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Ao formular o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, enviado ao Congresso nesta semana, o governo Lula deixou as dívidas judiciais (precatórios) fora da revisão de gastos programada para a administração federal.
Se nada for feito, a LDO vai empurrar o colapso nas contas públicas para 2027, primeiro ano do próximo mandato presidencial.
Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira, Ricardo Kertzman e VanDyck Silveira comentam:
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NotíciasTranscrição
00:00Ao formular o projeto de lei de diretrizes orçamentárias LDO de 2026, enviado ao Congresso nessa semana,
00:07o governo Lula deixou as dívidas judiciais, chamados precatórios, fora da revisão de gastos programada para a administração federal.
00:16Se nada for feito, a LDO vai empurrar o colapso nas contas públicas para 2027, primeiro ano do mandato presidencial.
00:23Isso porque o poder público deve ficar sem dinheiro suficiente para manter a máquina pública funcionando, mesmo com a aprovação do pacote fiscal.
00:32Segundo a equipe econômica de Fernando Haddad, as despesas obrigatórias somarão R$ 2,39 trilhões em 2026.
00:39Ainda de acordo com o governo, em 2027 os gastos vão subir para R$ 2,53 trilhões.
00:46A gente está falando de R$ 2 trilhões, R$ 530 bilhões, é muito dinheiro.
00:52Em 2028, para R$ 2,67 trilhões e em 2029, para R$ 2,84 trilhões.
01:02Segundo a lei que instituiu o arcabouço fiscal, o nível mínimo de despesas não obrigatórias necessárias para manter os serviços funcionando é de 75% do valor autorizado.
01:13Considerando o orçamento de 2024, o primeiro em funcionamento com a nova regra fiscal, esse nível é de R$ 170 bilhões.
01:20O pagamento dos precatórios deve somar R$ 115 bilhões em 2026, pressionando o governo Lula a encontrar uma solução para a fatura em ano eleitoral.
01:32E quem está com a gente para comentar esse assunto técnico-econômico, mas com grande interseção na política brasileira, é o Vandique Silveira, nosso colaborador em matéria de economia.
01:42Salve, salve Vandique, seja bem-vindo mais uma vez, sempre uma honra a sua participação.
01:47Boa tarde, boa tarde a você Felipe, Duda, o prazer estar aqui com vocês mais uma vez.
01:53E nós estamos à frente de um grande desafio.
01:56Pois é, as contas públicas têm sido um problema permanente para o qual você tem chamado a atenção, não só aqui no Papo Antagonista,
02:06mas até antes de você iniciar a participação semanal no nosso programa.
02:11Eu tenho visto, inclusive, refletido sobre isso, as tentativas do governo Lula de ficar tirando certas despesas das contas oficiais.
02:20Contou com o apoio ali do Flávio Dino, ministro do STF, lembra quando ele quis resolver a questão de Amazônia, Pantanal, incêndio, queimada, com créditos extras, suplementares,
02:33enfim, tirando ali da necessidade do governo Lula de prestar contas, de lidar com aquele orçamento limitado de governo, ou seja, governar.
02:42Que governar é justamente você estabelecer prioridades com aquilo que você pode fazer, com o dinheiro que você tem.
02:48Outro dia foi o Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, que ao apresentar lá a PEC, a proposta de emenda à Constituição da Segurança Pública,
02:57aventou a hipótese de ela também ficar fora do teto de gás, ficar fora do pacote.
03:05Então, assim, eles estão sempre querendo fazer um puxadinho para gastar mais ainda, em vez de fazer o dever de casa de cortar os gás.
03:13Felipe, a credibilidade do governo brasileiro em matéria fiscal é zero, não tem nenhuma credibilidade.
03:22O arcabouço fiscal, como eu disse, quando ele foi concebido e apresentado, ele nasceu morto, ele não existe, ele é uma licença,
03:31ele tem 00 na frente do Fernando Haddad para apertar o botão e atirar para todos os lados.
03:36Tem o 007, tem o Fernando Haddad, que é o 00 taxa, que é a licença para taxar e para gastar.
03:44É isso que nós temos no Brasil hoje.
03:47Nós temos uma situação que é intransponível e, finalmente, a água bateu nas nossas nádegas.
03:54Isso significa o seguinte, que o governo resolveu que vai passar a faixa, porque vai passar a faixa, não vai ser eleito,
04:04para quem for eleito com uma bomba relógio.
