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#SociedadeDigital
Transcrição
00:00Sociedade Digital. Sociedade
00:06Digital no ar, a ponte aérea mais
00:07tecnológica do rádio, da TV e da
00:09internet. Vamos juntos nesta
00:12próxima meia hora falando sobre
00:14como a tecnologia beneficia
00:17todo o processo hospitalar, como
00:20os hospitais são verdadeiros
00:22centros tecnológicos e a
00:24inovação é a chave pra garantir
00:26que as pessoas sejam melhor
00:28atendidas, que mais gente seja
00:30atendida e que naquele momento de
00:32angústia ali em que você tá com uma
00:34preocupação urgente consigo ou com
00:37algum parente seu que tá por ali,
00:39alguma pessoa querida, que você
00:41consiga ter previsibilidade,
00:43agilidade, facilidade em todo o
00:45processo de atendimento. E aí pra
00:47gente poder falar um pouco sobre
00:49isso, estamos recebendo aqui
00:51alguém que faz parte da linha de
00:56frente, do top, daquilo que de
00:59melhor a gente vai encontrar no
01:01Brasil como referência nesta
01:03associação entre a tecnologia e o
01:06processo hospitalar, que é o
01:08Sírio-Libanês. E quem vem contar
01:10pra gente essa história é o Alex
01:13Julián, que é CIO do Hospital
01:15Sírio-Libanês e quando eu digo
01:17que vocês são o top do top é porque
01:18vocês ao lado do Hospital Albert
01:20Einstein e de alguns outros poucos
01:22hospitais aqui no Brasil, vocês
01:24ditam tendência quando o assunto é
01:26essa junção da tecnologia, da
01:29inovação aos processos hospitalares.
01:33Me corrija se eu estiver errado, mas
01:35hospitais de outros países vêm
01:37aqui pra aprender com vocês um pouco
01:40do que é feito. Obrigado Alex por
01:41estar aqui com a gente. Muito obrigado
01:43pelo convite. A gente tem o prazer de
01:45estar nessa vanguarda, o Sírio-Libanês
01:47é um estouro de referência pela sua
01:49qualidade clínica e obviamente pelos
01:51processos de tecnologia que ajudam
01:52nessa gestão do cuidado. Porque é
01:55fascinante ver como essa engrenagem
01:57funciona, eu já tive a oportunidade
01:59de conhecer um pouco no caso do
02:02Einstein, um pouco no caso do Sírio.
02:05É muito interessante perceber que não
02:09é só a tecnologia a serviço de uma
02:11grande engrenagem, é a tecnologia
02:13aplicada a uma grande engrenagem a
02:16serviço da melhor qualidade de
02:18atendimento para pessoas. No fim do
02:20dia, o grande ponto de partida e a
02:23linha de chegada para vocês na
02:25tecnologia é o atendimento para o
02:29paciente, é melhorar a condição daquele
02:31paciente durante toda a jornada dele
02:34ali, seja uma passagem rápida e breve
02:36ali pelo pronto-socorro ou uma
02:38internação ou exames ou qualquer que
02:40seja esse ponto. O lado humano não se
02:44perdeu quando vocês levaram muito a
02:46tecnologia lá pra dentro, né?
02:48A tecnologia ela é um viabilizador do
02:50cuidado, né? Então a gente precisa
02:52entender sobre disponibilidade, sobre
02:55o quão isso vai interferir no ciclo de
02:58vida do paciente dentro da unidade, como a
02:59gente traz esse paciente para o melhor
03:01cuidado com o uso da tecnologia. A
03:04tecnologia, ela é o meio, ela não é o
03:06fim. E como é que a gente consegue com
03:08essa disponibilidade, acesso e
03:11tecnologias emergentes melhorar o
03:13cuidado do paciente no ciclo de
03:14banheiro. E você, Alex, estava dando
03:18uma olhada, você tem passagem por
03:19algumas big techs. A sua vida é dentro
03:25de um universo com uma lógica um tanto
03:29quanto diferente da lógica que vigora no
03:33ambiente em que você hoje vive. Como que
03:36foi essa jornada e o que que você traz
03:39desse mundo de bits e bytes pra um
03:42mundo em que a orientação é justamente
03:45essa que a gente tava dizendo aqui?
