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DiversãoTranscrição
00:00:00Olá, bom dia! Bom dia! E o cafezinho, já tá pronto? Esse companheiro de tanta gente é destaque do Globo Rural de hoje.
00:00:18O café e o clima, inseparáveis. Quem trabalha na área sabe que um depende do outro e que o aquecimento global está deixando a produção mais difícil.
00:00:30Pequenos e grandes produtores se veem diante do mesmo desafio, como manter uma boa produção de café.
00:00:38O clima tá muito desregulado agora.
00:00:40E os pesquisadores se unem no esforço para acelerar estudos e encontrar novas variedades.
00:00:46A expectativa nossa agora é que dentro da próxima década a gente já possa estar levando pro campo plantas que sejam mais tolerantes a essas mudanças climáticas.
00:00:57E tem outros impactos do clima pelo país. Veja mais assuntos do programa.
00:01:04No Piauí, mais de 100 municípios enfrentam a pior seca dos últimos oito anos.
00:01:10Inverno com chuvas intensas prejudica a produção de hortaliças no Agreste de Sergipe.
00:01:17Em Santa Catarina, jada intensa provoca estragos nas plantações de banana.
00:01:21Como fazer uma ração adequada para galinhas poedeiras?
00:01:27Por que o chuchu nasce assim, deformado?
00:01:30A resposta vem do Espírito Santo.
00:01:31Pequenos agricultores sofrem com a falta de água no Piauí.
00:01:55Todos os municípios do estado estão em situação de seca.
00:01:59Nenhum mandacaru, símbolo da resistência do sertão, suportou a seca prolongada.
00:02:06No município de Simões, no sul do Piauí, já são quase quatro meses sem uma gota de chuva.
00:02:13Lavouras perdidas, açudes secos.
00:02:16Esse ano a capacidade dele não chegou a atingir 30%.
00:02:20No nosso município, nós temos mais oito nessa situação.
00:02:24O que não já está seco, está com sua capacidade final de reserva de água.
00:02:30Na região, o cultivo da mandioca garante o sustento de centenas de famílias de pequenos agricultores.
00:02:37Mas nesta safra, a produção está comprometida.
00:02:41Sem chuva, as plantas não se desenvolveram.
00:02:45E nesta outra área, o solo seco inviabilizou o plantio.
00:02:49Nós era para plantar esse ano, não plantamos.
00:02:52Porque o pessoal aqui só era plantando e perdendo, né?
00:02:54Não nascia.
00:02:55E os pés que nasciam, morria por causa que não chovia.
00:02:58Esse pé de mandioca aqui, em vez de ter cinco ou seis batatas, tem uma.
00:03:02As lavouras de milho e feijão também foram afetadas.
00:03:07Daniela não conseguiu colher nada do que plantou.
00:03:10A gente teve perca total.
00:03:12Tanto a questão do milho, né?
00:03:13Que vocês estão vendo aqui a situação.
00:03:16Foi perca total.
00:03:17Teve uns que até chegaram a crescer, mas infelizmente não teve produção por conta da falta de chuva.
00:03:23Com o período chuvoso abaixo da média, Dona Maria José não conseguiu sequer encher a cisterna.
00:03:30Realidade enfrentada por cerca de 200 famílias na comunidade onde ela vive.
00:03:36Não tem açudo, não tem água encanada.
00:03:39É um lugar que as águas é tudo de estampo.
00:03:43O inverno fraco e não tem água nem torneira.
00:03:47É uma coisa difícil.
00:03:48As pessoas vivem com a cisterna seca d'água.
00:03:52É uma coisa muito difícil.
00:03:54A barragem Salgadinha, principal reservatório do município, está quase seca.
00:04:00A água que sai daqui abastece mais de 3 mil famílias da zona rural e metade da população da cidade.
00:04:09Nesse mesmo período do ano passado, toda essa área em que eu estou estava coberta por água.
00:04:14Mas hoje, o que a gente encontra é o solo rachado.
00:04:18Aqui na frente ficava uma criação de peixes em tanques rede.
00:04:22Mas à medida que a água foi baixando, a produção precisou ser suspensa.
00:04:27A Defesa Civil do município calcula que hoje, a barragem Salgadinha tem apenas 15% da capacidade.
00:04:35E se aproxima do volume morto.
00:04:37Que é quando a água não dá mais para ser bombeada pelos sistemas de captação.
00:04:42Esse abastecimento vai durar aproximadamente até final de agosto.
00:04:47Precisamos de ações mais efetivas do governo federal, juntamente com o apoio do estado e o município,
00:04:53para que construa novas barragens para poder abastecer toda a zona urbana e rural.
00:04:58Em caridade do Piauí, o cenário é parecido.
00:05:03Além das lavouras, a criação de animais já sente os efeitos da estiagem prolongada.
00:05:09Sem pasto para o gado, o seu expedito recorreu ao Mandacaru e à Macambira como alternativa de ração.
00:05:18Estamos enfrentando essa vida desde maio.
00:05:21E está acabando também a água.
00:05:22Quando chega essa água que tem daqui para o fim do mês,
00:05:24eu não sei o que vai acontecer, porque é essa aqui mesmo, ou essa aqui, ou então morre tudo.
00:05:29No município, cerca de 1.500 famílias da zona rural dependem do abastecimento por carro-pipa.
00:05:36Auxílio que nem sempre chega.
00:05:38Não socorreu a gente ainda não.
00:05:40O Nordeste aqui é muito seco, a gente sofre demais.
00:05:43A gente é brincadeira carregar para saudir um jumentinho desse carregando água
00:05:46para dar os bichinhos pequenos que não vão beber longe.
00:05:49Segundo o governo do estado, a seca já atinge os 224 municípios piauienses.
00:05:56O fenômeno já é considerado o pior dos últimos oito anos.
00:06:01Todos os anos, de maio a dezembro, é essa mesma luta.
00:06:05Então não dá para a gente ficar esperando só por São Pedro, né?
00:06:07Precisa de medidas preventivas.
00:06:09Nós temos a Operação Carro-Pipa do Exército, que é totalmente suficiente,
00:06:13que se atender é 10% da nossa necessidade.
00:06:17O governo do Piauí diz que liberou 6 milhões de reais para a Operação Carro-Pipa,
00:06:23que deve funcionar até o fim do ano.
00:06:25Esse cenário de seca acontece em parte do Nordeste.
00:06:29No Agreste de Sergipe, por exemplo, foi a chuva maior esse ano que trouxe prejuízo para as hortaliças.
00:06:37Faz tempo que o agricultor viu o inverno tão chuvoso como deste ano.
00:06:42É bem fino, mas de chuva bastante para o produtor é ruim nessa época de inverno.
00:06:48Seu Augusto perdeu praticamente tudo o que plantou em um hectare no município de Itabaiana.
00:06:54Perdi a cultura de coentro, plantei um pedaço de afosso, porque foi antes da chuva.
00:07:00Era para Itabaiana 10 sacos, não dá meio.
00:07:02No Agreste de Sergipe, 6 municípios produzem hortaliças.
00:07:06A maior área fica no perímetro irrigado da Ribeira, em Itabaiana.
00:07:10Seiscentos e cinquenta hectares, distribuídos em quatrocentos e sessenta lotes.
00:07:15Desde janeiro, todos os meses, houve um índice pluviométrico, né?
00:07:19Se acentuando mais no mês de maio e no mês de junho.
00:07:21Por causa das chuvas intensas, as bombas de irrigação foram desligadas em abril.
00:07:26Mas com o solo encharcado, grande parte dos produtores suspendeu o cultivo.
00:07:31O ano inteiro tem hortaliças nessa região.
00:07:33A produção é variada e em grande quantidade.
00:07:36Mas nos últimos dois meses, mais de vinte por cento dos produtores sequer conseguiram plantar.
00:07:43E quem plantou, teve prejuízos.
00:07:46A média anual de chuva nessa região é de setecentos milímetros.
00:07:51Esse ano, até agora, o volume já superou essa média.
00:07:56Os sete lotes do seu Edinaldo ficam numa área com boa drenagem.
00:08:00Mesmo assim, não conseguiu colher nem metade dos vinte mil pés de cebolinha e alface que esperava.
00:08:06E os custos com a lavoura aumentaram em quarenta por cento.
00:08:10Semana passada mesmo, deu uma travoada aqui.
00:08:12Travoada, foi chuva por grandeza.
00:08:15Aí, desmanchou os canteiros.
00:08:18A gente tem que refazer.
00:08:20Aí é todo o custo, né?
00:08:22Chuva que sobra nessa parte do Sergipe e falta no sul do Piauí.
00:08:27Nos dois casos, o cenário é negativo.
00:08:30Eliana Marques, o que explica esses extremos?
00:08:33Bom dia.
00:08:34Bom dia, Eliana.
00:08:35Bom dia.
00:08:36Cris, Ellen, tem a ver com a localização dos municípios.
00:08:39No Agreste de Sergipe, costuma circular mais umidade e, com isso, tem mais chuva.
00:08:44É normal chover nessa época do ano.
00:08:46Enquanto isso, a região de Simões, no sertão do Piauí, tem um ar mais seco.
00:08:51Pelo mapa, a gente vê o quanto as chuvas ficaram mal distribuídas e concentradas no litoral nordestino.
00:08:58Já em Simões, choveu bem pouco, dez milímetros.
00:09:01A chuva se concentrou também no extremo norte do país.
00:09:05Nas áreas mais claras aqui do mapa, choveu pouco ou nada.
00:09:09É o caso de parte do sudeste, do centro-oeste e do sul do Brasil.
00:09:14E de agora pra frente, como é que fica, Eliana?
00:09:16Olha, a tendência fica mais ou menos como está nesses municípios que a gente viu aí nas reportagens.
