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O programa Meio-Dia em Brasília desta segunda-feira, 2 de dezembro, vai falar sobre o perdão de Joe Biden ao seu próprio filho e sobre o cerco de Donald Trump ao Brics.

Nesta edição, o jornal também falará sobre a repercussão no mercado relacionada ao anúncio atabalhoado feito pelo governo federal sobre o corte de gastos e a pressão do PT contra Roberto Campos Neto para manter a taxa de juros.

Meio-dia em Brasília traz as principais informações da manhã e os debates que vão agitar
o dia na capital federal e do mundo. Assista na TV BM&C, nos canais 579 da Vivo,
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Transcrição
00:00Boa tarde, Inácio. Boa tarde para você que nos acompanha aqui no canal BMC News e também aqui
00:20no portal O Antagonista. Acho que a gente pode começar já o programa falando do pacote fiscal,
00:26não é, Inácio? Em relação ao Ministro da Fazenda, não é? É, porque o que acontece? Depois da apresentação do pacote fiscal
00:38da semana passada, o que ocorreu? O PT quer pressionar o Roberto Campos Neto a dar um jeito aí na taxa de juros.
00:49Deixa eu explicar direitinho essa história. O que acontece? A expectativa do mercado é de que a taxa de juros
00:54ela aumente dos atuais 11,25 para um patamar um pouco maior. E aí o que o PT quer fazer?
01:00Ele quer justamente, ele vai pressionar o Roberto Campos Neto por meio de intervenções na internet,
01:05por meio de, enfim, daquela milícia digital petista e também por meio de intervenções na Câmara dos Deputados.
01:13Eu estou falando basicamente de requerimentos da Câmara dos Deputados, requerimentos de convites
01:19ou também convocações, para fazer o Roberto Campos Neto pressionar, né, trabalhar para que ele mantenha,
01:25para que o BC mantenha a taxa de juros em 11,25. Não, é um trabalho fácil porque o mercado já precificou
01:32todo aquele pacote atabalhoado, anunciado na semana passada por Fernando Haddad e companhia.
01:38Então, meu caro, é isso. Então, o primeiro bastidor já dessa segunda-feira, já mostrando que o fato
01:44é que é necessário do governo federal, de fato, ter um discurso, não é, Inácio?
01:52Que, de fato, né, tente aí convencer o Banco Central a doutorar algumas medidas que são
01:59consideradas até já precificadas pelo mercado. Vários analistas já partem da premissa
02:04de que vai ser inevitável você mudar, você alterar essa taxa de juros, você elevar essa expectativa
02:11da taxa de juros justamente por conta, não é, dessa pressão que se faz em relação ao pacote
02:19anunciado pelo Fernando Haddad. Uma situação que o próprio PT criou, como eu falei na semana passada,
02:25o próprio PT criou essa situação. O Lula, ele que quis, né, juntar imposto de renda com o corte de gastos.
02:35Então, nessa assalada toda, o fato é que agora o governo federal está numa situação muito delicada
02:42e agora o PT vai tentar, ó, tentar ganhar no gogó e não é nada fácil, meu caro José Inácio Pilar.
02:47Então, deixa eu até aproveitar, enquanto a gente agora, já falando sobre essa situação toda,
02:55o fato é que, mesmo no gogó, o fato é que tem gente no Congresso que fala o seguinte,
03:00olha, não deve dar certo. Por quê? Por que eu falo isso, que não deve dar certo?
03:08Porque também tem uma posição que vai bater muito em cima disso. Vai dizer, olha, o PT, mais uma vez,
03:14busca criar situação, busca criar um cenário ruim, não é? E isso é culpa, aquilo que a gente vem
03:21reforçando aqui no nosso programa. Isso é culpa exclusivamente do presidente da República
03:25e também da sua equipe econômica. No momento que o governo federal, ele não estabeleceu
03:30como prioridade a política econômica, o resultado está aí. O resultado dá para todo mundo ver
03:39que resultado, infelizmente, é esse. É essa possibilidade de aumento do taxa de juros.
03:44Parece que o PT, ele não consegue enxergar, meus caros, que é necessário você ter um corte de
03:51austeridade fiscal, você ter um pacote de austeridade fiscal que convença, de fato, o mercado
03:55a endossar a cartilha petista. Então, é um movimento, de fato, muito delicado, é um momento, de fato,
04:03muito estratégico. Há expectativa de que, nessa semana, esse pacote de medidas
04:08apresentado pelo governo federal já seja apresentado pelo, né, já seja, começa a
04:14tramitar ali, tanto na Câmara, quanto no Senado. Tanto o Arthur Lira, quanto o Rodrigo Pacheco,
04:21respectivamente, presidente da Câmara e do Senado, eles já deram um indicativo de que vão
04:27acelerar esse pacote. Isso aqui, o problema é que corre-se contra o tempo, tá? O problema é que
04:34corre-se contra o tempo. Esse aqui é o grande problema. O grande problema é que tanto o
04:39governo federal quanto o Congresso vão ter que correr contra o tempo. Por quê? Porque agora
04:43temos aí aproximadamente 20 minutos, 20 minutos, perdão, 20 dias, melhor dizendo, para o fim do
04:49recesso parlamentar. O recesso parlamentar deve terminar aí por volta, deve ser estabelecido.
04:54Se eu só checar aqui o meu calendário, para a gente ter uma ideia, ó, o recesso parlamentar
04:59provavelmente vai, sim, vai começar ali no dia 19, né, no dia 19 de dezembro. Então, há esse
05:06problema. Com isso, tanto na Câmara quanto no Senado, você vai ter aí uma possibilidade
05:12de apenas três semanas para você definitivamente, para você definitivamente ter essa questão,
05:21para você conseguir, de fato, né, resolver um problema tão, tão complexo, que é justamente a
05:28questão do, do meio, do, que é a questão justamente do, da taxa de juros. Deixa eu aproveitar e chamar o
05:36nosso grande Alexandre Bosch, que tá comigo, que pode me ajudar um pouco nessa análise, porque, de fato,
05:40é um problema muito, muito, muito delicado. Então, deixa eu aproveitar. Agora sim, eu acho que agora a gente
05:47conseguiu estabelecer o nosso Vandique Silveira. Vandique, seja muito bem-vindo ao Meio Dia Brasília, meu caro.
05:54Bom dia, um prazer estar de volta aqui com você, Wilson, e com todos que nos assistem. Sempre um orgulho.
06:02Ô, Vandique, pelo jeito, não vai... Esse aqui é o grande problema. O PT vai querer ganhar no gogói, mais uma vez,
06:08essa discussão sobre a taxa de juros, mas aí é um grande problema. Não tem como. O PT não tem feito
06:13o seu dever de casa, e aí não há como, não tem jeito. Aí, definitivamente, isso mostra, de fato, que o PT
06:21não tem um projeto, que o governo federal não tem uma ação específica para você conter a taxa de juros,
06:25a não ser que seja ali no gogói, na fala. Boa tarde para você, mestre.
06:30Wilson, nós temos três maneiras de criar um equilíbrio fiscal, e eu repito isso, ad nauseum. Eu já não aguento mais
06:36falar a respeito disso. Gostaria de falar um pouco mais a respeito de outros temas em economia.
06:42Mas o equilíbrio fiscal vem ou do corte de gasto, ou do aumento de imposto, ou do imposto da inflação.
06:49Porque a inflação é, essencialmente, um imposto insidioso, que a gente não vê, mas a gente sente ele.
06:54Ele não é um imposto formal. Então, o que acabou acontecendo nessa situação, nesse contexto?
07:01O governo do PT fez exatamente isso. Abriu mão da política fiscal como uma âncora contra a pontificação,
07:09para fazer com que exista uma oportunidade de equilíbrio fiscal.
07:15E a gente focou na receita, que tem aumentado e batido o recorde de mês a mês, desde o começo desse ano,
07:25crescendo em termos reais a mais ou menos 9%, e, obviamente, inflação.
07:32Então, a maneira como a gente vai ter um equilíbrio fiscal, mesmo que tem, é através da inflação e através do aumento do custo.
07:42O imposto, ele é limitado. A gente, como lá, aumentando de maneira,
07:46para ter reabilizamento, e isso é completamente impossível no longo prazo.