03:47Eu transitei por alguns mercados
03:48nesses vinte e poucos anos de
03:49tecnologia. Ah, mercado financeiro,
03:52mercado de serviços, telecomunicações,
03:54e eu digo que eu trago pra saúde o
03:56benefício da ignorância, né? Pra mim eu
03:58consigo olhar com uma perspectiva
04:00diferente e às vezes através de uma
04:02pergunta que não seria feita numa
04:05ocasião, tentar ter um olhar diferente
04:08também, né? Como eu não tô enviesado, só
04:10na saúde, tô na saúde há oito anos, passei
04:12por outras casas, mas essa ignorância
04:15do setor de saúde me beneficia a
04:17trabalhar na saúde, né? Eu trago
04:18algumas questões que não são tão
04:21triviais, né? Por exemplo, retorno de
04:24investimento, qual o valor daquilo que
04:26a gente tá fazendo, não só para a
04:28tecnologia, mas principalmente pro
04:29negócio. Questão do meu time também,
04:31se o que a gente tá fazendo é uma
04:32coisa que vai trazer um benefício, qual
04:33que é o benefício? Exato. Pra que eu
04:35consiga tirar a tecnologia do papel do
04:37garçom, né? A gente é um impulsionador
04:40do valor a ser gerado e não centro de
04:42custo. Se continuar sendo centro de
04:44custo, talvez a tecnologia não sirva
04:45por propósito que ela tá sendo
04:46colocada na saúde e nos outros
04:48mercados. Não dá pra medir por
04:49CAPEX e OPEX. Não somente por
04:51CAPEX e OPEX. Às vezes a gente
04:53consegue trazer inovação sem
04:56investimento, inclusive. Então tem
04:58aquela visão da indignação boa que
05:00eu falo pro time. Como é que você vai
05:02olhar isso que tá acontecendo agora e
05:03se indignar no bom sentido pra
05:05transformar a maneira de trabalho e
05:07até o papel da tecnologia dentro desse
05:09processo. O André Micelli, meu
05:12parceiro de todas as horas aqui no
05:13Sociedade Digital, deixou, não está
05:16conosco aqui ao vivo na gravação, mas
05:19ele deixou uma pergunta pra você,
05:22Alex. Vamos ouvir? Claro, claro que sim.
05:23Olá, amigos da Jovem Pan, Carlos
05:27Aros, Alex, prazer estar aqui
05:30novamente com vocês. Minha pergunta é
05:33o seguinte, Alex, de que maneira você
05:36vê a estrutura de tecnologia dos
05:40hospitais que são cada vez mais
05:42simbióticos, cada vez mais saúde e
05:45tecnologia estão juntos nesse processo?
05:48de que maneira você vê a tecnologia
05:50sendo um risco também? Quero avaliar,
05:54por exemplo, cibersegurança, como
05:56vocês mapeiam e como vocês mitigam os
05:59riscos associados à tecnologia?
06:02Bom, aqui no universo hospitalar, a
06:04gente tá, eu que vi no mercado
06:05financeiro, por exemplo, eu sempre
06:07digo que a gente tá alguns anos atrás
06:08no mercado financeiro em termos de
06:09tecnologia. Até pela natureza do
06:11negócio, a natureza do cuidado, né? Se
06:13você tem um problema no equipamento ou
06:15um problema de máquina obsoleta em
06:17tecnologia, os hospitais tendem a
06:19priorizar a máquina do cuidado. Então
06:21é, até por uma questão de investimento
06:23e preocupação, a saúde sim é um pouco
06:26mais atrasada que outros mercados. E
06:28como é que a gente mitiga isso? Como é
06:29que a gente estuda isso? Como é que a
06:30gente consegue identificar melhorias e
06:33trazer essa inovação a um custo muito
06:35mais baixo, né? Normalmente tecnologia, a
06:38gente faz a conta do tomar lá, dá cá, né?
06:41O que que eu vou investir versus o que
06:42que eu vou evitar, a eficiência que eu
06:44vou trazer, a automação que eu vou
06:45trazer, o cuidado que eu vou gerar com
06:47isso, né? Então os projetos de tecnologia
06:49que a gente implementa, muitas vezes,
06:51quem tá na minha posição é um vendedor
06:53do projeto, né? Então a gente vende
06:54tecnologia, vende projeto, vende
06:56iniciativa, pra que o hospital, através
06:58de uma análise, muitas vezes, de custo ou de
07:00qualidade, possa optar por isso ou não.
07:02Pensando em segurança da informação,
07:04isso é um tema latente em todos os
07:06lugares, né? Só que na carreira eu digo
07:09que a segurança da informação é como se a gente
07:11estivesse enxugando o gelo. Por quê?
07:13Quanto mais você investe, não quer dizer
07:14que você vai ter 100% de segurança e que
07:16o problema possa não acontecer.
07:18Quer dizer que a gente tem que investir,
07:19a gente tem que estar superativo, hein?
07:21Mas principalmente lidar com uma coisa
07:23que é a engenharia social.
