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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o ex-presidente teria considerado duas estratégias para reverter o resultado das eleições de 2022: encontrar provas de fraudes nas urnas ou convencer as Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado. Entre os integrantes da ala mais radical, que supostamente instigavam Bolsonaro, Cid destacou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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Transcrição
00:00O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento à Polícia Federal
00:07que o ex-presidente teria considerado duas estratégias para reverter o resultado das eleições de 2022.
00:14Encontrar provas de fraudes nas urnas ou convencer as Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado.
00:21Entre os integrantes da ala mais radical que supostamente instigavam Bolsonaro, Cid destacou a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro
00:33e o deputado federal Eduardo Bolsonaro do PL aqui de São Paulo.
00:38O depoimento dado em agosto de 2023 foi obtido na íntegra pelo colunista Hélio Gaspari da Folha de São Paulo.
00:45Segundo Mauro Cid, Michele e Eduardo mantinham conversas frequentes com Bolsonaro
00:51reforçando que ele teria apoio popular de CACs, que são os colecionadores atiradores, desportivos e caçadores, para um eventual golpe.
01:02No depoimento, Cid afirmou que o entorno de Bolsonaro era dividido em três grupos.
01:10Os que defendiam que ele reconhecesse a derrota e liderasse a oposição.
01:14Os que desaprovavam os rumos do país, mas rejeitavam medidas de ruptura.
01:20E os que defendiam um golpe de Estado.
01:22Para analisar a delação de Mauro Cid, vamos ao quadro Reunião de Pauta Roda VT.
01:27Bom, já estamos aqui com nossa equipe parcial, temos Rodolfo Borges conosco, também temos conosco o Wilson Lima, diretamente de Brasília.
01:47Boa tarde, Cavaleiros.
01:49Wilson, vamos começar com o primeiro momento de delação.
01:54A gente pode colocar o trecho na tela, o que você acha?
01:57Vamos colocar na tela já para a gente...
01:59Aí está.
02:00Coisa para a gente estar aí.
02:01Tem muita coisa para a gente conversar sobre essa delação, mas depois eu faço aqui o resumo.
02:06Esse trecho, basicamente, Inácio, fala o seguinte, né?
02:10Nesse sentido, o Mauro Cid, indagado sobre os elementos que tem conhecimento em relação aos referidos fatos investigados,
02:18respondeu que, depois que acabou o período eleitoral, o então presidente Jair Bolsonaro recebeu diversas pessoas.
02:26Sempre no Palácio do Alvorada.
02:28Que as pessoas que visitavam o então presidente formavam três grupos distintos, foi esse que você falou na chamada, né?
02:36Que era o grupo bem conservador, de linha bem política, que aconselhavam o presidente a mandar o povo para casa e colocar-se como um grande líder da oposição.
02:48Também teve um grupo que dizia que o povo só queria um direcionamento, ou seja, vão para casa ou não vão para casa, fiquem, esperem o Messias, enfim.
02:55E temos também o grupo formado pelo senador Flávio Bolsonaro, a AGU, que é esse grupo mais técnico, a AGU, Ciro Nogueira e o Brigadeiro Batista Júnior.
03:07Aí temos o terceiro grupo, pode trazer para cá?
03:11Depois a gente explora direitinho o trecho lá do Mauro Cid.
03:15Porque o terceiro grupo, que é o grupo do qual faz parte a Michele Bolsonaro e o Eduardo Bolsonaro, também faziam parte dele o Felipe Martins,
03:23que é esse grupo que determinava, que incitou o ex-presidente da República, segundo a delação do Mauro Cid, a se dar um golpe de Estado.
03:32Vamos lá, em linhas gerais, a delação trouxe alguma novidade, alguma prova cabal?
03:39Eu não vi, não sei se o Rodolfo discorda, mas eu não vi nada muito para além daquilo que a gente já observava nos bastidores
03:49e que a gente, que a própria Polícia Federal já levantou em alguns elementos.