04:07Então, se continuarmos na maneira que estamos, com gastos crescendo muito acima da taxa de aumento de arrecadação,
04:17não houver corte, e eu estou falando corte na carne, tem que chegar no osso,
04:24a gente vai chegar em 2028 devendo dinheiro, não tem um centavo mais para a gente pagar nem as emendas parlamentares,
04:33as excrescências das emendas parlamentares.
04:36Obviamente que quando uma situação dessa magnitude acontece, que implicaria um shutdown do governo,
04:44isso não vai acontecer, e vão encontrar uma maneira de encontrar dinheiro extra,
04:51vão imprimir dinheiro, por isso que a gente tem um comportamento errático da inflação.
04:58Aliás, mês passado a gente teve 0,58, quase 0,60 de IPCA,
05:05e tem gente celebrando dizendo que o IPCA caiu de fevereiro para março.
05:12Quer dizer, isso faz com que o Brasil perca toda a credibilidade se postando como um país entre o G20,
05:23uma das maiores economias do mundo, e é muito complicado liderar ou operar num país desse.
05:30O próximo presidente vai ter grandes problemas para tocar o país, sem nenhum espaço para investir.
05:37E é o que mais precisa no Brasil, é investimento.
05:40A gente tem uma taxa de investimento que é deveras inferior ao que precisava ser,
05:44a gente mal chega a 16%, o país emergente não pode operar sem ter pelo menos 25% do PIB.
05:51Quer dizer, a gente nunca chegou em 25% do PIB de investimento.
05:54Não é à toa que o Brasil é um país pobre, nós temos uma infraestrutura decadente,
05:58e nós somos o que nós podemos ser.
06:01Nós não vamos ser melhor do que a gente é hoje,
06:03porque o governo gasta e gasta de maneira discrecionariamente,
06:08mas cria uma estrutura de esses gastos vinculados, indexados.
06:18Esses gastos são uma opção política do governo,
06:22porque podia perfeitamente fazer uma reforma e trazer à tona os famosos 3Ds do Paulo Guedes,
06:29que é a desvinculação dos gastos, que não faz nenhum sentido você ter gasto vinculado à receita.
06:36Se você não precisa gastar mais, você não deveria gastar mais.
06:39Não é só porque aumentou a receita, você tem que gastar mais com educação e saúde.
06:45Desvincular, desindexar, quer dizer, aquela maluquice de que todo ano você tem que dar à inflação
06:51mais um ganho real para o salário mínimo.
06:55O salário mínimo não é política de distribuição de renda,
06:58isso cria problemas muito profundos, muito profundos para a economia inteira brasileira.
07:04Os estudos indicam que para cada um real que aumenta o salário mínimo,
07:09nós temos um impacto de quase 400 milhões para cada real.
07:15Quer dizer, imagine só todo o funcionalismo, toda a estrutura do governo.
07:19Esse é um saco sem fundo.
07:20E, obviamente, a desobrigação.
07:24Eu não consigo conceber que um país não pode ter um orçamento feito sem ter a obrigatoriedade
07:31que um governo mais o parlamento, pessoas adultas e capazes,
07:36não têm condições de criar um orçamento, uma peça orçamentária,
07:41que seja o reflexo das prioridades do país.
07:44Mas o Brasil não tem.
07:45É por isso que nós temos 94% dos gastos engessados.
07:48Maravilha.
07:51E você falou que existe essa possibilidade forte, até pelos apontamentos das pesquisas,
07:56de o Lula não ser reeleito.
07:59E, se isso acontecer, certamente o que a gente vai ver é a repetição de um ciclo.
08:05Porque, quando o PT saiu do poder, deixou as contas públicas estouradas,
08:09deixou 14 milhões de desempregados.
08:10Então, deixou ali a necessidade, praticamente imposta ao governo tampão do Michel Temer,
08:18de fazer cortes, de fazer reformas.
08:21E aí, quando vem o governo seguinte para fazer cortes, para fazer reformas,
08:24aí o PT aponta o dedo, que está tirando o direito disso, está tirando aquilo, etc.
08:28Sendo que é o próprio governo do PT que deixa a conta dessa maneira,
08:34estourada, para que o outro tenha que fazer o dever de casa,
08:37que o petismo se recusou a fazer.
08:39O Ricardo Kertmann, nosso colunista de Belo Horizonte, Minas Gerais,
08:42está acompanhando os comentários do Van Dijk e quer participar dessa conversa também.