07:25Recentemente teve um problema gigantesco
07:26de PIX no mercado, que foi um cara
07:29que ganha um pouco menos e vendeu
07:31pro triplo do salário um acesso.
07:33Será que essa pessoa devia ter esse
07:34acesso? Então a engenharia social é o que
07:36mais atrapalha a gente em qualquer
07:37mercado. Esse é o caso do PIX.
07:39Mas é a mesma coisa na saúde, é a mesma
07:40coisa em telecom. Então como é que a gente
07:41queria essa cultura de segurança da informação?
07:44Não é somente através de software, controle
07:46ou colocando cadeado nas coisas.
07:47Mas como é que você identifica o seu
07:49colaborador que a informação que ele tem
07:51na mão é valiosíssima? Como é que você
07:53consiga compartilhar com ele que aquilo
07:55que ele tem em mãos e que ele transita
07:58de uma maneira dentro do sistema ou através
07:59de um papel pode gerar impacto gigantesco
08:01dentro da organização?
08:03Então a segurança da informação, a gente
08:04tem controles, a gente analisa sistemas
08:06que vão se conectar com a gente, a gente
08:08tem parâmetros dizendo que se ele está
08:09complicar isso ou não aquilo que a gente
08:10espera, isso no mercado de tecnologia
08:12como um todo. Mas o grande ponto que a gente
08:14tem que trabalhar todos os dias é a cultura
08:16da segurança da informação. Como é que o
08:18impacto do Alex cidadão pode beneficiar ou pode
08:22atrapalhar uma estratégia empresarial pensando
08:24em segurança?
08:24E é interessante essa lógica porque também
08:28ela se conecta diretamente com essa ideia de que a
08:35tecnologia não é um centro de custo. Você passa a
08:38trazer essas discussões para o centro de decisão
08:41do negócio em que a tecnologia ela está plugada em
08:45todas as frentes de atuação, em todas as unidades
08:49dentro da empresa. Ela deixa de ser uma unidade para
08:51estar em todas as unidades ali. E isso vai desde o
08:56atendimento até a hotelaria, não importa. É um olhar,
09:02é quase holístico da tecnologia sobre tudo, né?
09:05Exato. E às vezes a gente como tecnologia tem que saber
09:07falar não. Tem que saber matar as coisas que não fazem
09:09sentido, né? A gente está acostumado sempre a falar sim,
09:12a prestar o serviço, a entregar, mas qual que é o real
09:15valor daquilo que a gente está fazendo? Qual que é o caminho
09:17que a gente está seguindo em colocar uma solução que pode
09:19onerar o tempo de tratamento do paciente porque é uma
09:21coisa legal de se fazer, né? A tecnologia tem muitos
09:26hypes, hoje a AI é um deles. E o quanto isso está agregando
09:29valor àquilo que a gente está fazendo? O quanto isso realmente
09:31precisa ser feito naquele determinado processo? A gente sempre
09:35tem o costume no mercado, seja ele qual for, de automatizar o processo
09:41atual. E o que isso traz de benefício? Às vezes quase nenhum. Às vezes a gente
09:45não consegue explorar o total valor daquilo que a gente quer colocar
09:50implementando daquela maneira. Então questionar, matar projetos, às vezes
09:54assim, pô, isso aqui não faz sentido, vamos parar agora. A gente vive
09:57hoje uma geração que pode errar, né? Minha geração a gente não
10:01pôde errar. Hoje a gente pode errar, mas a gente quer ir rápido
10:04para transformar. Então isso são coisas que trouxeram a tecnologia
10:08a esse patamar de ser negócio. Não existe um negócio hoje que
10:11sobreviva essa tecnologia. Então a tecnologia deixou de ser o suporte
10:14e passa a ser o negócio. O André deixou mais uma pergunta, vamos
10:18ouvir, vamos lá. Alex, o Hospital Sírio-Libanês está entre os mais
10:23importantes do mundo. A tecnologia, como a gente já falou aqui ao longo
10:27do programa, é uma ferramenta fundamental sobre diversos aspectos
10:32e, obviamente, planejar o futuro faz parte do dia a dia de um
10:37profissional como você. Como você está criando os roadmaps de
10:41inovação? O que dá para esperar nos próximos anos? E também quero
10:45te ouvir sobre as falhas. De que maneira vocês lidam num contexto
10:49tão sensível como esse, com as falhas que são inerentes ao
10:53processo de inovação?