03:54Tem aí um indicativo pela delação que o golpe foi orquestrado, ou a tentativa de golpe, melhor dizendo,
04:02foi orquestrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o que também não é muita novidade, não é?
04:10Então, me parece, o Rodolfo, que pelo menos depois a gente vai explorar os outros trechos da delação,
04:16mas me parece que aquilo que nós já falávamos há muito tempo ficou confirmado nesse primeiro trecho da delação.
04:24Eu vou lembrar que esse primeiro trecho foi aquele assinado em 2023,
04:26que não trouxe o batom na cueca.
04:30Trouxe ali vários elementos, algumas informações, mas, por exemplo, fazendo uma comparação com a do Léo Pinheiro,
04:37não, porque eu fiz isso, eu conversei com ele, ele determinou isso, ele determinou aquilo,
04:43me parece que não está muito claro isso nesse documento.
04:47A parte mais incisiva dele é justamente no momento que o Jair Bolsonaro chama os generais das Forças Armadas
04:53para falar sobre o documento elaborado por Filipe Martins relacionado ao artigo 142 da Constituição,
05:00que é aquele que determina o estado de sítio.
05:05Enfim, Inácio, essas são as minhas primeiras considerações,
05:08com as outras delações a gente vai explorar um pouco mais esse capítulo,
05:12no mínimo, nefasto da história política brasileira.
05:15Pois é, Rodolfo Borges, você acompanhando, então, mais essa revelação,
05:21crê que a participação da Michele Bolsonaro e do Eduardo Bolsonaro,
05:26pelo menos nessa trama denunciada pelo Mauro Cid,
05:31tiram chances deles serem eventuais candidatos, substitutos de Bolsonaro,
05:36no Meneção em 2026, ou ao contrário, junto à base deles, isso até ganha mais popularidade?
05:42Boa tarde a todos. Só vai impedi-los se eles forem condenados de alguma forma por isso,
05:48ou se, a exemplo do que ocorreu com o Bolsonaro, forem decretados inelegíveis.
05:55A delação não apresenta prova, aliás, a delação não vale como prova,
06:01ela vale como, é o depoimento ali, o réu, ou alguém que está sendo processado,
06:09opta por colaborar com os investigadores e passa mais elementos para envolver mais gente
06:15naquilo, no crime que está sendo investigado.
06:18E aí, depois que ele passa essas informações, elas precisam ser comprovadas de alguma forma.
06:23E aí, foi importante o Wilson lembrar das relações, por exemplo, da Lava Jato,
06:29do Léo Pinheiro, empreiteiro, que são crimes diferentes.
06:34E aí, é muito difícil, muito mais difícil comprovar esse crime,
06:39que é uma trama do que um crime que foi consumado, de fato, um crime de corrupção.
06:44Então, o Léo Pinheiro falou ali, olha, aconteceu tudo isso, e depois ele precisa,
06:48a defesa dele precisa comprovar que teve movimentação financeira,
06:51que teve uma troca de favor, que aquela, que uma reforma no apartamento foi um troco
07:02por conta de um benefício que a empresa dele recebeu numa empresa estatal.
07:08Então, aí tem mais elementos.
07:10O que que, no caso desse caso, dessa trama de golpe investigada,
07:15pode ser, pode comprovar o crime cometido?
07:20Tudo aí é intenção.
07:22Então, o que que a Polícia Federal coletou?
07:24Coletou planos impressos, um plano foi impresso dentro do Palácio do Planalto.
07:30O Mauro Cid tinha no computador dele um organograma ali,
07:36uma apresentação com opções de fuga para o Jair Bolsonaro,
07:39caso o plano, o que ele estava tramando não daria certo, não desse certo.
07:44Então, assim, nesse caso é muito mais complicado de comprovar.