07:54No longo prazo, no longo prazo, no longo prazo, no longo prazo, no longo prazo, no longo prazo.
07:59Pois não.
07:59É porque é um eco, precisamos, a gente só vai dar uma ajustada atrás, porque a gente tem beleza,
08:04enquanto a gente consegue ajustar essa questão do áudio,
08:08só para a gente ajustar direitinho, assim que a gente conseguir estabelecer a conexão
08:13com o áudio claro e entre parede, a gente consegue retomar a análise do nosso
08:19Banco de Silveira, diretamente de São Paulo.
08:23Mas o fato, meus caras, é o seguinte, é que, de fato, temos esse embrólio
08:28que começa a se formar, esse projeto, pelo menos, esse pacote de medidas,
08:32ele já começa a se alimentar, tanto na Câmara do Departado,
08:35quanto no Senado, nesta semana.
08:38Como eu falava antes da...
08:41Eu falo em meio do Banco de Silveira, a questão é a seguinte,
08:44é que faltam, aí, por mais de duas semanas,
08:47para que a questão, de fato, seja resolvida.
08:51Não é um espaço fácil, porque isso é só para a gente entender.
08:55Você tem nesse pacote, tanto o projeto de lei,
08:57quanto também o propósito de emendas institucionais.
09:01Então, imagina a situação, o projeto de lei,
09:03ele precisa de mais, assim, na Câmara, quanto no Senado.
09:07E também, o que acontece quando você tem acesso
09:10em casos de propósito de emendas institucionais?
09:13Você precisa aí, pelo menos, de 188 votos,
09:17na Câmara, na Câmara, na Câmara, nada em exceções.
09:19É um matrimonio um pouco mais lento.
09:23Em situações normais,
09:25eu sinto uma imagem,
09:27de que seja um processo que,
09:29de que seja um processo que,
09:29de que seja, duas semanas,
09:32duas semanas, três semanas,
09:35dois, três meses, perdão.
09:36No processo de lei, mesmo com a urgência,
09:40você vai ter um processo que vai demorar pelo menos seis semanas.
09:43Então, esse é que é o grande problema.
09:46E tanto, olha só que essa questão é tão complicada.
09:49Tanto o presidente da Câmara,
09:51quanto o presidente do Senado,
09:53eles ainda dão uma indicação indica que aqui,
09:55e assim, vão ajudar,
09:56na previsão dos perspectivos de lei,
09:59também, das medidas constitucionais.
10:01E o seguinte,
10:02o objetivo de que a questão por de renda,
10:04foi o ponto que criou mais,
10:07uma situação um pouco mais delicada,
10:09para o mercado,
10:11que, de fato, criou a situação,
10:13criou esse embrólio todo,
10:14e essa desconfiança do mercado,
10:16essa proposta,
10:17tanto o Pacheco,
10:18quanto o Lira,
10:19eles já falaram o seguinte,
10:20olha, isso vai ficar, de fato, para 2026.
10:23Na melhor das hipóteses,
10:24começa em 25,
10:25e depois,
10:27você vai ter esse projeto,
10:29a tramitação, de fato, dele,
10:30a discussão sobre o caso,
10:31vai ficar, de fato, para o final do próximo ano.
10:33Isso para não contaminar o pacote de medidas.
10:35Então, vejam aí,
10:37que, nesse caso, especificamente,
10:38foi necessária a intervenção,
10:41tanto de Pacheco,
10:42quanto de Lira,
10:42para tentar amenizar toda a situação no mercado.
10:45Então, não é um...
10:46Então, vejam aí a situação,
10:49o embrólio que o próprio governo federal criou,
10:52a partir dessa medida.
10:54E, no final de semana,
10:55olha só como é que as coisas funcionam.
10:57Eu tinha falado, na semana passada,
10:59aqui no meio-dia, em Brasília,
11:01eu tinha falado aqui no meio-dia em Brasília,
11:04na semana passada,
11:04que, muito provavelmente,
11:05o governo federal ia atribuir
11:07a um problema de comunicação.
11:09Ia jogar todo o embrólio,
11:11toda a culpa
11:13por esse pacote atabalhoado
11:15por conta,
11:16na conta,
11:17da Secretaria de Comunicação
11:19do governo federal.
11:20E o próprio Fernando Haddad,
11:22no final de semana,
11:23ele deu esse indicativo
11:24de que, olha,
11:24realmente,
11:25houve um problema aí
11:26de comunicação,
11:28o pacote foi mal,
11:30foi mal divulgado,
11:33o governo federal fez um anúncio
11:34ruim desse pacote,
11:35e o mercado não entendeu.
11:37O problema, gente,
11:38não é necessariamente
11:39que o mercado não tenha entendido
11:41a questão do pacote fiscal.
11:43Talvez, o problema,
11:44é que o pacote fiscal
11:45foi interpretado
11:46da sua maneira correta
11:48pelo mercado.
11:49Por quê?
11:49Porque foi aquela metáfora
11:51que nós utilizamos
11:52aqui no meio-dia em Brasília,
11:54na sexta-feira.
11:55Ao mesmo tempo
11:56que o governo federal,
11:57ele apontou,
11:58ele trabalhou ali
12:00para a possibilidade aqui,
12:03ele trabalhou
12:03para a possibilidade
12:04de cortes,
12:05mas ao mesmo tempo
12:06o governo também
12:07anunciou um pacote
12:07de Benesse.
12:08Deixa eu trazer
12:09o nosso grande
12:09Inácio Pilar,
12:10diretamente de São Paulo.
12:11Inácio,
12:12meu querido,
12:13vamos que vamos,
12:14porque temos muita notícia
12:15nesse programa
12:16de segunda-feira.
12:18Pois é,
12:19e ali,
12:20rapidamente,
12:21você me corrija
12:23se eu estiver errado,
12:24mas o pacote
12:26que foi mal interpretado
12:28pelo mercado,
12:29na verdade foi vazado
12:30antes do Haddad falar
12:32por partes interessadas
12:33que chegassem
12:34ao público,
12:36digamos assim,
12:36de carteirinha
12:37do governo,
12:38somente a informação
12:40dos 5 mil reais
12:42de ação,
12:43sem a parte dos cortes
12:44que no fim das contas
12:44também decepcionaria
12:45de toda forma.
12:47Então foi um vazamento
12:48seletivo,
12:49dizem até que teria sido
12:50um outro ministro
12:51que teria vazado
12:52essa informação,
12:53mas enfim,
12:55não sei se é isso
12:56de fato o que aconteceu.
12:58O fato é que
12:59vamos falar mais
13:00sobre outros assuntos
13:01de sua relevância,
13:03de grande interesse
13:04de vocês,
13:05logo depois
13:06desse rápido intervalo
13:07de dois minutinhos.
13:08Esperamos vocês
13:10aqui no Meio Dia em Brasília.
13:11Até já.
13:12Muito bem, muito bem.
13:17Estamos aqui de volta
13:19para você
13:20que é nosso assinante,
13:21você que está assistindo
13:22na nossa plataforma
13:23do YouTube.
13:24E é interessante
13:25que o começo
13:27dessa declaração,
13:28como disse o Wilson
13:29muito bem,
13:30sobre o pacote
13:32de cortes,
13:33na verdade,
13:34foi caótico,
13:35meio que refletindo,
13:36talvez,
13:37a visão de muitas pessoas
13:38sobre a comunicação
13:39do governo como um todo.
13:41Seja isso de forma
13:42intencional ou não,
13:43há quem pense
13:44que o governo Lula
13:45simplesmente gosta
13:48de fazer esses balões
13:49de ensaio,
13:49solta uma informação
13:50para ver como ela rebate
13:52depois disso
13:53que não era bem isso.
13:54Só que no caso
13:55foi diferente,
13:56foi um anúncio de fato.
13:58Eu quero dar boa tarde
13:59a todo mundo
14:00que está aqui
14:00no nosso YouTube
14:01e quem ainda não entrou,
14:03por favor,
14:04entre aqui
14:05e entre
14:06e dê o seu like,
14:07a sua curtida
14:08no nosso programa
14:09que é muito importante.
14:10Estou vendo que tem
14:10bastante gente
14:12ao vivo
14:13no nosso chat.
14:15Eu quero pedir...