00:09:23A chuva continua em Itabaiana, com cinquenta milímetros previstos, e em Simões, a seca persiste.
00:09:30Até o fim do mês, muita chuva de novo no extremo norte do Brasil e pouca na região sul.
00:09:37No Rio Grande do Sul, lá na região da Campanha Gaúcha, tem previsão de uma chuva mais forte nessa semana.
00:09:43E como a gente vê aqui, o tempo fica firme, está previsto pro centro-oeste e pro sudeste nas próximas semanas.
00:09:50O que é bom pra colheita do milho e pro corte da cana.
00:09:54Só que tem um ponto de atenção.
00:09:56Sem chuva, o solo tende a ficar mais seco.
00:09:59Em Mato Grosso do Sul, só dez por cento de umidade na terra.
00:10:03Olha a diferença aqui pra região sul.
00:10:05No Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a umidade está lá em cima, perto dos oitenta por cento.
00:10:11Isso é consequência das chuvas de junho e também do começo desse mês.
00:10:15Ainda vai demorar um pouco pra esse solo aqui secar.
00:10:19É, e no sul também teve frio e geada.
00:10:23Fazendas de banana em Santa Catarina contam as perdas.
00:10:26Há quase trinta anos que seu Valdir produz bananas na propriedade dele, no município de Luiz Alves, região do Vale do Itajaí.
00:10:34São dez hectares plantados.
00:10:36Mais de dezesseis mil bananeiras.
00:10:37Bananeiras, a produção que vai pra várias regiões do Brasil e até pra países do Mercosul, estava se desenvolvendo bem.
00:10:45Até que a geada intensa da última semana atingiu a plantação.
00:10:49O cacho que ele tá saindo, ele queimou dentro da planta, né?
00:10:54Ele vai sair, mas vai sair uma fruta que ela não tem mercado, né?
00:10:57Ela vai, não vai se formar, né?
00:10:59O problema começa quando a temperatura cai abaixo de treze graus.
00:11:03A bananeira entra num processo de estresse e começa a oxidar por dentro.
00:11:09A banana, como é uma planta tropical, ela sofre muito.
00:11:13Então, ocorre efeitos imediatos, que é esse congelamento,
00:11:17e efeitos posteriores que continuam, à medida que essas temperaturas, elas não aumentam,
00:11:23ocorre um fenômeno chamado chilling, que promove o escurecimento interior da planta.
00:11:28A fruta fica escura e o cacho inteiro comprometido.
00:11:32Uma das defesas contra o frio nos bananais são essas mantas térmicas.
00:11:38Elas envolvem o cacho e ajudam a segurar o calor e mantém uma temperatura mais estável,
00:11:45o que é essencial pra ter uma fruta mais bonita e sem danos.
00:11:50Mas fez tanto frio e a geada foi tão forte,
00:11:53que mesmo usando essas proteções, muitas bananeiras ficaram danificadas.
00:11:59Na propriedade do Rafael, o cenário se repete.
00:12:02Ele tem cerca de oito hectares plantados.
00:12:05Por aqui, o frio intenso também provocou estragos.
00:12:08A expectativa não é de uma boa colheita.
00:12:11O mercado, ele quer uma fruta bonita, né?
00:12:15E deu a geada, ela vai perder essa qualidade, né?
00:12:19Vai diminuir a produção e vai aumentar o preço, né?
00:12:22E a tendência, segundo os técnicos, é de mais aumento nos próximos meses.
00:12:28O produtor vende pro intermediário, vende pra indústria, vende pra um supermercado, né?
00:12:33E, eventualmente, é uma questão de demanda e oferta.
00:12:38Naturalmente, os preços aumentam.
00:12:40E o frio, Eliana, deve continuar lá em Santa Catarina?
00:12:43Olha, o município de Luiz Alves deve sim ter manhãs frias ainda,
00:12:47só que menos geladas do que nas últimas duas semanas.
00:12:50Tardes mais quentes também, sem chance de geada ao amanhecer.
00:12:54Pra que isso aconteça, a temperatura tem que ficar abaixo dos quatro graus.
00:12:58E nas áreas em azul escuro, que a gente vê aqui no mapa,
00:13:01na Serra Catarinense, em parte do Paraná,
00:13:04as temperaturas devem ficar perto dos oito graus.
00:13:07No azul claro, de dez até doze graus, é o caso do sul de Minas.
00:13:11E no verde claro, de treze até quinze graus.
00:13:15E onde que vai fazer calor, Eliana?
00:13:16Ellen, aí temos um outro ponto de atenção, porque à tarde a tendência é esquentar muito,
00:13:22onde a gente vê aqui o mapa, nesses tons de vermelho mais escuro.
00:13:26Então, no sul da região norte, em grande parte de Mato Grosso,
00:13:30pegando os outros estados do centro-oeste, passando pelo Tocantins,
00:13:34indo até o Piauí.
00:13:35Inclusive, no Tocantins, vejam só, estamos falando de calorão,
00:13:39na casa dos trinta e oito graus nos próximos dias.
00:13:42Eliana, muito obrigada pelas informações.
00:13:44Bom domingo.
00:13:45Bom domingo pra vocês, uma boa semana.
00:13:48E você vai ver a seguir.
00:13:50Cavalos continuam morrendo em várias regiões do país.
00:13:54E a suspeita é o consumo de uma ração fabricada aqui em Goiás.
00:14:05O Globo Rural acompanha a situação grave que afeta criadores de cavalos
00:14:10em várias partes do Brasil.
00:14:12Centenas de animais morreram e continuam morrendo depois de comer uma ração contaminada.
00:14:18Uma decisão judicial em favor da empresa responsável liberou a retomada de parte da produção.
00:14:25O Aras Nova Alcatéia, em Atalá e Alagoas, tem meio século de história na criação de cavalos da raça manga larga marchador.
00:14:34Nos últimos dois meses, mais de 70 animais morreram.
00:14:38Só um dos animais, o Quântum de Alcatéia, um campeão brasileiro de marcha, era avaliado em 12 milhões de reais.
00:14:47São perdas irreparáveis, né?
00:14:48Tanto a questão genética quanto a questão emocional é muito complicada.
00:14:52Segundo o veterinário do Aras, todos comeram ração da empresa Nutrata.
00:14:56O primeiro animal aqui que veio a óbito foi muito rápido, né?
00:14:59Foi em maio.
00:15:00No final de maio, no 29 de maio, foi o nosso primeiro caso que a gente teve aqui.
00:15:04Mas a gente ainda tem pelo menos uns 150 animais em observação.
00:15:08Desde o final de maio, o Ministério da Agricultura já confirmou 238 mortes em todo o país.
00:15:15E o número não para de crescer.
00:15:18Há outras 195 em análise.
00:15:21Fiscais do Mapa interditaram a fábrica em Itumbiara, sul de Goiás.
00:15:25Foram quatro vistorias que revelaram problemas nas rações.
00:15:30Entre eles, falta de separação entre ingredientes, o que impede o controle das quantidades adicionadas.
00:15:37E a utilização de resíduo de soja, matéria-prima não aprovada.
00:15:42Além disso, resultados do Mapa identificaram a monocrotalina, uma substância encontrada na crotalária.
00:15:49Uma planta leguminosa muito usada para deixar o solo fértil.
00:15:53Mas ao ingerir a crotalária, os equinos apresentam crise hepática, prostração, apatia, tem dificuldades para caminhar e falta de apetite.
00:16:04Nós estivemos na fábrica para tentar ouvir algum representante.
00:16:08Tem algum gerente para gravar comigo aqui?
00:16:10Não tem ninguém, então.
00:16:12Tá bom, obrigado. Valeu, obrigado.
00:16:15No dia 4 do mês passado, depois de feitas as inspeções aqui na fábrica de Itumbiara, o Ministério da Agricultura determinou a paralisação de toda a linha de produção de rações.
00:16:26Mas no dia 1º deste mês, o juiz federal Francisco Vieira Neto permitiu a retomada das atividades, menos a produção de ração para equinos.
00:16:36O juiz entende que não há reclamação quanto à ração destinada a bovinos e que a paralisação total da fábrica colocaria em risco o emprego dos 66 funcionários que trabalham aqui.
00:16:50Segundo o advogado da Nutrata, a empresa ainda não voltou a funcionar.
00:16:55Apesar disso, havia movimentação de funcionários e caminhões esta semana.
00:16:59Ele diz que a retirada da ração do mercado e a suspensão das atividades causaram um impacto financeiro na empresa.
00:17:09Esse aí é o Roberto puxando o potro dourado em 2022.
00:17:14Eles eram pequenininhos ainda.
00:17:16Os anos se passaram, o cavalinho cresceu e foi trazido para esse rancho em Goiânia, para ser domado.
00:17:21Esta outra imagem, feita 3 meses atrás, mostra a primeira vez que o Roberto montou o dourado.
00:17:28Se ele estava bem, aí depois ele morreu por causa da ração.
00:17:32E eu fiquei muito triste, porque eu busquei ele lá em Brasília e eu andei nele só uma vez.
00:17:38O pai do Roberto espera que os responsáveis sejam punidos.
00:17:43O dinheiro, eu não tenho esperança de recuperar.
00:17:46Eu acho que a fábrica não vai ter condições de pagar as indenizações.
00:17:50Eu acredito muito mais numa responsabilização criminal, porque isso extrapola a esfera cível e a gente cai num crime ambiental.
00:18:02No rancho onde estava o dourado, outros três animais que também comeram a ração morreram de maio para cá.
00:18:09Um deles era o elétric, o quarto de milha do Éder.
00:18:12Você ter um animal, sabe, e ver ele morrer aos poucos, você não poder fazer nada, cara.