07:50Fica aí uma sombra sobre a Michele Bolsonaro, sobre o Eduardo Bolsonaro,
07:55e sobre o Jair Bolsonaro já estava e vai continuar,
07:57porque tudo meio que vai girar agora em torno dele,
08:00como o Wilson já falou aqui várias vezes,
08:02falta essa comprovação mais forte de que o Bolsonaro participou de tudo isso.
08:07E aí seria por meio, como é até agora, por meio de mensagens trocadas
08:10entre as pessoas que participaram disso,
08:12mas, por enquanto, são só alegações,
08:16e aí é muito mais difícil de comprovar algo como foi na Lava Jato.
08:21Alexandre Borges, boa tarde.
08:23Queria saber também o que você achou dessa revelação trazida agora,
08:28no começo dessa semana, né?
08:29Boa tarde, Inácio, Wilson, Rodolfo, a todos que estão com a gente.
08:36Olha, é interessante a gente, num caso como esse,
08:39a gente acompanhar como é que o mundo vai dando voltas, né?
08:43Na época que a Lava Jato pegou,
08:45e várias investigações pegaram o Lula,
08:48o entorno do Lula,
08:49a gente via todos os indícios,
08:55conjunto de indícios que levavam ao Lula.
08:58Tem o famoso PowerPoint do Deltan Dallagnol,
09:01aquelas coisas todas,
09:02e a reação dos petistas era sempre
09:06falta o recibo assinado, falta a prova, falta não sei o quê.
09:10Quando o mundo dá a volta e a gente vai para o Bolsonaro,
09:13tem um pouco isso também.
09:14Não é igual, claro, toda analogia é imperfeita.
09:18Não é exatamente igual.
09:19Mas, assim, eu acho que dificilmente alguém duvida
09:22que o Bolsonaro, que era o grande beneficiário
09:27de todo esse esquema, não sabia de nada,
09:30não incentivou, não ajudou a viabilizar.
09:34Tem até um artigo que saiu na Folha há um tempo atrás,
09:38eu acho que é do Celso de Barros,
09:40não me engano o nome dele,
09:42que ele falava que tinha uma tese bolsonarista
09:45como se um dia fosse fazer uma festa surpresa
09:48para o Bolsonaro e falar
09:49surpresa, demos um golpe de Estado e você é o presidente.
09:53Enfim, isso é difícil de imaginar.
09:57Mas, evidentemente, a justiça tem seus procedimentos,
10:01a gente tem que, claro, garantir a presunção
10:03da inocência constitucional para todos os brasileiros
10:06e mesmo os políticos, por piores que sejam,
10:10não são exceção.
10:12Você tem procedimentos legais que têm que ser respeitados.
10:15Por exemplo, o brasileiro fica indignado,
10:17eu fiquei, todo mundo picou com o Sérgio Cabral,
10:20ainda mais eu, carioca, vivendo aqui,
10:24tendo passado por dois governos o Sérgio Cabral,
10:26ver o Sérgio Cabral ali numa cobertura,
10:29na piscina, dando dica de filme.
10:32É claro que isso revira o estômago da gente,
10:33mas, ao mesmo tempo, ele ficou seis anos em prisão preventiva.
10:37Isso também não pode.
10:38Então, a gente tem que avançar muito no Brasil
10:41para que a nossa justiça seja mais rápida,
10:47mais precisa,
10:49que ela consiga melhor a parte da investigação,
10:53a todas as etapas do processo,
10:56porque a gente tem uma legislação,
10:58que ela é muito garantista, por um lado,
11:00ela é muito pró-réu, por um lado,
11:03em quase todos os casos, não todos.
11:05Tem muitos casos onde a coisa inverte,
11:09na justiça trabalhista, por exemplo,
11:11na justiça de família,
11:12você tem algumas exceções onde o réu é culpado
11:17antes de provar que é inocente, em muitos casos.
11:19Mas, na maioria dos casos onde o direito penal,
11:22muito ideologizado e tal,
11:24você tem uma quantidade de garantias enorme
11:27e a capacidade de geração de provas
11:31das polícias,
11:33dos meios investigativos do Brasil,
11:35muitas vezes não acompanha.
