34do Brasil,
15:35o Brasil que tem
15:36uma tradição
15:36de formação
15:37de juristas
15:39de alto nível,
15:40de alta qualidade.
15:41só que hoje,
15:43ser jurista
15:44no Brasil,
15:45sinceramente,
15:45não quer dizer
15:45absolutamente nada.
15:47Porque não é mais
15:49o claro
15:50e elevado
15:52entendimento
15:53das leis,
15:54da história
15:55do direito,
15:56da comparação
15:58do direito
15:58do momento
15:59que vivemos
16:00com outros momentos
16:01em que as leis
16:03foram aplicadas
16:04de forma tal e qual,
16:06não é isso
16:06que está prevalecendo.
16:08Isso no Brasil
16:09tornou-se um ativo
16:10desimportante.
16:12O ativo importante
16:13hoje é
16:14quem você conhece,
16:17o escritório de advocacia
16:18que você contratou,
16:20quem o seu advogado
16:21conhece,
16:21ele é filho de alguém,
16:22é sobrinho,
16:23é esposa,
16:23é marido?
16:24Ah, isso sim.
16:25Aí você vai conseguir
16:26ter alguma perspectiva
16:28de decisões favoráveis
16:30a você.
16:30Caso contrário,
16:31esqueça.
16:32E nesse caso,
16:33tratando-se de Jair Bolsonaro,
16:35ora,
16:35não há menor hipótese
16:37dele ser beneficiado
16:38com qualquer coisa
16:39que venha da Câmara.
16:41Para fechar você,
16:42Mota,
16:43naturalmente,
16:44são muitas as possibilidades.
16:46Há um lampejo
16:48de esperança
16:48para muitas pessoas
16:49de que talvez
16:50esse grupo
16:51na Câmara dos Deputados
16:52possa encabeçar
16:54um outro projeto,
16:56um entendimento
16:57diferente
16:58que venha
16:59a pelo menos
17:00beneficiar
17:01uma parte
17:02daqueles
17:02que estão sendo acusados
17:04de tentativa
17:04de golpe de Estado.
17:05é preciso ter cautela
17:08e muito cuidado
17:09também nessa hora,
17:10né, Mota?
17:11Só para a gente
17:11encerrar aqui
17:12esse capítulo.
17:13Sem dúvida.
17:15Se a gente
17:16der uma olhada
17:17na história
17:18do Brasil,
17:20a gente vê
17:20como essas situações
17:22se repetem.
17:24A gente percebe
17:25como o poder
17:26tem essa
17:27tentação
17:29de
17:30transformar
17:32o arcabouço jurídico
17:33de acordo
17:34com a sua conveniência.
17:36E isso
17:36precisa
17:37acabar.
17:39Eu acho
17:39que
17:40o Congresso
17:41deu
17:41uma importante
17:43demonstração
17:44de iniciativa
17:45em dependência
17:46hoje.
17:48Eu espero
17:48que reine
17:49o bom senso
17:50o Congresso
17:52e a política
17:52brasileira.
17:53Tem muitos
17:54homens
17:54experientes
17:56que sabem,
17:58que entendem
17:58o momento
17:59pelo qual
18:00o Brasil
18:00está passando.
18:01Não existe
18:02nenhuma razão
18:03que impeça
18:04esses homens
18:05de sentar,
18:06conversar
18:07e encontrar
18:08uma saída
18:09para o beco
18:11em que
18:11o Estado
18:12brasileiro
18:13se colocou.
18:13o Brasil.
18:14O Brasil
18:15é um

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