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O Plenário do Senado aprovou, por 66 votos a 5 votos, a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central. O economista foi escolhido por Lula.

Antes dessa votação, Galípolo foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que também deu aval para seu nome. Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário.

Felipe Moura Brasil e Bruno Musa comentam:

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Transcrição
00:00O plenário do Senado aprovou por 66 votos a 5 a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central.
00:06O economista foi escolhido por Lula.
00:08Antes dessa votação, Galípolo foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos, CAE, do Senado,
00:14que também deu aval para o seu nome.
00:16O placar foi de 26 votos a zero. Vamos acompanhar.
00:20E como todas as perguntas já foram respondidas, todos já votaram,
00:25eu peço que, aliás, está encerrada a votação, eu peço que abra o painel.
00:40Unanimidade. Parabéns, Galão. Parabéns mesmo.
00:44Aprovada a indicação do senhor Gabriel Murica Galípolo,
00:48indicado ao cargo de presidente do Banco Central do Brasil por 26 votos e nenhum não.
00:53Atualmente, Galípolo ocupa o cargo de diretor de política monetária do BC.
00:58O economista vai assumir, em 2025, o comando da autarquia,
01:01no lugar de Roberto Campos Neto, que está na reta final do seu mandato.
01:05Durante a sabatina, o senador Sérgio Moro, da União Brasil,
01:08demonstrou preocupação com a independência do Banco Central
01:11ao citar ataques do governo Lula à autarquia e a Campos Neto.
01:15Vamos acompanhar as falas de Moro e Galípolo sobre o tema.
01:18A vossa senhoria mencionou a sua intenção de ser independente,
01:21o que significa dizer não ao presidente Lula.
01:26E creio que o seu predecessor, o atual ocupante, Roberto Campos Neto,
01:30fez um excelente trabalho como presidente do Banco Central,
01:33técnico, inovador, e manteve a firmeza,
01:36mesmo diante de ataques vice,
01:38que foram formulados por esse governo federal.
01:42Mas,
01:42ressalto que as críticas não são direcionadas à vossa senhoria,
01:47mas registro minha preocupação
01:48e rogo à vossa senhoria que mantenha a mesma linha de independência,
01:53que precisará ser firme
01:54para conduzir a política monetária do Brasil,
01:58sem ceder ao canto da sereia
02:00do crescimento rápido,
02:02descontrolado,
02:03com a volta da inflação,
02:04e para colocar o Brasil no rumo de novo,
02:06vai ser muito difícil.
02:07Questões que foram colocadas pelo senador Moro,
02:12como eu disse,
02:13eu realmente acho que é super importante
02:16que o Banco Central esteja disponível
02:18e toda instituição esteja disponível
02:19a discutir seu avanço institucional,
02:21acho um avanço institucional relevante
02:22o que está sendo discutido hoje no Banco Central,
02:24necessário a gente dar as condições necessárias
02:27para que as pessoas possam trabalhar,
02:29não só do ponto de vista remuneratório delas,
02:30mas da infraestrutura necessária,
02:33e entendo que hoje está se discutindo muito mais
02:35o formato que se dá
02:37essa discussão de uma evolução institucional.
02:41Acho que, não sei se cobrir todas as perguntas,
02:43só deixei alguma pergunta.
02:45O COAF, perfeito.
02:47Concordo que o COAF entra nessa lógica,
02:49senador, de também ter uma necessidade,
02:51é sempre bom que ele possa ter
02:52um arcabouço,
02:53que permita ele estar com os recursos necessários
02:56e a estrutura necessária,
02:59dada a relevância que ele tem,
03:00como o senador colocou bem,
03:02não só para as questões de lavagem de dinheiro,
03:03mas para a função que ele desempenha ali.
03:05Em outro momento,
03:07o senador Oriovisto Guimarães, do Podemos,
03:09questionou se Galípolo teria coragem
03:11de contrariar Lula no Banco Central.
03:13Vamos assistir.
03:14Henrique Meirelles era presidente do Banco Central
03:16numa época em que não havia autonomia do Banco Central.
03:20Olha a coragem desse homem.