00:18:23Trinta dias fazendo soro, fazendo vitamina, tentando qualquer tipo de comida, alfafa, feno,
00:18:31para ver se ele recuperava, mas não deu conta não.
00:18:36Outros quatro animais estão intoxicados, incluindo a égua Oklahoma.
00:18:44A gente acredita na possibilidade de sobreviver, mas é bem difícil, é bem difícil.
00:18:51O que todos esperam é uma resposta, que pode vir do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás,
00:18:58que também fiscalizou a fábrica.
00:19:00Como existem falhas de processos de boas práticas de fabricação na empresa,
00:19:07e essa é uma das responsabilidades que o responsável técnico tem no exercício da sua atividade,
00:19:14nós imediatamente já providenciamos de realizar as fiscalizações em loco,
00:19:19para verificar exatamente se aquilo estava relacionado com alguma falha da atuação do profissional.
00:19:26O manga larga do Paulo Henrique também não resistiu depois de comer a ração em Jacareí, São Paulo.
00:19:33Eu quero justiça por ele e não quero ressarcimento de medicamento,
00:19:37e que sirva de alerta para todos que estão passando por isso.
00:19:40Não desejo isso para ninguém.
00:19:43Os responsáveis pela Nutrata não quiseram gravar entrevista.
00:19:48Em nota, a empresa disse que se solidariza com os criadores que perderam animais.
00:19:53A firma que está atendendo a todas as exigências do Ministério da Agricultura
00:19:57e permanece à disposição das autoridades para colaborar na investigação.
00:20:03Nós vamos para o intervalo e você vai ver já já.
00:20:07Em Mato Grosso do Sul começou a colheita do milho.
00:20:10A expectativa é de que a produção cresça 20% nessa temporada.
00:20:15Por que o chuchu nasce assim, deformado?
00:20:17Será que a pitaia pode ser cultivada em lugares de clima mais frio?
00:20:23A colheita da segunda safra de milho se espalha pelo centro-oeste.
00:20:33Os trabalhos já começaram em boa parte da região.
00:20:37Mato Grosso do Sul, por exemplo, deve ter produção maior.
00:20:41No município de Bandeirantes, o José Rodrigues plantou 480 hectares irrigados nessa temporada.
00:20:48E deve ter um crescimento de cerca de 15% na produção.
00:20:52Esse ano as temperaturas estão mais amenas, choveu melhor, né?
00:20:56Até terminando a lavoura com custo em sacas por hectare menor que do ano passado, né?
00:21:02Em função do clima que correu bem.
00:21:04As chuvas melhor distribuídas nesse ano favoreceram o desenvolvimento do milho.
00:21:09Com quase 80% das lavouras do estado em boas condições,
00:21:14a expectativa é de que a produção total em Mato Grosso do Sul cresça a 20% nessa temporada.
00:21:20A safra deve passar de 10 milhões de toneladas.
00:21:24O desafio agora é o mercado.
00:21:27O preço pago ao produtor está caindo ano a ano.
00:21:30Segundo a Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul,
00:21:33em 2021 a saca era comercializada a 84 reais.
00:21:38Agora o produtor está recebendo 48.
00:21:41Para se proteger de futuras quedas,
00:21:44uma estratégia do produtor foi antecipar a venda.
00:21:47O preço dos insumos teve um pequeno aumento,
00:21:51mas não foi tão significativo.
00:21:53Mas a questão é o preço, né?
00:21:54Então, alguma coisa que se travou lá atrás inicialmente em torno de 52 reais, 54 reais a saca,
00:22:00hoje já estamos falando em 46, 47 reais a saca, né?
00:22:05Aí com esse custo fica praticamente impossível produzir com alta tecnologia.
00:22:11Segundo a APRO SOJA, 35% da safra já foi comercializada no estado.
00:22:17Em Dourados, o José plantou 250 hectares de milho.
00:22:20A colheita ainda não começou na propriedade.
00:22:23E mesmo com a expectativa de tirar até 120 sacas por hectare,
00:22:27ele disse que o preço mal cobre os custos de produção.
00:22:31Na média, 100 sacas, 80 sem sacas é custo de produção, a 45 reais, né?
00:22:37Hoje, nos preços que estão sendo praticados, é realmente bem apertada a margem.
00:22:41Por enquanto, 10% da área semeada no estado foi retirada.
00:22:45A colheita deve se estender por mais dois meses.
00:22:49E com a chegada da nova safra de milho, falta espaço nos armazéns.
00:22:54Vamos ver no nosso primeiro giro de notícias.
00:22:57A colheita do milho avança em Mato Grosso.
00:23:00A produção no estado deve chegar perto de 52 milhões de toneladas,
00:23:056% a mais que a safra anterior.
00:23:08Mas a falta de capacidade de armazenamento
00:23:11e as dificuldades logísticas para levar os grãos até os portos
00:23:15estão causando transtornos.
00:23:17Em Peixoto de Azevedo, no norte do estado,
00:23:20o milho já está sendo colocado a céu aberto,
00:23:22o que coloca em risco a qualidade do cereal.
00:23:25No Acre, a Defesa Civil de Rio Branco começou a abastecer comunidades rurais com caminhões pipa.
00:23:32A operação tem o objetivo de aliviar os efeitos da estiagem.
00:23:37A região não tem chuvas significativas faz quase um mês.
00:23:41No mesmo período do ano passado, foram mais de 60 milímetros.
00:23:46O nível do Rio Acre está abaixo dos 2 metros.
00:23:50O Brasil exportou 137 mil toneladas de carne suína em junho,
00:23:5528% a mais do que no mesmo mês de 2024.
00:23:58Mas com a alta nos preços, as receitas cresceram ainda mais
00:24:02e superaram 341 milhões de dólares,
00:24:06o maior valor já registrado em um mês.
00:24:08Os embarques de carne de frango despencaram em junho
00:24:12e ficaram na casa das 343 mil toneladas,
00:24:17consequência das suspensões de compras de diversos países
00:24:21por conta dos casos de gripe aviária.
00:24:24Com mais frango no mercado interno,
00:24:26o preço por aqui caiu cerca de 13% no mês.
00:24:29A nova taxação de produtos brasileiros anunciada por Donald Trump
00:24:34preocupa o agronegócio.
00:24:36Os Estados Unidos são nosso principal comprador de café.
00:24:39As exportações do grão não torrado para o país
00:24:42superaram 1 bilhão de dólares no primeiro semestre.
00:24:45Os Estados Unidos é o maior consumidor de café do mundo.
00:24:48E 76% dos americanos tomam café diariamente.
00:24:53Então, anunciar uma tarifa de 50% ou uma creche de 50%,
00:25:00ou seja, tem um impacto expressivo dentro da economia americana.
00:25:05Além do café, a carne bovina e o suco de laranja
00:25:08também têm destaque nas vendas para o mercado norte-americano.
00:25:11Quando você coloca essas novas tarifas dentro do preço,
00:25:17os impostos representam 70% do preço.
00:25:21Ou seja, apenas 30% dessa receita vai servir para remunerar
00:25:26toda a indústria de suco, produtores, trabalhadores.
00:25:30Entidades ligadas ao agro, como a Confederação da Agricultura e Pecuária
00:25:33e a Associação Brasileira das Exportadoras de Carne
00:25:36reforçam a importância da diplomacia
00:25:39para evitar que o comércio seja afetado
00:25:42por questões de natureza política.
00:25:45Agora a gente confere os preços do boi.
00:25:48Em Rolim de Moura, Rondônia,
00:25:50a Arroba Vista foi negociada na sexta-feira por R$ 265,00.
00:25:54E por a Goiás, R$ 275,00.
00:25:58Bela Vista do Paraíso, Paraná, R$ 310,00.
00:26:01A média CP, com os preços do Estado de São Paulo,
00:26:04fechou em R$ 299,70,
00:26:06uma queda na semana de 3,4%.
00:26:11Vamos lá para o nosso bate-bola.
00:26:13Você pergunta e a gente procura a melhor orientação em campo, né, Cris?
00:26:17Pois é, Ellen.
00:26:18O Jesus Assunção de Nova Veneza, Goiás,
00:26:21tem um pé de chuchu
00:26:22e quer saber por que os frutos ficam assim, deformados.
00:26:26Vamos ver a explicação.
00:26:27Esses chuchus bonitos no pé já estão no ponto de colheita.
00:26:35Essa plantação fica no município de Santa Maria de Getibá,
00:26:38no Espírito Santo.
00:26:41Jesus, para o chuchu crescer assim, saudável e com uma boa aparência,
00:26:45você precisa ter alguns cuidados com o pé que você tem na sua casa,
00:26:50principalmente na hora de fazer a adubação.
00:26:52O Galderes Magalhães, agrônomo do Instituto Capixaba de Pesquisa,
00:27:00Assistência Técnica e Extensão Rural,
00:27:02explica que o pé de chuchu gosta da terra sempre úmida
00:27:06e temperatura entre 18 e 27 graus,
00:27:11mas que a falta de nutrientes no solo
00:27:13é o principal motivo para o fruto nascer deformado.
00:27:17Aqui, na propriedade do Messias Machado,
00:27:22ele utiliza, uma vez por semana, um fertilizante completo,
00:27:27que tem os chamados macronutrientes,
00:27:29nitrogênio, fósforo e potássio,
00:27:32e também os micronutrientes,
00:27:35como boro, manganês, zinco e cobre.
00:27:39Mas, no seu caso, Jesus,
00:27:41como você tem apenas um pé de chuchu na sua casa,
00:27:45você pode tentar uma solução mais simples.
00:27:49Uma alternativa para ele é a utilização de matéria orgânica.
00:27:52É ir lá e comprar algum esterco de bovino ou de ave curtido,
00:27:57que ele já é rico em macro e micronutrientes
00:28:00e vai poder ser nutrido de forma paulatina,
00:28:03desenvolvendo e dando frutos saudáveis.