11:37Então, vamos torcer, nesse caso,
11:39para que todas as garantias constitucionais
11:42e todo o direito amplo de defesa
11:44seja dado a todo mundo que é acusado
11:47em delação ou não,
11:48mas vamos torcer também para que o Brasil
11:50tenha a capacidade de botar na cadeia,
11:53respeitando as leis, claro,
11:55mas consiga colocar na cadeia
11:57os seus criminosos.
12:00Inácio?
12:02Diga lá.
12:03Deixa eu aproveitar,
12:04já que o Alexandre puxou esse ponto,
12:06deixa eu colocar na tela a delação 2
12:07para a gente continuar explorando
12:08esse material que foi divulgado
12:10pela Folha de São Paulo,
12:11porque aí tem uma parte que é
12:14a parte da confusão ideológica
12:17que havia no Palácio do Planalto
12:19ali no final do ano de 2022.
12:22Segundo Mauro Cid,
12:23que quanto a parte mais radical
12:26não era um grupo organizado,
12:28eram pessoas que se encontravam
12:31com o presidente esporadicamente
12:33com a intenção de exigir
12:36uma atuação mais contundente
12:38do então presidente.
12:40Que uma dessas pessoas
12:41era Filipe Martins,
12:42ex-assessor internacional
12:43do ex-presidente
12:44ligado à área mais ideológica.
12:47Essa ala mais ideológica ali
12:49tinha, enfim,
12:50que eram os olavistas, não é?
12:53Filipe Martins vinha acompanhado
12:54de um jurista
12:55que não se recorda o nome.
12:57Aqui eu vou cometer
12:58uma inconfidencialidade.
13:00Eu até sei que jurista é esse,
13:02mas ao contrário
13:03do que está nos autos,
13:05eu vou ficar quietinho
13:06porque o que não é
13:08está nos autos
13:09a gente não pode
13:10tomar como verdade.
13:11Que o colaborador se recorda
13:13que o referido jurista
13:13escreveu livros
13:14sobre garantias constitucionais
13:16que os encontros
13:17ocorreram em meados
13:17de novembro de 2022.
13:20Esse trecho, Inácio
13:22e meus colegas Rodolfo e Alexandre,
13:25ele é importante
13:26porque é o seguinte,
13:26depois Mauro Cid faz,
13:28ele narra
13:29a minuta do decreto
13:33de manipulação
13:34do artigo 142 da Constituição,
13:36que é aquele, né,
13:37sobre o estado de Cid.
13:38E nesse documento,
13:41o Mauro Cid,
13:41ele fala que o próprio
13:42ex-presidente da República,
13:44ele colocou a mãozinha dele
13:46para transformar
13:48esse documento
13:49num documento mais brando
13:51do que o apresentado
13:52pelo Filipe Martins.
13:52Porque o documento
13:53do Filipe Martins
13:54falava de prisão
13:54de Gilmar Mendes,
13:56de Rodrigo Pacheco,
13:57de Alexandre de Moraes.
13:59Segundo o Mauro Cid,
14:00o ex-presidente depois
14:01pegou esse documento,
14:02viu que ele estava
14:02um pouco exageradão.
14:03Isso é para falar de prisão?
14:06Que fique só no
14:06Alexandre de Moraes,
14:07vamos aqui liberar
14:08o Rodrigo Pacheco
14:10e o Gilmar Mendes.
14:13Detalhe,
14:14é bom lembrar
14:14que tanto o Gilmar Mendes
14:16quanto o Rodrigo Pacheco
14:18conversaram com
14:20o ex-presidente da República
14:21e foram peças decisivas
14:23em algumas crises
14:24provocadas pelo próprio
14:25Palácio do Planalto.
14:27Eles ajudaram a ler
14:27e colocar água na fervura
14:29em vários episódios.
