- 30/06/2025
A juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, condenou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) por abuso de poder político durante as eleições de 2024, tornando-o inelegível por 8 anos.
Caiado é acusado de ter usado o Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, para realizar eventos de campanha para Sandro Mabel (União Brasil), prefeito eleito de Goiânia.
A magistrada também determinou a cassação do registro de Sandro Mabel e da vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante), sob a alegação de que eles foram beneficiados pelos eventos.
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Caiado é acusado de ter usado o Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, para realizar eventos de campanha para Sandro Mabel (União Brasil), prefeito eleito de Goiânia.
A magistrada também determinou a cassação do registro de Sandro Mabel e da vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante), sob a alegação de que eles foram beneficiados pelos eventos.
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NotíciasTranscrição
00:00A juíza Maria Umbelina Zorzetti, da primeira zona eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás,
00:05condenou o governador Ronaldo Caiado, da União Brasil, por abuso de poder político durante as eleições de 2024,
00:12tornando-o inelegível por oito anos.
00:14Caiado é acusado de ter usado o Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano,
00:19para realizar eventos de campanha para Sandro Mabel, da União Brasil também, prefeito eleito de Goiânia.
00:25A magistrada também determinou a cassação do registro de Sandro Mabel e da vice-prefeita eleita,
00:31Coronel Cláudia do Avante, do Partido Avante, sob a alegação de que eles foram beneficiados pelos eventos.
00:38A ação foi apresentada à Justiça Eleitoral pela coligação Goiânia Acima de Tudo, formada por PL e Partido Novo.
00:45Repito, cabe recurso da decisão no Tribunal Superior Eleitoral.
00:49A gente vai destacar alguns trechos da decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti.
00:54Produção, pode colocar na tela?
00:56A gente fez análise, eu li tudo cedinho aqui, tirei alguns prints para a gente destacar e poder explicar o que aconteceu.
01:04Porque é assim o jornalismo que a gente faz.
01:08Há decisões de autoridades públicas que viram manchetes, muitos telejornais não analisam nada,
01:13a gente mostra para o público o que aconteceu.
01:15A partir dos fatos comuns a todos, a gente passa a fazer uma análise, algum juízo a respeito daquilo.
01:21Então, vocês estão vendo aí que o que foi pedido na solicitação contra o Caiado
01:31dizia respeito ao que aconteceu nos dias 7 e 9 de outubro de 2024,
01:38quando o governador fez uso do aparato estatal, de acordo, repito, com os investigantes,
01:44como se chama tecnicamente, com acesso restrito para realizar ato de natureza política
01:49em favor do candidato Sandro Mabel, através do oferecimento de jantares no Palácio das Esmeraldas
01:55a vereadores eleitos por Goiânia, suplentes e lideranças políticas,
01:58eventos que contaram com a participação do candidato a prefeito Sandro Mabel
02:02e que teve como único intuito a regimentar apoiadores ao seu projeto político eleitoral,
02:07conforme noticiado pela imprensa.
02:09Então, isso é a parte interessada em punir o Caiado, esse é o relato.
02:15Vamos para o próximo print.
02:18Aí você tem os vídeos, olha, isso é já lá no meio da decisão, tá?
02:22A decisão é imensa, a gente está separando aqui trechos que são importantes
02:26para sustentar aquilo que a juíza decidiu.
02:31E aí a gente vai analisar, está certo, está errado, está de acordo com o padrão,
02:34tem duplo padrão, etc.
02:36Então, se fala ali de vídeos apresentados pelos investigantes,
02:41submetidos ao crivo de uma ferramenta utilizada pelo TRE de Goiás
02:45para auxiliar na identificação, que na verdade é de se houve montagem,
02:49trucagem, outras formas de manipulação de notícias e informações.
02:54E aí se entendeu que não havia qualquer tipo de manipulação.
03:00Então, se transcreveu o conteúdo daqueles vídeos.
03:02Então, está lá o Caiado em reunião com outros políticos no palácio do governador
03:08e ele diz o seguinte, abro aspas,
03:11vocês não estão aqui como pessoa física, não.
03:13Vocês estão aqui como líderes que vocês são
03:15e vocês colocaram seus nomes para disputar uma eleição municipal.
03:19Então, se vista desta credencial e volte com muita humildade.
03:24Olha, agradecer o voto.
03:25Não fui eleito, mas você pode saber que eu continuarei na luta política
03:30porque eu vou, eu, aí a transcrição está meio ruim, né?
03:35Ao ter o Sandro Mabel lá na prefeitura,
03:38eu tenho acesso para resolver os problemas da minha região
03:41e ele vai resolver porque tem o apoio do governador Ronaldo Caiado.
03:45Apoio incondicional meu e que vou estar na minha campanha ao lado dele em tempo integral.
03:50Então, vocês reparem que o Caiado está falando ali para vereadores
03:54o discurso que eles devem ter com outras pessoas.
03:59Então, ali é aquele momento de aspas,
04:01porque é o que o Caiado está sugerindo que outras pessoas digam
04:06e falando que o Mabel vai ter o apoio dele, Ronaldo Caiado.
04:10Aí depois ele passa a falar na primeira pessoa, apoio incondicional meu.
04:13Muito bem, aí você tem a fala do investigado Sandro Mabel.
04:16Abro aspas.
04:16Eu tive a alegria de andar com vocês nessa cidade inteira,
04:19uma cidade que vocês, eu senti o quanto vocês amam essa cidade também,
04:22os bairros de cada um, as esperanças de cada um.
04:25Mas é exatamente essa gratidão que eu tenho para vocês
04:27e a esperança que eu tenho com vocês
04:29é que eu quero dizer para vocês que o sonho não terminou.
04:32Hoje eu sou um cara amadurecido, eu tenho 52 anos de gestão
04:35e é por isso que junto com vocês nós vamos construir a melhor capital do Brasil
04:39para se morar, para se viver, para passear, para fazer tudo o que tem aqui.
04:42No estado onde nós temos o melhor governador do Brasil com 86% de aprovação.
04:48Fecho aspas.
04:48Essa é a prova dos autos.
04:50Vamos para o próximo print.
04:53Aí você tem as conclusões da juíza.
04:57Essa não foi a única, o único elemento ali trazido à tona.
05:00A gente está mostrando porque é o principal, aparentemente,
05:03além do fato de ter sido uma reunião no Palácio, etc.
05:06Mas a partir daí, ela faz essa lista de conclusões
05:10que está pequena na tela, deixa eu ver se eu consigo destacar uma
05:14que está ligada ao vídeo cuja fala eu acabei de reproduzir aqui para vocês.
05:20É o seguinte, vou pegar aqui o item 5,
05:27que o investigado Ronaldo Caiado fez uso da palavra
05:29e pediu o apoio dos vereadores e dos suplentes eleitos
05:33à candidatura do investigado Sandro.
05:35Inclusive, o investigado Caiado, em sua fala,
05:39usou de recurso para ensinar como o vereador ou suplente
05:42deveria abordar o eleitor para pedir o seu apoio
05:46para o investigado Sandro.
05:48Vocês estão vendo em close aí na tela.
05:51Vamos para o próximo print.
05:54Pode passar esse, essa é a lista aí de conclusões da juíza.
06:00E aí ela coloca em seguida,
06:02deixa eu pegar aqui para a gente ir lendo junto.
06:05Foi sustentado pela defesa,
06:08pelas defesas, portanto, pelas defesas do Caiado e do Mabel.
06:11Que nas falas dos investigados não houve pedido explícito de voto
06:16para as pessoas que participaram dos eventos.
06:19Esse é um ponto muito importante, tá?
06:20Porque é um ponto de discussão jurídica.
06:23E aí o que ela argumenta, a juíza?
06:26Para resolver essa questão,
06:28nestas eleições 2024,
06:30a matéria veio disciplinada pela resolução do TSE nº 23.732-2024,
06:37que incluiu o artigo 3º.
06:38Portanto, item A.
