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Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 28,14% dos votos, o empresário e influenciador digital Pablo Marçal indicou no domingo, 6, que buscará um cargo do Poder Executivo em 2026.
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Transcrição
00:00Ontem, o Pablo Marçalco, durante a madrugada de ontem para hoje, ele já se pronunciou sobre o segundo turno.
00:05Matheus, coloca por gentileza esse primeiro VP em que ele fala que o resultado dele foi extraordinário.
00:10Então vamos lá, meu pronunciamento oficial sobre a eleição de São Paulo.
00:14Para mim foi um resultado extraordinário.
00:17Entramos aí no dia 25 do 5 nessa disputa.
00:20Já estavam todos fechados desde outubro do ano passado, todas as campanhas.
00:26E quando a gente entrou, a gente entrou com 5% das intenções de voto.
00:30E hoje a gente completou com um resultado espetacular de 28,14%.
00:36Com 99% das urnas apuradas, a gente termina a eleição com praticamente um terço do eleitorado do maior colégio eleitoral do Brasil.
00:46Foram 1,7 milhão de indignados em São Paulo.
00:49Eu quero que todos vocês levantem a cabeça porque o voto que vocês depositaram nunca vai ser jogado fora.
00:57Eu vou carregar esse voto.
00:58Por que eu estou falando que isso foi extraordinário?
01:01Zero de dinheiro público.
01:02Nunca ninguém chegou tão longe sem fazer uma campanha sem esse dinheiro público.
01:09Sem padrinho político, sem tempo de TV, sem máquina municipal, estadual, federal.
01:14Sem apoio de grandes lideranças políticas.
01:18Ao contrário, os quatro principais candidatos com mais de 100 milhões de reais me trituraram em televisão, rádio e internet.
01:26E além disso eu tive todas as minhas redes sociais derrubadas.
01:29Para mim é uma decisão completamente desproporcional.
01:32Mais de 20 milhões de seguidores.
01:34Mas eu entendo.
01:35Também tive a segunda conta derrubada.
01:38Apesar dela não estar demonstrando perigo.
01:41Porque pelo episódio a própria Meta derrubou a postagem.
01:46E eu não insisti em descobrir nada.
01:48Assim como a própria Meta também falou da outra vez que não tinha justificativa pelas políticas da rede social.
01:54A primeira ter sido derrubada.
01:55Mesmo assim fomos lá e abrimos uma terceira conta em três horas e meia.
02:001,1 milhão de pessoas começaram a seguir.
02:02Foi derrubada também.
02:04E a gente não desistiu.
02:06Então a vitória eu dedico a esse resultado da vitória da esperança.
02:14De fato, vamos lá, vamos aos números.
02:17De fato o Pablo Marçal ele é um personagem vitorioso mesmo nessas eleições.
02:21Porque é o seguinte, vamos lá, vamos aos números totais.
02:24O Ricardo Nunes com a máquina, com a máquina, com a Prefeitura de São Paulo,
02:30com o apoio de Tarcísio de Freitas, com o maior tempo de propaganda,
02:35na TV e no rádio, ele conseguiu 1 milhão e 800 mil votos.
02:40Guilherme Boulos, com 60 milhões de fundo partidário, com o apoio do presidente Lula,
02:47com o apoio da esquerda, conseguiu 1 milhão e 700 mil votos.
02:52Pablo Marçal, com os seus cortes, com as suas polêmicas, com as suas redes sociais e com aproximadamente 3 milhões ali de doações que ele conseguiu ao longo da campanha,
03:08acho que um pouco mais, se não me engano.
03:09Ele teve 1 milhão e 700 mil votos.
03:14Só para vocês terem uma ideia do que isso representa.
03:17Em termos de perspectiva, em 2022, o presidente Lula obteve em São Paulo 3 milhões e meio de votos.
03:26Jair Bolsonaro, no primeiro turno, teve, se não me engano, 2 milhões e 600, 2 milhões e 700 na capital paulista.