00:28:06Se o problema persistir,
00:28:08você ainda pode comprar o boro em casas agropecuárias
00:28:11e aplicá-lo direto nas folhas,
00:28:14seguindo as orientações do fabricante.
00:28:17A recomendação é que a gente faça apenas uma aplicação foliar
00:28:20e vai acompanhando a evolução.
00:28:23A partir desse monitoramento,
00:28:25aparecendo, ele reaplica.
00:28:27O mais importante é sempre realizar a adubação no solo.
00:28:32Só realizar a parte foliar
00:28:34a partir do momento que ele precisa ter esse controle de forma mais rápida.
00:28:38Não tem nenhum problema consumir esse chuchu?
00:28:40Não, não tem nenhum problema.
00:28:42Economicamente, a maioria das pessoas já tiram essas frutas,
00:28:45ainda quando pequenas.
00:28:47E não se esqueça de usar equipamento de proteção individual
00:28:50em qualquer pulverização que você for fazer aí na sua lavoura.
00:28:55Quer fazer uma horta em casa?
00:28:57O Gilberto Fernandes, de Marília, São Paulo, pede a nossa ajuda.
00:29:01Vamos lá, Gilberto.
00:29:02Abra a câmera do seu celular
00:29:04e aponte para o código que aparece no canto da tela.
00:29:08Ele te leva para essa cartilha da Embrapa,
00:29:11que ensina a fazer o cultivo de hortaliças em pequenos espaços.
00:29:16Logo de cara, tem informação sobre alguns fatores
00:29:20que você não pode descuidar.
00:29:22A luminosidade, o tipo de solo e a adubação.
00:29:25Também tem dica para escolher as variedades do plantio.
00:29:28Esse conteúdo está disponível lá no nosso site,
00:29:33g1.com.br barra Globo Rural.
00:29:36E é de graça.
00:29:38A Raquel Brum, de Pinheiro Machado, Rio Grande do Sul,
00:29:41quer investir no cultivo de pitaia,
00:29:43mas está preocupada com o clima lá na região dela.
00:29:46E pergunta, a fruta é resistente à geada?
00:29:50Oi, Raquel, bom dia, tudo bem?
00:29:53Eu estou aqui ao lado do agrônomo e professor de fruticultura da Unesp,
00:29:57Marcelo Silva, que vai nos ajudar com essa tua dúvida.
00:30:01Professor, a Raquel quer saber se é adequado cultivar pitaia
00:30:06em lugares frios, onde as geadas são frequentes.
00:30:10Olha, a planta pode até sobreviver nesses locais,
00:30:13mas as temperaturas abaixo das consideradas ótimas para a cultura,
00:30:16que seriam de 18 a 30 graus, desfavorecem o aspecto produtivo.
00:30:20Então, por vezes, a planta sobrevive,
00:30:22mas ela não vai ter a capacidade de produção satisfatória
00:30:27ou a capacidade de produção atendida em função das condições climáticas adversas.
00:30:31Ou seja, o pomar de pitaia até pode suportar um ou outro episódio de geada.
00:30:37Mas se forem eventos seguidos, os frutos não vão resistir.
00:30:42Nós temos cultivos intensivos de pitaias no sul do país,
00:30:45lembrando-se que aquelas regiões que são sujeitas a geadas
00:30:48e com uma frequência irregular, deve-se evitar o cultivo dessa planta.
00:30:54A não ser que você, Raquel, possa investir num cultivo protegido,
00:30:59como é o caso de estufas.
00:31:00A vantagem é que você terá mais controle sobre a temperatura ideal
00:31:05para cada momento de desenvolvimento da planta.
00:31:09No Instituto Federal Catarinense,
00:31:12há uma área de pesquisa com pitaias plantadas em ambiente controlado.
00:31:17A pitaia é uma frutífera exótica, perene,
00:31:20tem a sua produtividade máxima atingida após os dois anos de idade.
00:31:24A produção é variável, mas em média de 80 a 120 frutos por planta.
00:31:29E vai continuar a produzir até os 15, 20 anos,
00:31:33a depender das técnicas de manejo que sejam aplicadas.
00:31:36Raquel, sempre vale a pena contar com o acompanhamento de um agrônomo.
00:31:41E em seguida, tem mais resposta.
00:31:44O Cauã do Ceará quer saber como produzir uma ração
00:31:47que atenda todas as exigências nutricionais de galinhas poedeiras.
00:31:52A criação de abelhas sem ferrão está ajudando alunos
00:31:55de uma escola municipal aqui de Brusque, em Santa Catarina,
00:31:58a entender a importância desse animal na preservação do meio ambiente.
00:32:02E ainda hoje, o clima mais quente nas lavouras de café.
00:32:06Produzir café de 2020 para cá está mais desafiador por uma questão meteorológica.
00:32:20Pergunta que chega do município de Varjota, no Ceará.
00:32:23O Cauã tem uma criação de galinhas para a produção de ovos
00:32:27e pede orientação para fazer uma boa ração.
00:32:31Cauã, anote aí algumas dicas que nós reunimos para você.
00:32:36Esta é a fábrica de ração do IFB,
00:32:39Instituto Federal de Brasília, em Planaltina, Distrito Federal.
00:32:43Aqui, os funcionários produzem por semana
00:32:45quatro toneladas de alimentos que vão ser oferecidos
00:32:48aos animais dos cursos técnicos e de graduação do Instituto.
00:32:52Há um maquinário especial para a moagem e mistura dos ingredientes.
00:32:56Seu Cauã, claro que para produzir ração aí na sua propriedade,
00:33:00o senhor não precisa de uma estrutura como essa.
00:33:03Quem vai nos dar algumas orientações sobre esse assunto
00:33:05é o veterinário Carlos Ribeiro,
00:33:07que é professor aqui do Instituto Federal de Brasília.
00:33:10Professor, existe uma ração única que a gente pode usar para todos os animais?
00:33:15Infelizmente, a gente não consegue formular uma ração única.
00:33:19A gente tem que levar em conta algumas características.
00:33:22Idade do animal, nível de produção.
00:33:25Todos esses fatores são importantes para a gente conseguir calcular uma dieta
00:33:28mais precisa para aquela categoria animal.
00:33:31No caso de uma criação caipira,
00:33:34provavelmente doméstica, sim,
00:33:36a gente pode sugerir uma ração bem próxima da exigência desses animais.
00:33:39Alguns nutrientes são obrigatórios para uma dieta balanceada.
00:33:44Milho ou farelo de soja vão garantir energia.
00:33:47No caso das poideiras, pela exigência de cálcio, principalmente,
00:33:51a gente tem que fornecer uma fonte que normalmente é o calcário calcítico
00:33:55e, obrigatoriamente, uma fonte de vitaminas e minerais específicas para essa categoria.
00:34:02Para fabricar 100 quilos de ração, você vai usar 62 quilos de fubá de milho,
00:34:0823 quilos de farelo de soja,
00:34:108 quilos de calcário calcítico,
00:34:123 quilos de sal comum,
00:34:144 quilos de núcleo vitamínico mineral,
00:34:17também chamado de premix,
00:34:19que é vendido em lojas de produtos agropecuários.
00:34:22Aí é só misturar bem todos os ingredientes com uma pá inchada ou um balde.
00:34:27Qualquer superfície concretada, cimentada, plana, limpa,
00:34:33ele consegue fazer uma mistura perfeita.
00:34:37As aves, assim como outros animais de interesse produtivo,
00:34:41eles são seletivos.
00:34:42Se a gente não misturar bem esses ingredientes,
00:34:46possivelmente eles podem escolher aquilo que eles acham que é mais saboroso.
00:34:49Então, quando a gente não dá a chance de fazer a seleção,
00:34:52ela recebe exatamente aquilo que ela precisa.
00:34:55Tem que ser bem uniforme.
00:34:57A ração deve ser fornecida às galinhas à vontade.
00:35:01Cada animal consome em média entre 100 e 120 gramas por dia.
00:35:06Ela sendo fornecida na quantidade e na qualidade correta,
00:35:09muito provavelmente ela vai ser capaz de suprir uma produção média
00:35:14que um pequeno produtor espera desses animais.
00:35:17E aí garantir uma boa produção de ovos.
00:35:19Que é isso que o K1 quer, exatamente.
00:35:22Depois que a ração estiver pronta,
00:35:25é importante que ela seja bem guardada.
00:35:27Uma dica é usar recipientes plásticos fechados, tipo bombonas.
00:35:32Elas evitam que os roedores furem as sacas.
00:35:35O Valsir Kellerer, de Boquerão do Leão, Rio Grande do Sul,
00:35:39mandou a foto, olha só, dessas lagartas vermelhas que apareceram no quintal.
00:35:45Ele quer saber que espécie é essa e se é perigosa.
00:35:49Valsir, o veterinário Henrique Cortolani, consultor do Globo Rural,
00:35:52disse que essa lagarta se transforma na borboleta da coronilha.
00:35:57Veja que linda.
00:35:59Ela vive em regiões de Mata Atlântica e se alimenta da seiva das plantas.
00:36:03As lagartas costumam ficar juntinhas para se proteger de predadores.
00:36:08Não são venenosas, nem causam queimaduras,
00:36:11mas tem cerdas pontiagudas que podem arranhar.
00:36:15Para fazer o controle, use apenas jatos d'água,
00:36:19que logo, logo elas vão embora.
00:36:21Você também tem alguma curiosidade para mandar para a gente,
00:36:25uma dúvida, um comentário?
00:36:26Anota o nosso número de WhatsApp.
00:36:2911-988-955-505.
00:36:33Vale enviar texto, foto e vídeo.