14:16Olha,
14:17temos poucas curtidas
14:18comparativamente
14:19ao número de pessoas
14:20que estão online.
14:21Então,
14:22eu quero que
14:23todos vocês
14:23se sentam muito bem-vindos
14:25nessa semana,
14:26semana sem intervalos,
14:29sem comerciais,
14:30sem comerciais,
14:30sem intervalos
14:31de feriados
14:33e isso é muito importante.
14:35Por quê?
14:36Porque existe
14:38o sentimento,
14:40digamos assim,
14:40de que o Brasil
14:41tem muito feriado.
14:43Eu queria saber
14:44se você acha
14:44que a gente tem muito feriado.
14:46Existe uma proposta
14:47até de um deputado federal
14:49que quer abolir
14:51todos os feriados
14:53menos importantes.
14:54Aí o critério de importância
14:55varia de cada um.
14:57O fato é que
14:58temos essas iniciativas
15:01que a gente não sabe
15:02se realmente somam.
15:04O que soma atualmente,
15:05infelizmente,
15:06são as conclusões
15:07do governo.
15:08Mas nós vamos voltar
15:09agora
15:10para a transmissão
15:11da TV BMC
15:13aberta a todas.
15:14Continuo com você
15:15aqui no nosso chat.
15:17Já voltamos.
15:17voltamos com o nosso
15:22Meio Dia em Brasília,
15:24um programa
15:25do portal
15:26O Antagonista
15:27com transmissão
15:27na TV BMC.
15:30Wilson,
15:31estamos aqui
15:33vivendo uma situação
15:34bastante interessante,
15:36porque a gente
15:38quer saber
15:39justamente o que
15:40mais importante
15:41pode acontecer
15:43nessa próxima semana,
15:44se a gente for pensar
15:46que...
15:47Bom,
15:48é segunda-feira,
15:49temos
15:50toda a questão
15:54sobre o governo
15:55Biden anunciando
15:56ontem à noite
15:56o perdão.
15:58O governo Biden,
15:59na verdade,
15:59o presidente Biden
16:01anunciou
16:02uma medida
16:03eu acho que inovadora.
16:05Ele teve
16:06a iniciativa
16:07de fazer
16:07o nepotismo
16:08criminal,
16:09onde ele
16:10absolveu
16:11pelo perdão presidencial,
16:12que é algo inerente
16:13apenas aos presidentes,
16:14não só lá,
16:15como aqui também,
16:15mas absolveu
16:16o Hunter Biden,
16:17que é o filho dele,
16:18de acusações
16:19e de,
16:20mais do que acusações,
16:22de condenações.
16:23Como é que isso
16:24está repercutindo,
16:25Wilson?
16:27É, de fato,
16:28meu caro Zainá,
16:28essa grande questão
16:29aí é que nós temos aí,
16:31inclusive foi até
16:32o título do nosso programa,
16:34a nixia boa
16:34é a nixia para a esquerda,
16:36não é?
16:36Porque esse é
16:37que é o grande ponto.
16:38Se essa questão
16:40do perdão total
16:41ao filho do Biden
16:43é uma medida
16:44que no final das contas
16:45ela, de fato,
16:47ela coloca
16:47todo o discurso
16:48da esquerda
16:52por terra,
16:52cai por terra.
16:53Porque o que ocorre?
16:55Essa turma aí
16:56do Biden
16:57e também
16:58da Kamala Harris,
16:59eles sempre criticaram
17:00o Donald Trump
17:01por você
17:04tentar adotar
17:05esse tipo
17:05de postura.
17:07E aí,
17:08quando o Biden
17:08adota uma postura
17:09como essa,
17:10isso mostra também
17:11uma incoerência
17:13por parte
17:14de integrantes
17:15da esquerda.
17:17Aqui,
17:18eu,
17:18ampassando de forma
17:19muito superfície,
17:20eu conversei com alguns
17:21integrantes aqui do Palácio
17:22quando eu estava apurando
17:23outras coisas,
17:24meu caro Zainá,
17:25e aí um detalhe
17:26que eles me falam,
17:27olha Wilson,
17:28para a gente não faz
17:29muita diferença,
17:30a nossa preocupação
17:31agora é com o Trump,
17:32é o que pode vir
17:33a partir,
17:34a partir
17:35da posse
17:37do Trump.
17:38O governo do Biden
17:39já é considerado
17:40carta fora do baralho,
17:41já é considerado
17:41passado.
17:43Então,
17:44essa questão
17:44especificamente,
17:46ela é algo
17:47que para o Palácio
17:48do Planalto
17:49é um tanto quanto
17:50que indiferente,
17:53sabe,
17:53Zainá?
17:53Agora,
17:54a questão também
17:55é que,
17:56como eu falei no início,
17:57você coloca de novo
17:58a esquerda
17:58numa situação
17:59muito contraditória,
18:00porque também
18:01infragiliza o discurso
18:03da esquerda internacional
18:04e parte um pouco
18:05daquela premissa
18:06de que,
18:06de fato,
18:07perdão bom
18:08é perdão
18:09da esquerda.
18:10Quer dizer,
18:11é algo muito parecido,
18:12não é,
18:13Zainácio,
18:13com a discussão
18:14sobre a anistia
18:15aqui no Brasil.
18:17Aqui no Brasil,
18:18essa discussão
18:19sobre o PL da anistia,
18:21após as investigações
18:22envolvendo o ex-presidente
18:23da República,
18:24Jair Bolsonaro,
18:25essa discussão
18:25caiu por terra,
18:27né,
18:27essa discussão,
18:28ela foi colocada ali
18:29em segundo plano,
18:31mas isso mostra
18:31que essas questões
18:33de você defender
18:34o seu personagem
18:36preferido
18:36é algo
18:38que ajuda
18:38bastante.
18:40O meu caro
18:41Zainácio,
18:42acho que a gente pode
18:43passar para o nosso
18:43Alexandre Borges,
18:44porque ele é o homem
18:45que tem acompanhado
18:46essa história
18:46com muito mais afim
18:47com o Alexandre Borges.
18:50Olá, Wilson,
18:51olá, Inácio,
18:51olá a todos
18:52que estão acompanhando.
18:53Realmente,
18:54eu acho que você
18:54fez uma excelente
18:56introdução ao tema.
18:57É uma questão ética,
18:59antes,
18:59isso é uma questão legal,
19:00porque a caneta presidencial
19:02em vários países,
19:04como no Brasil
19:04e como nos Estados Unidos,
19:06tem essa possibilidade
19:07de oferecer
19:08um perdão presidencial
19:10para alguns crimes,
19:11alguns condenados,
19:12alguns investigados.
19:13O que acontece?
19:14Isso já aconteceu
19:15ao longo da história?
19:16Já.
19:17E não é ilegal, tá?
19:19Tem um caso histórico
19:20importantíssimo
19:21nos Estados Unidos,
19:22por exemplo,
19:23quando teve o escândalo
19:24do Watergate,
19:25em 74,
19:26o Richard Nixon cai,
19:28ele renuncia,
19:29estava-se começando
19:30o processo de impeachment,
19:31quando ele,
19:32antes de ser empichado,
19:33ele pediu a renúncia
19:35ao cargo,
19:35até hoje,
19:36em mais de 200 anos,
19:38é o único presidente
19:38que renunciou ao cargo
19:41na história dos Estados Unidos,
19:43mas os processos
19:44continuaram.
