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  • 05/05/2025
O curador-chefe do museu Cauê Alves lista cinco obras que pontuam a transição entre a arte moderna e a arte contemporânea no Brasil.
Transcrição
00:00Música
00:00Olá, meu nome é Cauê Alves, eu sou um dos curadores da exposição Mãe São Paulo,
00:24Encontros entre o Moderno e o Contemporâneo.
00:26Eu vou listar aqui cinco obras que sintetizam a exposição e que revelam bastante do que seria esse encontro entre o Moderno e o Contemporâneo.
00:35A primeira obra da minha lista é a obra Grande Detalhe, do Antônio Henrique Amaral.
00:40Esse trabalho, uma pintura, representa fragmentos, um pequeno detalhe ampliado, justamente de bananas.
00:49O Antônio Henrique Amaral, de algum modo, faz uma ironia ao tratar essas bananas como grandes representantes da nossa cultura
00:57e quase flerta com uma ideia de abstração ao fazer um detalhe dessas bananas,
01:04que se a gente não soubesse essa referência, poderia ser uma pintura abstrata modernista.
01:08A segunda obra da lista é uma obra do Rubens Gershman, chamada Carteira de Identidade.
01:21É uma obra que discute a própria identidade do artista, já que ele é um imigrante.
01:28Então ele traz a própria digital dele, ampliada na pintura, e ele está claramente se relacionando com essa ideia de uma identidade perdida,
01:38de uma discussão justamente sobre quem ele é, nesse momento em que a arte pop e a televisão e o rádio estão tão difundidos,
01:48faz com que o sujeito meio que se perca, perca a sua própria identidade.
01:58A terceira obra da lista é uma obra sem título, do Di Cavalcanti.
02:03O Di Cavalcanti é geralmente associado ao modernismo, já que ele foi um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
02:11Mas essa obra é dos anos 70 e é a última obra em que um artista trabalhou.
02:16E os anos 70 geralmente são associados justamente à arte contemporânea.
02:20Então essa obra sintetiza a relação ou o encontro entre o moderno e o contemporâneo.
02:28A quarta obra da lista é uma pintura do José Antônio da Silva, de 1948.
02:36É uma pintura chamada Jardim Paulista, que mostra uma região atualmente bastante agitada na cidade de São Paulo.
02:42E geralmente o modernismo está ligado a velocidade, a indústria, ao caos urbano.
02:48Só que essa pintura traz justamente uma cidade pacata, quase agrária.
02:52Esse trabalho promove um encontro com o modernismo a partir de uma perspectiva contemporânea
02:57e que problematiza justamente que o moderno é esse que estamos falando.
03:06A quinta obra da lista é essa obra chamada H5, do Geraldo de Barros,
03:11que é um artista que participou do Grupo Ruptura, responsável pela introdução da arte concreta aqui no Brasil.
03:17Os concretistas tinham uma relação muito evidente com essas formas geométricas, com uma arte objetiva, racional.
03:26Entretanto, esse trabalho é dos anos 80, o que promove um pouco essa dissonância entre o moderno e o contemporâneo.
03:32É um artista que vem de uma tradição modernista, mas que num momento, nos anos 80,
03:37onde a arte estava produzindo uma série de pinturas figurativas,
03:41um artista de tradição construtiva retoma a sua obra e promove um encontro entre o moderno e o contemporâneo.
03:48A lista das cinco obras da exposição Mãe São Paulo – Encontros entre o moderno e o contemporâneo
03:58inclui a obra Grande Detalhe, de Antônio Henrique Amaral,
04:02Carteira de Identidade, de Rubens Gershman,
04:04Sem Título, de Dica Balcante,
04:06Jardim Paulista, de José Antônio da Silva
04:09e a quinta, H5, de Geraldo de Barros.
04:12Jardim Paulista, de Jardim Paulista, de Jardim Paulista,

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