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Clécio Luís destacou as potencialidades estratégicas do estado, especialmente por sua localização privilegiada, com acesso logístico facilitado e fronteira com a França, por meio da Guiana Francesa, o que o conecta diretamente ao mercado europeu. Também reforçou a importância da união entre os estados amazônicos diante das pressões internacionais, defendendo a construção de uma agenda comum que concilie a preservação ambiental com o desenvolvimento social da região.

Imagens: Divulgação / Arthur Corrêa / Comunicação FIEPA

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Transcrição
00:00Nós temos um mercado, tanto Amapá quanto Pará, voltados para si mesmo, ou seja, o mercado interno,
00:08o mercado brasileiro e o Mercosul.
00:12Como nós temos uma fronteira, e é a maior fronteira da França com outro país,
00:17700 quilômetros de fronteira, e temos aquele endereço que todo mundo conhece, o Epoch,
00:23todo mundo sabe que o Epoch é o Chuí.
00:24Então, o Epoch está na fronteira com a Goiana Francesa, há uma ponte, existe uma ponte,
00:30uma ponte de amizade desses dois povos, e existe um porto e um aeroporto internacional.
00:37Tudo que a Goiana consome, vende Air France todos os dias a custos altíssimos.
00:43Então, nós, Pará e Amapá, podemos fornecer todos os tipos de produtos,
00:49e agora incluindo produtos de origem animal, os POA, para a Goiana Francesa e, consequentemente, para a Europa.
00:57Então, eu vejo, não só a Goiana, quando eu olho para a Goiana, eu enxergo a Goiana,
01:03que tem um ticket médio alto lá de salários e tal, o euro, mas eu olho além da Goiana,
01:09eu vejo a França e eu vejo a Europa.
01:12Então, esse mercado, ele se abre tanto para o Amapá quanto para o Pará.
01:16O público não tem condições de fazer os investimentos necessários,
01:22na escala necessária para o que nós tratamos aqui.
01:26Óleo, gás, mineração, enfim, atividades econômicas de larga escala.
01:35Então, embora a gente fale da parceria, a parceria deve ser no seguinte sentido.
01:38Na minha opinião, os estados, como entes federados do Brasil, os governadores, os prefeitos,
01:47devem oferecer nessa parceria segurança política, ou seja, clareza.
01:52Quer, não quer, pode ou não pode.
01:55Segurança jurídica, com legislação boa, objetiva, que dê segurança jurídica,
02:00e segurança ambiental, ou seja, regras do que pode e o que não pode,
02:05para que a gente continue preservando a Amazônia, mas gerando novos negócios.
02:09Negócios que podem ser chamados de negócios verdes, negócios azuis, por conta do nosso oceano,
02:16negócios sustentáveis, como queiramos chamar.
02:19São, na verdade, negócios éticos.
02:22Então, essa é a parceria.
02:24Mas quem tem condições hoje, operacionais, objetivas, de fazer investimentos, é o privado.
02:32Então, por isso que é importante ter regras claras, ter posicionamento político claro,
02:36que é o que eu vim trazer aqui, ou seja, posicionamento político.
02:39O Amapá quer se desenvolver e quer continuar preservado.
02:43O Amapá está oferecendo boa legislação, ou seja, segurança jurídica.
02:47O Amapá está oferecendo também segurança ambiental, na medida em que tem todo o seu território zoneado,
02:54podendo dizer com segurança, o que pode e o que não pode nessa ou naquela área.
02:58Isso gera um novo cenário, isso gera uma nova matriz econômica,
03:04porque nós temos várias matrizes de pequeno porte, nós temos mineração,
03:11temos grandes exemplos de enclaves econômicos, enfim,
03:14mas não tínhamos ainda essa experiência de óleo e gás.
03:19A margem equatorial, que vai da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte,
03:25ela se apresenta principalmente no Pará, Amapá e Pará, como essa nova alternativa.
03:31Uma nova matriz econômica nós não tínhamos, porque parte do Nordeste já tinha,
03:36mas o Amapá e o Pará, não.
03:38Então, além de termos uma nova matriz econômica capaz de estimular outras atividades que não são da base do petróleo,
03:48isso é muito importante, ou seja, os recursos do petróleo podem servir para financiar outras atividades econômicas
03:57a partir, por exemplo, da sócio-biodiversidade e transformar isso em bioeconomia.
04:02Pode financiar estudos, pesquisa aplicada, universidades, preservação do meio ambiente.
04:07Então, uma matriz econômica de larga escala que nos interessa muito.
04:12E uma matriz energética da qual o Brasil não abriu mão ainda.
04:16Então, nós ainda utilizamos todos os dias veículos movidos a combustíveis fósseis, especialmente o petróleo,
04:25mas o petróleo não se utiliza só para queima, para combustível.
04:31Tudo, ou quase tudo que nós temos, tem petróleo.
04:35Na minha roupa, na minha gravata, nesse microfone, nessa câmera que está filmando.
04:40E aquilo que não tiver petróleo aqui foi transportado por um veículo movido a combustível fóssil.
04:47Então, nós vamos ter que fazer, e eu sou um dos defensores da transição energética,
04:51o mundo precisa realmente transitar dessa energia, dessa matriz apenas de combustíveis fósseis
04:59para outras matrizes renováveis.
05:02Mas isso vai demorar tempo.
05:03E o próprio petróleo é uma das fontes que pode financiar essas novas fontes.
05:09No APAI, eu quero fazer a questão de dizer que lá nós já fizemos a nossa transição energética.
05:14Lá nós não temos mais energia a partir de combustível fóssil.
05:18Lá, toda a energia é gerada a partir de hidroelétricas.
05:22Agora, a gente está numa outra fase, que é elaborando estudos, atlas, de potencial solar,
05:29potencial eólico, potencial de biomassa, potencial hídrico, para fazer o outro passo.
05:36Ou seja, enquanto o mundo está falando em transição energética,
05:40nós já estamos falando em diversificação energética.
05:43Então, o petróleo até para isso é importante, para financiar a transição e a diversificação energética.
05:50E a mensagem que a gente está passando para o mundo hoje é muito ruim.
05:54Qual é a mensagem?
05:56A gente está passando a seguinte mensagem.
05:58Olha lá, quem devastou, quem desmatou, quem não protegeu, ficou rico.
06:05Quem preservou, quem cuidou, no nosso caso, continua na pobreza.
06:11Isso é uma mensagem péssima.
06:13Nós queremos virar essa página e dizer o seguinte, valeu a pena preservar, valeu a pena proteger,
06:20valeu a pena não desmatar e criar outras fontes de atividades econômicas,
06:27de negócios capazes de sustentar a floresta viva e em pé para sempre,
06:33mas gerando economia, atividade econômica, gerando negócios, gerando emprego, gerando dignidade.
06:38Nós temos um consórcio da Amazônia, presidida pelo governador Helder Barbalho.
06:43E esse consórcio é muito importante, ele vai ter um papel muito importante,
06:47não só para juntar os estados, não só para juntar os governadores, prefeitos,
06:52mas na construção de consensos em favor de uma Amazônia que se mantenha preservada,
07:01mas que possa também produzir riquezas para quem mora debaixo das copas das árvores
07:07e que não são vistos.
07:09Então, criar esses consensos vão permitir que a gente possa, a partir desses consensos,
07:15gerar negócios que possam gerar emprego, renda, economia, dignidade e futuro.
07:21Legenda Adriana Zanotto

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