06:40Portanto, ela vai citar aí um dispositivo legal
06:43que diz o seguinte,
06:45no seu parágrafo único,
06:46o pedido explícito de voto
06:50não se limita ao uso da locução vote em,
06:54podendo ser inferido de termos e expressões
06:57que transmitam o mesmo conteúdo.
07:00Fecho aspas.
07:02Então, vocês estão entendendo a natureza da discussão?
07:05Naquela fala do Caiado,
07:06não existe a expressão,
07:08olha, você eleitor,
07:11vote em Sandro Mabel,
07:12eu estou pedindo o seu voto.
07:14Não tem, assim, uma declaração direta.
07:17No entanto, ela cita um dispositivo que fala assim,
07:19olha, não é necessário
07:21que haja a expressão vote em.
07:24Se há a interpretação
07:26de que o mesmo conteúdo
07:28está sendo falado
07:30pelo político,
07:32então isso está vedado.
07:34Se ele está querendo dizer
07:36que é para as pessoas votarem naquele candidato,
07:39mesmo que ele não use essa expressão específica,
07:42então isso está vedado,
07:44isso é considerado pedido explícito de voto.
07:48E aí ela cita a jurisprudência
07:49sobre o uso de palavras mágicas,
07:53isso é maravilhoso,
07:55para disfarçar o pedido direto de votos.
07:58E aí ela cita um trecho
07:59de um voto do Alexandre de Moraes,
08:02logo em seguida.
08:03Vocês estão vendo ali,
08:04em caps lock, em maiúsculas,
08:06no meio desse print?
08:07Tem lá uma decisão
08:09que foi relatada pelo Alexandre de Moraes.
08:11Obrigado, produção.
08:13Que diz o seguinte,
08:14a jurisprudência do TRE,
08:16no sentido de que,
08:17para fins de caracterização
08:18de propaganda eleitoral extemporânea,
08:20é possível identificar o requisito
08:22do pedido explícito de votos
08:23a partir do uso de palavras mágicas,
08:26cuja utilização apresente
08:28a mesma carga semântica.
08:30Portanto, que, enfim,
08:32tenha o mesmo significado prático.
08:35Dá para descer mais um pouquinho?
08:36No caso,
08:38é evidente,
08:40é isso aí,
08:40a produção está descendo,
08:41vou esperar só
08:42para vocês acompanharem,
08:43porque os detalhes
08:45são muito importantes
08:45para se decidir
08:47se o sujeito
08:47deve ou não
08:48ficar inelegível
08:49durante oito anos.
08:50É uma decisão gravosa,
08:52das mais gravosas
08:53que a justiça eleitoral
08:54pode tomar.
08:55No caso,
08:56é evidente a realização
08:57de atos de campanha
08:58de forma antecipada,
08:59notadamente pela publicação
09:00de fotografias
09:01do pré-candidato
09:02participando de eventos políticos
09:04e a veiculação
09:04de mensagem
09:05em rede social
09:06com o seguinte teor,
09:07sair com a certeza
09:08que mais uma vez
09:09o povo do Brejo
09:10irá me abraçar
09:11nessa jornada
09:11e vamos juntos
09:12com fé,
09:13determinação
09:13e muita atitude.
09:15Tais afirmações
09:15correspondem a pedido de voto
09:17por meio de palavras mágicas,
09:18uma vez que o êxito
09:20das urnas
09:20somente pode ser alcançado
09:22se for a vontade
09:23do eleitor.
09:24Ou seja,
09:25essa decisão
09:26do Moraes
09:27estava ali dizendo
09:28respeito a outras circunstâncias,
09:31mas estava apontando
09:32que muitas vezes
09:33se tenta
09:34camuflar o pedido
09:35direto de voto
09:36com palavras mágicas,
09:37de uma maneira
09:38mais indireta.
09:40Então vamos continuar
09:41aí na decisão
09:42agora da juíza eleitoral
09:43sobre o Caiado.
09:43Próximo print, produção.
09:46Nesse print
09:47ela pega
09:48aquelas falas
09:49do Caiado
09:50e do Mabel
09:50que eu já li
09:51para vocês
09:52para continuar
09:53nessa argumentação
09:54depois de ter citado
09:56o dispositivo geral
09:57que fala
09:57dessa relativização
09:59da expressão
09:59vote em.
10:00Então ela coloca
10:01em negrito
10:02as palavras
10:03que ela considera
10:04serem as mágicas,
10:06as palavras
10:07que ela considera
10:08estarem camuflando
10:10o pedido direto
10:11de voto.
10:11E aí ela pega
10:12aquele trecho
10:13que o Caiado
10:14ensinou os outros
10:15a dizerem.
10:16Olha, agradeceu o voto,
10:17não fui eleito,
10:18mas você pode saber
10:19que eu continuarei
10:19na luta política
10:20porque eu,
10:21ao ter o Sandro Mabel
10:22lá na prefeitura,
10:24é que faltou uma vírgula
10:25aí nessa transcrição
10:26que facilitaria a leitura.
10:27Eu tenho acesso
10:28para resolver
10:28os problemas
10:29da minha região
10:30e ele vai resolver
10:31porque tem o apoio
10:32do governador
10:33Ronaldo Caiado.
10:34Aqui eu acho
10:35que a gente
10:36precisa fazer
10:37um raciocínio
10:38para entender
10:40o que o Caiado
10:41estava fazendo
10:42e como isso é
10:43ainda mais indireto.
10:46Quer dizer,
10:46porque ainda que se considere
10:47que ele está
10:48ensinando vereadores
10:50a falar com eleitores
10:53diretamente,
10:54são os vereadores
10:56que vão falar
10:56com eleitores
10:57e que vão falar
10:58de uma maneira
10:59que também é indireta.
11:00Quer dizer,
11:01o Caiado está ensinando
11:02a falar
11:02de uma maneira
11:03que tampouco é
11:04vote em Sandro Mabel.
11:07Então, assim,
11:07é o governador
11:08dizendo a vereadores,
11:09não é dizendo diretamente
11:10aos eleitores,
11:11o que eles devem dizer
11:12aos eleitores.
11:14E eles devem dizer
11:15o seguinte,
11:16que, olha,
11:16ao ter o Sandro Mabel
11:17lá na prefeitura,
11:18eu tenho acesso
11:18para resolver
11:19os problemas
11:19da minha região
11:20e ele vai resolver
11:21porque tem o apoio
11:22do governador
11:22Ronaldo Caiado.
11:24Então, assim,
11:24o Caiado está orientando
11:25vereadores a dizer
11:26para os eleitores
11:27que o Sandro Mabel
11:29tem apoio dele.
11:31Então, quer dizer,
11:32é o pedido indireto
11:33do indireto
11:34do voto.
11:35Só para a gente
11:36entender aqui
11:37a natureza,
11:38porque esse pode
11:39dar uma interpretação
11:40mais elástica,
11:41etc.,
11:42mas a gente tem
11:42que entender primeiro
11:43como que a juíza
11:44está raciocinando
11:45para depois fazer
11:46o juízo
11:47sobre a interpretação
11:48dela.
11:49Próximo print,
11:50que é o trecho
11:51em negrito
11:52do Sandro Mabel.
11:53Vê se consegue
11:53dar um close
11:54nesse também,
11:54produção.
11:55Aí ela cita lá,
11:56a esperança
11:57que eu tenho
11:57com vocês
11:58é que eu quero
11:59dizer para vocês
12:00que o sonho
12:00não terminou.
12:01Eu tenho 52 anos
12:02de gestão
12:03e é por isso
12:03que junto com vocês
12:04nós vamos construir
12:05a melhor capital
12:05do Brasil.
12:07Bom,
12:08tampouco é
12:09um pedido direto,
12:11mas ele está ali
12:11se colocando
12:12como alguém
12:13que tem capacidade
12:15e que quer fazer
12:16o melhor ali
12:16para a capital,
12:17logicamente,
12:18sendo um candidato
12:19naquela oportunidade.
12:21Mas era,
12:22repito,
12:22uma reunião
12:23fechada no palácio
12:24não é exatamente
12:26uma reunião
12:26transmitida
12:27para a população,
12:29não é um discurso
12:29num palanque
12:30no meio da rua.