19:46E aí,
19:46quem assumiu
19:47o governo americano
19:48foi o vice dele,
19:49o Gerald Ford,
19:50e o Ford perdoou
19:51o seu antigo titular,
19:55cabeça de chapa,
19:56e isso,
19:58claro,
19:58foi muito polêmico
19:59na época,
20:00até hoje,
20:01quando se fala
20:01em perdão presidencial,
20:02se lembra do perdão
20:04que o vice
20:05do Nixon,
20:07transformado em presidente,
20:09dá ao ex-chefe
20:11por crimes
20:13que a gente conhece,
20:15o do Watergate,
20:16que ele era culpado,
20:17nem ele nega,
20:19ninguém tem dúvida,
20:19foi gravado,
20:21os bandidos lá
20:22que invadiram a sede
20:23do Partido Democrata
20:24no complexo de prédio
20:25do Watergate,
20:26e tiveram outros casos
20:27muito importantes,
20:28o Bill Clinton,
20:29que aí já é do lado
20:30democrata,
20:31do lado da esquerda,
20:32o Bill Clinton
20:33deu um perdão também
20:34que repercutiu muito
20:35no último dia
20:36do mandato,
20:37o Bill Clinton
20:38ficou oito anos no poder,
20:40e no último dia
20:41ele perdoou
20:41um empresário
20:43que tinha uma série
20:44de crimes,
20:45e ele foi lá
20:46e deu um perdão
20:46para o sujeito
20:47no último dia
20:48de governo dele,
20:50de oito anos de mandato,
20:52por uma incrível
20:53coincidência,
20:54esse empresário
20:55era casado
20:56com uma mulher
20:57que era uma das maiores
20:58doadoras
20:59das campanhas
21:00do Bill Clinton
21:00e do Partido Democrata,
21:02aquelas coincidências
21:03da vida,
21:04isso também repercutiu
21:05muito mal,
21:06no caso do Trump,
21:07no primeiro governo
21:08dele,
21:09também repercutiu muito
21:10porque ele deu
21:10muito perdão,
21:12o Trump
21:12ele perdoou
21:1473 pessoas
21:16no governo dele,
21:17um deles
21:18muito famoso
21:19o Steve Bannon,
21:20o Steve Bannon
21:21que tinha sido
21:21o estrategista
21:22de campanha dele
21:23durante um período
21:24muito curto,
21:25durante alguns meses,
21:27e depois
21:28pôs,
21:28ganhou um cargo
21:29em alguns meses
21:30e foi tirado,
21:33o Bannon
21:33foi perdoado
21:34num perdão,
21:36vamos dizer,
21:37o bonde do perdão
21:38do Trump,
21:39onde foram
21:40mais de 73
21:41condenados
21:43e 70 investigados,
21:45com mais de 140
21:46pessoas
21:47foram perdoados,
21:49então,
21:49os democratas
21:50notaram isso
21:51muito contra o Trump,
21:53mas aí,
21:53quando chegou
21:54o Joe Biden,
21:54chegou no filme dele,
21:56e sempre foi uma pedra,
21:57uma pedra,
21:58é um sujeito que
21:59tem muitos escândalos
22:01enormes,
22:02envolvidos
22:04no nome dele,
22:05do Hunter Biden,
22:07de tráfico de violência,
22:09de dinheiro,
22:11de drogas,
22:11de escândalos sexuais,
22:13o que não falo
22:14do Hunter Biden
22:15é escândalo,
22:17de ásia,
22:18e o rei,
22:18ele não está ali
22:19o rei da série
22:20de cinco temporadas,
22:22e ele foi perdoado
22:23o primeiro papai,
22:24o último dia,
22:26e, enfim,
22:27é mais um capítulo
22:28dessa história,
22:29que aqui no Brasil
22:30a gente teve também
22:30o Bolsonaro
22:31com o Daniel Silveira,
22:32com tantos outros,
22:33mas é, sim,
22:35uma hora de se rever
22:36essa questão
22:37que pode ser legal,
22:38mas pode também
22:40não ser moral.
22:47Alexandre,
22:48tem uma questão aí também,
22:50para ver se a gente consegue
22:51estabelecer coisa
22:52bem rapidamente,
22:54quer dizer,
22:55a gente fala muito
22:55da questão da moralidade,
22:58a questão da moralidade,
22:59esse que é o grande ponto,
23:01então, assim,
23:01o grande dilema aí,
23:03realmente,
23:04é você literalmente
23:05não conseguir
23:06estabelecer um discurso
23:08que isso pode criar
23:09uma situação de embaraço
23:10sem dúvida nenhuma
23:11para o governo Biden,
23:13quer dizer,
23:14algo de fato
23:15muito, muito,
23:16muito delicado.
23:19Eu...
23:19O que vai ficar
23:20no legado dele,
23:21não há dúvida,
23:22vai ser lembrado,
23:23na hora que se fizer
23:24um balanço
23:24do governo Biden,
23:26vai se lembrar
23:26um monte de coisa
23:27e uma delas,
23:28com certeza,
23:28é o perdão
23:29para o filho
23:30e o problema.
23:30É, porque foi
23:32uma questão
23:33muito cobrada,
23:34não é, Alexandre?
23:34A impressão que se tem
23:35é que a gente está falando
23:36desde o episódio
23:38do Capitólio,
23:39ficou, né,
23:39houve essa batida,
23:41houve, de fato,
23:41essa questão intensa,
23:43a questão, de fato,
23:45ficou ali marcada, né,
23:46os democratas
23:48ficaram o tempo todo
23:48batendo,
23:49não pode se perdoar
23:51o que aconteceu
23:52e associar diretamente
23:53o que aconteceu
23:53no Capitólio
23:54com o Trump.
23:56Então,
23:57me parece, de fato,
23:58que é uma questão
23:58extremamente incoerente
24:00você agora,
24:01ah, imaginar
24:02que definitivamente
24:04você pode, de fato,
24:05criar uma situação
24:06de, de fato,
24:08de perdão
24:08para o filho do Biden
24:10nessa questão.
24:12Ô, Duda,
24:12deixa eu...
24:13A própria ideia
24:14de um presidente
24:15numa canetada
24:16dar um perdão
24:17é uma ideia estranha,
24:18mas pelo menos
24:19deveria,
24:20já que tem a lei,
24:21pelo menos
24:22quando envolve
24:23parentes,
24:24doadores de campanha,
24:25pessoas próximas,
24:27ele deveria ser proibido
24:28de fazer,
24:28na minha visão.
24:30Mesmo que se mantenha
24:31essa lei,
24:31que eu acho
24:32uma lei muito estranha,
24:34de um presidente...
24:35Isso é uma coisa
24:36que vai dos tempos
24:36da monarquia,
24:37do feudalismo,
24:38enfim,
24:39de um rei magnânimo
24:41poder dar perdão
24:42a quem ele quiser e tal.
24:44Essa lei
24:44eu já acho estranha,
24:46mas mesmo mantendo
24:47essa lei,
24:48o sujeito poder
24:50perdoar parente,
24:51amigo,
24:52doador de campanha,
24:53aí a coisa
24:54toma um tamanho
24:55ainda muito pior.
24:56Alexandre,
24:57uma dúvida,
24:58só rapidamente,
24:59na verdade duas dúvidas,
25:00primeiro,
25:01o novo presidente
25:02não pode desfazer
25:03esse perdão,
25:04então se o Trump
25:05ficar falando nada disso,
25:06o Hunter Biden
25:07vai responder por tudo,
25:08ele não pode melar
25:08o perdão do
25:09Biden Sr.,
25:11pode?
25:11O Congresso pode,
25:12o Congresso pode
25:13votar e derrubar,
25:15o Congresso pode,
25:16o presidente não.
25:18Entendi.
25:19Só outra coisa,
25:20eu queria só falar...
25:20Tem precedentes também,
25:23já aconteceu nos Estados Unidos
25:24de ter perdão
25:26derrubado pelo Congresso,
25:27já aconteceu.
25:28E a outra dúvida é,
25:29esses perdões
25:30são só no final
25:31de mandato
25:32ou o presidente
25:33pode fazê-lo
25:34a qualquer momento?
25:35Exemplo,
25:36Trump assume
25:37e já perdoa,
25:38por exemplo,
25:39os crimes do Rudy Giuliani
25:41e companhia bela,
25:42logo no começo,
25:43ou não,
25:44deixa-se esse pacote
25:45de bondades
25:46ou maldades,
25:46depende da interpretação,
25:48só para o finalzinho
25:49dos seus mandatos?
25:50Pois é,
25:51voltamos à questão moral,
25:53porque a lei,
25:54ela te permite
25:55que você perdoe
25:56desde o primeiro dia,
25:57em qualquer dia do mandato,
25:59até porque tecnicamente
26:00não faz nenhuma diferença
26:01se você está no primeiro
26:02ou no último dia,
26:03quer dizer,
26:04os poderes do presidente
26:05não aumentam ou diminuem
26:06porque ele está no primeiro dia
26:07ou está no último.
26:09Eles vão empurrando
26:10para o finalzinho do mandato,
26:12é aquela história,
26:13já está indo embora mesmo,
26:14entendeu?