03:21É por isso que tem a biografia que tem.
03:23Colocou a técnica,
03:24colocou o seu conhecimento,
03:26se impôs e fez um bem enorme ao Brasil.
03:29A minha pergunta é sobre a sua coragem.
03:32Sim ou não?
03:33O senhor teria a mesma coragem?
03:34Uma palavra, Gabriel.
03:37Eu vou começar pela do senador Oriovisto,
03:39porque eu adoraria poder me vangloriar,
03:41quer dizer assim, já tive a coragem,
03:43porque em um ano e meio eu já subi,
03:45cortei e mantive.
03:46Eu já completei a caderneta,
03:48já fiz as três opções possíveis
03:49que um diretor de política monetária pode fazer.
03:52Mas eu estaria me vangloriando falsamente ao dizer que eu tive coragem.
03:57Porque a verdade é que eu nunca sofri nenhuma pressão, senador.
04:00A verdade é essa.
04:01Eu jamais sofri.
04:03Seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão
04:07em cima de mim sobre qualquer tipo de decisão.
04:09Na hipótese de um dia isso acontecer.
04:10Eu peguei a coragem, obviamente,
04:12porque o pedido que sempre foi feito,
04:14primeiro, vamos lá,
04:15o mandato legal do Banco Central é este,
04:17primeiro ponto.
04:18Segundo,
04:19todos os pedidos e recomendações que eu recebi dos senhores,
04:21inclusive do senhor quando me recebeu,
04:23e me assegurando,
04:25me asseverando essa liberdade,
04:27é para tomar as decisões de acordo com a nossa consciência.
04:30O dia que você começa a tomar decisões fora da sua consciência,
04:33você vai começar a empilhar equívocos,
04:34e vai ter muita dificuldade para explicar para si mesmo
04:36as decisões que você tomou.
04:37Então, a todo momento,
04:39todas as decisões que eu tomei na minha vida,
04:41inclusive no Banco Central,
04:42eu durmo muito bem graças a isso.
04:44São sempre decisões de acordo com a minha consciência,
04:47e a minha obrigação aqui é tomar essas decisões
04:48de acordo com o que é melhor para a população brasileira.
04:51E eu tenho certeza que,
04:52na minha consciência,
04:53as decisões que eu tomei quando eu tive que cortar,
04:54quando eu tive que manter,
04:55ou quando eu tive que subir,
04:56são as decisões que,
04:57ao meu julgamento,
04:58ao meu juízo,
04:58são as mais acertadas.
04:59Então, agora e no futuro,
05:02eu assumo aqui o compromisso de continuar nesta posição.
05:05E ainda durante a sabatina,
05:06a senadora Damares Alves,
05:07do Republicanos,
05:08afirmou que a lua de mel de Galípolo,
05:10com Lula e Fernando Haddad,
05:12ministro da Fazenda,
05:13ministro da Economia,
05:14vai acabar.
05:15Vamos acompanhar.
05:16O governo vive sobre pressão de entregas,
05:20sobre pressão de apoiadores,
05:22o governo vive sobre uma pressão da população também,
05:26e às vezes o governo quer tomar decisões muito populistas,
05:28quer tomar decisões para agradar parceiros,
05:32e o Banco Central,
05:34neste momento,
05:35tem um papel muito importante.
05:37Por muitas vezes,
05:38na hora das nossas reuniões,
05:40às vezes muito tensa,
05:42era para o presidente do Banco Central,
05:44que a gente olhava.
05:45E ele tinha a obrigação
05:47de ser equilibrado,
05:50isento,
05:51e muitas vezes,
05:52nos levar à condução certa.
05:56Não era fácil,
05:57a lua de mel entre Paulo Guedes e Roberto,
06:00nem sempre foi de verdade.
06:03A sua lua de mel com Haddad vai acabar,
06:06eu vou lhe informar isso,
06:07se prepare.
06:08A sua lua de mel com Lula vai acabar,
06:11se prepare para isso.
06:13Mas é nesse momento
06:14que um presidente de Banco Central
06:16vai ter um papel muito importante para o Brasil.