12:31Então,
12:32todas essas questões
12:32estão sendo apontadas
12:33pela defesa
12:34dos investigados.
12:36Próximo print.
12:39Enfim,
12:40ela continua ali,
12:41resta claro,
12:42pela prova constante
12:43nos autos,
12:44que o investigado
12:45Ronaldo Caiado
12:46pediu aos vereadores
12:47eleitos e seus suplentes
12:48que voltassem
12:50em suas regiões
12:51para pedir votos
12:52para o investigado
12:53Sandro
12:53e que deveriam
12:55contar para os eleitores
12:56que seus problemas
12:57estariam resolvidos
12:58caso o Sandro fosse eleito,
12:59já que ele tinha
12:59o apoio incondicional
13:00do governador do Estado.
13:02Era isso que eu estava
13:02explicando.
13:03Então,
13:03a juíza,
13:04ela traduz.
13:05Acontece que ela
13:06interpreta isso
13:07como palavra mágica,
13:08ela interpreta isso
13:09como pedido de voto.
13:11Na verdade,
13:12é uma orientação
13:12para vereadores
13:13para dizerem
13:14para os eleitores
13:15que, olha,
13:16o Sandro Mabel
13:16tem o apoio
13:17do governador.
13:17Da mesma forma,
13:19o investigado Sandro
13:20de forma disfarçada,
13:21é a juíza falando,
13:22pediu o apoio
13:23dos vereadores eleitos
13:24e seus suplentes
13:24quando disse,
13:25aí é aquele trecho
13:26que eu já citei.
13:27Próximo print.
13:30Aí ela faz
13:31toda uma reflexão
13:33sobre o uso
13:33da estrutura pública,
13:34que a residência oficial
13:35não é usada
13:36apenas como moradia
13:37do Caiado,
13:38constituindo palco
13:39para diversas reuniões,
13:40inclusive,
13:41e aí ela julga
13:42com finalidade eleitoreira.
13:44Aí ela fala
13:44a imponência do prédio,
13:46a grandiosidade
13:46dos salões,
13:47a presença
13:48da força de segurança
13:48e, sobretudo,
13:49a presença do governador,
13:51cria uma condição
13:51psicológica de vantagem
13:53para o candidato,
13:54privilégio que não foi
13:55ofertado ao seu adversário.
13:57Próximos parágrafos.
13:59Então,
13:59ela está
14:00chamando a atenção
14:01para o uso
14:02da máquina pública.
14:03Quando ele abre
14:04as portas do palácio
14:05para pedir apoio,
14:06etc.,
14:06está ali criando
14:07uma confusão
14:07entre o público
14:08e o privado,
14:09enfim,
14:09fala do patrimonialismo.
14:10Próximo.
14:11O governador,
14:15aí ela dá uma lição,
14:16ela fala ali
14:17que essa prática
14:18é vedada pela legislação
14:19e fala,
14:19o governador
14:19pode apoiar
14:20seu candidato,
14:21mas deverá fazê-lo
14:22usando seu veículo
14:23particular,
14:24em locais
14:25que não sejam
14:25proibidos
14:26pela legislação
14:27eleitoral
14:27e jamais com uso
14:28de serviços pagos
14:29com recursos públicos.
14:31pela prova colhida
14:32restou cabalmente
14:33demonstrada a prática
14:34das condutas vedadas
14:35por parte do investigado
14:37Ronaldo Caiado.
14:38E aí ela cita
14:39alguns artigos,
14:40etc.,
14:40ou seja,
14:40ela está concluindo
14:41que houve um pedido
14:42de voto,
14:43mesmo que não tenha
14:44sido feito diretamente.
14:46E aí ela cita
14:47que houve o uso
14:48da máquina
14:48para esse pedido,
14:49etc.
14:50Agora,
14:50se você conseguir
14:52por meio de argumentos
14:53de defesa
14:53apresentar um recurso
14:54ao TSE
14:55dizendo que não houve
14:56um pedido de voto,
14:58que houve uma reunião
14:58política,
15:00de articulação,
15:01etc.,
15:02bom,
15:03você pode criar
15:03uma margem
15:04de argumentação.
15:05A gente já vai fazer
15:05o juízo aqui
15:07da gente.
15:08É só para explicar
15:09o que está sendo decidido.
15:10Então vamos para os próximos,
15:12se é que não acabou.
15:14Acabou, né, produção?
15:16Não,
15:17vamos lá,
15:17pode passar.
15:18Aí é o final,
15:19tem a condenação
15:20de cada um,
15:21mas aqui destacando
15:22o principal deles,
15:23que é o governador
15:23Ronaldo Caiado,
15:25condena o investigado
15:26Caiado
15:26a pena de ineligibilidade
15:28pelo prazo de oito anos,
15:30etc.,
15:30etc.
15:31Enfim,
15:32aí tem toda a minúcia
15:34a respeito
15:35daquilo que está sendo decidido
15:37e o pagamento de multa
15:38que fixo em 60 mil reais.
15:41Muito bem,
15:42ela fala,
15:42perdão,
15:43a relevância dos bens atingidos,
15:45Palácio das Esmeraldas,
15:46os danos econômicos ao erário,
15:48gastos com a preparação
15:49dos eventos
15:49e a responsabilidade direta
15:50do investigado.
15:51Estava presente nos eventos
15:52e fez uso da palavra
15:54nos dois eventos.
15:55Enfim,
15:55Então,
15:56isso foi a decisão.
15:58O nosso jornalismo
15:58vai sempre mostrar
15:59o que foi decidido.
16:02Tem mais um print?
16:05Assim,
16:06essa é a parte
16:07da defesa do Caiado.
16:08O que a defesa do Caiado
16:09pediu?
16:10Ela requer
16:11a improcedência
16:12dos pedidos,
16:13alegando em síntese
16:14que os eventos
16:14foram reuniões institucionais
16:16realizadas a portas fechadas,
16:18sem a presença da imprensa
16:19e sem pedido de votos.
16:21Então,
16:21é o que eu estava apontando.
16:22A defesa do Caiado
16:23fala que ele não pediu votos.
16:25O juiz está dizendo
16:25que pediu,
16:26mas ele está dizendo
16:26que não pediu.
16:27Requer ainda,
16:28caso o juiz o entenda
16:29pelo cometimento
16:30da ilegalidade,
16:31a aplicação de multa
16:32no patamar mínimo.
16:34E ainda protestou
16:34por todos os meios
16:36e tal,
16:36tendo arrolado
16:36três testemunhas.
16:38Ou seja,
16:38está dizendo assim,
16:39não pedir votos,
16:40mas se você considerar
16:41que pediu,
16:41que seja uma multa
16:42no patamar mínimo.
16:43E aí,
16:44depois a gente vai ter que lembrar
16:45o caso do Lula,
16:46pedindo voto
16:47para o Guilherme Boulos,
16:48porque o Lula só foi
16:49multado ali
16:50num valor muito pequeno.
16:51Está aí,
16:52os investigados
16:53Sandro Mabel
16:53e Cláudia da Silva Lira
16:55alegam,
16:56enfim,
16:56coisas muito parecidas
16:57e pedem
16:58que caso o entendimento
16:59seja pela procedência,
17:01que não seja
17:01arbitrada a multa
17:02por ausência
17:03de previsão legal.
17:04Quer dizer,
17:04eles não estão nem aceitando
17:05a hipótese da multa.
17:08Ao se defender,
17:09o governador afirmou
17:10que o intuito da reunião
17:11não foi eleitoral.
17:13Vamos assistir.
17:15Eu gravei para mais
17:16de 200 prefeitos,
17:18todos na sede
17:19da União Brasil,
17:21está certo?
17:22E em relação ao fato
17:23que está sendo colocado,
17:25vocês sabem muito bem
17:26que o que está acontecendo
17:28hoje em Goiânia
17:29já estava acontecendo
17:31em Goiânia
17:32há mais de seis meses.
17:34Essa é uma realidade.
17:36Ninguém aqui desconhece.