00:36:36Lembre de escrever o seu nome e o do seu município.
00:36:39Hora dos eventos no campo, vamos ver a programação?
00:36:43Tem Feira Agropecuária em Crato, Ceará.
00:36:46Festa dos Agricultores e Agricultoras em Dom Pedro de Alcântara,
00:36:50Rio Grande do Sul, encontro de ex-alunos do Instituto Federal do Rio de Janeiro,
00:36:55em Pinheiral.
00:36:57Em Santa Catarina, Festa do Colono em Jaraguá do Sul
00:37:00e Alemã em Lagiado Antunes.
00:37:03Feira de Agricultura Familiar de Isaías Coelho Piauí.
00:37:08Em Minas Gerais, Exposição Agropecuária em Bambuí.
00:37:11Festival do Queijo em Formiga e também em Carvalhos.
00:37:16E tem mais evento no Giro de Notícias.
00:37:19Em Minas Gerais, começou a 95ª Semana do Fazendeiro,
00:37:23no campus da Universidade Federal de Viçosa.
00:37:26A programação, voltada tanto para produtores rurais,
00:37:29quanto para o público em geral,
00:37:30oferece cursos sobre diversos temas relacionados ao campo
00:37:34e à produção sustentável.
00:37:36O evento terá ainda torneio leiteiro, exposições e até uma mini fazenda.
00:37:40A Semana do Fazendeiro vai até o dia 18.
00:37:44Em São Paulo, está na época de colheita de urucum.
00:37:48Dentro do fruto espinhoso, ficam as sementes de cor vermelha,
00:37:52muito usadas na fabricação de temperos, corantes e cosméticos.
00:37:57A expectativa neste ano é de uma boa safra,
00:38:00já que o clima ajudou e a área plantada cresceu 35%.
00:38:04Mas, com maior oferta, os agricultores estão recebendo,
00:38:08em média, 18 reais pelo quilo da semente.
00:38:1230% a menos que há um ano.
00:38:15Em Goiás, começa a colheita do trigo
00:38:18e a previsão é de uma safra maior na comparação com o ano passado.
00:38:24Mesmo com uma forte redução na área,
00:38:26o clima colaborou com o desenvolvimento das lavouras
00:38:30e a produção deve chegar a 255 mil toneladas.
00:38:35Crescimento de 8,7%.
00:38:38As abelhas têm um papel fundamental na natureza.
00:38:43Elas polinizam as plantas e ajudam na produção de frutos e sementes.
00:38:47Em Santa Catarina, esses insetos ganharam mais uma função.
00:38:52São tema de sala de aula.
00:38:54Esse barulho faz parte da rotina dos alunos
00:38:59dessa escola rural em Brusque, Santa Catarina.
00:39:03Hoje nós vamos aprender sobre as pequenas heroínas da natureza.
00:39:10Quem são elas?
00:39:11As abelhas!
00:39:14Dentro da sala, as respostas estão na ponta da língua.
00:39:18Elas ajudam as plantas a darem...
00:39:20Frutos e sementes.
00:39:22Isso!
00:39:23Então, galerinha, a gente tem que fazer o quê?
00:39:26Três, quatro, as abelhas!
00:39:30Por aqui, crianças de 1 a 10 anos têm contato direto com as abelhas.
00:39:35Quando eu cheguei aqui, eu tinha muito medo das abelhinhas.
00:39:40Só que depois do tempo, eu fui perdendo o medo.
00:39:48E a gente ama cuidar delas.
00:39:50Lá fora, a aula continua.
00:39:53São os próprios alunos que abrem as colmeias e coletam o mel.
00:40:05Aqui é o própolis.
00:40:07Aqui é a cera de patinhos de mel e de pólen.
00:40:11O pólen é uma fonte de alimento para abelhas, assim como o mel.
00:40:16Já o própolis é produzido pelas abelhas a partir da resina de troncos e folhas.
00:40:21Por impedir o crescimento de micro-organismos, ele serve para higienizar a parte interna das colmeias e tem propriedades anti-inflamatórias.
00:40:30O própolis dá origem a um extrato, que a Gabi aprendeu a fazer.
00:40:37A gente pega o própolis e bota dentro do liquidificador.
00:40:40Onde que a gente tritura, já temos feito.
00:40:43A Gabi está colocando, então, num vasilhame escuro, que de preferência...
00:40:47Vamos pegar o copo medidor e botar uma medida de álcool de cereais.
00:40:53E agora colocamos dentro.
00:41:01Tampamos bem.
00:41:05E chacoalhamos.
00:41:08E depois disso, botamos num vidrinho e pronto.
00:41:12Virou um extrato de própolis.
00:41:14O extrato de própolis ajuda a gerar renda para a escola.
00:41:22Ele é vendido para os pais dos alunos.
00:41:25O projeto existe aqui na escola desde 2018.
00:41:28E de lá para cá, foi crescendo e transformando o dia a dia e o conhecimento das crianças.
00:41:34Esse espaço aqui, por exemplo, é chamado de meliponário.
00:41:37Por aqui, elas encontram 20 colmeias que abrigam 11 espécies diferentes de abelhas sem ferrão.
00:41:43A ideia de criar um projeto dedicado a esses insetos veio da curiosidade dos pequenos.
00:41:50Elas iam com um dedinho num canudo feito pela abelha jataí, que nasceu naturalmente num muro de pedra da escola.
00:42:01Então, um pai de uma criança percebeu a movimentação daquele canudo, das crianças ao redor.
00:42:08E ele disse, professora, são abelhas sem ferrão.
00:42:11Você pode criar elas tranquilamente no espaço da escola.
00:42:16A gente consegue uma consciência ecológica, toda a questão de educação odental, a preservação.
00:42:23O Edegar é agrônomo e explica que essas abelhas não trazem risco às crianças.
00:42:31Elas têm o ferrão atrofiado, então não existe o risco de elas ferroarem.
00:42:37Contudo, existem abelhas mais defensivas e abelhas menos defensivas, ou mais dóceis, mais mansas.
00:42:46E são essas que a gente recomenda para um ambiente escolar ou para um ambiente residencial.
00:42:54Segundo a EPAGRE, mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão já foram identificadas no país.
00:43:01Elas são responsáveis pela polinização de até 90% das espécies da Mata Atlântica.
00:43:09Um dos pontos principais para a criação das abelhas é a alimentação.
00:43:14Nesse canto aqui, por exemplo, nós temos uma planta melífera.
00:43:18Em flores como essas aqui, a abelha consegue coletar o néctar e o pólen,
00:43:22essenciais para a sobrevivência das espécies.
00:43:25E para ajudar ainda mais no conhecimento das crianças,
00:43:28placas como essa foram colocadas em cada canto da escola onde tem uma planta melífera.
00:43:33A escola cultiva as melíferas, amor agarradinho e cosmos.
00:43:37As crianças, elas aprendem na escola, levam o conhecimento para as suas casas e lá as famílias também ficam curiosas
00:43:48que acabam até adquirindo uma colmeia, um enxame de abelhas sem ferrão.
00:43:54O Pedro é aluno da escola e mora perto dali, ainda na zona rural de Brusque.
00:43:59Ele é de uma família de agricultores.
00:44:02Na propriedade, tem criação de animais e até uma caixa das novas amigas, as abelhas sem ferrão.
00:44:09A mãe conta que com o conteúdo da escola, o comportamento do filho mudou.
00:44:14O olhar para a vida no campo está diferente.
00:44:17O Pedro tem autismo nível 1, né?
00:44:20E quando tinha os animais, ele já vinha contando.
00:44:23E eles aprendem a cuidar dos animais, a ter amor, carinho.
00:44:26Quais são os animais que tu tens aqui na tua casa?
00:44:29Coelho, cachorro, abelha.
00:44:33A abelha.
00:44:35Não tem ferrão.
00:44:36É um mel muito gostoso.
00:44:46No ano passado, esse trabalho foi um dos premiados em um concurso nacional
00:44:51que reconhece iniciativas sustentáveis nas escolas.
00:44:55E daqui a pouquinho...
00:44:58Diante de um planeta mais quente, o esforço de produtores e pesquisadores
00:45:03para que o café continue chegando na casa dos brasileiros.
00:45:07É já já no próximo bloco.
00:45:09Quem gosta de um bom café já percebeu que ele está bem mais caro nos últimos tempos.
00:45:23É uma consequência direta de perdas nas lavouras.
00:45:27O café sente o impacto do aquecimento global.
00:45:30Para mostrar como os agricultores estão lidando com as mudanças no clima,
00:45:35os repórteres Bruna Vieira e Eduardo Mendes
00:45:38visitaram Minas Gerais, estado que mais produz café no Brasil.
00:45:42A gente trabalhava mais tranquilo, porque a gente sabia que a gente produzia e ia dar tudo certinho.
00:45:59A gente podia confiar mais no tempo.
00:46:02O amargor vem de saber que nesse ramo o sócio tem se mostrado inconstante e pouco confiável.
00:46:10É o dissabor de ter uma sociedade com o clima.
00:46:16Cléuvis, da quarta geração de cafeicultores, nos conduz pelas terras altas do sul de Minas Gerais.
00:46:22No município de Inatércia, a propriedade de 14,5 hectares abriga 12 mil pés de café arábica.
00:46:34Por que que para o café é tão importante saber quando que vai chover, quando que vai ter calor?
00:46:39É bom sobre a questão da florada.
00:46:42A florada, ela precisa estar com a terra pelo menos moiada para a florada poder pegar melhor.
00:46:48Então, talvez, muita chuva prejudica um pouco também a florada do café.
00:46:53É um processo meio delicado.
00:46:56No ano passado, a principal florada do cafeiro, que é entre setembro e outubro,
00:47:01ficou comprometida depois da longa temporada de meses secos.
