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O IPCA acumulou alta de 5,35% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. Com isso, o Brasil descumpre oficialmente a meta, o que acende o alerta no mercado e nas decisões econômicas do governo. A bancada do LDF analisou quais são os desafios para a economia brasileira.

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Transcrição
00:00Quando a gente fala de tanto de meta de inflação como também de cálculo de índice,
00:05a gente tenta ter um retrato simplificado da realidade.
00:09Então é como eu ter ali um mapa, que claro, quando eu vejo um mapa,
00:12muitas vezes eu não vejo as ruas, mas eu consigo ter uma noção ali projetada.
00:17Então toda vez que é feito qualquer ajuste,
00:20entende-se que é para tentar estar mais ali alinhado com o que seria algo verídico,
00:25algo dentro da realidade e algo que de fato vai trazer um impacto positivo para a sociedade.
00:30Quando a gente fala de inflação, por que esse ponto é trazido com muita frequência?
00:34A gente está sempre falando de inflação, tem gente que nem sabe o que é inflação,
00:37isso é muito interessante, né?
00:38A inflação, gente, é inflar é o quê?
00:41O próprio nome já diz, inflar é quando existe um aumento no nível geral de preços.
00:47E isso é calculado através de um índice,
00:49que pega ali uma lista de produtos e vai, né, pega os preços dessa lista todo mês
00:55e vai comparando um mês com outro.
00:57Por que que isso é muito importante?
00:59É importante a gente ter essa meta de inflação.
01:02Porque a inflação, ela justamente é o que faz com que perca, né, corroa o valor da nossa moeda.
01:09Então, em tese, a inflação, a gente olhar para a inflação e fazer a política monetária
01:14é um dos pilares que sustenta o valor da nossa moeda.
01:20Algumas pessoas ainda acreditam que moeda tem lastro em ouro aqui no Brasil.
01:25Isso não é uma verdade.
01:26Mas também tem gente que fala, moeda não tem lastro.
01:29Mas eu também não concordo muito com essa afirmativa, porque o que é lastro?
01:34Lastro é aquilo que sustenta o valor de alguma coisa.
01:38E quando a gente fala ali do papel da moeda em uma sociedade,
01:42a gente vê que um dos pilares que sustenta o valor de uma moeda é o que?
01:47É a política monetária.
01:49Que é quais que são ali as decisões que são feitas para poder ajustar ali os padrões de preços
01:57e permitir com que essa moeda continue tendo valor.
02:01Até porque o real, ele nasceu de uma reforma monetária.
02:06A gente tinha uma outra moeda que, por conta de uma hiperinflação,
02:09ela deixou de existir e através de uma reforma que surgiu o real.
02:14E por isso que são feitas essas análises consecutivas e periódicas.
02:19E se tem que ter uma meta.
02:21Por quê?
02:22Para não perder ali a mão.
02:24Só que essa meta, ela também tem ali algumas...
02:28Ela tem uma margem de erro, digamos assim.
02:31E aí é onde está começando a dar um pouco do rebuliço.
02:34Porque a hora que a coisa perde um pouco a mão, o presidente do Banco Central tem que dar satisfação para alguém.
02:40Que é para o ministro.
02:41E aí o ministro, ele tem que também ali dar satisfação para a sociedade e dar uma orientação.
02:48Então, ao mesmo tempo que existe essa satisfação que é dada,
02:51o ministro entende que, pera lá, mas está dentro ainda, na margem de erro.
02:55Calma, calma lá, pera lá.
02:57E aí eu vou aqui, né, deixar um pouco o debate fluir.
03:01Porque tem muita coisa também para trazer em relação a esse tema.
03:05Laura, antes de eu passar para as meninas, só mais uma coisa.
03:07Explica para a gente, para quem está nos ouvindo e assistindo,
03:09quando que essa inflação pode chegar no consumidor, em quem está ouvindo e quem está assistindo.
03:14Como que afeta a gente assim, logo de cara?
03:17Então, vamos lá.
03:18Ela afeta de duas formas, gente.
03:20Existe a questão de a gente perceber nitidamente um aumento no nível geral de preços.
03:25Mas, como eu falei, a gente precisa preservar o valor da nossa moeda.
03:30Então, a nossa moeda, ela precisa permanecer tendo valor.
03:34Isso é algo que é muito importante a gente ter essa clareza.
03:39Porque, às vezes, a gente acha que dinheiro é uma ciência exata.
03:44Não é.
03:44É uma ciência política também, quando a gente fala de dinheiro.
03:47Porque são feitas algumas políticas ali para poder preservar o valor daquela moeda.
03:52E aí, quando a gente fala dos impactos, a gente tem tanto impacto ali no nível geral de preços,
03:57mas também tem uma coisa ali que é o remédio amargo para poder segurar a inflação,
04:02que se chama taxa de juros.
04:04Taxa de juros no Brasil já está arrebentando, não é mesmo?
04:08E o Banco Central, o ministro, eles já estão querendo ali dizer que acabou esse momento de aumento consecutivo de taxas de juros.