17:37Tanto é que a área de saúde
17:39está em situação
17:40de intervenção,
17:42ou seja,
17:43um colapso total.
17:45e neste momento
17:46eu aqui reuni
17:47vereadores
17:49numa reunião
17:49institucional
17:51de poder,
17:52eu como governador,
17:54vereadores,
17:55eleitos
17:56e suplentes
17:57para tratar
17:58de um assunto
17:59que era
18:00extremamente delicado
18:02naquele momento,
18:03porque a discussão
18:04já existia
18:06diante do colapso
18:07da máquina
18:08do governo.
18:08Então,
18:10a reunião existiu.
18:11A reunião existiu
18:13não foi uma reunião
18:14aqui
18:15com o intuito
18:16de fazer
18:17campanha eleitoral,
18:18mas foi uma reunião
18:19com o intuito
18:20de buscar
18:20a preocupação
18:21que tem
18:22com esta realidade
18:24que Goiânia vive hoje
18:25e,
18:26além do mais,
18:27podendo ter
18:28a certeza
18:29de que aqui
18:30foi uma reunião
18:30fechada,
18:32está certo?
18:33é que o motivo
18:35maior
18:35era exatamente
18:36a preocupação
18:37que nós tínhamos
18:38com quadros
18:39da saúde,
18:41e não só da saúde,
18:42do lixo,
18:43com o processo
18:44de dengue,
18:45a falta de pagamento
18:47das estruturas
18:48hospitalares
18:49conveniadas
18:50em toda a capital.
18:53Em outro momento,
18:54Caiado citou
18:55decisões da justiça
18:56em casos envolvendo
18:57Lula e Dilma Rousseff.
18:58Vamos acompanhar.
19:00Algumas situações
19:01das quais
19:01uma delas
19:02eu participei,
19:04onde recorreram
19:05no Tribunal Superior
19:06em relação
19:08ao ato
19:08da ministra,
19:10desculpa,
19:10da presidente Dilma Rousseff
19:12em 2014,
19:15ali,
19:16fazendo as reuniões
19:18no Palácio
19:20da Alvorada.
19:21O ministro
19:22Dias Toffoli
19:23deu o seguinte
19:24parecer,
19:25entre aspas,
19:26ou seja,
19:27se a própria
19:27utilização
19:28da residência
19:29oficial
19:30no período
19:30de campanha
19:31que é próximo
19:33às eleições,
19:34ilícito,
19:36quanto mais
19:36em período
19:37pretérito.
19:39Não vejo aqui
19:39qualquer ilicitude,
19:41fecha aspas.
19:42Depois disso,
19:44em 2018,
19:45nós vimos
19:48este palácio
19:50aqui,
19:50essa mesma sala
19:51que é a residência
19:52oficial do governador.
19:54Vocês viram
19:54essa mesma sala
19:55aqui,
19:56ser ocupada
19:57exatamente
19:58também
19:59pelos que me antecederam.
20:02E com mais um detalhe,
20:03fazendo campanha eleitoral
20:05e a mídia
20:07tendo documentado.
20:08e teve a decisão
20:11do Tribunal Regional
20:12Eleitoral
20:13que se trata
20:14da residência
20:15do governador,
20:17residência oficial
20:18do governador.
20:19Mas nós vamos
20:20depois
20:21para
20:212022.
20:24No segundo turno,
20:26vocês sabem
20:27que eu apoiei
20:28o
20:28presidente
20:30Bolsonaro.
20:32E lá estive,
20:33no Palácio
20:34da Alvorada
20:35com mais
20:3680 prefeitos
20:37e nós lá
20:38fomos levar
20:39apoio ao presidente
20:40no segundo turno
20:42e também
20:42almoçamos lá
20:43e ficamos lá.
20:45Depois teve
20:46uma reunião
20:46logo após,
20:47quando ele recebeu
20:48apoio
20:49dos cantores,
20:51tudo lá,
20:51dentro do Palácio
20:52da Esmeralda
20:53e foi transmitido.
20:54Vocês estão vendo
20:55agora,
20:552024,
20:58não é verdade?
20:59O Lula
21:00gravando
21:02todas as matérias
21:03pedindo voto
21:05para o Boulos
21:06dentro
21:06do Palácio
21:08da Alvorada.
21:11Então,
21:12você não pode ter
21:13dois pesos
21:14e duas medidas.
21:16Aqui é minha
21:17residência,
21:18eu moro aqui.
21:20Aqui é minha
21:21residência,
21:22eu moro aqui.
21:22A gente vai ter que
21:23falar sobre isso também.
21:25Olha,
21:25em primeiro lugar,
21:25no esclarecimento técnico,
21:26eu estava perguntando
21:27para a produção
21:27que imagem é essa
21:28do Windows
21:29atrás do caiar?
21:31E a produção
21:31está...
21:32Nossa, não,
21:32é deles lá.
21:33Caiu o projetor
21:34deles lá
21:35no discurso
21:36do caiado
21:37e aí ficou
21:38aquela imagem azul
21:39de fundo dele mesmo.
21:40Então,
21:40isso é
21:41da cena original
21:43desse discurso
21:44de defesa
21:44do próprio caiado.
21:46Então,
21:47obrigado.
21:49Efeito sonoro
21:50aqui do Windows,
21:52do computador.
21:52Olha,
21:53vamos começar
21:53a fazer essa
21:54rodada de análise?
21:55Eu preciso
21:55deixar em primeiro lugar
21:57uma coisa clara.
21:59Um leitor
21:59aqui no intervalo
22:00estava falando
22:00da subjetividade,
22:02da conveniência.
22:04O rigor
22:05da justiça eleitoral,
22:07ele tem de ser
22:07para todos.
22:09Então,
22:09se é para ser rigoroso
22:10a esse ponto,
22:12há um governador
22:12fazendo reunião
22:13com a sua base aliada,
22:15com vereadores,
22:17etc.,
22:18no Palácio,
22:20e aí ele faz
22:21o que uma juíza
22:22considera um pedido
22:24de voto,
22:24mas de uma maneira
22:25indireta,
22:26duplamente.
22:27porque ele não
22:29está falando
22:29diretamente
22:30com o eleitorado
22:30para pedir voto
22:32de uma maneira
22:32camuflada,
22:33ele está orientando
22:33vereadores a falar
22:34com o eleitorado
22:35de uma tal maneira
22:36que tampouco
22:37é direta,
22:38é indireta também.
22:40Ok,
22:40vamos supor que,
22:41beleza,
22:42quer enquadrar isso
22:43como um pedido
22:44de voto camuflado
22:45por uso de palavras
22:46mágicas,
22:47com um agravante
22:48ter sido feito
22:48numa máquina
22:49pública,
22:50etc.,
22:51que isso seja
22:52feito para todo mundo.
22:53É o que a gente
22:54tem visto
22:54pela justiça eleitoral?
22:56Não é.
22:57Então,
22:58a gente viu o caso
22:59do Lula,
22:59a gente viu o caso
23:00da chapa Dilma Temer,
23:01que,
23:02como se convencionou
23:03dizer ironicamente,
23:04foi absolvida
23:05por excesso
23:06de provas.
23:07A gente já viu
23:08vários casos graves
23:09que não resultaram
23:11em punição
23:11e inelegibilidade,
23:13de modo que
23:14uma reunião
23:15como essa,
23:16com esse pedido
23:16duplamente
23:17e indireto,
23:18se comparado
23:19aos outros casos,
23:21fica bastante
23:22contrastante.
23:23E aí,
23:23claro,
23:24da legitimidade,
23:25aqui um grupo político,
23:26uma corrente ideológica
23:27e diga,
23:27olha,
23:28com o pessoal da esquerda
23:29vocês não fazem isso,
23:30agora é só com o pessoal
23:31da direita,
23:32ah,
23:32o Bolsonaro já está
23:33inelegível,
23:34agora o Caiado também,
23:35quer dizer,
23:35o Lula vai ganhar
23:36por WO,
23:36só sobrou o Tarcísio.