26:14Já pediu o carro
26:16para o manobrista
26:17na festa,
26:18aí o sujeito já,
26:19entendeu?
26:20está só ali
26:22na porta da festa
26:23esperando o carro,
26:25aí ele bebe,
26:26grita,
26:27faz o que,
26:27entendeu?
26:27Já estou indo embora mesmo,
26:29já pedi o carro,
26:30enfim,
26:30então,
26:31mas isso,
26:32de novo,
26:33voltamos a questões morais.
26:35Então,
26:35será que essa história
26:36do veto,
26:37do perdão,
26:39não poderia ser proibido
26:40um ano antes
26:41de terminar o mandato?
26:42É uma discussão,
26:43entendeu?
26:43poderíamos ter essa discussão,
26:45mas ele tem direito
26:46a perdoar a qualquer momento.
26:49Maravilha.
26:49Alexandre,
26:49vou ter que se derromper
26:50porque a gente vai sair
26:51para um rápido intervalo,
26:52mas eu queria falar
26:53com quem está nos assistindo,
26:54você já deve ter percebido
26:55que a gente está passando
26:56por uns pequenos problemas técnicos,
26:58hora de áudio,
26:59então,
27:00nós estamos com a nossa equipe
27:01em cima disso,
27:02justamente para evitar
27:03que isso se repita,
27:05então,
27:05não passou desapercebido,
27:07vamos trabalhar também
27:08nesse intervalo
27:08para que tudo melhore,
27:09e voltamos em dois minutinhos
27:12com mais um bloco
27:13do Meio Dia em Brasília.
27:15Esperamos você aqui,
27:17até já.
27:21E para você
27:22que está nos assistindo
27:23aqui no YouTube,
27:25como eu falei,
27:25a gente está passando
27:26por um pequeno problema técnico,
27:28você já deve ter visto,
27:29algumas imagens entraram,
27:30outras não tiveram o áudio
27:32com a sua melhor qualidade,
27:33eu vejo aqui pelo chat
27:34dizendo que vocês também perceberam,
27:37então,
27:37fique sabendo
27:37que estamos trabalhando
27:38com a nossa equipe técnica
27:39para reverter isso,
27:41para que não haja mais
27:42esse problema.
27:45Pessoal aqui dizendo
27:45que estava com saudade
27:46do Alexandre Borges,
27:47ele reapareceu,
27:49sim,
27:49Alexandre Borges,
27:50sempre muito bem-vindo aqui.
27:52O Carlos Matias
27:53diz que Bolsonaro
27:54é líder mundial,
27:56levantado por Deus,
27:58ninguém toca nele.
28:00Olha só,
28:00mas você realmente
28:01parece ser um grande fã roxo
28:03do Bolsonaro.
28:06Já o Carlos Matias,
28:07já o Carlos Matias,
28:08não,
28:08já a Sônia Santos
28:09diz que a esquerda
28:10é igual ao extrato
28:11de hipocrisia.
28:13Márcia Brunetti
28:14dá boa tarde a mim,
28:15ao Wilson,
28:16ao Alexandre,
28:16o pessoal do chat,
28:18Valdenice dando boa tarde
28:19a todos,
28:21e a Catilene diz que
28:22é mais imbecil
28:23é que ficam passando
28:24pano para os políticos,
28:26por isso não avançamos.
28:27Olha,
28:28aqui nós não passamos
28:30pano para político,
28:31não.
28:32Aqui nós justamente
28:34temos um jornalismo independente
28:36e mostramos,
28:37seja incongruências
28:38de quem é da direita,
28:39de quem é da esquerda,
28:40de quem é de centro,
28:42aqui a gente mostra o que está errado,
28:44mostra por que está errado,
28:45a gente investiga
28:46as fontes primárias
28:47e aí, com base nisso,
28:50você que está em casa
28:51chega à sua melhor conclusão
28:53de quem está certo,
28:54de quem está errado,
28:55por quê,
28:56e você forma
28:56a sua visão ampla,
28:58e não uma visão tendenciosa
29:00que puxa a sardinha
29:01para um lado,
29:02tampa um pouco
29:03a coisa do outro,
29:05dá aquela favorecida,
29:06aqui nós não temos
29:07esse tipo de expediente.
29:09E vamos voltar agora
29:11para a transmissão aberta
29:13da TV BMC
29:14com outras pautas
29:16do seu interesse.
29:18Fique aqui com a gente
29:19e deixe a sua curtida
29:20no nosso vídeo,
29:21por favor.
29:25Voltamos aqui
29:26ao Meio Dia em Brasília,
29:28um programa do portal
29:29O Antagonista
29:30na TV BMC.
29:31Vamos continuar aqui
29:32com a nossa pauta
29:33de discussões
29:34com o Alexandre Borges
29:36e com o Wilson Lima.
29:39E continuamos falando
29:40do presidente Trump
29:41que exigiu,
29:42neste sábado,
29:43que os países membros
29:44dos BRICS
29:45se comprometam
29:46a não criar
29:48uma nova moeda
29:49para substituir o dólar,
29:51ameaçando até
29:52com taxações
29:54na casa de 100%
29:55para os países
29:56que desrespeitarem
29:57o dólar.
29:59Já coloco
30:00a bola para você,
30:01Wilson.
30:01Como é que você vê
30:02isso aí?
30:03Se já teve alguma repercussão
30:04no Congresso?
30:05Afinal,
30:06um dos pais
30:07dessa nova moeda
30:08é o Lula.
30:09Então, Inácio,
30:12há uma preocupação
30:13no Itamaraty
30:15e também
30:16por essas bandas,
30:18mas,
30:19digamos assim,
30:21é uma preocupação
30:22ainda
30:22num tom muito
30:23moderado,
30:25porque
30:25o que se fala
30:28aqui no Itamaraty,
30:31no Palácio do Planalto,
30:32é que,
30:32nesse primeiro momento,
30:33o Trump tem falado
30:34muito para a sua claque
30:35e que há
30:37um abismo
30:38entre o que ele
30:39promete fazer
30:40e o que ele,
30:40de fato,
30:41fará.
30:42Há um abismo
30:43entre o que ele fala
30:45e o que,
30:45de fato,
30:46pode ser colocado
30:47em prática.
30:48Essa história do BRICS,
30:50de acordo com alguns
30:50integrantes ali do Amaraty,
30:51ela tem uma semelhança
30:53com aquela história
30:54também de você endurecer
30:55a imigração
30:56ilegal nos Estados Unidos,
30:58aquela ideia
30:59do Trump
30:59de sair de Al-Hassin
31:01que ele assumir
31:01a presidência
31:02dos Estados Unidos,
31:03ele,
31:04por decreto,
31:05determinar a deportação
31:07de milhares de pessoas.
31:08Não é um processo fácil,
31:10mas,
31:11né,
31:11mas a gente não pode
31:12literalmente descartar
31:13que o Trump,
31:14de fato,
31:14possa adotar
31:15uma medida como essa.
31:16O fato é que,
31:16nesse momento,
31:17se trata,
31:18nesse caso,
31:19mais como uma galhofa,
31:20não necessariamente
31:21como algo concreto
31:22que vai acontecer amanhã
31:23assim que o Trump,
31:25de fato,
31:25determinar.
31:26Agora,
31:26isso mostra,
31:27Inácio,
31:28e aí eu levanto
31:28um pouco a bola
31:29para o Alê,
31:30é que,
31:31isso mostra,
31:32mais ou menos,
31:33como é que vai ser
31:33a postura do governo Trump.
31:34me parece que,
31:36com apoio do Senado,
31:38com apoio também
31:39do equivalente
31:41à Câmara dos Deputados,
31:42o fato é que
31:43o nosso,
31:45o fato é que o Trump
31:46vai ter condições,
31:47sim,
31:47de impor
31:48muitas as ideias
31:49que ele não conseguiu
31:50estabelecer
31:51já no seu primeiro mandato.
31:54Eu não sei o que
31:54que o Duda
31:55ou o que o Alexandre Borges
31:56pensa,
31:56mas me parece que,
31:57dessa vez,
31:58o Trump botou o pé
31:59no acelerador
32:00e vai,
32:01de fato,
32:01adotar as medidas
32:02como ele imaginou
32:03lá naquele primeiro mandato.