04:18Volto a dizer, o que é taxa de juros para poder ficar claro do porquê que ela segura a inflação?
04:23Taxa de juros é o preço do dinheiro.
04:26Então, sim, ali no nosso mundo, na nossa sociedade, a gente compra dinheiro.
04:30E ele tem um preço.
04:31E o nome desse preço é juros.
04:33Por isso que, quando a gente tem ali um aumento no nível geral de preços,
04:37se aumenta esses juros para dar uma segurada na atividade econômica.
04:42E por que é um remédio amargo?
04:44Porque é aquele momento em que o crédito fica muito caro.
04:48Então, qual é o empresário que vai querer expandir o seu negócio?
04:52Qual é a pessoa que quer comprar o seu imóvel se o crédito está muito caro?
04:57Então, segura a atividade econômica.
04:59Então, imagina que uma empresa também que pensa em aumentar o seu quadro de funcionários,
05:02espera lá, está muito incerto, os juros estão muito altos, eu vou dar uma segurada.
05:08Então, o grande reflexo que isso pode trazer, quando a gente traz ali no médio e longo prazo,
05:17é uma crise econômica.
05:19Justamente por quê?
05:20Para conter a inflação, eu tento segurar a inflação, eu faço o que?
05:24Eu seguro a atividade econômica.
05:25E o que é segurar a atividade econômica, gente?
05:28É aumento de taxa de desemprego.
05:29É a gente ter ali também uma redução da produtividade, da atividade econômica do Brasil.
05:36Então, acaba sendo o dito, tem um termo que é muito importante para quem quer entender economia
05:43que se chama trade-off.
05:45E que eu falo que ele serve para a vida.
05:46Então, eu vou ensinar um termo para a vida de vocês.
05:49Que é, toda vez que a gente tenta resolver um negócio, a gente cria outro do outro lado.
05:53Isso acontece bastante.
05:55Eu brinco que é que nem o paciente, que eu tenho que dosar o remédio para não matar o paciente.
05:59E assim acontece na economia.
06:01Toda vez que a gente tenta reduzir a inflação, a gente aumenta a taxa de juros, mas tem que tomar esse cuidado aí.
06:06E para a gente entender melhor, então, olha, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional
06:11para o período de 12 meses era uma meta de 3% para a inflação,
06:15com tolerância de 1,5 ponto percentual, ou para mais ou para menos.
06:19Quer dizer, podia flutuar entre 1,5% e 4,5%.
06:23A gente estourou, então, 0,85 ponto percentual com esse 5,3%.
06:29E aí, Thaís, volto, então, para a gente também estar falando de inflação,
06:33a gente está falando da população sentindo no bolso,
06:36a gente está falando de política também, é claro.
06:39E a gente volta a esse assunto.
06:41O cenário, então, para o governo federal, fica um cenário difícil?
06:45A Laura falava bem, Galípolo se explica para o Ministério da Fazenda,
06:50mas, querendo ou não, está tudo ali atrelado, né?
06:53Eu pensava muito nisso, Bia.
06:54Enquanto a Laura falava, eu pensava, tudo bem, estamos aqui entendendo os números, o que é inflação,
07:00mas a inflação é sentida nas gôndolas dos supermercados.
07:04Por mães, solos, o Brasil é gerenciado por milhares de mães solos, por famílias vulneráveis.
07:10Então, o Galípolo tem aí a oportunidade de fazer uma política monetária
07:17que vá para além dos olhos de quem está na Faria Lima,
07:20mas pensando na população, pensando nas pessoas, na existência das pessoas.
07:25E, lógico, se avizinhando das eleições,
07:29é muito importante que, para além da humanidade que envolve o que está por trás da economia,
07:35as pessoas se preocupem que a população precisa sentir, ter segurança.
07:40Eu sou da década de 80, então eu lembro de como era a insegurança de um país
07:45que tinha uma inflação estourada, né?
07:48A insegurança de não saber qual vai ser o valor do alimento no mês que vem,
07:52de querer receber em dinheiro, porque o dinheiro vai desvalorizar dias depois.
07:56Então, na verdade, quem sofre com isso é a população no supermercado,
08:01para ficar claro que a inflação não é só conceitos econômicos difíceis de entender,
08:06mas tem um impacto direto na vida das pessoas mais vulneráveis.
08:09Luciana, hoje a economia é o principal problema do país, do governo como um todo,
08:15da avaliação do presidente Lula?
08:18Com certeza.
08:19São 18 anos de governo sobre a administração do PT.
08:22Nós tivemos já o segundo comunicado por parte do Galípoli
08:27para o ministro Haddad, do problema que está acontecendo,
08:31essa quebra aí do que foi combinado lá atrás.
08:34Nós tivemos, temos o café em média, R$ 49,00 o quilo.
08:38Nós temos a habitação que teve um acréscimo de 0,90%, ou seja, subiu.