00:47:06A plantação chegou a ficar debaixo de um sol de 40 graus.
00:47:11Vamos pegar um desse aqui também para poder mostrar melhor.
00:47:14Olha a diferença de tamanho.
00:47:16Esse gão aqui, ele é o cereja.
00:47:18Então, o que pegou uma duração melhor, o que pegou bem assim a florada,
00:47:23a gente consegue até descascar ele mais fácil.
00:47:26Ele está até melentinho e está graúdo.
00:47:28Mas olha só como ficaram miudinhos os grãos da ponta do mesmo ramo,
00:47:33que não receberam todos os nutrientes.
00:47:36Passa na peneira na hora de beneficiar.
00:47:38Os grãos maiores ficam na peneira boa e esses menores passam na peneira pequena.
00:47:43Significa que na peneira pequena ele vai valer menos?
00:47:45Ele vai valer menos.
00:47:46Aqui você não consegue aproveitar nada?
00:47:48Aqui eu não consigo aproveitar nada.
00:47:49Porque na hora de beneficiar ele, ele sai na casca.
00:47:54Há poucas semanas teve geada na lavoura de café.
00:47:59Nos últimos quatro anos, além das altas temperaturas e da falta de chuva,
00:48:04também entraram em cena os ventos gelados.
00:48:09O estrago é visível.
00:48:12Basta reparar nos espaços vazios, em meio ao talhão de café.
00:48:16Na propriedade do Cléuvis, dois mil e vinte e cinco deve repetir as perdas de dois mil e vinte e quatro.
00:48:24Cerca de trinta por cento da produção.
00:48:27Dados oficiais também mostram que ao longo dos últimos vinte anos,
00:48:32as perdas por quebra da safra do café se acumulam no estado.
00:48:36Foram quatro de dois mil a dois mil e vinte e três só entre dois mil e vinte e um e dois mil e vinte e quatro.
00:48:43Cenário testemunhado por gente que veio bem antes desse jovem agricultor.
00:48:48A história da família produtora de café começou a ser escrita nessas terras quarenta anos atrás.
00:48:56O responsável pelas primeiras plantas foi o avô do Cléuvis.
00:49:00A maneira como seu José Anésio produz é a mesma seguida pelo neto.
00:49:06Sem irrigação e a pleno sol, o que acaba deixando a planta exposta ao vai e vem do tempo.
00:49:12Isso aqui foi questão da seca mesmo.
00:49:15Quando eu plantei esse café aqui, faz quarenta anos,
00:49:22pra nós atravessar com os trator, pra trazer muda aqui.
00:49:26Lá perto de casa, atolava nessas ruas.
00:49:29Aqui a água vinha aqui?
00:49:30Vinha.
00:49:31Aqui é barrão, meu irmão, né?
00:49:33Aqui é pra ter chuva.
00:49:34Plantei esse café com chuva.
00:49:36Hoje não tem isso mais.
00:49:39Hoje você planta, é de cantar.
00:49:42O bichinho até murcha, de sorte.
00:49:45O que não mudou foi o capinar habitual.
00:49:57Por que que o senhor gosta de fazer o seu medo?
00:49:59Ah, porque a servida não é todo mundo que faz.
00:50:03Eu sou meio caprichoso.
00:50:05A partir do grão torrado e unido no capricho,
00:50:14nasce o desfrutar do café com gosto de roça.
00:50:18E a gente toma o café daqui mesmo, da propriedade mesmo.
00:50:23Sim.
00:50:23Da propriedade da gente mesmo.
00:50:25Assim como o seu José Anésio, Cléuvis e a mãe Ana Maria
00:50:29atribui as conquistas da família ao café.
00:50:33E a gente vai comprando a coisinha assim pra ir.
00:50:36Poder melhorar.
00:50:37Melhorar.
00:50:40Foi crescendo aquilo.
00:50:42Foi ir no café no terreiro, ir lá apanhar.
00:50:46Foi indo até hoje.
00:50:48Deus que Deus quer.
00:50:48Estamos firmes.
00:50:50Enquanto agricultores tentam se adaptar aos novos tempos,
00:50:53tem gente em busca de entender o que está acontecendo.
00:50:57Dos campos de café brota informação.
00:51:01Pesquisadores têm colhido dados sobre produtividade,
00:51:05reunido material a respeito, por exemplo,
00:51:08da duração do ciclo na lavoura.
00:51:11Com esse conhecimento já conseguem entender quais os riscos
00:51:15e as vulnerabilidades hoje na cafeicultura.
00:51:18Na Universidade Federal de Itajubá,
00:51:23nos encontramos com as responsáveis por esses estudos,
00:51:26a Cássia e a Fabrina.
00:51:28Não tinha mesmo como ser recebida de outro jeito.
00:51:32Já tomamos quantos?
00:51:33Vários.
00:51:35Durante quatro anos,
00:51:37essas pesquisadoras se debruçaram
00:51:40sobre diferentes modelos climáticos
00:51:42para entender a relação entre o tempo e a planta do café.
00:51:48Traçaram um diagnóstico das últimas três décadas
00:51:52nas regiões de plantações mineiras,
00:51:54onde se encontra a espécie arábica do café,
00:51:58mais sensível e com um cultivo mais antigo,
00:52:01que historicamente é mais estudado.
00:52:04Na média, notaram um padrão irregular de chuvas
00:52:08e queda na umidade de cerca de um ponto percentual.
00:52:13O estado ficou mais quente.
00:52:16Nesse período,
00:52:17a temperatura média subiu quase um grau.
00:52:20Durante o florescimento,
00:52:22o café não tolera temperaturas acima de 32, 34 graus.
00:52:26É que o calor elevado faz a planta transpirar mais.
00:52:30Como ela perde mais água para a atmosfera,
00:52:33acaba puxando mais água do solo para a raiz.
00:52:37O calorão também atrapalha o processo de fotossíntese,
00:52:40fundamental para a produção de energia.
00:52:43Mas, ao mesmo tempo, o café não gosta de temperaturas frias,
00:52:46ele não suporta a geada.
00:52:48Então, entender as necessidades do café
00:52:50e essas necessidades específicas em cada fase
00:52:53nos ajuda a saber se vai ter um prejuízo,
00:52:56se esse prejuízo vai ser maior ou menor
00:52:58e mapear isso nas diferentes regiões.
00:53:03E o que as pesquisadoras acreditam que está por vir?
00:53:06No Cerrado Mineiro,
00:53:08enxergam uma tendência de alta na temperatura média
00:53:11de até 2,5 graus entre 2040 e 2060,
00:53:16podendo atingir 4,5 graus até 2100.
00:53:20Apontam também uma diminuição nas chuvas e na umidade.
00:53:25Já para o sul de Minas,
00:53:26a alta é de cerca de 1,5 grau.
00:53:28Até 2100, pode chegar a 2,5 graus,
00:53:32além de um leve aumento nas chuvas e queda na umidade.
00:53:36No sul, a gente tem uma projeção de um leve aumento na produtividade,
00:53:41mas o aumento da temperatura vai reduzir o ciclo,
00:53:44principalmente durante a parte da maturação dos frutos.
00:53:48Isso vai gerar um prejuízo na qualidade da bebida.
00:53:52É um futuro ainda mais desafiador.
00:53:55O cultivo deve enfrentar um aumento de pragas e doenças.
00:53:59No sul, tem um aumento do risco da ocorrência de algumas doenças,
00:54:03como a ferrugem, a cercosporiose e também a praga, broca do café.
00:54:07No final do século, quase toda Minas Gerais vai ser propícia
00:54:11ao desenvolvimento do bicho mineiro,
00:54:13por conta da alteração da umidade associada ao aumento da temperatura.
00:54:18Essa maior pressão de pragas e doenças já está sendo sentida pelo Cléuvis,
00:54:24principalmente por causa da mancha de foma,
00:54:27doença causada por um fungo.
00:54:29Quando está formando a balinha do café,
00:54:32ele vem e seca a balinha do café com a vara junto.
00:54:37Os resultados da pesquisa revelam que existe um risco
00:54:42de que até o fim do século,
00:54:44de 35% a 75% do território de Minas Gerais
00:54:49se torne impróprio para o cultivo de café.
00:54:542024 foi uma amostra da bagunça no clima.
00:54:58A queda de produção atingiu vários países
00:55:01e o preço foi nas alturas,
00:55:03o que foi bom para o produtor,
00:55:05mas subiram também os custos na lavoura.
00:55:09A saca do café hoje,
00:55:11ela está um pouquinho acima, onde que ajuda.
00:55:14Está no preço melhor.
00:55:15Só que aí a questão que você tem que gastar mais,
00:55:17poder estar banhando café,
00:55:19estar controlando essas pragas.
00:55:21Aí fica qualquer pra ela.
00:55:23E diante desse sócio instável chamado clima,
00:55:30que caminho seguir?
00:55:32É a ciência que vai nos guiar
00:55:34até o próximo bloco.
00:55:36A ciência tem papel fundamental
00:55:46para ajudar o agricultor a enfrentar
00:55:48os novos desafios do clima
00:55:50nas lavouras de café.
00:55:52Na segunda parte da nossa reportagem especial,
00:55:55você vai ver as pesquisas
00:55:56que buscam variedades mais resistentes à seca
00:55:59e as práticas no campo
00:56:01para proteger as plantas do calorão.
00:56:06Nem bem chegamos para a visita
00:56:29e já somos agraciados
00:56:30pela conhecida hospitalidade desse povo.
00:56:33Mineiro recebe a gente desse jeito?
00:56:36É de se entender o orgulho
00:56:42de servir um café colhido na própria terra.