10:55Bom, a gente está mirando muito no cuidado do paciente com
10:58predição. Como é que a gente analisa o histórico do paciente
11:01para ver se a gente consegue capturar algum tipo de sintoma
11:06ou imagem que possa trazer ele para um cuidado que seja inesperado
11:09naquele momento. Acho que o mercado de saúde inteiro está mirando
11:12isso, né? Como é que a gente consegue olhar para uma base
11:15estabelecida e tornar a vida desse paciente melhor a partir de um
11:20diagnóstico precoce, a partir de um achado, que eles chamam de achado
11:23crítico, né? Pensando em inovação, esse é o caminho que a gente está
11:27tomando. Obviamente, a gente também está pensando agora em fazer o básico
11:31muito bem feito, como sempre foi feito, né? Então, olhar o nosso paciente,
11:34cuidar do nosso paciente, trazer informações na palma da mão do médico,
11:37disponibilizar aquilo que ele precisa tomar da decisão rápida, né?
11:40E para que a gente possa não engessar, é a pergunta que ele fez,
11:45é como é que a gente faz com esse mito do erro? Eu sempre digo que o
11:49problema nunca foi errar, o problema é a surpresa, então a gente precisa
11:52estar preparado, alinhado para que quando o erro aconteça, a gente
11:55está preparado para responder de forma rápida, né? Porque erro na
11:57tecnologia é muito fácil de acontecer. Agora, o que a gente vai fazer
12:01no momento de crise? Então, é isso que a gente está trabalhando agora.
12:04É interessante essa ideia do erro, porque dentro do contexto da área
12:09da saúde, se a gente for perguntar para o médico sobre isso, ele vai dizer
12:13que um erro custa uma vida. E no limite, vocês estão trazendo uma cultura
12:20que é absolutamente disruptiva, para usar um termo também desse universo,
12:26para um ambiente em que isso não é aceitável e que esse conservadorismo,
12:31muitas vezes nas escolhas, se faz justamente porque a premissa é essa
12:34orientada pelo médico. Eu não posso errar. Errar aqui implica em custo de vida.
12:39Eu tenho uma vida perdida por um erro. Ou seja, os cálculos todos que vocês fazem
12:44também são tangibilizados pela decisão final que, na ponta, ela é orientada
12:48pelo médico, que é quem vai definir ali esse papel.
12:54Esse processo de construir essa cultura envolve também trazer essas lideranças
13:01médicas para essa visão de que, olha, não, não estamos entrando em uma zona
13:04de risco à vida aqui. Nós estamos entrando em uma zona em que a gente vai
13:10errar, tecnologicamente falando, com dado. Mas no limite eu estou protegendo
13:14o paciente. Continuo protegendo o paciente.
13:17Por isso que eu tenho uma crença do Alex que a gente nunca vai substituir o profissional
13:21na ponta. Nunca vai. Que a gente vai fornecer ferramentas e informações
13:26para que ele possa tomar a melhor decisão. Porque a hora da decisão é médico.
13:30É ele. Na ponta.
13:31Então, a tecnologia, ela vai dar a melhor visão, trazer o melhor dado. E quando eu
13:36falo em errar, por exemplo, a gente está trabalhando muito com linguagem de máquina.
13:40Isso é treino.
13:40Sim.
13:41Ele vai errar duas vezes e o grau de acuidade vai aumentar cada vez mais.
13:44Nesse nível de erro. A gente não pode errar no momento decisivo.
13:49Então, como é que a gente cerca isso de layers que consigam garantir a alta
13:54disponibilidade e o menor impacto no cuidado do paciente, sempre tendo a atenção
13:57do médico. A tecnologia, ela não deveria, em nenhum mercado, decidir nada sozinho.
14:02Sim.
14:03Ela não é uma...
14:03Ela não é a ponta.
14:04Exatamente.
14:05Ela é o meio.
14:05Então, construir, eu tenho a super crença de que construir junto é o caminho correto.
14:11Validar, entender.
14:13Ó, isso aqui que foi entregue como resultado, realmente é um resultado válido?
14:16Isso aqui traz a diferença?
14:17Não, mas peraí, vamos dar um passo atrás? Vamos replanejar?
14:19Então, construção a quatro, a seis, a dez mãos é o caminho que, pra mim, traz mais
14:23valor.
14:24Sim.
14:24Porque, como tecnologia, quem sou eu pra direcionar alguma coisa dentro de uma equipe
14:28médica?
14:29E o médico vai precisar também o apoio pra que a coisa que é manual se torne mais
14:32ágil e rápida.
14:33Então, esse trabalho integrado é mandatório pra que a coisa funcione.
14:37Voltando ao tópico que você dizia sobre a prevenção, né?
14:41O trabalho preventivo, ele não só salva vidas, como ele reduz custos.
