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A diretora executiva da COP 30, Ana Toni, destaca que não se pode pensar que duas semanas modificam tudo no dia seguinte, é preciso mobilização social para além dos 15 dias do evento.

REPÓRTER: VALÉRIA NASCIMENTO
IMAGEM: CLÁUDIO PINHEIRO

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Notícias
Transcrição
00:00Certamente, trabalhando com o governo do Estado, com a Prefeitura, logicamente com o governo federal,
00:06tem que ser deixado a Belém, que tão gentilmente está acolhendo o maior evento das Nações Unidas,
00:14tem que ter legado para as pessoas que aqui moram, seja na infraestrutura, seja novos empregos,
00:20novas oportunidades econômicas para a cidade.
00:25E acho que um dos legados vai ser também muito turismo, pela primeira vez Belém está sendo colocada no mapa global
00:32das cidades mais importantes do mundo, que vai sediar essa COP, mas eu acho que tem um legado muito importante
00:38para além só da cidade de Belém, eu diria para o estado do Pará e para a Amazônia como um todo,
00:45porque toda vez que a gente fala de clima, fala de financiamento, fala de economia climática, de baixo carbono,
00:52a gente pensa muito em energia, como estava a nossa conversa, mas raramente a gente olha,
00:59e é absolutamente necessário, o papel das florestas, o papel da bioeconomia,
01:05o papel de quem está preservando as florestas em pé, a mobilização teve num acordo
01:12onde os países desenvolvidos deram até agora 100 bilhões, esse número foi revisto em Baku,
01:20chegou a 300 bilhões o acordo e agora pede-se para a gente contemplar possibilidades
01:28para que seja mobilizado um volume ainda maior, mas é para todos os países em desenvolvimento,
01:34não só o Brasil. E aí, obviamente, o Brasil entre os países em desenvolvimento,
01:40a gente tem que estar muito bem preparado para mostrar os projetos que temos,
01:44e como você bem disse, projetos em escala. Primeira coisa, porque o volume de recursos é grande,
01:52então são projetos, seja na área de energia, seja na área da agricultura regenerativa,
01:57da agrofloresta, da recuperação de pastos degradados, reflorestamento,
02:03são projetos que são vultosos, seja indústria, para conseguir atrair esse recurso vindo de fora.
02:11A gente espera que a bioeconomia, na sua grande diversidade, né,
02:15porque bioeconomia é um tema muito diverso, que ela apareça o tempo inteiro durante a COP30.
02:22Por exemplo, na alimentação que as pessoas vão ter aqui, receber durante o evento,
02:28há uma preocupação em trazer os produtos locais produzidos aqui na Amazônia,
02:34não na sua inteira, por toda a alimentação, mas uma amostra para as pessoas conhecerem,
02:40porque as pessoas não conhecem.
02:41Logicamente, a gente vai ter muitos turistas que vão poder se deliciar com a alimentação aqui do Pará,
02:49que é conhecida no Brasil inteiro, trabalhar ali com essas populações,
02:54para que eles estejam presentes em todos os momentos da COP.
02:58Na reunião de líderes, na negociação, na agenda de ação, na zona azul, na zona verde,
03:05é eles estarem presentes onde eles queiram estar presentes,
03:08e isso será um prazer da nossa perspectiva e uma necessidade de trazer eles para o centro desse debate.
03:16Peso fundamental o setor social vai ter na COP30,
03:20porque muitas dessas agendas só andam quando tem participação social,
03:26quando tem demanda social.
03:28A gente é muito feliz aqui no Brasil que a gente tem uma sociedade civil muito engajada
03:34no tema de mudanças do clima,
03:36temos aí também populações tradicionais muito engajadas no tema de mudança do clima.
03:43Eu espero que eles todos venham, sim, para Belém,
03:47participem das negociações, tragam as suas soluções,
03:52façam demandas ao setor público, ao setor privado,
03:56esse é o papel da sociedade.

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