32:05Duda?
32:06Bom,
32:07a gente não sabe
32:07se ele vai fazer
32:08isso que ele está prometendo.
32:10Aliás,
32:10desculpa,
32:11boa tarde,
32:12Inácio,
32:12boa tarde,
32:13Alexandre.
32:15Não sabemos
32:15o que ele vai
32:16terminar fazendo.
32:17Agora,
32:18a ameaça
32:18realmente
32:19preocupa.
32:21Uma taxa
32:21de importação
32:22de 100%,
32:23isso aí
32:24quebra todo mundo.
32:25o Brasil aqui,
32:27os produtores brasileiros
32:29exportam muita coisa
32:30para os Estados Unidos,
32:31não é o maior
32:32parceiro comercial,
32:33mas é óbvio
32:34que isso é preocupante.
32:36A melhor coisa
32:36a se fazer
32:37era jogar no lixo
32:39essa moeda dos BRICS
32:40e sair dos BRICS,
32:42né?
32:42Só que o problema
32:43é que,
32:44muito por causa
32:45dos governos petistas,
32:47vamos lembrar
32:48que essa ideia
32:49do BRICS
32:50é uma ideia
32:50que surgiu
32:51lá do Serguei Lavrov,
32:53chanceler da Rússia,
32:55mas que foi
32:55encampada
32:56principalmente aqui
32:57pelo governo do Lula
32:58e pelo Celso Amorim,
33:01eles estão avançando
33:02com isso
33:03cada vez mais
33:04e agora
33:05fica difícil
33:06de se livrar
33:08dessa encrenca.
33:11Essa moeda
33:12dos BRICS
33:13está sendo
33:14conduzida
33:15principalmente
33:15lá pela Dilma Rousseff,
33:17que é a
33:17presidente
33:18do banco
33:20dos BRICS.
33:21Então,
33:22é um problemaço,
33:24essa moeda
33:24já chegou
33:25até,
33:25acho que foi
33:26esse ano,
33:27ter divulgado ali
33:29como que seria
33:29a nota.
33:31E tudo isso,
33:32vale a gente lembrar,
33:34essa história
33:34de moeda dos BRICS,
33:36isso aí existe
33:37principalmente
33:38para ajudar
33:38a Rússia
33:39a escapar
33:40das sanções
33:41do Ocidente
33:42que vieram
33:43depois da invasão
33:44da Ucrânia.
33:45O que o Brasil
33:47estava fazendo
33:48agora com os BRICS
33:49e com essa moeda
33:50é ajudar
33:51a Rússia
33:52a escapar
33:52das sanções.
33:54Então,
33:54é um motivo a mais
33:55para o Trump
33:56não gostar
33:57nem um pouquinho
33:58disso.
33:58O Trump fala ali
33:59na mensagem dele
34:00mais coisas do tipo,
34:01olha,
34:02vocês querem
34:02enfraquecer o dólar,
34:03isso não pode,
34:05mas a moeda
34:06dos BRICS
34:07é para ajudar
34:07a Rússia.
34:08Então,
34:09tem tudo
34:10para dar errado
34:10isso daí,
34:11e dificilmente
34:11o Brasil
34:12vai conseguir
34:13sair dessa encrenca
34:14que causou
34:15para si próprio.
34:18Olha,
34:19a gente pode fazer
34:19um paralelo
34:20com a língua inglesa,
34:21quer dizer,
34:21ninguém é obrigado
34:22a falar inglês,
34:23mas facilita.
34:24Quer dizer,
34:24se você está
34:25em outros países
34:26e se você tiver
34:27alguma noção
34:28razoável de inglês,
34:30a chance
34:30do seu interlocutor
34:31em qualquer país,
34:34sei lá,
34:34o mais longe
34:34que eu já tive,
34:35por exemplo,
34:35foi em Israel.
34:36Você está em Israel,
34:37se você não fala hebraico,
34:40mas se você,
34:40pelo menos,
34:41fala inglês,
34:41você vai se virar,
34:43entendeu?
34:43Então,
34:44o dólar,
34:44ele é um facilitador.
34:46Se você consegue
34:47fazer uma conversão
34:48e fazer negócios
34:49em dólar,
34:50você sabe
34:50que você vai ter
34:51mais facilidade
34:52para negociar
34:53no mundo.
34:54Então,
34:55agora,
34:56se um grupo
34:57de países
34:58politiza
34:59uma questão econômica
35:00e resolve
35:02fazer uma moeda
35:03para diretamente
35:05confrontar o dólar,
35:07o sujeito
35:08que está defendendo
35:09os Estados Unidos,
35:10ele tem todo
35:10direito
35:11de também
35:11impor medidas
35:13que ele acha
35:14que vai ajudar
35:15então a proteger
35:16os interesses
35:17dos Estados Unidos.
35:19Foi até bom
35:19o Duda tocar
35:20nesse assunto
35:20aí da Rússia,
35:21porque eu concordo
35:22plenamente.
35:23Quando a Rússia
35:24invadiu a Ucrânia,
35:26eu me lembro
35:27de ter publicado
35:28uma análise
35:29que está no ar
35:29até hoje,
35:30onde eu dizia
35:32o seguinte,
35:33olha,
35:33a Rússia
35:35está querendo
35:36um embargo
35:36econômico,
35:37porque isso é
35:38uma desculpa
35:39para ela
35:39não precisar
35:40mais usar
35:41o dólar
35:42em transação
35:42e ela começar
35:43a vender
35:44gás e óleo
35:45em rublo.
35:47E aí,
35:48eu botei,
35:48eu não inventei isso,
35:50é claro que eu
35:51fui atrás de fontes,
35:52enfim,
35:53eu fiz uma apuração
35:54na época
35:54para poder dizer isso,
35:55não tirei do nada.
35:56E aí,
35:58eu publiquei,
35:58um monte de gente
35:59falou que era maluquice,
36:00deu uma semana,
36:02o Biden
36:04e a União Europeia
36:05fizeram as medidas
36:06onde falavam
36:08que havia um embargo
36:10econômico
36:10em relação à Rússia,
36:11a Rússia,
36:12dois, três dias depois,
36:13falou assim,
36:13então tá bom,
36:14só que 40%
36:15do lugar da Alemanha
36:16vem daqui,
36:17agora só vende em rublo.
36:19Entendeu?
36:20Então,
36:21a gente precisa,
36:22às vezes,
36:22quando vai entender
36:23a coisa da geopolítica,
36:25entender os interesses
36:26é meio teoria dos jogos,
36:28entendeu?
36:28É entender
36:29os interesses
36:31dos agentes.
36:32E quando a gente fala
36:33Rússia,
36:33é Rússia barra China.
36:35Então,
36:35esse lado do mundo,
36:37Rússia,
36:37China,
36:38que tem um protagonismo
36:39evidente hoje
36:40na geopolítica mundial,
36:43principalmente daquele lado
36:44ali no Oriente,
36:45que eles sabem
36:47que é muito difícil
36:48eles virarem
36:48os donos do mundo,
36:50mas eles acham o seguinte,
36:52olha,
36:52se a gente não virar
36:52o dono do mundo,
36:53pelo menos do nosso lado
36:54aqui do Oriente,
36:55da Europa para
36:56para cá,
36:57a gente quer mandar.
36:58E uma das maneiras
36:59é ir tirando
37:00todo o rastro
37:02americano
37:03que é muito
37:04a língua,
37:05mas também
37:05a moeda.
37:07Então,
37:08isso faz parte,
37:10isso não é um movimento
37:10econômico,
37:11isso é um movimento
37:12geopolítico.
37:13Da mesma maneira,
37:14concluindo
37:15que a criação do euro
37:17foi isso lá
37:17quando nasceu
37:18a União Europeia.
37:19Quando nasceu
37:20a União Europeia,
37:21eu me lembro
37:21que muita gente
37:22que era crítico
37:23à União Europeia
37:25dizia o seguinte,
37:25olha,
37:26aliás,
37:27o que motivou
37:29a Margaret Thatcher
37:30a não entrar,
37:32não acabar com a Libra,
37:33a Libra nunca acabou,
37:34a moeda
37:35da Inglaterra
37:37até hoje
37:38é a Libra,
37:38nunca mudou isso,
37:40nunca virou euro.