00:56:45O cafezal dos Lima
00:56:46anda carregado de galhos vermelhos
00:56:49e rodeado por uma vizinhança verde.
00:56:53Essa história começou nessa área aqui.
00:56:56Quando a família plantou,
00:56:57dez anos atrás,
00:56:58mudas tanto de árvore frutífera
00:57:01quanto árvore madeireira.
00:57:02Não é isso, seu Sebastião?
00:57:04Por que plantar árvores aqui?
00:57:06Eu plantei essa árvore aqui,
00:57:08não tinha a menção que tem hoje, né?
00:57:11É dela proteger o café.
00:57:12É um café alborizado
00:57:14que produz o café de alta qualidade.
00:57:17Nossa, é fresquinho aqui, ó.
00:57:18É.
00:57:19Isso aqui é bom.
00:57:20Por que faz bem pro café essa sombra?
00:57:22Ela faz bem porque ela não deixa o sol.
00:57:24O sol tá muito quente,
00:57:24o creme mudou muito, né?
00:57:26Não chove muito, não chove nada.
00:57:28Olha, é frio, tá protegendo.
00:57:32Café é sombreado.
00:57:34Um aprendizado novo
00:57:35pra família produtora de café
00:57:37que se fincou quase vinte anos atrás
00:57:39no município mineiro de São Francisco de Paula.
00:57:44A propriedade,
00:57:46entrecortada por dezoito mil pés de café arábica,
00:57:49tem quatro hectares e meio.
00:57:51Há alguns meses,
00:57:53um outro talhão de café
00:57:54ganhou a companhia da banana,
00:57:56da laranja, do mogno, do engar.
00:57:59Tem gente que me chamou de doido.
00:58:02Me chamou de doido aí.
00:58:03Pra tábua de lavoura,
00:58:04não existe isso não.
00:58:06Pra mim, senhor.
00:58:07Que a lavoura tem que ser livre
00:58:09pra maquinário, essas coisas, entendeu?
00:58:11E aí o senhor respondeu o quê?
00:58:13Não, eu vou tentar.
00:58:16Seu Sebastião se mexeu
00:58:17diante das dificuldades climáticas.
00:58:20Foi uma fundação alemã
00:58:21sem fins lucrativos
00:58:23que o ajudou a diminuir
00:58:24as perdas na lavoura,
00:58:26plantando a agrofloresta
00:58:28com trezentas e setenta mudas
00:58:30e sementes.
00:58:32Uma nova possibilidade de renda.
00:58:35O cultivo do café sombreado
00:58:37pode diminuir a produtividade,
00:58:39mas tende a deixar
00:58:40a maturação dos frutos
00:58:41mais lenta e completa.
00:58:43É uma prática também
00:58:44que vai ajudar na questão climática, né?
00:58:47Porque vai diminuir a temperatura,
00:58:49vai forrar o solo
00:58:50e vai também ajudar
00:58:53na questão da abertura
00:58:54de raízes ali
00:58:55pra quando chove muito
00:58:56correr água no solo.
00:58:58Tem tudo a ver com cafeicultura, né?
00:58:59Que veio de bosque.
00:59:01A gente tirou,
00:59:02pôs a pleno sol.
00:59:03A família recebeu
00:59:04as orientações
00:59:05sobre cada espécie nova.
00:59:07A gente tem três aqui, né?
00:59:08Nesse início,
00:59:09o feijão e a mandioca
00:59:10vai dar o suporte inicial
00:59:12pra engar,
00:59:13desenvolver bonito, pleno, né?
00:59:15Pra depois ele
00:59:16vai ser tirado
00:59:18a mandioca e o feijão
00:59:19e vai ficar só ele
00:59:20no futuro podando,
00:59:21gerando o alimento
00:59:23que o café precisa.
00:59:25Nessa parte da propriedade,
00:59:27uma antiga área de pasto
00:59:29recebeu insumos
00:59:30e fertilizantes orgânicos
00:59:31e passou a produzir café.
00:59:34Todo mundo fica assim,
00:59:34o que vocês fazem?
00:59:37O que nós fazemos
00:59:38é o manejo,
00:59:39evitamos veneno,
00:59:40fazemos quebra-vento.
00:59:43Eu considero a fundação assim,
00:59:45ensinando a nós pescar.
00:59:46Ó, agora deu a avar,
00:59:47pesca sozinha.
00:59:48De quitar em um copo.
00:59:53Os desafios pra se manter
00:59:55uma boa produção de café
00:59:56tem aumentado
00:59:57não só em propriedades pequenas,
01:00:00mas também
01:00:01entre quem tem
01:00:02centenas e centenas
01:00:04de hectares ocupados.
01:00:05Os desafios aparecem
01:00:07desde a hora do plantio
01:00:08até depois da colheita.
01:00:12Em Santo Antônio do Amparo
01:00:13tem mãos
01:00:14despelando os ramos,
01:00:16mas é a máquina
01:00:17que penteia o café
01:00:19a responsável
01:00:20por grande parte
01:00:21do volume colhido
01:00:22numa fazenda
01:00:23de novecentos hectares.
01:00:25Mais de trinta por cento
01:00:26da produção
01:00:26tem como destino
01:00:27trinta e um países.
01:00:30O cafezal
01:00:31a perder de vista
01:00:33sente falta
01:00:34dos tempos de safra
01:00:35garantido em qualidade
01:00:36e quantidade
01:00:37nos conta o agrônomo
01:00:39Fabrício.
01:00:40Em dois mil e vinte
01:00:41a fazenda atingiu
01:00:42trinta e nove sacas
01:00:43por hectare
01:00:44em sequeiro
01:00:45que é um número
01:00:45muito bom.
01:00:46Chegando em dois mil e vinte e quatro
01:00:48nós estávamos com vinte e oito
01:00:50e chegamos a atingir
01:00:51um fundo do poço
01:00:53de em dois mil e vinte e dois
01:00:55de vinte e três sacas
01:00:56por hectare
01:00:56ou seja
01:00:56produzir café
01:00:58de dois mil e vinte
01:01:00pra cá
01:01:00está mais desafiador
01:01:02por uma questão
01:01:02meteorológica.
01:01:04O trabalho então
01:01:06ganhou outro ritmo
01:01:08é como se tivessem
01:01:09pisado no acelerador
01:01:11pra terminar
01:01:11de colher café
01:01:13ainda em julho
01:01:14assim evitam
01:01:16que a planta
01:01:16tenha que atravessar
01:01:17agosto e setembro
01:01:19meses tradicionalmente
01:01:20mais secos.
01:01:23Enquanto isso
01:01:23tem uma outra
01:01:24frente de trabalho
01:01:25acontecendo
01:01:26nesse pátio
01:01:27de secagem
01:01:28aqui
01:01:29os grãos
01:01:30tem ficado
01:01:31mais empilhados
01:01:32um em cima do outro
01:01:33e menos
01:01:34espalhados
01:01:35e isso tem
01:01:37tudo a ver
01:01:37com o clima.
01:01:41A gente tem que
01:01:42engrossar as camadas
01:01:43de secagem
01:01:43pra evitarmos
01:01:45que nessas condições
01:01:46de temperatura
01:01:47mais alta
01:01:47umidade relativa
01:01:48mais baixa
01:01:49a secagem
01:01:49seja muito acelerada
01:01:50a ponto de atrapalhar
01:01:51a qualidade do café.
01:01:54Nessas terras
01:01:55também se refresca
01:01:56o cafezal
01:01:56com árvores.
01:01:58Elas têm uma função
01:01:59também
01:01:59ecológica
01:02:01por elas servirem
01:02:01de alimentos
01:02:02para inimigos
01:02:03naturais
01:02:04de pragas
01:02:05que atacam
01:02:05o cafeiro
01:02:06por exemplo
01:02:06o bicho mineiro.
01:02:09Assim como
01:02:09em muitas
01:02:10das plantações
01:02:11de café
01:02:11aqui se faz
01:02:12agricultura
01:02:13de sequeiro
01:02:14sem irrigação.
01:02:16A agrônoma
01:02:16Daniela
01:02:17nos mostra
01:02:18como criar
01:02:18um microclima
01:02:19com mix
01:02:20de cobertura
01:02:21do solo
01:02:21combinando
01:02:22diferentes plantas
01:02:23como o capim
01:02:25braquiária.
01:02:25Nós estamos
01:02:26aqui agora
01:02:27no sol
01:02:27se você colocar
01:02:28a mão
01:02:28vai estar
01:02:29o que você acha
01:02:30da temperatura
01:02:31aqui?
01:02:31Está bem quente.
01:02:33E se você
01:02:34olhar de baixo
01:02:35dessa camada
01:02:37aí você põe a mão
01:02:38aqui agora
01:02:39Ah, está fresquinho
01:02:40Está geladinho
01:02:42aqui.
01:02:42Então isso
01:02:43possibilita
01:02:44que o solo
01:02:44esteja protegido
01:02:46essa camada
01:02:47protege aqui
01:02:48e ela vai
01:02:49decompondo
01:02:50trazendo outro
01:02:51benefício
01:02:52que é a ciclagem
01:02:52de nutrientes.
01:02:54O jeito de plantar
01:02:55cuidar da lavoura
01:02:56tem feito
01:02:57diferença
01:02:57mas é preciso
01:02:58ajudar o café
01:02:59a enfrentar
01:03:01os novos tempos.
01:03:03Do grande
01:03:04ao pequeno
01:03:04o produtor
01:03:05tem testado
01:03:06variedades
01:03:07que saem
01:03:07de centros
01:03:08de estudos
01:03:08como esse.