23:38Agora,
23:39tampouco posso passar a mão
23:40na cabeça do governador,
23:42porque,
23:43no mínimo,
23:44é uma burrice
23:45que se use
23:46o Palácio
23:47para uma reunião política
23:48num período eleitoral
23:50e que se fale
23:51sobre votos em prefeitos
23:52e apoio.
23:53Não é para fazer isso,
23:55evidentemente.
23:56E isso dá margem
23:57para que a justiça eleitoral,
24:00seja por uma interpretação
24:01elástica,
24:02subjetiva,
24:04seja,
24:04eventualmente,
24:04num caso mais específico,
24:07faça aí
24:08uma declaração
24:08de ineligibilidade
24:09e dê uma punição,
24:11que,
24:11eventualmente,
24:12não dá para outros candidatos.
24:13Não sei o caso
24:14dessa juíza,
24:14não estou aqui fazendo
24:15uma crítica
24:16mais severa a ela
24:18por duplo padrão,
24:19porque eu não sei
24:19como ela decidiu
24:20em outros casos,
24:21mas a justiça eleitoral
24:22como um todo,
24:23porque cabe recurso
24:24ao TSE,
24:24e o TSE tem que
24:26garantir,
24:27pelo menos,
24:27um mínimo de coerência.
24:29Então,
24:29é claro que,
24:30sob esse aspecto,
24:30chama atenção.
24:31Mas,
24:32repito,
24:33os políticos,
24:34brasileiros,
24:35estão acostumados
24:36a tratar a máquina
24:37pública como se fosse
24:38deles.
24:39E o próprio Caiado
24:39fala,
24:40é aqui que eu moro,
24:41é minha residência,
24:42etc.
24:43Ora,
24:43pois que se vai fazer
24:44uma reunião política
24:45com a base,
24:47se ainda vai falar
24:48sobre votos,
24:48sobre satisfação
24:49ao eleitor,
24:50isso aqui se faça
24:51em outro local.
24:52É o mínimo de preocupação
24:53que se deveria ter,
24:54até pelo histórico.
24:56Já se lançou
24:56candidato para 2026,
24:58pelo menos estava
24:58com isso na cabeça,
25:00já tem um outro
25:02candidato inelegível,
25:03tem uma justiça
25:04que está em confronto
25:05com boa parte
25:06da classe política,
25:07é preciso ter precaução.
25:09Não teve,
25:10deixou toda essa margem,
25:11agora precisa sair
25:11em defesa,
25:12precisa citar os outros
25:13casos para mostrar,
25:14olha,
25:15estão sendo injustos
25:15comigo,
25:16estão pegando pesado
25:17demais,
25:17estão carregando na China.
25:18Não era nem para
25:19precisar fazer isso.
25:20Agora sim,
25:22de fato,
25:22você tem aí
25:23uma interpretação
25:24bem severa,
25:25bem rigorosa.
25:26Se fosse para todo mundo,
25:28a gente,
25:29de repente,
25:29acharia bom,
25:30mas não é.
25:31então tem esse elemento
25:33que é fundamental
25:34apontar.
25:34Duda Teixeira.
25:35Felipe,
25:37antes de comentar
25:38a decisão em si,
25:40a comparação
25:40com os outros casos
25:41é escandalosa.
25:43O Lula,
25:44aqui no 1º de maio,
25:45em São Paulo,
25:46vem como presidente
25:47num ato
25:49com o Guilherme Boulos,
25:50do PSOL,
25:52e o Lula
25:52não usa nenhuma
25:53palavra mágica.
25:54Ele fala claramente,
25:55olha,
25:56quem votou no Lula
25:58tem que votar
26:00no Guilherme Boulos.
26:02Ele fala isso,
26:03a campanha
26:03nem tinha começado,
26:06o evento
26:06estava sendo coberto
26:07lá pelo canal
26:08Gov,
26:08o canal
26:09do governo,
26:11então estava lá
26:11funcionário
26:12da presidência
26:13da República,
26:15num evento
26:16com patrocínio
26:17de estatais
26:19e com dinheiro
26:22da Lei Rouanet.
26:24Então,
26:25muito mais escandaloso.
26:26e o Lula
26:27sai só com uma multinha
26:28de 20 mil reais.
26:30Enquanto isso,
26:32essa cassação
26:33é muito mais grave.
26:35Ricardo Kerstmann,
26:36o que você avalia
26:37de tudo isso
26:38que a gente expôs
26:38aqui em minúcias?
26:42Boa noite, Felipe.
26:43Boa noite, Duda.
26:44Boa noite também
26:44para todos os nossos
26:45antagonistas.
26:46Tem duas coisas
26:47que me chamam
26:48bastante atenção aqui.
26:49A número um, Felipe,
26:50que essa confusão
26:51que chefes de executivo
26:53fazem com,
26:54você acabou de falar,
26:55com os equipamentos públicos,
26:57isso tem que ter
26:58um limite claro
26:59para todos eles.
27:01Porque,
27:01se afinal de contas,
27:03os caras moram
27:04nos palácios
27:04e trabalham
27:05nos palácios,
27:07aonde que eles vão
27:07tocar agendas
27:08eleitorais?
27:09Eles vão ter que ir
27:10para a rua,
27:10vão ter que ir
27:11para um restaurante,
27:12vão ter que ir
27:12para as próprias residências?
27:14Isso tem que ter
27:14um limite claro,
27:15porque senão
27:16fica à mercê
27:17dessas decisões
27:18alargadas
27:18de um monte de gente.
27:20É, deveria ser,
27:21só para traduzir,
27:22Ricardo,
27:22deveria ser um ponto
27:23pacificado pela própria
27:24justiça eleitoral,
27:25deveria ser dito
27:26de uma maneira
27:27mais firme,
27:27mais objetiva.
27:29Isso,
27:31isso mesmo.
27:32E número dois,
27:32Felipe,
27:33justamente com relação
27:34à justiça,
27:35um magistrado,
27:37a gente consegue,
27:38com o passar do tempo,
27:40a gente vai lendo
27:40tanta sentença,
27:42a gente vai acabando
27:43se acostumando
27:43até com o linguajar jurídico.
27:46O magistrado,
27:47o normal,
27:48o correto,
27:49seria ele receber um processo,
27:51fazer a leitura
27:52desse processo,
27:54analisar as provas
27:55de um lado e de outro,
27:56a partir daí,
27:57ele forma o próprio juízo
27:59e faz o seu julgamento,
28:00profere a sentença.
28:02Nesse caso,
28:03Felipe,
28:03quando a gente vai
28:04no detalhe,
28:05a impressão que dá,
28:06estou falando
28:07a impressão que me dá,
28:09é que a juíza já tinha
28:10formado a sua opinião,
28:12a sua convicção,
28:14e procurou nos autos
28:15elementos que pudessem
28:16corroborar com aquilo
28:17que ela já tinha
28:18pré-julgado.
28:20Felipe,
28:20durante as eleições
28:21comunidades agora,
28:22que a gente acabou de ter,
28:24houve um fato curioso,
28:26eu fui convidado
28:27como veículo,
28:27pelo fator,
28:28a participar de uma entrevista
28:30com o prefeito
28:31de Belo Horizonte,
28:32que acabou sendo reeleito,
28:33o prefeito
28:34Flad Noma,
28:34do PSD,
28:36e essa entrevista,
28:38eu imaginei
28:39que ela se daria
28:40na prefeitura.
28:41Para a minha surpresa,
28:42quando eu cheguei lá,
28:43ele estava
28:44num local
28:45em frente à prefeitura,
28:46atravessando a rua,
28:48numa sala,
28:49que estava sendo utilizada,
28:51por precaução,
28:52justamente para não ter risco
28:54de se conceder
28:55uma entrevista
28:56dentro da prefeitura,
28:59acusarem depois
29:00de uso da máquina.
29:01É por isso que eu me referi,
29:02que eu acho que tem que ter
29:03uma lei muito bem clara,
29:05delimitando
29:06o que pode
29:06ou não pode
29:07para os chefes de executivo.
29:10Exato.
29:10Doutor Teixeira.