08:44Nós temos energia elétrica em 2,96, que corresponde a 4,46 a mais na conta de luz
08:50a cada 100 kWh hora que é cobrado do consumidor.
08:53Então, quem paga a conta é, em especial, a população de baixa renda.
08:58Foi falado aqui a respeito, muito bem colocado para o nosso economista que compõe a mesa,
09:03a questão dos empresários.
09:05Os empresários, já falei várias vezes aqui, não aguentam mais.
09:08Eles têm que escolher hoje entre pagar impostos, pagar o custo de matéria-prima,
09:13virar aí nessa questão da variação do dólar toda que acaba impactando.
09:17E um detalhe, a inadimplência, porque inadimplência hoje não atinge só o consumidor pessoa física,
09:24atinge também a pessoa jurídica.
09:27Então, ou resolve o problema da economia, ou daqui a pouco,
09:31esse governo vai entregar como o país, um país quebrado?
09:33Fala-se que não tem dinheiro mais para pagar a Previdência,
09:36que não tem como pagar uma série de compromissos do Estado,
09:40e a gente não vê nada em prol da população.
09:42Quem paga a conta é a população.
09:45A energia hoje é um dos grandes problemas da dona de casa.
09:49Nós não temos o investimento em energia limpa.
09:52Eu tenho na minha casa o sistema de energia que eu pago R$ 78,00 por mês
09:57contra uma conta de luz em torno de R$ 1.550,00.
10:00Então, se houvesse por parte do nosso governo uma intenção de olhar pela nossa população,
10:05investiria em energia limpa, em usinas residenciais
10:08que pudesse atender a população de baixa renda,
10:11e assim, amenizando a conta no final do mês lá no orçamento doméstico.
10:16Laura, queria completar antes de eu chamar a Priscila?
10:19Sim, eu gostaria de completar que de toda forma,
10:22tudo aquilo que a gente traz, até eu agradeço muito a contribuição dos meus pares aqui,
10:27porque toda vez que a gente traz essa questão de política monetária,
10:29às vezes parece que é algo muito longe da gente, mas não é justamente isso.
10:32Essas decisões, gente, é para beneficiar a população.
10:36É sempre pensando na população, porque no final do dia,
10:39esse é o sentido de fazer gestão pública,
10:42esse é o sentido de a gente olhar para dados,
10:44olhar para as decisões relacionadas à nossa economia.
10:47E esse ponto aí, do posicionamento do presidente do Banco Central,
10:51ele, na verdade, ele tem ali, digamos que,
10:54ferramentas bastante limitadas para poder mexer com a inflação.
10:57Porque o que forma os parâmetros de preços?
11:00Não são apenas ali os mecanismos que podem ser feitos dentro de um Banco Central,
11:04na verdade, resvalem muito outras coisas,
11:06que é a questão de custos, o custo de produção,
11:10que também tem a ver com as questões que estão fora do Brasil.
11:14Então, a gente depende muito do exterior.
11:17Até que ponto também o Brasil é competitivo economicamente
11:21em ser produtivo, de produzir riqueza,
11:24e não apenas ser um país que produz commodities.
11:27O que é commodities?
11:28É tudo aquilo que é básico.
11:30Tudo aquilo que não foi transformado.
11:32Então, se eu tenho ali o café em grão, em saca, é uma commodity.
11:36Agora, aquele café com caramelo, com aroma,
11:39num saquinho bonito, já não é mais commodity.
11:41Ele é um produto transformado com bastante valor agregado.
11:45Então, até que ponto o cenário produtivo brasileiro
11:50não também está um pouco enfraquecido
11:53frente a sofrer muitos impactos
11:55quando a gente tem ali um cenário de adversidade no exterior?
11:59Quando a gente volta lá para 2010,
12:02que foi o ano ali em que a gente teve um dólar abaixo de dois,
12:05os parques fabrises no Brasil fecharam.
12:08Teve muita fábrica que produzia
12:10e começou a jogar tudo para ser produzido na China
12:12porque ficava mais barato do que produzia aqui no Brasil.
12:15Então, a gente tem sim também essa questão do
12:17o que forma o preço dos produtos.
12:19Se a gente tem a questão dos custos,
12:21tem a parte de oferta e demanda, tem,
12:23mas a gente também tem os custos,
12:25tem os impostos,
12:26e tudo isso acaba impactando no preço
12:30e é muito limitado o poder
12:33que um presidente de Banco Central tem
12:35em questão de impactar um nível geral de preços.
12:38Ele precisa ir fazendo leituras
12:40e ir fazendo esses mecanismos, como eu falei,
12:43justamente porque a gente tem que preservar
12:44o valor da nossa moeda
12:45para que a gente mantenha a saúde da nossa população
12:50frente à possibilidade de uma hiperinflação,
12:53que não estamos sofrendo risco de uma hiperinflação.
12:56Mas a gente já teve na nossa história
12:59e por isso que a gente tem todo esse papel ali
13:01em que tudo se junta, entendam.
13:03É tudo uma coisa só.
13:05Nada está tão distante de você assim, não.

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