14:47Mas, o pressuposto é que vocês passem a ter também uma capacidade de gestão dos
14:53dados e de centralização dessas informações muito maior.
14:59Como que é isso hoje pra vocês?
15:01Porque a base de uma boa IA é o dado que você imputa lá, é a informação.
15:08Como é isso hoje pra vocês?
15:09Porque são, sem dúvida nenhuma, dados sensíveis com diferentes fontes.
15:15Vocês têm os dados do histórico do paciente lá de dentro.
15:18Eu não sei se o laboratório é de vocês ou se ele é terceirizado, mas também é uma
15:22outra fonte.
15:24Enfim, vocês têm uma infinidade de origens desses dados.
15:30Vocês estão centralizando, estão modelando uma IA própria.
15:33Como que é essa jornada?
15:35O principal desafio em tecnologia, em geral, é esse tipo de integração.
15:39Como é que você pega dados de sistemas diferentes, com informações diferentes, normatiza e
15:44trabalha isso?
15:45Como é que você constrói desde a integração até um depara da informação?
15:50Porque aqui, às vezes, é qualquer coisa místere, aqui é senhor.
15:53Como é que você faz essa conjunção de informações pra que você tenha o dado?
15:57E até o tipo do dado.
15:58Você vai ter, por exemplo, uma tomografia, ela é uma imagem.
16:01Você vai ter um histórico por escrito de um laudo que foi lançado, sei lá, um paciente
16:06que tá há 30 anos passando com vocês.
16:08Sim, sim.
16:08A gente vai ao laboratório e tem um histórico de exames, né?
16:10Como é que você pega e condensa todas as informações.
16:12E esse continua sendo o nosso principal desafio, que tá sendo melhorado e integrado através
16:17de, obviamente, o uso de inteligência artificial.
16:19Mas também a captação da fórmula correta da informação, né?
16:23Quando eu tô atendendo alguém, como é que eu coloco coisas padrões pra que em vez
16:27de eu escrever rua, R ponto, ave, avenida, como é que a gente concentra nesses pontos
16:34de captura de informações uma maior padronização da informação?
16:38Senão fica mais fácil, né?
16:39Então como é que a gente, na captura, consegue deixar essa informação mais padronizada,
16:44de forma estruturada, porque o dado estruturado é muito mais fácil de ser trabalhado.
16:47Então não é só, uma vez capturado, como é que eu integro isso dentro de um lake gigantesco?
16:52Você tem que ir lá na ponta, no médico, e falar assim, olha, a hora que você for
16:54fazer o pontuário, este é o protocolo pra você escrever.
17:00Essa é a terminologia.
17:01É um trabalho de tecnologia, processos e procedimentos.
17:05Então assim, o cara vai ter um procedimento que ele vai seguir, que vai delimitar pra escolher
17:09de A a Z, e dentro desse A a Z ele tem campos que são estruturados, e aí o dado lá
17:13na frente fica mais fácil de se integrar, que é o principal desafio, de se conectar.
17:17Porque, por exemplo, vou dar um exemplo qualquer, você pode digitar, eu tinha um filho que
17:21hoje tem 12 anos, uma filha de 15, mas eles eram recém-nascidos e não tinham CPF, eram
17:24cadastrados meus CPF, em qualquer hospital que eu ia.
17:27Então como é que o Alex, que o CPF é, quando vai puxar, aparece João Pedro, que é o nome
17:31do meu filho.
17:31Então como é que a gente trata essas informações?
17:33Como é que a gente estrutura isso de forma correta?
17:35Então o principal desafio tá entre a integração, porque hoje, todo dia, tudo você coloca
17:38num dado, num lake, você trabalha com lake, os inteligentes...
17:41É um universo infinito.
17:43O nosso trabalho tem que ser prévio.
17:44É isso.
17:44Como é que a informação previamente imputada consegue ser melhor pra que a gente consiga
17:50integrar e entregar a informação.
17:52Até porque hoje esse data lake é um passivo gigantesco para as empresas.
17:56Sim, sim.
17:57Vocês estão pagando pra manter aqueles dados lá, sem muitas vezes conseguir saber o
18:00que que tá abaixo da superfície.
18:03E foi o movimento que muita gente fez, indo pra nuvem e agora tá questionando esse movimento
18:07do ponto de vista financeiro.
18:08Voltando pro legado físico.
18:09É, porque às vezes, é o que tu disse, a gente tá com informação gigantesca, disponível,
18:13só que tá tão embaralhado que sabe, o que que eu faço com isso?
18:15O que que eu vou fazer com isso?
18:16Onde eu tô com isso?