29:12Bom, agora falando
29:13um pouco sobre
29:14a decisão em si,
29:16é uma decisão
29:16problemática,
29:17porque ela acerta
29:20ali na questão
29:21do abuso de poder.
29:24O Caiado pode dizer
29:25ali que foi
29:26uma reunião institucional,
29:28podia ser uma reunião
29:29para discutir
29:29qualquer coisa,
29:30mas se ele chega
29:31ali em algum momento
29:32e fala,
29:33olha, vocês têm
29:34que fazer assim
29:34no meio de uma época
29:35de campanha,
29:37digam isso
29:37para as pessoas,
29:38tal,
29:39errou,
29:40misturou as coisas,
29:42não fez isso
29:43que o Kertzmann
29:44falou,
29:44que é separar
29:45tudo direitinho.
29:46Agora,
29:48erra muito
29:49na punição
29:51que foi dada,
29:53porque a justiça
29:54eleitoral só deve
29:55caçar mandato,
29:57caçar candidatura,
29:58quando é uma coisa
29:59grave.
30:01Nesse caso aí,
30:02está longe de ser.
30:04É uma reunião
30:05fechada
30:06para a gente
30:07que certamente
30:08já ia votar
30:10no Sandro Mabel,
30:11porque eram vereadores
30:12do partido dele,
30:14do União,
30:14não estava sendo
30:15transmitida
30:16para lugar algum,
30:18não teve nenhum
30:19impacto
30:20na corrida eleitoral,
30:22na intenção
30:22de voto
30:23das pessoas.
30:25Então,
30:25foi uma punição,
30:27você caçar
30:28uma candidatura
30:29dessa,
30:30de uma pessoa
30:30que teve
30:31350 mil votos,
30:32você está
30:33desrespeitando
30:34a vontade
30:35do eleitor,
30:36você está
30:37dando um belo
30:38de um golpe
30:39na democracia,
30:40essa decisão.
30:41então deveria
30:43ser uma punição
30:45mais grave,
30:46desculpa,
30:47mais branda.
30:49Não,
30:50o Duda Tchê está
30:50colocando o seguinte,
30:52que essa decisão
30:53traz uma punição
30:54desproporcional
30:55em relação
30:57ao peso
30:59que aquela
31:00atitude
31:01teve.
31:02E a gente
31:03já acompanhou
31:03diversos julgamentos
31:04aqui em
31:06TRE
31:06e TSE,
31:08inclusive,
31:09esse recente
31:10que deu o que falar,
31:10que foi do senador
31:11Sérgio Moro,
31:13em que se falou
31:13muito da gravidade,
31:15do impacto
31:16para a corrida
31:17eleitoral.
31:19Quer dizer,
31:19o Ricardo estava
31:19falando ali,
31:20ah,
31:20do Palácio,
31:21tem que ficar claro,
31:22não tem.
31:23Ora,
31:23vamos pensar aqui
31:24no impacto
31:25para a corrida
31:26eleitoral,
31:26porque é disso
31:27que se trata.
31:28Se não pode
31:29pedir voto
31:30daquela maneira,
31:32o governador,
31:33no uso
31:34da máquina
31:35pública,
31:36etc.
31:36Bom,
31:37o que se quer
31:38prevenir
31:39é que haja
31:40um desequilíbrio
31:43na corrida
31:44eleitoral,
31:45que o governador
31:45esteja usando
31:46uma estrutura
31:47de poder,
31:48ou seja o prefeito,
31:49seja o presidente
31:49da república,
31:51para se favorecer
31:52em detrimento
31:53de outros candidatos.
31:55Então,
31:56assim,
31:56foi isso que aconteceu
31:57na prática.
31:58Quer dizer,
31:59aquela reunião
32:00do Caiado
32:01com a sua própria base,
32:02com vereadores,
32:03aliados dele,
32:05ela poderia estar
32:05sendo feita
32:06em outro lugar,
32:07sendo ditas
32:09as mesmas coisas,
32:11ou,
32:13enfim,
32:13mais a menos,
32:14se a juíza
32:15entender que não
32:15deveriam ter sido
32:16ditas assim,
32:18e qual seria
32:19a diferença
32:20de impacto?
32:21Quer dizer,
32:22você,
32:22pela estrutura,
32:23você não tem
32:23diferença de impacto
32:24alguma,
32:25porque um recado
32:26do Caiado
32:26para vereadores,
32:27seja no Palácio,
32:28ou seja,
32:29numa quitanda,
32:30é o mesmo recado.
32:31Um recado
32:32do Caiado
32:32para vereadores,
32:33para que eles
32:34vão falar
32:34com os eleitores,
32:35ainda sem pedir
32:36voto direto,
32:37só dizendo que o Caiado
32:38apoia o candidato,
32:39o que é público
32:39e notório,
32:41tampouco tem
32:42um efeito
32:43mensurável
32:44que gere
32:45um desequilíbrio
32:46palpável
32:47na corrida eleitoral.
32:48Então,
32:49assim,
32:49é por isso
32:49que,
32:50de fato,
32:50eu concordo
32:51com o Duda,
32:51é uma decisão
32:53de punição
32:54desproporcional
32:55àquele ato
32:55que merece
32:57ser repudiado
32:58do ponto de vista
32:59político,
32:59do ponto de vista
33:00moral,
33:00dado que
33:01não há,
33:02como o Ricardo
33:03colocou uma clareza
33:04muito grande
33:04sobre o uso
33:05do Palácio.
33:06Mas eu entendo
33:07que há
33:08uma imprudência,
33:10uma inconsequência
33:12do Caiado
33:12no uso do Palácio
33:14para fazer uma reunião
33:15política em período
33:15eleitoral,
33:16dando margem
33:17a que algo
33:18de supostamente
33:20errado,
33:20ou a que algo
33:21que possa ser
33:22interpretado como
33:23errado,
33:23acontecesse.
33:25Porque é claro
33:25que políticos,
33:26aliados,
33:27no momento de campanha,
33:28eles vão falar
33:29sobre a campanha
33:30numa reunião
33:31como essa.
33:32então que isso
33:33seja feito
33:33numa estrutura
33:34pública
33:34é ruim.
33:36E aí entra
33:36o agravante
33:38para que isso
33:39acontecesse,
33:39que é o patrimonialismo,
33:41que é essa confusão
33:42entre aquilo que é
33:42público e privado.
33:44Ora, o Caiado
33:44pode dizer que ele
33:45mora lá,
33:45mas ele só mora
33:46porque é governador,
33:48porque foi eleito
33:49e está representando
33:50o povo,
33:51não é uma estrutura
33:51dele,
33:52não é a casa dele,
33:54ele não comprou
33:54aquele lugar
33:55com o dinheiro dele
33:56obtido por meio
33:58de salários legítimos.
34:00Ele tampouco
34:01deveria falar
34:01a minha polícia
34:03e o Caiado
34:03fala.
34:05Então há traços
34:06ali na retórica
34:08do Caiado,
34:09no discurso dele,
34:09nas condutas dele
34:10recentes,
34:11que mostram
34:12que ele gosta
34:14de ser ali,
34:16de se pintar
34:18como dono
34:18daquela estrutura.
34:20E não deveria
34:20ser assim,
34:21os políticos
34:21deveriam ter mais cuidado,
34:23Bolsonaro não deveria
34:23falar a minha PF,
34:25as minhas forças armadas,
34:26o Caiado não deveria
34:27falar como falou
34:28outro dia
34:28a minha polícia
34:29quando estava
34:29defendendo,
34:30inclusive que não fosse
34:31usado pela polícia
34:32de Goiás,
34:34não fossem usadas
34:35as câmeras policiais,
34:36citei isso no debate
34:37sobre o assunto
34:38no outro dia.
34:40Então assim,
34:40quando você considera
34:41que a máquina pública
34:42é em boa parte sua,
34:44que a corporação
34:45é sua,
34:46da retórica
34:47para a prática
34:48é um passo.
34:50Se você tem
34:51essa distinção
34:52de uma maneira
34:52muito consciente,
34:54você não dá
34:55o passo para a ação,
34:56porque a ação
34:57começa no pensamento,
34:58na ideia.