06:20Então, o que eu quero lhe dizer,
06:22nunca, nunca perca a sua identidade,
06:24a sua autonomia,
06:25para agradar lado A, lado B.
06:28mantenha-se como presidente
06:30de Banco Central.
06:31Esse foi um dos sucessos
06:33do governo Bolsonaro.
06:34O respeito à autonomia
06:37e à posição do Banco Central.
06:40Muito bem.
06:41E sobre essa sabatina,
06:42sobre essa aprovação do nome
06:44do Gabriel Galípolo
06:44para presidir o Banco Central,
06:46eu converso com o nosso colaborador,
06:48Bruno Musa,
06:49ele que é economista,
06:50professor, empreendedor.
06:51Tem o canal de YouTube dele,
06:53que eu recomendo.
06:54Tem também a sua página
06:55de consultoria de investimento,
06:56brunomusa.com.br
06:57barra investimento.
06:59Salve, salve.
06:59Bem-vindo mais uma vez
07:00ao Papo Antagonista, Bruno.
07:03Muito boa tarde, Felipe.
07:04E a todos que nos escutam.
07:05Muito obrigado pelo convite.
07:07Prazer estar aqui com você de novo.
07:08O prazer é nosso.
07:09Bruno, do ponto de vista político,
07:11houve uma cisão ali na sabatina,
07:14porque a oposição ao governo Lula
07:16estava apontando justamente
07:18aquela preocupação
07:20com a autonomia,
07:21com a independência do Banco Central,
07:22e questionando o Galípolo
07:24se ele vai resistir
07:25a eventuais pressões
07:26do presidente Lula.
07:28O governo conseguiu conter
07:29a bancada governista,
07:32obviamente,
07:33porque tende a ser mais crítica
07:35à alta da taxa dos juros
07:37na gestão do Roberto Campos Neto.
07:40Então, quem citou isso
07:41foi mais com foco crítico
07:44no Campos Neto
07:45e não no Galípolo.
07:46Então, o Galípolo fez
07:47aquela peregrinação
07:48que, em geral,
07:49os indicados fazem
07:50nos gabinetes dos parlamentares
07:52antes da sabatina,
07:53já colocou panos quentes,
07:56já garantiu que não houvesse
07:58grandes hostilidades
08:00na sessão de hoje.
08:02O que você destaca?
08:03O media training do Galípolo
08:05que a gente viu aí
08:06nesses vídeos,
08:07ele convence?
08:10Bom, vamos lá, Feito.
08:12Aqui,
08:13tira o lado o economista
08:15e coloca o meu lado,
08:16o Bruno Musa,
08:18espectador,
08:19simples espectador,
08:21ouvindo aqui
08:21o Gabriel Galípolo.
08:22Ele já me parecia
08:23um político ali.
08:25Sabe aquela fala
08:25tentando um sorriso no rosto,
08:27tentando mostrar ali
08:29uma simpatia muito grande
08:30com as respostas,
08:32como se estivesse
08:33tendo que convencer alguém.
08:35Como você muito bem falou,
08:37o Banco Central,
08:38ele deve ser
08:38uma autarquia técnica
08:39independente.
08:41Países à nossa volta,
08:42como Colômbia,
08:43como Chile, por exemplo,
08:44e nem menciono
08:45os países desenvolvidos,
08:46a importância
08:47da independência
08:48do Banco Central
08:49é um tema
08:50já página virada
08:51há muitos anos,
08:53há muitos anos.
08:54Não é coisa
08:55de um ano,
08:55dois anos.
08:56E no Brasil,
08:56ainda nós discutimos,
08:58ou melhor,
08:58a ala mais radical do PT
09:00continua batendo
09:01na importância
09:02de ter o Banco Central
09:02ao lado dele.
09:03Claro,
09:04eles querem controlar
09:05os juros,
09:05mas eles esquecem
09:06que a curva longa
09:08de juros,
09:08quem controla
09:09é o próprio mercado
09:10e é ela
09:11que as taxas
09:12na rua,
09:13na vida real,
09:14na economia real,
09:15estão submetidas.