18:17Então, é um conjunto de trabalhos que a gente tem que fazer pra que a informação,
18:20pra que o dado, que é o novo petróleo, que ele realmente tenha valor.
18:23Porque senão vai ficar um fio de lã que você não consegue achar a ponta e propuxar
18:27e tentar trazer um bom suco disso.
18:30Então, basicamente, o que a gente tá assistindo aqui é uma transformação dessa interface
18:37com o paciente que é o enfermeiro, é o recepcionista ali, o médico, pra que eles, sem perder essa
18:46conexão e a humanização do tratamento, consigam trazer pra dentro de casa, de maneira
18:53estruturada, a informação.
18:55Então, sei lá, tem um núcleo ali de enfermeiras que atendem um determinado andar.
19:00Elas vão continuar com o atendimento da maneira como ele sempre existiu dentro do quarto.
19:05Mas quando elas voltam ali pra aquele posto de enfermagem, o que elas vão imputar no sistema
19:10tá baseado em um protocolo, um processo que tem que ser atendido pra que aquele paciente
19:15lá no quarto seja visto por vocês com tecnologia e que ele gere informações
19:24que vão gerar insights pro médico, por exemplo, na hora de um novo atendimento.
19:28Exatamente.
19:28Basicamente é isso.
19:29Pra mim, esse é o caminho da saúde.
19:30Esse é o caminho da saúde onde a gente consegue, de maneira estruturada, capturar melhor pra que
19:34possa trabalhar a informação de maneira mais organizada.
19:36Obviamente que, às vezes, a enfermeira com tablet no quarto vai conseguir passar esses
19:39parâmetros, mas como é que a gente tem certeza que o input da informação é um input
19:44de qualidade?
19:45Traga valor.
19:46E é muito doido porque, assim como aconteceu no mercado financeiro, em que a gente tem
19:51as fintechs gerando soluções o tempo inteiro pro mercado, as health techs também começaram
20:01a entender as dores específicas da indústria e falaram, puxa, olha, hospital, isso aqui
20:08que você...
20:09E aí pluga soluções.
20:10Como é que a relação, hoje você no Sirius, já teve do lado, do lado de lá do balcão
20:15numa health tech, mas hoje do lado do Sirius, como hospital demandando isso, como que a
20:22relação com essas startups, não só como gerador de demanda, muitas vezes imagino
20:27que vocês gerem demanda, puxa, eu tenho essa dor, como solucionar?
20:31Mas como parceiro, plugando mesmo esses diferentes players pra mover essa sua engrenagem.
20:37Como diferente desse mercado, a gente tem que estar super antenado e próximo desses
20:42caras, pra entender quais são as novidades, como é que caminho...
20:45E o que é novo de fato, né?
20:46Exatamente.
20:47Por que caminho por esse caminho?
20:48Por que escolhido determinada maneira de conectividade?
20:51Por que eles estão olhando esse tipo de informação?
20:53Porque isso a gente vai usar dentro também.
20:55Então, toda essa conexão, toda essa proximidade, toda essa conversa aberta é uma coisa muito
21:00bem-vinda.
21:01Não só pra que a gente possa experimentar o modelo, ver se isso realmente traz sentido e faz
21:07aquilo que a hipótese vim a buscar, mas principalmente pra estar conectado e saber pra onde a gente
21:15vai como organização.
21:17Porque você vai ver que fintechs hoje moldam o mercado financeiro.
21:22Isso tá acontecendo na saúde também.
21:23Não é mais, ah, o todo poderoso marca tal, detém a informação, detém a certeza.
21:30Não existe mais isso.
21:31Então, tá conectado com esse pessoal, traz um choque de realidade pra gente saber pra onde
21:34a gente tá indo também como empresa, né?
21:36Seja ela qual for o mercado.
21:37E reduz um peso também de que vocês sejam os provedores de toda a solução que vocês
21:44precisam entregar.
21:45Sim.
21:45Porque isso custa também.
21:46Sim.
21:47E não é a expertise, né?
21:49E nenhum time de tecnologia tem agilidade pra isso hoje em dia, seja qualquer for o mercado.
21:52Mas se você fala que você é autossuficiente pra gerar inovação, pra criar inovação,
21:56eu tendo a duvidar, né?
21:59Porque é uma coisa que acontece a toda hora em diferentes momentos e quem tá criando
22:03tá focado em criar, né?
22:04Numa empresa normal a gente tá focado em criar e cuidar do dia a dia.
22:08É isso.
22:08E às vezes o dia a dia toma um tempo maior do que o da criação, infelizmente.
22:11Então tá conectado com essa galera, ajuda muito a gente ter essa agilidade e velocidade
22:14que precisa e que por qualquer que seja o motivo nenhuma empresa vai ter dentro de um
22:18ambiente organizacional.