14:30então mostra ali
14:33uma certa,
14:34digamos que,
14:36como é que eu posso falar?
14:37Mostra ali
14:37uma certa
14:38intencionalidade seletiva
14:39do ex-presidente
14:41de definir
14:41quem iria
14:43ou não iria
14:43para a prisão
14:44caso de fato
14:46fosse decretado
14:47o tal do artigo
14:47142 da Constituição.
14:50O fato é que
14:50esse é mais um elemento
14:52de prova,
14:53como vocês falaram,
14:54e a gente tem que
14:55tocar num ponto,
14:56né Alexandre,
14:56que pelo direito penal,
14:58o direito penal
15:00quando a gente fala
15:01do artigo 365
15:02e o artigo 366
15:04quando se fala
15:05de golpe de Estado
15:06se fala
15:07tentar com emprego
15:09de grave ameaça
15:10ou violência
15:11ou tentar
15:12o funcionário público
15:13civil militar
15:13depor o governo
15:15constituído.
15:16Então,
15:16pegando um pouco
15:17o gancho
15:17do que o Rodolfo falou,
15:19esse é o que é
15:20o grande x da questão.
15:22Porque,
15:22inclusive já conversando
15:23com o Alexandre,
15:24né Alexandre,
15:25de vez em quando a gente
15:25conversa por telefone
15:27pra trocar figurinha
15:29e aí uma das conclusões
15:31que nós chegávamos em,
15:32uma dessas análises
15:33filosóficas é essa,
15:34gente,
15:35se houve uma tentativa,
15:37né,
15:37o golpe de Estado
15:38quando ele não é
15:40consumado,
15:40de fato é uma tentativa,
15:42porque se você
15:42consuma o golpe de Estado
15:44não tem ninguém
15:44pra sobrar vivo
15:45pra poder falar
15:46sobre alguma coisa.
15:48Então,
15:49é nessa
15:50que se concentra
15:54a investigação
15:54da Polícia Federal,
15:55porque você precisa
15:55provar que o camarada
15:56tentou fazer aquilo
15:57que é considerado
15:58ilegal,
15:59que é considerado
15:59um crime.
16:02Exatamente.
16:03Você pega
16:04alguns regimes
16:04do mundo
16:05que são ditatoriais,
16:07vamos pegar,
16:08por exemplo,
16:08a Rússia,
16:08que é um exemplo
16:09óbvio,
16:10alguém pode
16:10investigar
16:11se o Putin
16:13deu golpe de Estado?
16:15Ninguém pode,
16:16né,
16:16se você começar
16:17a investigar,
16:18começar a falar,
16:19talvez você
16:19caia da janela.
16:21Então,
16:21eu não vou nem
16:23nem preciso ir,
16:23por exemplo,
16:24óbvio,
16:24da Coreia do Norte,
16:25Arábia Saudita,
16:27você tem uma série
16:27de regimes
16:28no mundo
16:29onde a China
16:31mesmo é um regime
16:32de partido único
16:33que você não pode
16:35escolher o presidente.
16:37Então,
16:37assim,
16:38você tem que
16:40pressupor
16:41que a investigação
16:43de um golpe
16:44de Estado,
16:45ele parte do princípio
16:46que o golpe
16:46deu errado.
16:47Então,
16:47não é um golpe
16:48perfeito.
16:49Ah,
16:49onde está o tanque
16:50na rua?
16:50Bom,
16:50se tivesse o tanque
16:51na rua,
16:51talvez estivesse dando
16:52certo,
16:53o que a gente
16:54investiga
16:54é exatamente
16:56a tentativa.
16:59E a intencionalidade
17:01realmente está
17:02muito difícil
17:03de negar.
17:04A gente tem,
17:05por exemplo,
17:06aquele vídeo
17:07do Braga Neto,
17:08que é o braço direito
17:10do Bolsonaro,
17:11foi ministro de tudo
17:12do governo Bolsonaro,
17:13era o vice
17:14da chapa dele
17:15na eleição
17:16onde ele perdeu
17:17para o Lula
17:18agora em 2022.