37:41Por quê?
37:42Porque a Margaret Thatcher
37:43falava o seguinte,
37:44olha,
37:44isso aí é uma esperteza,
37:45isso aí é uma malandragem
37:47para vocês tirarem
37:48o poder de política econômica
37:50do meu Banco Central,
37:52do meu ministro da Economia,
37:54aqui do nosso parlamento,
37:55e pegar e botar um cara
37:57lá em Bruxelas
37:57para poder fazer política econômica
37:59para a Inglaterra.
38:00Inglaterra não aceita isso,
38:02e uma das maneiras
38:03da gente garantir
38:04que nós temos flexibilidade
38:06e autonomia
38:07para decidir
38:08nossa política econômica
38:09é
38:09que a Libra
38:12continue existindo.
38:13claro que todo mundo
38:14na época xingou
38:15a Margaret Thatcher
38:15de fascista para baixo,
38:16aquelas coisas que a gente sabe,
38:18mas eu acho que a história
38:19mais uma vez
38:20deu razão a ela.
38:21A manutenção
38:22da existência da Libra
38:24conseguiu fazer
38:25com que a Inglaterra
38:26tivesse uma independência
38:28em relação ao euro
38:29que arruma o problema
38:30para um monte de gente.
38:31Então eu estou colocando
38:33essas coisas
38:34porque também às vezes
38:35o Lula vem com essa conversa
38:36de moeda do Mercosul
38:37e tal,
38:38isso tudo, gente,
38:39é uma grande bobagem,
38:40mas mais do que isso,
38:41é uma fachada
38:42para unificação política.
38:45É uma maneira
38:45de você criar
38:46um fato consumado
38:47para que depois
38:49que haja
38:49uma unificação econômica
38:52você caminhe
38:53para a unificação política.
38:56Pois é, Alexandre,
38:56é exatamente esse
38:57o ponto que eu queria chegar.
38:59Tiraria a autonomia
39:01da Inglaterra,
39:02tiraria a autonomia
39:03do Banco Central deles
39:04e foi rechaçado.
39:07Agora, trazendo
39:07para os Estados Unidos
39:08essa ameaça
39:09de taxação de 100%
39:11que foi prometida,
39:12rapidamente,
39:13em dois minutinhos,
39:14você sabe
39:15o que poderia acontecer
39:16se eles fizessem isso mesmo?
39:18Será que poderia haver
39:19uma união
39:20e os Estados Unidos,
39:21quem diria,
39:22eles mesmos
39:23se tornarem
39:23os isolados do mundo
39:25por taxar todo mundo?
39:27Porque aos poucos
39:28eles estão taxando todo mundo.
39:29É China,
39:30é BRICS,
39:31é Canadá,
39:32é México.
39:33Existe uma possibilidade
39:34deles terem que
39:35dar um passo atrás
39:37com essas ameaças
39:38de taxar todo mundo?
39:42Bom,
39:42se for para a minha pergunta,
39:43eu acho que o Trump...
39:45É mais rápido
39:45e o intervalo daqui a pouco.
39:48Não,
39:48se o Trump
39:49é o cara que escreveu
39:50a arte de negociação,
39:51The Art of the Deal,
39:52para mim,
39:53ele está sempre negociando.
39:54Você lembra, Wilson,
39:55você que é o nosso
39:56craque de entretenimento,
39:57você lembra aquele filme
39:58O Advogado do Diabo
39:59com o Keanu Reeves?
40:00Entendeu?
40:01Ele falava com o Al Patino,
40:02que era o diabo,
40:03era o John Milton,
40:04ele falava,
40:05are we negotiating?
40:06E ele respondia,
40:07always.
40:08A gente está sempre negociando.
40:09Então,
40:10inclusive,
40:12nós estamos ainda
40:13com problemas técnicos,
40:14aí vamos tentar
40:14restabelecer conexão
40:16com o São Paulo,
40:17enquanto a gente não consegue
40:18restabelecer essa conexão,
40:19eu peço mais uma vez
40:20desculpas,
40:20imensas desculpas
40:21a você que nos acompanha,
40:23então,
40:24mas a gente estamos
40:24organizando,
40:25tentando deixar tudo
40:26de forma mais fluida
40:27para você que nos acompanha
40:29aqui ao vivo
40:30no seu meio dia
40:31em Brasília.
40:33A gente estava falando
40:34justamente sobre essa questão
40:35dos BRICS
40:36e também sobre essa questão
40:37da moeda única,
40:38mas já já a gente vai trazer
40:40um outro assunto,
40:41que é a questão
40:41do Supremo Tribunal Federal,
40:43a tentativa de interferência,
40:45né,
40:46sobre a questão
40:47do,
40:49né,
40:50do Supremo Tribunal Federal
40:51e toda essa questão
40:53sobre
40:54a interferência,
40:56né,
40:57do STF,
40:57que vai falar agora
40:58basicamente
40:59sobre a regulação
41:00das redes sociais,
41:03sobre a questão
41:03das redes sociais,
41:05então,
41:05precisamos
41:06mais uma vez
41:08organizar isso
41:10e também temos
41:11que organizar isso
41:12mais uma vez.
41:13Mais uma vez,
41:14eu peço perdão
41:14para vocês
41:15sobre a questão
41:15do nosso problema técnico
41:16que a gente tem,
41:16que está tentando
41:17resolver nesse momento,
41:19vamos voltar daqui a pouquinho
41:21com a transmissão ao vivo
41:22em rede nacional
41:23com o nosso,
41:24José Inácio Pilar
41:25diretamente de São Paulo
41:27e temos aqui
41:28mais um,
41:30mais uma questão
41:31que agora vai entrar,
41:33agora sim,
41:33Inácio,
41:34posso entregar para você,
41:35meu caro?
41:36Pode sim,
41:37tivemos aqui
41:38uns desafios
41:39técnicos rápidos
41:40e que estamos trabalhando
41:42para evitar
41:43que ocorra novamente,
41:44mas já vamos voltar
41:45com a transmissão nacional
41:46para a TV BMC,
41:48espero que vocês
41:49continuem aqui
41:50e deixem a curtida
41:51no nosso canal.
41:51voltamos com o Meio Dia
41:55em Brasília,
41:56um programa da TV,
41:57do portal O Antagonista
41:59aqui na TV BMC,
42:01essa parceria
42:02muito frutífera
42:03e que temos o prazer
42:04de ter você nos assistindo.
42:06Eu gostaria de lembrar
42:07a todos
42:08que hoje
42:09estamos nesse formato
42:11um pouco diferente
42:12com um debate
42:14com o Alexandre Borges,
42:15com o Duda Teixeira,
42:16com o Wilson Lima
42:17lá de Brasília
42:17e que tivemos, portanto,
42:19alguns percalços técnicos
42:21como vocês também
42:21devem ter percebido
42:22e que estamos trabalhando
42:24para reparar.
42:25Mas agora,
42:26nesse último bloco,
42:27a gente vai falar
42:27sobre o assunto
42:29que o nosso querido Wilson
42:30já tinha adiantado
42:32lá no começo do programa.
42:34Vamos falar
42:35sobre a votação do STF
42:39sobre as restrições
42:41ou regulação
42:42ou restrição,
42:43depende da sua interpretação,
42:44das redes sociais.
42:46Wilson,
42:46como é que está caminhando isso
42:48nessa semana
42:48que só se inicia?
42:49Então, Inácio,
42:51é uma semana
42:52que ela tende a ser decisiva
42:53para esse julgamento,
42:54porque o julgamento
42:55já será retomado
42:56na quarta-feira,
42:57a tendência é que
42:58vamos ter os votos
43:00dos ministros
43:00de Astófoli
43:01e Luiz Fux,
43:02tanto na quarta-feira
43:03quanto na quinta.
43:04Esse é um caso
43:06importante
43:07porque eu quero também
43:08trazer uma informação
43:09que nós publicamos
43:10agora há pouco
43:10em O Antagonista
43:12sobre as emendas parlamentares.
43:14Por que eu quero juntar
43:15esses dois casos?
43:16Meu caro Zé Inácio,
43:17para você que nos acompanha
43:18aqui ao vivo pela BMC
43:19e também pela internet.
43:21Porque é o seguinte,
43:22a gente está falando
43:23de interferência
43:23do Poder Judiciário.