09:17Então,
09:17aqui tem um primeiro ponto
09:19que me chamou a atenção.
09:20Digamos,
09:21esse lado
09:21querendo ser mais político
09:23ali,
09:23como uma criança
09:24quando fez alguma coisa
09:26errada e quer convencer
09:27o pai com aquele sorriso.
09:28Não que ele tenha feito
09:29nada errado,
09:30nada disso,
09:31mas que ele está lá
09:32tentando convencer
09:33alguma coisa
09:34porque saberia
09:35que teria perguntas
09:36ali um tanto quanto
09:37duras,
09:38como até a gente
09:39olhou aqui
09:40certos comentários.
09:41Mas isso me chamou
09:43a atenção
09:43num primeiro ponto.
09:45depois o que me chamou
09:46a atenção
09:46e a gente pode
09:47aprofundar mais
09:48se você quiser
09:49aqui, Felipe,
09:50foi a citação
09:50que ele fez
09:51a John Maynard Keynes
09:52que foi
09:53um economista
09:54que sempre
09:56promoveu
09:56em suas obras
09:57lá nas primeiras
09:58décadas,
09:59anos 30,
10:00ali do século XX,
10:01que o Estado
10:02deve ser
10:03o indutor
10:04da economia,
10:06que tudo
10:07deve passar
10:07pela mão do Estado
10:08e economistas,
10:10ditos keynesianos,
10:11que é o caso
10:12dele,
10:13que ele já
10:13falou em muitas
10:14outras ocasiões
10:15e vamos lembrar
10:16de um vídeo dele
10:17lá no começo
10:17da pandemia,
10:18em que ele fala
10:19que o Brasil
10:20ou o mundo
10:21não passaria
10:22por inflação
10:23e a gente viu
10:25o que aconteceu.
10:26A gente viu
10:26também,
10:27inclusive ele falou,
10:28não lembro exatamente
10:29a palavra,
10:30mas era algo assim,
10:31só um imbecil
10:32ou um idiota
10:32pode achar
10:33que a gente
10:34terá inflação.
10:35E o mundo
10:36passou pelo que passou,
10:37dada a impressão
10:39de capital
10:39e o montante
10:40de dinheiro
10:40disponível na economia
10:41por parte
10:43de atuação
10:43dos bancos centrais.
10:45Então,
10:45ele citou o Keynes
10:47e para completar,
10:49ligando,
10:49obviamente,
10:50à economia keynesiana
10:52que ele é adepto,
10:53em que,
10:54vamos tentar
10:56mostrar da forma
10:56mais simples,
10:57os keynesianos
10:58acham que você
10:58pode se endividar
11:01na sua própria moeda
11:01que isso não gera inflação,
11:03só que eles esquecem
11:04de avisar
11:05que se não tiver demanda
11:08para essa dívida
11:09dos governos,
11:10ele terá que imprimir dinheiro
11:12e, portanto,
11:12é inflacionário.
11:14Então,
11:14na prática,
11:15a gente já viu
11:15que uma economia keynesiana,
11:17passado o primeiro ciclo,
11:19a gente passa
11:20por uma inflação.
11:21E aí,
11:21me chamou a atenção
11:22para completar
11:23esse keynesianismo dele,
11:25é que ele falou
11:26que deve ser levado
11:28em consideração
11:29a vontade
11:31do poder
11:32executivo
11:33democraticamente eleito.
11:37E aqui eu faço
11:38a minha
11:38mais importante
11:40ponderação
11:40e passo a palavra
11:41para você,
11:42a gente pode aprofundar.
11:44Se o Banco Central
11:45é e deve ser autônomo,
11:47inclusive deveria ser
11:48autônomo financeiramente,
11:49você não deve levar
11:51em consideração
11:52a vontade
11:53do poder executivo,
11:55caso contrário,
11:56você está se submetendo
11:58a ele,
11:59você está permitindo
12:00um intervencionismo
12:01do governo
12:02nas decisões
12:03que devem ser
12:04técnicas independentes
12:06do Banco Central.
12:07E isso me acendeu
12:08mais do que a luz amarela
12:10no discurso dele,
12:11Felipe.