17:19aquele vídeo
17:21onde ele fala
17:21pessoal,
17:22mantenham a fé,
17:23a gente não pode
17:24falar agora
17:24o que a gente
17:24está fazendo.
17:26Enfim,
17:26sabe?
17:26Tem umas coisas
17:27muito óbvias
17:28que a gente pode
17:30juntar com evidências
17:32baseadas no nosso
17:33bom senso.
17:34Se isso vai dar
17:35um conjunto
17:36probatório
17:37que vai levar
17:38a uma punição
17:40legal definitiva,
17:42trânsito
17:42em julgado e tal,
17:44é outra conversa.
17:45Mas é muito difícil
17:47nesse ponto
17:48você negar
17:49que houve
17:50uma articulação.
17:51Wilson,
17:52tem uma coisa
17:52só para terminar
17:53que eu costumava
17:53brincar
17:54dizendo o seguinte,
17:55no churrasco
17:55na casa do Bolsonaro
17:57o mais normal
17:58é ele.
17:58Ele é um cara
17:59que sempre se cercou
18:00de radicais.
18:03Por mais que você
18:04possa achar
18:04o Jair Bolsonaro
18:05um radical,
18:06o entorno dele
18:07sempre foi mais radical
18:08que ele.
18:09E a dúvida é,
18:11por que ele não
18:11demitia essas pessoas?
18:13Por que ele escolheu
18:14essas pessoas?
18:15Então, por exemplo,
18:15o Trump
18:16do primeiro governo dele,
18:18ele deu um cargo
18:18estratégico
18:19para o Steve Denham.
18:20Em seis meses
18:21ele mandou embora.
18:22Quando ele viu
18:22que o sujeito
18:23era incontrolável,
18:25radical demais,
18:26mandou embora.
18:28Então, assim,
18:28você...
18:29Porque escolher
18:31é uma coisa...
18:32Jesus Cristo
18:32escolheu Judas
18:33como apóstolo.
18:34Isso pode acontecer,
18:36entendeu?
18:36Mas depois de um tempo
18:37você tem que se tocar
18:39que a sua escolha
18:40de repente não foi a melhor
18:41e você tem que tomar
18:42alguma atitude.
18:43de fato.
18:44Então, é isso que...
18:45E um cara como
18:46o Braganero, por exemplo,
18:47virou o vice.
18:48Braço direito
18:49e o mais importante.
18:50Vou ter que lhe interromper,
18:50mas termine o seu raciocínio,
18:52meu caro.
18:54Ora, basicamente
18:55essa ideia.
18:55Quer dizer,
18:56você pode escolher
18:57um assessor
18:58que depois te decepciona,
19:00como todo diretor
19:01de empresa
19:01pode contratar
19:02um funcionário
19:03e se arrepender.
19:05Por exemplo,
19:05eu como flamenguista
19:06estou assistindo
19:07o Gabigol
19:07no Cruzeiro.
19:08Talvez o Cruzeiro
19:09tenha agora
19:10com algumas dúvidas
19:11em relação a pagar
19:122 milhões e meio
19:13para o Gabigol
19:14e nós felizes
19:15de termos nos livrado dele.
19:17Agora,
19:18uma coisa é você
19:20contratar errado,
19:21outra coisa é você
19:22não tomar uma atitude.
19:25Eu até ouvi
19:26que o Diniz caiu,
19:27não sei se você sabe,
19:28Rodolfo,
19:28mas está circulando aí
19:29que o Diniz caiu,
19:30não é isso?
19:30Tem que saber
19:31se vai valer agora,
19:32Alexandre.
19:32Talvez ela dão
19:32outra vez.
19:33Eles voltaram atrás,
19:34vou esperar um pouco.
19:41Tchau.
19:42Tchau.
19:43Tchau.
19:44Tchau.
19:45Tchau.

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