22:19A gente também tem assistido a descentralização, né?
22:23As unidades menores saindo um pouco do ambiente do hospital e levando pra outros lugares,
22:32o ambulatório, saindo daqueles grandes complexos e tal.
22:38Essa também é uma...
22:40Esse é um movimento que atende não só questões mercadológicas, porque você acaba saindo
22:44do teu núcleo, você vai chegando a outros mercados e outros públicos e tal.
22:50Mas também há essa questão de como eu otimizo o processo dentro do hospital.
22:54O hospital não precisa ser esse grande shopping center que tem que ter tudo.
22:58Eu posso focar ali no core e ter outras unidades pra atender melhor.
23:04E aí pensando num outro aspecto também do que a tecnologia oferece, que é a experiência.
23:07A melhor experiência ali pra aquele cliente.
23:10Eu entendo que isso é deixar plural o cuidado.
23:15Essa é uma opinião particular minha.
23:18Estar presente e disponível aonde o paciente precisa é um papel da saúde.
23:23E o que a tecnologia vem acrescentar nisso?
23:26Essa mobilidade.
23:27Essa disponibilidade.
23:29Voltando a 3 ou 4, 2 ou 3 anos atrás, a gente saiu 25, 22, 21, exatamente.
23:35Quando a pandemia explodiu, a gente tinha a possibilidade de fazer uma coisa que se você
23:39pensar, cara, sempre existiu a telemedicina.
23:42Eu tenho...
23:43Quando eu era mais novo, minha mãe ligava pro Dr.
23:45Valente e falava assim, o Alex tá com febre.
23:46O que ele fazia?
23:47Isso é telemedicina.
23:48É telemedicina.
23:48Então, só que a gente viabilizou através de um arcabouço tecnológico que a gente
23:52diferenciava.
23:53A própria receita digital.
23:54Você vai no médico e ele já na hora manda o teu WhatsApp.
23:57E você já compra de uma coisa que é um QR Code dentro de uma farmácia.
24:00Então, é papel da tecnologia dar essa mobilidade.
24:05Então, a saúde pode muito bem usufruir disso agora.
24:07Talvez o passado não tinha tanta essa possibilidade.
24:10Agora, super normal.
24:11Ela potencializa, né?
24:12É o papel.
24:13É o papel de levar o cuidado não importa onde, pra que a gente possa cuidar de mais
24:17gente.
24:17Pra gente fechar, Alex, qual que é hoje o grande desafio pra você como uma liderança
24:25de tecnologia nesse processo de transformação em um player que já é vanguarda?
24:33Porque se fosse assim, ah, eu sou o líder de tecnologia em um player que tá mirando
24:37esse desenvolvimento, é ok.
24:40Eu vou buscar o lugar do cara do topo.
24:42Mas, hoje você já é o cara do topo.
24:45Qual que é o grande desafio pra vocês?
24:47O desafio é tirar 10 e ninguém já tirava 10, né?
24:49Então, assim, aquela história do melhor aluno da classe.
24:52Você sempre foi o melhor aluno da classe.
24:53Você tira 9,5 e falou...
24:54Acabou.
24:54O que que tá acontecendo?
24:55Eu baixei a expectativa.
24:56Mas, eu conto com um time super gabaritado e o apoio incondicional da organização.
25:02Então, isso torna o desafio, que é hercúleo, mais tátil, mais possível.
25:09Então, ser um centro de excelência num lugar que é centro de excelência, como você disse
25:13muito bem, é o desafio constante.
25:15Como é que a gente continua tirando 10 numa classe que só tirou um 10?
25:19Então, se eu pudesse enumerar isso, tenho certeza que a gente continua fazendo um excelente
25:23trabalho, temos pessoas extraordinárias e uma equipe que se dedica bastante, só
25:28que, sem dúvida nenhuma, esse é o desafio.
25:31Eu, eu...
25:32As pessoas que me conhecem, assim, pessoalmente, fora do vídeo, elas sabem que eu sou um grande
25:39defensor, elogio muito o time do Silvio Libanês, que já tive um programa seríssimo
25:47de saúde, tava te contando aqui, e fui atendido pelo time lá, os médicos todos.
25:53Que cuidaram de mim, e etc.
25:56E aí, depois que passou o susto inicial, quando você já tá naquele momento em que você
26:02só quer saber se você vai receber alta, toda vez que alguém abre a porta, você fica esperando
26:06que seja um médico pra dizer pra você, ó, tá liberado.