12:12Exatamente.
12:13É visível
12:14que Gabriel Galípolo
12:15faz a sua média
12:16com o presidente Lula,
12:17que tem uma postura
12:19intervencionista
12:20no Banco Central
12:20e tem dado declarações
12:23de quem sente saudade
12:24da época
12:24em que tinha o poder,
12:26pelo menos,
12:27mesmo que não fosse usar,
12:28de demitir o presidente
12:29do banco.
12:30Ele falou isso
12:30numa entrevista,
12:31nós chamamos a atenção
12:32na época aqui
12:32no Papo Antagonista,
12:33do tempo em que
12:34o Henrique Meirelles
12:35era o presidente
12:36do Banco Central.
12:37E ele sente saudade
12:38desse poder que ele tem,
12:40porque, obviamente,
12:40é um poder dissuasivo.
12:42O sujeito que está lá,
12:44mesmo que ele haja
12:44tecnicamente, etc.,
12:46ele tem em mente
12:47que se ele desagradar
12:48o presidente da República,
12:49ele pode ser demitido.
12:51E com a autonomia,
12:52com a independência,
12:53ele não precisa ter
12:54essa preocupação.
12:55mas o Galípolo,
12:57mesmo o Banco Central
12:58estando em tese
13:00independente e autônomo,
13:01manifesta essa preocupação
13:03em agradar
13:03o presidente da República
13:05que o indicou.
13:06Daí tantas perguntas
13:07da oposição
13:08de se ele vai realmente
13:09se sujeitar
13:11a todas essas pressões.
13:12A gente fez uma imagem aqui,
13:14Bruno,
13:14vou pedir para a produção
13:15colocar,
13:15sobre a votação
13:16de outros indicados
13:18à presidência
13:19do Banco Central.
13:20E já que você falou
13:21do keynesianismo,
13:22eu gostaria que você
13:23fizesse alguma comparação
13:24em relação a essas
13:25outras gestões.
13:27Quer dizer,
13:27o perfil do Galípolo
13:28em relação a esses outros,
13:31ele é um perfil
13:31mais intervencionista.
13:34O Armínio Fraga,
13:35em 1999,
13:36foram 21 votos a favor,
13:38a 6 contra.
13:39Henrique Meirelles,
13:40em 2002,
13:4121 a favor,
13:425 contra.
13:43Alexandre Tombini,
13:44em 2010,
13:4522 a favor,
13:461 contra.
13:47E Langoldfein,
13:48em 2016,
13:5018 a favor,
13:518 contra.
13:51Essa foi uma sessão
13:53um pouquinho mais dura,
13:55no período de impeachment
13:58de Dilma Rousseff,
13:59mas mesmo assim,
14:00uma vantagem de 10 votos.
14:02Sempre o indicado
14:04acabou presidindo o Banco Central,
14:06tendo o seu nome aprovado
14:08com alguma facilidade.
14:09E agora o Galípolo,
14:10por unanimidade,
14:1126 a 0,
14:12depois de toda essa
14:13abordagem política
14:15ali com os senadores.
14:16O que você avalia
14:17comparativamente
14:18em relação ao perfil dele?
14:20O Galípolo
14:21está mais próximo
14:22de um Guido Mântega
14:24nesse sentido,
14:25de defensor do Estado
14:26como motor da economia,
14:28do que de outros
14:29com perfis mais liberais
14:30que já ocuparam
14:31essa cadeira?
14:33Olha, Felipe,
14:34até assusta
14:35você falar do Guido Mântega.
14:36Vamos lembrar
14:36que ele é um dos autores
14:37da nova matriz econômica.
14:40Foi um exemplo extremo.
14:42Vamos lembrar
14:42que ele é um dos pais
14:44da nova matriz econômica
14:45da Dilma,
14:46que levou o PIB
14:46a cair 7%
14:47em dois anos.
14:48Mas quando você citou aqui,
14:50por exemplo,
14:50Arminio Frague
14:51em 1999,
14:52vamos lembrar
14:53que eram outros tempos.