08:46Diga, Ricardo.
08:46Boa noite, Felipe. Boa noite, Van Dijk, Dudo.
08:50E boa noite também para todos os nossos amigos antagonistas.
08:53Olha, Van Dijk, essa história, né, ela já havia sido alertada,
08:59eu me recordo muito bem, por diversos analistas,
09:01ainda na época da confecção do arcabouço fiscal.
09:05Todo mundo apontava, olha, isso não vai dar certo, a conta não vai fechar.
09:09Dentre tudo isso que vocês já falaram e que o Felipe falou também,
09:12a respeito dessas matemáticas, né, como se fosse possível,
09:16como o Flávio Dino fez, como se fosse possível você resolver a questão fiscal
09:20simplesmente retirando do orçamento rubricas, né,
09:25como se o dinheiro de fato não fosse ser gasto.
09:28Você falou agora há pouco também com relação à política de valorização do salário mínimo.
09:32Essa semana o Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central,
09:35ele foi muito claro e disse que se não houvesse um congelamento por seis anos
09:40desse salário mínimo, se mantivesse essa lógica de valorização real,
09:44a conta não fecharia, não era em 2027, não, já era em 2026.
09:48Como você mesmo disse, para cada real de aumento de salário mínimo
09:52há um impacto de 400 milhões de reais.
09:55Para o ano que vem, a previsão são de 42 bilhões de reais,
09:58acima já do rompo de 118 bilhões de reais.
10:02Para 2027 seriam 63 bilhões de reais.
10:05Vandique, é possível frear já, de alguma forma, ou através de uma PEC,
10:10ou através de um projeto de lei, ou um decreto presidencial, enfim,
10:14é possível o governo frear já essa política de valorização
10:18acima da inflação do salário mínimo?
10:21Ricardo, o Parlamento e o Supremo estão investidos nessa sandice.
10:28O Parlamento conseguiu os 52 bilhões que são atualizados anualmente
10:35através da indexação da inflação, para aumentar o gasto parlamentar
10:40através de emendas.
10:41É uma das maiores excrescências que eu já vi na minha vida.
10:43A marca do crime está junto com o governo federal e tem o dedo
10:51a digital do Parlamento nisso.
10:54E quando a gente olha para o Supremo, que poderia puxar o freio de mão,
10:58veja só o escárnio que é.
11:02A gente não só teve o Flávio Dino e Outrem fazendo a boiada passar,
11:09como até o PGR já deu ok para duplicar o teto do salário,
11:19do funcionalismo do judiciário.
11:22Eles vão passar a ganhar R$ 90 mil por mês.
11:27Quer dizer, esse é um processo que parece o assassinato no Expresso do Oriente
11:33da Agatha Christie.
11:34Todo mundo deu uma facada no morto.
11:37Não tem ninguém que é o adulto na sala no Brasil que levanta a mão e fala
11:42pessoal, isso vai dar errado.
11:44É essa que é a grande preocupação.
11:45Faz 20 anos que eu falo isso.
11:47Eu tenho mostrado as contas públicas, mostrado a dinâmica, o endividamento constante,
11:54um país de renda média com essa maluquice da gente ter um déficit fiscal,
12:02um déficit nominal inteiro, não só o déficit primário, que não faz mais sentido.
12:06constante.
12:07A gente é o país que tem que ter um superávit primário, isso no primário, não é no fiscal,
12:15de pelo menos 2,5% do PIB pelos próximos 8, 9 anos para poder trazer a dívida pública,
12:22que é o maior gasto.
12:23Mas não é um gasto que foi contratado por nós, não é porque o banqueiro impôs isso.
12:30Nós usamos o dinheiro, nós pedimos o dinheiro emprestado.
12:33E hoje o gasto com os juros é o maior gasto que o país tem, um trilhão de reais.
12:38Quer dizer, a gente não tem nenhuma maneira de fugir da lógica do gastar.
12:46Nós estamos embarcando na direção da Argentina, que passou 70 anos vivendo muito acima da sua condição.
12:56Doutor Teixeira.
12:58Vandique, boa noite.
12:59Boa noite, Ricardo.
13:01Aqui, pensando o que o investidor faz ou deixa de fazer agora,
13:07a hora que ele está vendo que lá na frente, daqui a dois anos,
13:11o Lula vai deixar uma bomba explodir para o próximo presidente
13:14e provavelmente os juros vão ter que aumentar,
13:17porque o governo vai ter que emitir mais dívida,
13:20porque vai estar difícil de pagar as contas.