26:07Você começa a observar as coisas, e aí o meu olhar, setado pra ver o mundo através do
26:15que é a tecnologia e tal, me forçou a perceber como os pequenos detalhes fazem a diferença.
26:23É evidente que não é todo mundo que tem acesso a um hospital como o Silvio Libanês, ele é, assim
26:30como o Einstein, que eu estei aqui, e alguns outros, é um hospital que é caro, que não
26:38tá acessível a todos os públicos e etc., apesar de ter o atendimento social e aquela
26:45coisa toda, mas alguns pequenos detalhes fazem a diferença.
26:51Então, todo o traqueamento de materiais e recursos que é feito, outra vez eu brinco
26:55que é o BIP, que toda hora vem, parece um produto no mercado, toda hora alguém vinha
26:58BIPar a pulseira ali com o QR Code pra saber e monitorar, ó, estamos usando tal produto,
27:04BIP o produto, BIP o paciente, esse medicamento é desse paciente?
27:09Poxa, isso faz toda a diferença, porque o enfermeiro atende quantos pacientes no andar?
27:13Quantas ampolas de remédio circulam dentro de um posto de enfermagem em uma hora?
27:19É factível que o erro aconteça, é muito possível.
27:24A tecnologia ajuda a minimizar isso, você sente mais seguro quando, como protocolo, ele
27:28olhou, ele viu, mas ele foi lá e BIPou e checou que aquele medicamento é daquele paciente
27:33naquela posologia, então faz a diferença.
27:35Eu brinquei sobre o aplicativo com o cardápio, né, você tá preso ali, você não tem muita
27:40opção, então cria-se a ilusão em alguma medida de que, olha, eu posso escolher como
27:44se eu tivesse num aplicativo desses de entrega, um iFood da vida, eu vou escolher o meu cardápio
27:50hoje.
27:51Não, na verdade é o cardápio que a nutricionista colocou, mas eu vou lá e de maneira lúdica
27:54eu componho entre o purê e a batata cozida, sei lá.
27:58Então, isso tudo cria uma percepção de uma experiência diferente e eu costumo dizer
28:03que não é isso definitivamente o que traz a cura, o que trouxe a cura foi a ação
28:08rápida dos médicos, o diagnóstico imediato do meu problema e a maneira como eles agiram.
28:18Mas o fato de que ao longo daquela jornada a tecnologia fosse um amparo, fosse um copiloto
28:26do enfermeiro na hora de fazer a medicação, do médico na hora de puxar o meu histórico,
28:31saber que eu já tinha uma doença anterior, tudo isso faz a diferença.
28:35Então, quando a gente traz aqui uma discussão como essa sobre a tecnologia, no fim do dia
28:41a gente está dizendo que ela não é o fim, mas ela seguramente transforma a jornada de
28:47qualquer um que entre pela porta ali do hospital e isso faz a maior diferença.
28:54É por isso o investimento constante em tecnologia, mas é por isso também o investimento constante
28:59no treinamento, na qualificação das pessoas do seu time de tecnologia, também dos enfermeiros,
29:03dos médicos, para que eles possam lidar mais e melhor com essas tecnologias.
29:07E é uma triade, é processo, é gente e aí por último o sistema.
29:12Então, acho que construindo esse caminho com gente principalmente, com a maneira que
29:17essa pessoa trabalha e aí sendo suportada pela tecnologia, porque em todos os pontos de
29:20contato que você disse tem um pedaço de tecnologia.
29:22Então, ela vai tornar o ambiente seguro, tornar a coisa viável e mais rápida através de
29:29um processo que é suportado por gente e apoiado pela tecnologia.
29:34Então, é isso que faz a grande diferença e eu acredito friamente que a tecnologia tem
29:38muito a dar para a saúde, assim como tem muito a dar para todos os mercados.
29:41Quero agradecer demais o Alex Julián, CIO do Hospital Ciro Libanês.
29:48Alex, obrigado pelo papo, pelo teu tempo, parabéns pelo trabalho e sucesso.
29:52Para nós, valeu, bom dia.
29:54E agradecer você também que esteve conosco aqui neste Sociedade Digital, fazendo sempre
29:59o convite para que você esteja conosco nas nossas plataformas digitais.
30:03Vai lá no Panflix, vai lá no canal Jovem Pan News no YouTube.
30:06A gente se encontra por lá, estes e outros programas disponíveis na íntegra para você
30:11acessar.
30:12E, óbvio, não é mesmo?
30:14Temos um encontro marcado aqui na programação da Jovem Pan na semana que vem.
30:20Um grande abraço e até lá.
30:26Sociedade Digital.
30:28A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan
30:34de Comunicação.
30:36Realização Jovem Pan

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