01:03:10A empresa
01:03:10pública
01:03:11de pesquisa
01:03:11agropecuária
01:03:12de Minas Gerais
01:03:13seleciona
01:03:14diferentes cultivares
01:03:16e depois avalia
01:03:17em condições
01:03:18controladas
01:03:19as plantas
01:03:20que respondem
01:03:21melhor
01:03:21ao estresse
01:03:22da falta
01:03:23de água
01:03:23de muito calor
01:03:24e de pressão
01:03:25de pragas.
01:03:27O que essa máquina
01:03:27faz?
01:03:28Mede a fotossíntese
01:03:29e a transpiração
01:03:31das folhas de café.
01:03:32Quanto maior a capacidade
01:03:33dela manter
01:03:33a fotossíntese
01:03:34nessa condição
01:03:35é um indicativo
01:03:37de que ela
01:03:38tolera melhor
01:03:38essas condições
01:03:39diversas.
01:03:41Esse grupo
01:03:41de pesquisadores
01:03:42começou os primeiros
01:03:43estudos de melhoramento
01:03:45genético
01:03:45na cafeicultura
01:03:46ainda na década
01:03:47de 1970.
01:03:50Na época
01:03:50a ferrugem
01:03:51era a principal
01:03:52preocupação
01:03:53nas lavouras
01:03:53de café.
01:03:54Com o tempo
01:03:55os estudos
01:03:55avançaram
01:03:56assim como
01:03:57as mudanças
01:03:58no clima.
01:03:59Hoje
01:03:59o que se faz
01:04:00por aqui
01:04:01é tentar
01:04:01acelerar
01:04:02esses experimentos
01:04:04para se chegar
01:04:04a novas variedades.
01:04:07Cruzar duas plantas
01:04:08para conseguir
01:04:09uma semente
01:04:10com características
01:04:11melhores
01:04:11está longe
01:04:12de ser assunto
01:04:13novo.
01:04:14A questão
01:04:14é a pressa.
01:04:16Aqui
01:04:17os pesquisadores
01:04:18conseguem fazer
01:04:18com que mudas
01:04:19recém-plantadas
01:04:21deem flor
01:04:22logo.
01:04:23No campo
01:04:23isso demora
01:04:24quando o clima
01:04:25está desfavorável.
01:04:27Como não tem água
01:04:28ela garantia
01:04:29que a gente
01:04:29vai ter flor
01:04:30e essas flores
01:04:30ter vingamento
01:04:32no campo
01:04:33é mais difícil.
01:04:33Quando a gente
01:04:34traz aqui
01:04:34para a casa
01:04:35de vegetação
01:04:35a gente garante
01:04:36que a gente
01:04:37vai ter flor
01:04:38e quando fazer
01:04:39os cruzamentos
01:04:40ter vingamento.
01:04:41O que se busca
01:04:42é um café
01:04:42resistente
01:04:43a pragas
01:04:43e doenças
01:04:44produtivo
01:04:45com qualidade
01:04:46de bebida
01:04:47e claro
01:04:47tolerante
01:04:48a seca.
01:04:49O processo
01:04:50da gente
01:04:50desenvolver
01:04:51a cultivar
01:04:52que apresenta
01:04:53tolerante
01:04:53a seca
01:04:53ele está
01:04:54muito avançado
01:04:55mas ela deve
01:04:56ser escolhida
01:04:57com base
01:04:58no seguinte
01:04:58olha esse material
01:04:59tolerante a seca
01:05:00ele foi desenvolvido
01:05:01em que condições
01:05:01de temperatura
01:05:02em que nível
01:05:04de déficit
01:05:05hídrico
01:05:05qual que é
01:05:07a umidade
01:05:08em que esse
01:05:09material foi
01:05:10desenvolvido
01:05:11qual que é
01:05:11a condição
01:05:12do solo
01:05:12que tipo de solo
01:05:13que esse material
01:05:14tolerante a seca
01:05:15suporta.
01:05:16Então
01:05:16essa interação
01:05:17ambiental
01:05:18específica
01:05:19depende muito
01:05:20também
01:05:20do manejo
01:05:21que o produtor
01:05:22vai ter
01:05:22na sua propriedade.
01:05:24Na Universidade
01:05:25Federal de Lavras
01:05:26tem mais gente
01:05:28desenvolvendo
01:05:29variedades
01:05:29adaptadas
01:05:30só que com a técnica
01:05:32de edição genética
01:05:33conhecida como
01:05:34CRISPR
01:05:35os pesquisadores
01:05:36vão no DNA
01:05:37do café
01:05:38onde moram
01:05:39as informações
01:05:39da planta
01:05:40e fazem uma mudança
01:05:42pontual
01:05:43identificam
01:05:44o gene
01:05:45da variedade
01:05:46em que estão
01:05:46interessados
01:05:47e manipulam
01:05:48especificamente
01:05:49esse gene
01:05:50para ele
01:05:51ganhar uma
01:05:52característica
01:05:53que desejam
01:05:53e assim
01:05:54ter um café
01:05:55melhor
01:05:56como detalhe
01:05:57ao pesquisador
01:05:58Luciano Paiva
01:05:59é como se a gente
01:06:00pudesse imaginar
01:06:01se a gente
01:06:02tivesse capacidade
01:06:03de ir num livro
01:06:04e corrigir um texto
01:06:05trocando uma palavra
01:06:06errada
01:06:06para uma palavra
01:06:07correta
01:06:08de tal forma
01:06:09que a história
01:06:09fique melhor
01:06:10então a gente
01:06:10a gente pode
01:06:11a gente tem capacidade
01:06:12hoje em dia
01:06:12de ir no genoma
01:06:14de uma planta
01:06:15e trocar uma letra
01:06:16errada
01:06:17para uma correta
01:06:18qual é a consequência
01:06:19disso?
01:06:20a consequência
01:06:20é que a gente
01:06:21pode gerar plantas
01:06:22que são muito mais
01:06:24tolerantes
01:06:24a estresíticos
01:06:25a pragas
01:06:27a doenças
01:06:28e até mesmo
01:06:29plantas mais produtivas
01:06:30isso só é possível
01:06:33porque estudiosos
01:06:34como o agrônomo
01:06:35da Embrapa
01:06:35Alain Andrade
01:06:37trabalharam por duas décadas
01:06:39até encontrar
01:06:40os genes ideais
01:06:42para esses experimentos
01:06:44nosso objetivo
01:06:44é minimizar as perdas
01:06:47então se uma planta
01:06:48de café
01:06:49conseguir
01:06:50tolerar
01:06:51dez dias a mais
01:06:53de seca
01:06:53já será um ganho
01:06:55enorme
01:06:56para a cafeicultura
01:06:57a estimativa
01:06:59é de que na próxima década
01:07:01os testes
01:07:02cheguem ao campo
01:07:03café é uma planta
01:07:04perene
01:07:04que ela leva
01:07:05um período longo
01:07:06para expressar
01:07:07as características
01:07:08então nós temos
01:07:09que ter paciência
01:07:09para guardar
01:07:10e verificar
01:07:11e validar
01:07:12essas plantas
01:07:13no campo
01:07:13para verificar
01:07:14se elas realmente
01:07:14adquiriram
01:07:15as características
01:07:15que nós desejamos
01:07:17o que significa
01:07:19dizer que essa
01:07:20é uma planta
01:07:20exposta
01:07:21às variações
01:07:22do tempo
01:07:22por anos
01:07:23e não só
01:07:24por uma safra
01:07:25tornando tudo
01:07:26mais desafiador
01:07:27eu acho que o café
01:07:29hoje tem que ter
01:07:30muito manejo
01:07:30produzir café
01:07:31hoje
01:07:32há 20 anos
01:07:33atrás
01:07:33é totalmente diferente
01:07:34na contramão
01:07:40dos desafios
01:07:41um campo
01:07:42de novidades
01:07:43nascido debaixo
01:07:44do pé de café
01:07:45o Felipe
01:07:46filho da Hélia
01:07:47e do Sebastião
01:07:48já está arrumando
01:07:49um jeito
01:07:50de levar
01:07:50essa história
01:07:51adiante
01:07:52tentar aumentar
01:07:53um pouquinho mais
01:07:53de área de água
01:07:54floresta
01:07:55e também investir
01:07:56no mercado
01:07:57de café especiais
01:07:59e outras coisas
01:08:00para valorizar
01:08:02mais o produto
01:08:02se o tempo
01:08:06vai ajudar
01:08:07não se tem garantia
01:08:08mas pode contar
01:08:10com a força
01:08:10do trabalho
01:08:11de quem vive
01:08:12de fazer café
01:08:13vocês não pensam
01:08:14em mudar não
01:08:14de cultura?
01:08:16não
01:08:16mas eu só tenho
01:08:17mudas
01:08:18vou plantar
01:08:20mais
01:08:20vou plantar
01:08:20para o livro
01:08:21vou plantar
01:08:22café
01:08:23e algo
01:08:24nesse ano
01:08:38a safra de café
01:08:39em Minas Gerais
01:08:39deve ser
01:08:407,4%
01:08:42menor
01:08:43que no ciclo
01:08:43anterior
01:08:44segundo a Conab
01:08:45além de ser
01:08:46um ano
01:08:46de safra pequena
01:08:48o café
01:08:48é uma cultura
01:08:49que produz mais
01:08:50ano sim
01:08:50ano não
01:08:51tem também
01:08:52o componente
01:08:53do clima
01:08:54reduzindo o volume
01:08:55que sai do campo
01:08:56por hoje
01:08:57ficamos por aqui
01:08:58você pode rever
01:08:59essa edição
01:09:00sábado que vem
01:09:01às 6 da manhã
01:09:02e domingo
01:09:03às 8 e meia
01:09:04tem Globo Rural Inédito
01:09:06um bom dia
01:09:06para você
01:09:07uma ótima semana
01:09:08e aí
01:09:13e aí
01:09:17e aí
01:09:21O que é isso?
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