13:22O que o mercado faz ou deixa de fazer nesse momento?
13:29Duda, taxa de juros cresce, juros futuros estoura,
13:34porque existe um aumento do risco de insolvência do país.
13:39A gente não está nesse risco propriamente dito hoje,
13:42mas existe a possibilidade do país,
13:45e quando eu falo em insolvência, é do governo.
13:47O governo vai ficar insolvente uma vez que ele não tem condição de pagar.
13:50A gente ainda tem vastas reservas, tem uma série de coisas,
13:53mas existe uma turba do PT, principalmente, junto com o pessoal,
13:57que tem essa ideia de gastar as reservas.
13:59Quer dizer, se apostar a fazenda e perder na roleta, fica sem fazenda.
14:04É isso que a gente tem que tomar muito cuidado.
14:08E a próxima eleição vai ser uma eleição crucial para o Brasil,
14:12porque vai determinar como é que a gente vai encarar essa questão de restrição orçamentária.
14:18A meu ver, o próximo presidente da República vai ser muito impopular.
14:23Talvez não seja reeleito, mas tem que ser feita uma reforma fiscal de fato no Brasil.
14:29A gente fez reforma previdenciária, está fazendo reforma tributária,
14:34mas é como construir a casa começando pela chaminé.
14:37A gente não sabe quanto nós queremos gastar.
14:40O que a gente tem para prover para o país?
14:42Quem vai prover?
14:43Se é o governo, o Estado ou se é a iniciativa privada?
14:47A gente não sabe.
14:48Então, se a gente não tiver um plano de negócios,
14:51de saber quanto a gente vai gastar em saúde, educação,
14:54o que vai ser privatizado, o que não vai ser,
14:56e quanto isso vai custar e qual vai ser a taxação em cima disso,
15:01tudo mais é conversa de boteco.
15:05Ricardo Kertzmann, mais alguma consideração?
15:09Bem rápido.
15:10Vandick, você falou dos 70 anos na Argentina.
15:13Aqui no Brasil também, né?
15:14A gente convive há 70 anos com sucessivos déficits fiscais,
15:18com raríssimos períodos de algum equilíbrio.
15:21Não vamos acordar nunca? É isso que você está falando?
15:24Eu acho que a gente vai encontrar o fundo do poço,
15:28porque o Brasil é um país que o poço tem alçapão e tem fundo falso,
15:32mas a gente vai ter...
15:33Todo o país se encontra com a realidade.
15:35Não tem como...
15:36E essa crise vai ser uma crise muito violenta
15:38e não vai ser encontrada no meio do caminho com mais um boom de commodities,
15:43porque a China está nocauteada, beijando a lona.
15:47Agora, com essa guerra geoeconômica, política,
15:52eu acho que a China pode se esfacelar e não vai ter,
15:57não vai aparecer alguém para começar a comprar os produtos brasileiros,
16:00como teve no passado.
16:01Esse dinheiro não vai entrar no Brasil.
16:03E o PT não sabe governar sem ter essa entrada de dinheiro.
16:07Quer dizer, a restrição orçamentária exige que você tenha um estadista
16:12para tocar um negócio desse.
16:13A última vez que a gente teve um estadista no Brasil,
16:16chamava-se Fernando Henrique Cardoso.
16:18Quer dizer, se a gente não tinha...
16:19E eu não adoro o Fernando Henrique Cardoso,
16:21eu tenho várias críticas, mas era um estadista.
16:24A gente vai precisar ter uma pessoa que nem o Fernando Henrique Cardoso
16:27que vai estabelecer um plano real, mas para o fiscal,
16:30e vai ser duro, muita gente vai chorar,
16:33mas a gente tem que fazer.
16:34O país não pode continuar gastando a esmo como faz até hoje.
16:39Fernando Henrique, que tem uma herança maldita, muito grave,
16:42a indicação de Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal
16:45e o Instituto da Reeleição,
16:48que também causa um monte de problemas para a nossa política
16:52e para a nossa economia também,
16:53já que o presidente, em vez de governar por interesse público,
16:56para o equilíbrio das contas,
16:58ele governa para ser reeleito, para permanecer no poder.
17:01Muito obrigado, Bandique Silveira.
17:04Até semana que vem.