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Após quatro meses consecutivos de crescimento, a atividade econômica brasileira registrou queda de 0,7% em maio, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central. O resultado, pior do que o esperado, interrompe a sequência positiva de 2025 e acende um alerta sobre o desempenho do PIB. José Maria Trindade e Alan Ghani analisaram.
Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand
Comentaristas: Alan Ghani e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Bom, vamos falar de economia agora. Isso porque o índice de atividade econômica, o IBC-BR, divulgado pelo Banco Central,
00:07mostrou uma retração de 0,7% em maio, se a gente comparar com o mês anterior.
00:12Alain Gani está de volta aqui no estúdio para comentar esse assunto.
00:15O Gani, essa é a chamada prévia do PIB, né? O que é considerado assim esse índice. Qual é a tua avaliação?
00:21Exatamente. O IBC-BR, a prévia do PIB, divulgado pelo Banco Central,
00:26ele teve uma queda de 0,70%, foi uma queda bem forte, bem abaixo da projeção do mercado,
00:34que previa uma estabilidade, ou seja, variação nula, e também caiu em relação ao mês anterior.
00:42Infelizmente, o Banco Central não divulga o IPR aberto para a gente saber qual foi o setor atingido.
00:49Mas a gente consegue aqui especular, cruzando com os dados do IBGE,
00:54e provavelmente é uma queda na indústria, e a indústria vem sofrendo bastante por conta da alta da Selic,
01:02da Selic no patamar de 15%, e também da agropecuária natural, um efeito sazonal.
01:08No primeiro trimestre, a agropecuária costuma crescer muito, como cresceu, a gente viu isso no dado do PIB,
01:15e agora perde força no segundo trimestre.
01:20Quando a gente está falando de maio, maio é um dado referente ao segundo trimestre.
01:25De qualquer maneira, mostra uma desaceleração da atividade econômica brasileira,
01:31e provavelmente isso está muito ligado à taxa Selic.
01:33Agora, Gani, esse dado muda algo também nas projeções agora, para esse segundo semestre?
01:39Pode, pode mudar sim, porque os analistas utilizam o IBC-BR como um indicador antecessor do que vai ocorrer com o PIB.
01:52E aí, se o IBC-BR começa a vir um pouco mais fraco,
01:56os analistas começam a recalibrar as suas projeções de mercado para o PIB.
02:02Agora, de qualquer maneira, o PIB deve girar aí em torno de 2% a 2,5%.
02:09Não deve ficar muito longe disso.
02:11O relatório Fox, que a gente deu agora há pouco, previa ali um PIB no final do ano para 2,23%.
02:18Se confirmar essa desaceleração econômica, pode ser que tenha uma revisão mais próxima para 2%.
02:25Isso é bom?
02:26Sim, isso?
02:27Não, 2% não é bom.
02:29Dado o potencial que o Brasil tem, Nonato, era para a gente estar crescendo muito mais, né?
02:354%, 5% para tirar as pessoas da pobreza.
02:382% é muito pouco para o Brasil.
02:40Obrigado, Gani, até já.
02:42Bom, vamos acionar aqui o Zé Maria Trindade.
02:43Zé, queria te ouvir em cima disso.
02:46À medida em que a gente já tem falado que a inflação é uma preocupação para o governo também,
02:51e esse crescimento econômico também, né?
02:54Principalmente quando o Gani diz, ó, se cair para 2%, é um índice nada bom para a nossa economia.
03:00Ou seja, é mais um ponto relevante e de preocupação aí para a nossa economia como um todo.
03:05Zé?
03:07Pois é, olha, Nonato, não há nada mais interligado do que política e economia, né?
03:12Os dois.
03:13Um influencia no outro e o outro influencia no um.
03:16Veja bem, há uma torcida para o crescimento do PIB, e o Ala falou muito bem,
03:21não é um PIB bom para a expectativa em um país do tamanho do Brasil,
03:26mas houve momentos em que se previa um PIB muito menor e até negativo.
03:32E organismos internacionais sempre erram aqui na avaliação do resultado do Brasil.
03:37O Banco Central vem fazendo um trabalho muito forte para conter a inflação, aumentando os juros.
03:43E não há como investir na indústria, ampliar negócios com juros desse patamar.
03:52Eu me lembro de um grande frasista que era o Delfim Neto, né, esse deputado Delfim Neto,
03:57que ele dizia o seguinte, juros nesse patamar, só vender maconha que dá lucro para pagar os juros assim.
04:03E olha que ele falava ali de juros de 9%, né?
04:08Não de 15%, mas de 9%.
04:10Então, juros assim, é difícil, nenhuma atividade econômica consegue ampliar,
04:16tomando dinheiro emprestado, e é assim que as indústrias ampliam, que elas crescem, é se endividando, né?
04:24Então, nada dá um lucro para pagar uns juros desse tamanho.
04:28Então, o Banco Central está vencendo, segurando a economia para conter o principal,
04:34que é o valor da moeda, ou seja, a inflação.
04:37De qualquer maneira, é um momento que o Brasil está fazendo o que pode,
04:42porque a economia mundial não anda bem e influencia diretamente no que acontece aqui no Brasil.
04:49Inclusive, até na semana passada, né, Zé, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
04:53precisou ali até enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
04:59para explicar os motivos do novo estouro de meta.
05:02Será que esse resultado de hoje, eles precisam, então, considerar para as próximas reuniões do Copom?
05:10Pois é, a segunda carta que ele escreve, nós estamos voltando ao tempo das missivas, né?
05:15Só faltam retomar aqui as cartas chilenas, mas de qualquer maneira,
05:19o Banco Central tem esse objetivo.
05:21Se a inflação, ela é determinada pelo Congresso, né,
05:27e o Banco Central tem que seguir essa meta.
05:31Se não conseguiu, tem que explicar o porquê o Banco Central não conseguiu atingir essa meta.
05:38E lá na carta, na carta não, ainda não é mais carta,
05:41mas o relatório do Copom mostra claramente o porquê da inflação resistente.
05:47E para o desespero dos políticos, a inflação é resistente exatamente no consumo ali da classe média
05:54e isso a percepção da economia piora muito.

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