34:59Então se o Caiado
35:00entendesse que,
35:00olha,
35:00eu estou no palácio,
35:01eu moro no palácio,
35:02mas o palácio não é meu,
35:03não vou fazer reunião
35:04aqui,
35:05é política,
35:06ele teria se esquivado,
35:07não teria dado margem
35:08para isso,
35:09mesmo que tivesse falado
35:10o que falou
35:10em outro lugar,
35:11provavelmente
35:12não teria esse nível
35:13de repercussão.
35:15Então assim,
35:15ele deu margem,
35:16mas isso não quer dizer
35:17que a decisão
35:19é justa,
35:19que a decisão
35:20é proporcional,
35:21e muito menos ainda,
35:23em um nível
35:24mais grave,
35:26é que essa decisão
35:27esteja de acordo
35:28com o que a justiça
35:29eleitoral costuma decidir.
35:31De fato,
35:31há um duplo padrão,
35:32há um contraste
35:33muito grande,
35:34ele já apresentou
35:35nesse discurso
35:36hoje à tarde,
35:37essa defesa
35:38comparando com o caso
35:38do Lula,
35:39comparando com reuniões
35:40feitas pelo Bolsonaro,
35:42poderia ter citado
35:43o julgamento
35:43no TSE,
35:44então presidido
35:44pelo Gilmar Mendes,
35:45da chapa de uma Temer,
35:47uma chapa que teve,
35:49de acordo com o que era
35:50apontado na época,
35:51dinheiro do petrolão,
35:52etc.
35:53Então,
35:54ele vai usar
35:55esse contraste
35:55na sua defesa
35:56na hora que apresentar
35:57o recurso,
35:58vamos ver se isso
35:58vai cair ou não.
36:00Acho que se fosse
36:00Lula ou Boulos,
36:01cairia,
36:02como é o caiado,
36:03não tenho certeza.
36:04Ricardo,
36:05quer fechar?
36:07Quero sim,
36:08Felipe,
36:08você falou,
36:09e falou de forma
36:10muito correta,
36:11muito acertada,
36:12de que se a mesma reunião
36:13tivesse ocorrido
36:14em outro local,
36:16qual que seria
36:16o efeito,
36:17menor ou maior disso?
36:20Obviamente nenhum,
36:21mas percebe
36:22que na decisão,
36:23a juíza,
36:24ela alega o contrário,
36:25ela diz que o fato
36:26de ser no palácio,
36:27ela induz aquela pompa,
36:30circunstância,
36:31o poder que está
36:33travestido ali,
36:34como se aquilo
36:35fosse objeto
36:36de propaganda eleitoral indevida,
36:40ou de abuso de poder econômico.
36:42Felipe,
36:42eu duvido
36:43que exista
36:44um artigo na lei
36:46dizendo exatamente
36:47esse tipo de coisa,
36:48sabe?
36:49Que o palácio
36:50confere
36:51um poder superior
36:52e que isso
36:53configuraria
36:54algum tipo de abuso.
36:54tem uma distinção
36:57que é muito importante
36:58a gente fazer,
36:58são tantos elementos
36:59aqui para abordar
37:00e quase me escapa esse,
37:02mas estava na minha cabeça,
37:03é que a reunião
37:04do Jair Bolsonaro,
37:06então presidente da República,
37:07com os embaixadores,
37:09é diferente desse caso,
37:11porque a reunião
37:12do Bolsonaro
37:13com os embaixadores
37:14teve transmissão
37:15pelos meios de comunicação
37:16de massa
37:16ligados ao governo.
37:19Essa reunião do Caiado
37:20foi uma reunião fechada,
37:21sem transmissão ao vivo,
37:22ou seja,
37:23não era uma transmissão
37:24para o eleitorado,
37:25ele não estava falando
37:26também com o eleitorado,
37:29mesmo que
37:29naquele espaço físico
37:31estivesse falando
37:32com os seus interlocutores,
37:34mas,
37:35como estava sendo transmitido,
37:36estava falando
37:37indiretamente com
37:38os eleitores,
37:39como o Bolsonaro
37:39estava fazendo
37:40na reunião
37:40dos embaixadores,
37:42e gostem os bolsonaristas
37:43ou não,
37:43há uma previsão ali
37:44para esse uso indevido
37:46dos meios
37:46de comunicação de massa.
37:48Então, assim,
37:49você tem uma situação
37:50diferente aí
37:51no caso do Caiado
37:52em relação a esse ponto
37:53também.
37:54Eu digo isso
37:54até porque Flávio Bolsonaro
37:55está tentando misturar
37:56os casos
37:56e a gente precisa
37:57fazer algumas distinções.
37:58Diga, Duda.
37:59Felipe,
37:59além dos recursos
38:00que certamente
38:02vão ser apresentados,
38:03se é que já não foram,
38:05a gente tem que esperar
38:06aí a manifestação
38:07do Ministério Público,
38:08porque o Ministério Público
38:10que defende
38:10a sociedade
38:11tem que defender
38:13a vontade do eleitor.
38:15Não dá
38:15para caçar
38:16candidatura
38:17só por causa
38:18de duas reuniões
38:20dessas daí.
38:21E teve um caso
38:22parecido com esse
38:23que aconteceu
38:24em Campinas
38:25que realmente
38:27pode dar algumas ideias,
38:28que é o do prefeito
38:29Dário Saad,
38:31ele que é do
38:31Partido Republicanos,
38:33durante a campanha,
38:35ele foi reeleito
38:36com 66%
38:37dos votos
38:38e durante a campanha
38:39ele gravou vários vídeos
38:40ali na prefeitura,
38:41em creche,
38:42em hospital
38:43e teve
38:44a candidatura
38:46caçada
38:46depois.
38:47muito parecido
38:49com essa história
38:50do Caiado agora
38:51falando de abuso
38:52do poder político.
38:54E o Ministério Público
38:56Eleitoral
38:57entrou ali
38:58com uma manifestação
38:58dizendo,
38:59olha,
39:00a gente concorda
39:01que teve
39:02abuso
39:03do poder político,
39:04então vocês
39:05podem até
39:05fazer uma multa,
39:07se quiser,
39:07até no valor máximo,
39:09agora não faz sentido
39:10caçar
39:11a candidatura,
39:12né?
39:12O cara realmente
39:13foi eleito
39:15e não dá para dizer
39:16que esses videozinhos
39:17nas redes sociais
39:18tenham sido assim
39:18tão importantes.
39:20E o Flávio Bolsonaro
39:21do PL aproveitou
39:22para fazer um aceno
39:23ao Caiado,
39:23coloca ali na tela
39:24da produção o tweet,
39:25minha solidariedade
39:26a Caiado e Mabel
39:26por essa decisão
39:27totalmente absurda,
39:28desproporcional,
39:28não há meio termo,
39:29absolve ou é pena
39:30de morte política,
39:31é o direito penal
39:32do inimigo
39:32a todo vapor no Brasil.
39:34A gente sabe
39:34que ele quer
39:34tratar ali o caso
39:36do Bolsonaro
39:36como se fosse
39:37o mesmo do Caiado
39:38e faz esse aceno
39:39por uma suposta união
39:41que não sabemos ainda
39:42se vai acontecer
39:42em 2026.
39:43A produção estava dizendo
39:44que tem um vídeo do Lula,
39:45pode soltar a produção
39:46em seguida.
39:47Ah, o Lula pedindo voto,
39:49é porque o Lula
39:50está no noticiário hoje
39:51em razão de uma nova,
39:53de um novo procedimento
39:54pelo qual ele vai ter
39:55que passar,
39:56a gente já vai falar disso,
39:57mas o vídeo agora
39:59é um complemento
40:00da nossa pauta anterior
40:01porque a gente fez
40:02a comparação
40:02com o caso
40:03do pedido de voto
40:04do Lula
40:04para o Guilherme Boulos
40:05na eleição municipal
40:07de São Paulo
40:07que gerou apenas
40:08uma multazinha pequenininha.