14:54O Brasil ainda em 99
14:55tinha o dólar
14:57uma paridade
14:58de um para um
14:59com o real.
15:00Depois teve a maxidesvalorização
15:01nesse mesmo ano
15:03porque as reservas cambiais
15:04estavam se esgotando,
15:05as reservas internacionais
15:06brasileiras até
15:07porque precisava sustentar
15:09artificialmente
15:10esse dólar
15:10em um para um.
15:12Depois,
15:12tecnicamente,
15:13para mim,
15:14ali o Henrique Meirelles,
15:15ele foi o mais hábil,
15:17mas também o mundo ali
15:18estava com commodities
15:19no alto,
15:20a China com aquele
15:21pleno crescimento
15:22de 10% ao ano
15:23construindo um país
15:24e toda a infraestrutura
15:25comprando as commodities.
15:27Então,
15:27você tinha um mundo ali
15:28mais simples.
15:30Eu gostaria de chamar
15:31a atenção
15:31de um outro
15:31que você citou,
15:32terceiro na tua lista,
15:34que foi o Alexandre Tombini.
15:35O Tombini foi aquele
15:36que,
15:38com a Dilma Rousseff,
15:40baixou a taxa de juros
15:41na canetada.
15:42A taxa de juros
15:43estava em 12,25
15:44ou 12,5 na época
15:45que baixou para a casa
15:45dos 7,5.
15:47Um ano depois,
15:48a Selic já estava
15:48em 14,25
15:49com a inflação
15:50lá em cima.
15:51Por quê?
15:52Porque não adianta
15:54você baixar a Selic,
15:55que ela é a taxa de juros
15:57referência na economia,
15:58de um dia.
15:59O CDI,
16:00é o Certificado de Depósito Bancar,
16:01a taxa de referência
16:02de um dia.
16:03Quando você vai tomar
16:04um empréstimo
16:05ou o governo
16:05vai captar dinheiro
16:07para fechar as suas contas,
16:08ele precisa olhar
16:09um prazo mais longo.
16:10Então,
16:11eu vou tomar uma dívida
16:12com prazo para 2030.
16:13Como está o mercado
16:15precificando as taxas
16:16para 2030?
16:17E essas taxas futuras,
16:19elas são precificadas
16:20por livre oferta e demanda.
16:22Mercado livre.
16:23E aí,
16:23mesmo que você baixe
16:24a taxa Selic
16:25na canetada,
16:27a taxa de juros
16:27de um dia,
16:28a taxa longa,
16:29a futura mais longa,
16:31com vencimento mais longo,
16:32sobe.
16:33E aí,
16:34o governo precisa subir
16:35a taxa Selic,
16:36senão,
16:37o que acontece
16:38é mais inflação.
16:39Foi o que aconteceu
16:40com a Dilma,
16:41foi o que aconteceu
16:41com a Turquia
16:42durante a pandemia,
16:43quando o Erdogan
16:44mandou três presidentes
16:45do Banco Central
16:45embora,
16:46porque o Erdogan
16:47queria baixar
16:48a taxa de juros
16:48e os presidentes
16:49do Banco Central
16:51queriam subir
16:51a taxa de juros.
16:53Bruno,
16:53peço para você concluir
16:54que a gente só tem
16:5530 segundos,
16:56então,
16:56para concluir
16:57o seu comentário.
16:58Deu no que deu,
16:59a inflação bateu
17:00quase 100%.
17:00Então,
17:01na minha opinião aqui,
17:02me parece que se ele ceder
17:03as tentações de Lula,
17:05ele está mais para ser
17:05um tombine
17:06e o Brasil terá que apertar
17:07seus cintos novamente.
17:08Muito obrigado
17:10pela participação,
17:11Bruno Musa,
17:12ele tem o canal próprio
17:13no YouTube,
17:14eu recomendo também
17:14a página de investimentos
17:15brunomusa.com.br
17:17barra investimento.
17:18E aí
17:23E aí
17:24E aí
17:25E aí
17:26E aí
17:28E aí
17:29E aí
17:30E aí
17:31E aí
17:32E aí
17:33E aí
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17:47E aí

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