03:33Olha só aonde que ele chegou.
03:39Um outro dado.
03:40Em 2022, o deputado federal mais bem votado foi Guilherme Boulos, com 1 milhão de votos.
03:51Ou seja, vejam aí que ele já tinha um capital político de 1 milhão de votos,
03:56e aí agora ele vai para o segundo turno com 1 milhão e 700 mil votos.
04:00Quer dizer, ele cresceu numa disputa majoritária, ali, 700 mil votos.
04:05Carla Zambelli teve a segunda colocação na disputa pela Câmara dos Deputados, com 946 mil votos,
04:11e o Eduardo Bolsonaro, 741.
04:14Quer dizer, vejam, senhores, que o capital político do Marçal, ele não é nada desprezível.
04:26E ele, sem dúvida nenhuma, Duda e Alê, ele vai ser um player importante para 2026.
04:33E ele já deixou muito claro que está de olho sim em 2026.
04:37Alê ou Duda, quem quer começar?
04:40Posso deixar o Alê agora?
04:42Alê, manda, por favor.
04:44Levanta a bola aqui, Diego.
04:46E primeiro, eu queria pedir um favorzinho para o Matheus.
04:48Matheus, você viu aí que eu te mandei um vídeo, que é um comercial de 2002, da campanha do Lula,
04:56que é basicamente assim, só para vocês saberem, em termos de marketing político,
05:03a campanha que talvez tenha chegado no estado da arte do marketing político na história do Brasil
05:08foi a campanha do Lula de 2002.
05:10Todo mundo reconhece, aquela única que João Santana e Duda Mendonça fizeram juntos,
05:16depois eles se separaram, aí o Duda Mendonça foi para um lado, o João Santana foi para outro,
05:21o Duda Mendonça foi na CPI lá em 2005, foi aquela confusão que todo mundo lembra,
05:26e aí o Lula seguiu com o João Santana.
05:29Mas, em 2002, o João Santana ainda era sócio do Duda Mendonça,
05:35dois dos maiores marqueteiros políticos da história do Brasil,
05:38e eles juntos trabalharam para eleger o Lula em 2002.
05:42E naquela campanha vitoriosa e reverenciada como estado da arte do marketing,
05:50se destacou um comercial, que era um comercial de televisão,
05:54que filmava um rapaz falando,
05:57eu sou o João, eu sou brasileiro, eu estou com o Lula,
06:00não sei se vocês lembram disso.
06:01E eu trouxe, até vou pedir para o Matheus separar esse comercial,
06:05porque era só...
06:07É, Alê, assim, como a gente tem pouco tempo de programa,
06:10então a gente tem que ser objetivo, então vamos para frente.
06:13Então tá bom, não, era só para dizer que essa filmagem,
06:17esse ângulo do Marçal é igualzinho,
06:20e eu não acho que seja coincidência ele ter o mesmo ângulo e a mesma filmagem
06:25do comercial mais festejado da história do marketing político brasileiro.
06:28Então, ok, eu me estendi um pouquinho, me perdoa.
06:32Em relação ao Marçal, eu já disse,
06:33eu acho que ele realmente é um vencedor nos objetivos dele,
06:37até porque ser prefeito de São Paulo,
06:42que é uma cidade complicadíssima,
06:43a maior cidade da América do Sul,
06:45sabe, é muito difícil você usar a cidade de São Paulo como trampolim político.
06:50Vamos olhar para trás na história,
06:52quantos prefeitos de São Paulo,
06:53você lembra do Jânio Quadros e tal, um ou outro,
06:56mas assim, mas no geral, ser prefeito de São Paulo,
07:00como já foi Fernando Haddad, como já foi José Serra,
07:03como já foi Marta Suplicy,
07:07enfim, tantos outros,
07:10esse trampolim da prefeitura de São Paulo,
07:13que é uma coisa muito comum,
07:15quando um partido escolhe um candidato à prefeitura de São Paulo,
07:18olha, nós vamos botar você, porque é a grande vitrine,
07:21e da prefeitura você vai ou para o governo de São Paulo
07:25ou vai para a presidência da república.