43:25Como assim, Wilson?
43:26Vamos lá,
43:26deixa o Wilson explicar
43:27para vocês.
43:28Nesse julgamento do STF
43:29de quarta e quinta-feira,
43:31que ele não deve ser resolvido
43:32nessa semana,
43:33a tendência é que ele fique
43:34apenas para 2025,
43:35o STF discute
43:37a regulação das redes sociais
43:38a partir de duas ações,
43:41dois recursos extraordinários
43:43com repercussão geral,
43:45ou seja,
43:45com possibilidade de ser aplicado
43:47nas instâncias inferiores.
43:49Então, a partir daí,
43:50é uma discussão sobre
43:51se as plataformas
43:53têm o dever ou não
43:54de retirar conteúdos
43:55considerados nocivos
43:56de forma preventiva,
43:57porque hoje isso acontece
43:58a partir de decisões judiciais.
44:00já há uma dificuldade
44:04sobre uma questão
44:06e já há uma possibilidade
44:09de que esse caso, de fato,
44:10só fique realmente para 2025.
44:13Então, essa é uma questão.
44:16A segunda questão
44:17foi uma decisão
44:17do ministro do STF,
44:19o Flávio Dino,
44:21proferida agora há pouco
44:21pela manhã,
44:22em que ele liberou
44:23o pagamento das emendas parlamentares.
44:25Esse caso,
44:26esse caso, o Dino,
44:28ele suspendeu
44:31o pagamento das emendas
44:32em agosto,
44:33aguardando uma definição
44:34do Congresso Nacional.
44:36O Congresso Nacional
44:36aprovou na semana retrasada
44:38um projeto de lei
44:38que regulamenta
44:39o pagamento das emendas parlamentares.
44:41Feito isso,
44:42agora o Flávio Dino
44:43já estabeleceu
44:45o pagamento das emendas
44:47parlamentares, lógico,
44:48com algumas condicionantes.
44:49Então, assim,
44:50então, Duda,
44:51eu sei que você adora
44:52falar sobre o Poder Judiciário
44:54e eu acho que esses dois casos
44:55eles mostram,
44:57eles ilustram justamente
44:58isso,
44:59que o Supremo Tribunal Federal,
45:00ele cada vez mais
45:02tem interferido
45:04nas questões
45:05do Poder Legislativo
45:06e também do Poder Executivo.
45:08E interferido também
45:10na sociedade brasileira,
45:13não é só um avanço
45:15do STF
45:16nos outros dois poderes,
45:19isso que está,
45:20continua,
45:21esse julgamento
45:21que continua
45:22essa semana no STF
45:24é um objetivo
45:25de controlar
45:26as redes sociais.
45:29Você avisou,
45:30quer dizer,
45:31isso não vai terminar
45:32essa semana,
45:33deve ir para o ano
45:34que vem também,
45:35mas o que eles querem
45:37é conseguir punir
45:38as plataformas digitais
45:40sobre os conteúdos
45:42publicados.
45:43e isso aí
45:45obviamente
45:46levaria
45:47as redes sociais
45:48a começar
45:49a selecionar,
45:52a filtrar
45:52vários conteúdos
45:54que as pessoas
45:55hoje publicam
45:56livremente.
45:57Então,
45:57com medo
45:58de tomar alguma multa
45:59ou ter alguma
46:00reprimenda,
46:02a gente pode ter
46:04uma redução
46:05do espaço público
46:06de debate
46:08aqui no Brasil.
46:09Por isso que isso
46:10é extremamente importante
46:12e muito bem
46:12todo mundo acompanhar
46:13esse julgamento
46:14no STF.
46:15Agora,
46:15é claro,
46:16o voto do Dias Toffoli,
46:18o Toffoli tem dito
46:19muito que é preciso
46:21regular as redes,
46:22estão usando
46:23o que aconteceu
46:25esses dias
46:26do iniciamento
46:27do Bolsonaro,
46:28aquele atentado
46:29à estátua
46:30lá da justiça,
46:31para argumentar
46:32que é preciso
46:33regulamentar
46:34as redes sociais.
46:36Agora,
46:36é uma questão
46:37mais ampla,
46:37existe já
46:38o marco civil
46:40da internet
46:41em funcionamento
46:42e, por fim,
46:44isso não é função
46:46do STF
46:46regulamentar
46:47a rede social
46:47no Brasil.
46:48Quem faz as leis
46:49é o legislativo.
46:50Então,
46:51além, sim,
46:52de um avanço
46:53sobre a sociedade,
46:54também tem esse avanço
46:55sobre o legislativo.
46:58Tem uma questão,
46:59não é, Duda?
47:00e eu quero dividir
47:01isso contigo
47:02porque,
47:03vamos lá,
47:04vamos relembrar,
47:05é bom que a gente
47:06rememore
47:08o nosso espectador
47:09que houve uma discussão
47:11sobre o PL das fake news.
47:12Esse projeto,
47:13ele não avançou
47:14justamente porque
47:15não houve ali
47:16um texto consensual
47:18tanto entre
47:19o Orlando Silva,
47:20que era o relator,
47:21quanto com o integrante
47:22da chamada,
47:23da chamada esquerda,
47:25também da direita.
47:25Então,
47:26o que ocorreu ali
47:27na discussão
47:29daquele texto?
47:29O texto tramitou,
47:30passou por comissão,
47:32só que no momento
47:32que ele foi chegando
47:33ao plenário na Câmara,
47:34houve todo um kit
47:35de obstrução
47:35porque isso poderia
47:36comprometer a chamada
47:37liberdade de expressão.
47:38Então,
47:38isso foi argumentado
47:39durante muito tempo
47:40para que a questão
47:41fosse de fato
47:42dirimida.
47:43E aí,
47:44Duda,
47:44quando você leva
47:45um caso como esse
47:46de repercussão geral
47:47no Supremo Tribunal Federal
47:48que discute
47:50exatamente,
47:51exatamente a questão
47:53das redes sociais,
47:56você tem um subterfúgio
47:57para você regulamentar
47:58algo que era
48:00de discussão
48:00do Congresso Nacional
48:01e que ficou parado
48:02com esse tempo todo.
48:03Essa que é a questão,
48:05esse que é um problema.
48:07E como você bem disse,
48:08Duda,
48:09o que aconteceu
48:11lá no Supremo Tribunal Federal
48:12de uma pessoa
48:13que,
48:14ela infelizmente faleceu
48:17diante,
48:18depois de umas explosões
48:20lá no Supremo Tribunal Federal,
48:21isso deu força
48:22para que o Supremo
48:23de fato viesse
48:24com toda a energia
48:26para tentar criar
48:28regras e barreiras
48:29para a postura
48:30das redes sociais.
48:31É algo bem delicado,
48:33Duda Teixeira.
48:36Exato.
48:37E o STF está falando
48:38ah, mas o Marco Civil
48:40da internet
48:40ficou 10 anos
48:42e não foi atualizado.
48:44O Congresso
48:44não teve novas decisões
48:46sobre o assunto,
48:47mas quando o Congresso
48:48não decide,
48:50é uma decisão também.
48:51se não existe
48:52um acordo
48:53entre os congressistas,
48:56então não é
48:56para ter
48:57nenhuma lei nova.
49:00Então,
49:00não atualizar,
49:01a ideia é essa,
49:02quer dizer,
49:03aconteceram muitas coisas,
49:05as redes sociais
49:06ganharam
49:07uma força muito maior,
49:08então,
49:09o Marco Civil
49:09deveria ter sido atualizado,
49:11mas,
49:12quem disse
49:13que as leis
49:13têm que ser atualizadas
49:14de tempos em tempos,
49:16não faz por isso.
49:18Há leis hoje no Brasil
49:20que regulam as redes sociais
49:21e essa discussão
49:22não tem sucesso.
49:24Eu vou ter que te interromper
49:25porque a gente vai terminar
49:26a nossa edição de hoje,
49:28a gente vai continuar
49:28com esse debate,
49:29até porque a semana
49:30está começando
49:31e vai ter novas votações
49:32sobre isso.
49:33Então,
49:34vamos encerrando mais
49:35esse meio-dia em Brasília,
49:37até amanhã
49:37e cuide-se bem.
49:44e cuide-se bem.

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