40:10O Lula não ficou
40:11inelegível por oito anos,
40:12vocês acham
40:12que a justiça eleitoral
40:13vai declarar
40:15o Lula inelegível
40:16quando a justiça comum,
40:17na verdade,
40:18o STF,
40:19a cúpula do judiciário,
40:20tirou o Lula
40:20da cadeia?
40:21Então pode colocar aí,
40:22produção.
40:22Eu só queria dizer
40:24para vocês o seguinte,
40:27esse rapaz,
40:30esse jovem,
40:32esse jovem,
40:35ele está disputando
40:36uma verdadeira guerra
40:38aqui em São Paulo.
40:41Ele está disputando
40:44com o nosso adversário nacional,
40:48ele está disputando
40:49contra o nosso adversário estadual,
40:51e ele está disputando
40:53contra o nosso adversário municipal.
40:56Então ele está enfrentando
40:57três adversários.
40:59E por isso eu quero dizer
41:00para vocês,
41:02ninguém derrotará
41:04esse moço aqui
41:05se vocês votarem
41:07no bolo
41:08para prefeito de São Paulo
41:10nas próximas eleições.
41:12E eu vou fazer um apelo.
41:14cada pessoa
41:16que votou
41:17no Lula
41:18em 89,
41:20em 94,
41:21em 98,
41:22em 2006,
41:24em 2010,
41:25em 2018,
41:26em 2022,
41:27tem que votar
41:28no bolo
41:29para prefeito
41:30de São Paulo.
41:33Mais explícito
41:35do que isso,
41:35realmente não dá.
41:37Ele ainda diz,
41:37vou fazer um apelo.
41:39E aí ele faz o apelo.
41:41Olha,
41:41cada pessoa que votou
41:42no Lula
41:42tem que votar no bolo.
41:43é mais do que um pedido,
41:45é ainda pior,
41:46é uma ordem
41:47que o Lula está dando.
41:48Olha,
41:48tem que fazer isso.
41:50E uma multinha
41:52pequenininha ali
41:53que o partido
41:53tira do fundo partidário
41:55são vocês mesmo
41:55que estão pagando
41:56esse tipo de punição
41:58ali
41:58dada ao PT do Lula.
42:01Duda Teixeira
42:01ainda quer complementar.
42:02Sim,
42:03a comparação ali
42:04com o Caiado,
42:04entre o Caiado e o Lula
42:05é impressionante.
42:06São réguas
42:07de mundos,
42:08universos diferentes.
42:10E aí tem um texto
42:12muito bom
42:12que o Rodolfo Bores
42:13publicou hoje
42:14no Antagonista
42:15que é
42:15Será que só o Lula
42:17vai ficar elegível
42:18para 2026?
42:20Porque isso,
42:20já teve a ineligibilidade
42:22do Jair Bolsonaro
42:23por causa daquela reunião
42:25com os embaixadores.
42:26Agora vem essa história
42:27do Ronaldo Caiado.
42:29O próximo
42:30pode ser o Pablo Marçal
42:31que divulgou
42:32aquele laudo falso
42:33dizendo de um exame
42:35de cocaína
42:36do Guilherme Boulos,
42:38coisa totalmente inverídica.
42:39Depois ainda pode vir
42:41o Tarcísio de Freitas,
42:42ele que no dia
42:43da eleição
42:44foi lá
42:45e disse que o PCC
42:46estava orientando
42:48o voto
42:48no Ricardo Nunes.
42:50Então vamos ver
42:51onde isso vai parar.
42:53Exatamente.
42:53E tem mais um detalhe
42:54pequeno
42:55porque podem falar assim
42:57Ah, Felipe,
42:58mas isso
42:58não tinha uso
42:59da máquina pública
43:00quando o Lula
43:02pediu voto
43:02para o Boulos.
43:03Esse evento
43:04em que o Lula
43:05pedia voto
43:06para o Guilherme Boulos,
43:07esse evento
43:08teve patrocínio
43:10da Petrobras
43:10e recursos
43:11da Lei Rouanet.
43:13Quer dizer,
43:13patrocínio
43:14da Petrobras
43:15gerida por um indicado
43:17pelo Lula
43:17durante
43:19o governo Lula.
43:21Então é óbvio
43:21que você tem aí
43:22uma estrutura
43:23montada
43:24com dinheiro público
43:25facilitada
43:26pelo atual governo
43:28em que ele
43:29estava pedindo voto.
43:30Quer dizer,
43:30tudo errado
43:31e feito de uma maneira
43:32explícita,
43:33direta
43:34e isso
43:35vai render
43:35uma multa pequenininha
43:37e o Caiado
43:38que fez uma reunião
43:39fechada,
43:41não transmitida
43:42para o eleitorado
43:43e que se tanto
43:45orientou vereadores
43:46a falarem com eleitores
43:47de uma maneira indireta
43:48ou apenas descrevendo
43:50o apoio que ele dá
43:51que é público e notório,
43:52aí ele vai ficar
43:53inelegível por oito anos.
43:55Quer dizer,
43:55você tem essa desproporcionalidade,
43:56você tem esse contraste,
43:58você tem esse duplo padrão.
44:00Muito bem,
44:01vamos passar aqui
44:02para a próxima pauta.
44:04O deputado Gustavo Gaia,
44:06na verdade,
44:07ainda sobre a justiça eleitoral,
44:09o deputado Gustavo Gaia,
44:10que apoiou o Fred Rodrigues
44:11do PL,
44:12candidato derrotado
44:13por Mabel
44:13nas eleições desse ano,
44:14publicou vídeos
44:15comemorando a decisão
44:16da justiça eleitoral
44:17contra o Caiado
44:18e o Mabel.
44:19Após a manifestação
44:20de Flávio Bolsonaro,
44:21Gaia afirmou no X
44:22que Caiado torce
44:23pela prisão de Bolsonaro
44:24mais do que Moraes.
44:25Pode colocar aí
44:26o print na tela,
44:27você vê que o caso
44:28gerou treta política
44:30para tudo quanto é lado.
44:31o Caiado
44:34sobre indiciamento
44:35de Bolsonaro
44:35e daí
44:36a vida continua.
44:38O Gaia lembrou
44:40esse comentário
44:41do Caiado
44:41quando o Bolsonaro
44:42foi indiciado,
44:43que foi noticiado
44:44pelo antagonista
44:45e escreveu em cima
44:47Caiado torce
44:47pela prisão de Bolsonaro
44:48mais do que Moraes.
44:50Então,
44:50essa treta
44:51entre Caiado
44:52e Bolsonaro
44:53faz com que
44:55um deputado
44:57bolsonarista
44:57fala
44:58bem feito,
44:59se deu mal
45:00e tal.
45:00Enquanto o Flávio Bolsonaro
45:01que sempre foi
45:02um cara mais do acordão
45:03faz um aceno
45:05para tentar colocar
45:06os dois
45:06no mesmo balaio
45:07de injustiçado.
45:08Diga, Duda,
45:08para a gente fechar finalmente.
45:09Essa treta
45:10entre o Caiado
45:12e o Gustavo Gaia
45:13lá em Goiânia
45:14é impressionante,
45:15é uma luta livre.
45:17Quando teve lá
45:18uma operação
45:19de busca e apreensão
45:20da Polícia Federal
45:21na casa
45:22do Gustavo Gaia,
45:24o Caiado
45:25publicou alguma coisa
45:26ali do tipo
45:27olha, a PF
45:28bateu cedo,
45:30foi essa
45:30a única ocasião
45:31em que o Gustavo Gaia
45:32acorda de manhã
45:33alguma coisa assim
45:34e aí o Gustavo Gaia
45:36foi para cima
45:37do Caiado
45:38com tudo, né?
45:40Canalha,
45:41quem nasceu
45:42para ser Caiado
45:43nunca vai ser Bolsonaro
45:44alguma coisa assim.
45:45Enfim,
45:46é uma treta
45:46que vem já
45:47de muito tempo
45:48está rolando agora
45:50e vai continuar.
45:57e vai continuar.
45:58E vai continuar.
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