07:27Na prática, isso não acontece.
07:30E vocês vão lembrar daquele episódio do Fernando Henrique Cardoso,
07:34que ele sentou na cadeira de prefeito,
07:37e aquilo pegou muito mal,
07:39numa eleição nos anos 80,
07:40eu esqueci um ano agora,
07:42e aquilo acabou,
07:44mais um conjunto de coisas,
07:45mas ele era o grande favorito,
07:46e ele fez essa besteira de tirar uma foto
07:49na cadeira de prefeito,
07:52e ele acabou não sendo eleito.
07:55Eu acho,
07:56e eu já conversei com o Boris Casoy sobre isso,
07:58porque foi uma coisa que o Boris Casoy fez,
08:01o Boris Casoy falou,
08:02Fernando Henrique deveria me agradecer,
08:04porque se ele tivesse ganhado aquela eleição
08:06e tivesse sido prefeito de São Paulo,
08:08ele nunca teria sido eleito presidente da república.
08:11E eu acho que faz sentido esse argumento.
08:13Então, eu acho que o Pablo Marçal,
08:14de certa forma,
08:16ele teve a maior vitória possível.
08:18Ele chegou,
08:19ele mostrou que ele é um candidato
08:21extremamente competitivo,
08:23que ele tem um capital político muito grande,
08:27e ele não teve que administrar São Paulo,
08:30o que poderia destruir qualquer chance
08:32dele ter uma continuidade de carreira política
08:36ou a presidência da república daqui a dois anos.
08:38Então, como eu já falei algumas vezes,
08:40repito,
08:40ele é candidatíssimo e muito competitivo
08:43a presidência da república daqui a dois anos.
08:47Duda Teixeira,
08:48e você,
08:49o que você acha, meu amigo?
08:50Bom, o que eu vejo é que nós temos aqui no eleitorado,
08:54tanto de São Paulo quanto do Brasil,
08:56umas pessoas
08:57que estão desanimadas com a política,
09:01reclamam da política,
09:03e são mais propensas a acreditar
09:06num líder que aparece de fora,
09:08um outsider,
09:08com um discurso meio que messiânico,
09:12com um ego super inflado,
09:13e vão mudar tudo, né?
09:15O Bolsonaro já atendeu esse público lá em 2018,
09:20e vinha com um discurso muito antipolítica,
09:23muito realmente de um cara que vinha de fora, né?
09:26O Marçal,
09:28o Bolsonaro hoje não exerce mais papel,
09:31porque nem pode, né?
09:31Ele é do PL,
09:33faz ali todas as negociações por trás
09:36com os governadores,
09:38com os candidatos,
09:39com o Valdemar Costa Neto,
09:40então,
09:41o Bolsonaro não é mais esse outsider.
09:43O Marçal mostra que pode ser.
09:46O problema dele é que ele é tão outsider,
09:48tão antipolítica,
09:50que ele sabota a própria candidatura, né?
09:54Ele estava vindo crescendo
09:56nas pesquisas anteriores,
09:59da semana passada,
10:01e aí, na sexta-feira,
10:03joga nas redes esse laudo falso,
10:05falando do Guilherme Boulos,
10:07e aí,
10:08isso aí é um problemaço para ele,
10:10bem no momento
10:11em que o eleitor está acordando de manhã
10:14aqui em São Paulo,
10:15e falando em quem que eu vou votar
10:16para não ter uma vitória do Guilherme Boulos, né?
10:19Todo mundo que era de direita estava pensando,
10:21voto no Nunes ou voto no Marçal?
10:22Quem que vai ter mais chance?
10:23E aí,
10:25realmente,
10:25ele implode a própria candidatura.
10:27É o momento,
10:28o Carlos Zambelli do Marçal,
10:30quer dizer,
10:30ele tem dificuldade,
10:31realmente,
10:32de entrar na política.

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