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No Papo Antagonista desta quarta-feira, 4, o filósofo Luiz Felipe Pondé ironizou o combo da esquerda anti-Israel, ao falar sobre a guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Ele afirmou que viu esse cenário no meio acadêmico, principalmente entre professores de humanas.

"Porque é a coisa ideológica. É o pacote: 'sou contra Israel, sei lá, voto no Boulos e não frequento churrascarias. Entendeu? É assim que funciona", acrescentou Pondé.

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Transcrição
00:00Lembrando que o Pondé foi comigo lá para a fronteira da faixa de Gaza.
00:05Nós dois de colete à prova de balas e quem vai junto para a zona de guerra
00:09cria um laço afetivo para sempre.
00:12E vamos falar disso aqui.
00:14Aliás, Pondé, começando assim, fugindo um pouquinho da pauta,
00:17obviamente a gente vai se basear aqui nas notícias do dia,
00:20mas nós falamos ontem a respeito no programa
00:23do terrorista que foi eliminado por Israel,
00:26que tinha aparecido naquele documentário que você também viu
00:29do massacre, que bebeu uma garrafa de refrigerante
00:33na frente das crianças que tinham acabado de perder o pai
00:36por causa de uma granada lançada por ele ou pelo seu colega,
00:41que invadiu a casa ali, outro terrorista do Hamas.
00:45A gente também apontou, aliás, vamos trazer a produção,
00:48a imagem dos seis reféns que foram executados pelo Hamas
00:51quando as tropas israelenses já estavam chegando,
00:54um pouco depois ali de Israel ter conseguido resgatar
00:58um israelense muçulmano, o Fahar Al-Qad.
01:00Então, aí, os seis reféns.
01:02Aliás, essa moça de pele morena aqui no canto inferior esquerdo da tela
01:07tinha cartaz dela para todo lado lá em Israel,
01:11em postes, praças.
01:13E a gente que foi lá, presenciou, lembra desses rostos.
01:17E é muito triste saber que essas pessoas foram executadas ali pelos terroristas.
01:22Você tem escrito a respeito desse assunto,
01:24escreveu outro dia sobre a ex-ministra de Israel,
01:26escreveu sobre muitos organismos internacionais
01:30tentarem macular Israel o tempo todo,
01:35setores da imprensa, inclusive, que a gente critica aqui.
01:37Qual é o seu panorama da situação nesse momento?
01:40Você que conhece tão bem Israel, viveu lá, inclusive, em kibbutz.
01:43Primeiro, sobre Israel em si,
01:48uma coisa que me chama a atenção aqui com relação à cobertura
01:51é que a cobertura, aqui no Brasil, e não só no Brasil,
01:56ela perde muito uma certa dimensão um pouco mais profunda
01:59do debate político em Israel.
02:02Por exemplo, fica aparecendo que
02:05grande parte dos israelenses veem o Bibi
02:08como alguém completamente ruim, péssimo, mal,
02:12que não sabe o que está fazendo,
02:13e que só está fazendo isso porque ele não quer perder o poder.
02:17O primeiro-ministro, o Benjamin Netanyahu.
02:19O primeiro-ministro, o Bibi Netanyahu.
02:20Que tem esse apelido.
02:21É, Benjamin Bibi Netanyahu.
02:23Então, assim, essa é uma visão bastante rasa
02:26da política interna de Israel.
02:28O Bibi Netanyahu é um sujeito que tem um histórico longo no Likud
02:34e, como primeiro-ministro,
02:35é identificado como alguém envolvido diretamente
02:39na riqueza que Israel produziu nos últimos anos.
02:42E, nesse caso específico, é claro que ele fez uma coalizão
02:46com partidos muito à direita e tudo isso.
02:49E é claro que a população que tem reféns ainda,
02:54e que sofre com isso, que sofreu,
02:56como esse caso escandaloso.
02:57Os familiares dos reféns do Hamas.
02:59Os familiares dos reféns do Hamas, é isso aí.
03:02É claro que eles pressionam, e com razão,
03:06tem que pressionar mesmo,
03:08porém a situação é complexa e ambivalente mesmo.
03:11Porque, por outro lado, o Bibi Netanyahu,
03:13ele tem um cabo de força com o Hamas.
03:16Quando você negocia...
03:17Israel, durante muito tempo, inclusive na época da Godameir,
03:20tinha uma máxima que era
03:22Israel não negocia com terroristas.
03:24Passou isso.
03:25Exatamente.
03:27E você ainda tem uma relação muito afetiva com as pessoas,
03:33com os locais em Israel,
03:35em razão do tempo que você passou lá?
03:37Ah, sim.
03:37Primeiro porque a família da minha mulher é de Israel.
03:40Eu conheci ela em Israel, no kibbutz.
03:43E a gente vai para lá toda hora.
03:46O barbista do meu filho foi lá.
03:49E do meu sobrinho, que foi em 19.
03:52A gente acabou de comemorar o aniversário dela, ano passado, em 1922, em Israel.
03:58Eu estou dando só exemplos para mostrar que meus e nossos vínculos com Israel
04:05são vínculos muito concretos e muito longe de uma visão distante e superficial do que existe em Israel.
04:14E monolítica, talvez, é uma visão que faz tudo parecer uma coisa só.
04:21Às vezes também tem isso.
04:22Você falou de um aspecto em relação ao Benjamin Netanyahu,
04:24mas às vezes também parece pela cobertura da imprensa que não há divergência em Israel.
04:30Quer dizer, você tem um governo, você tem uma oposição, você tem críticas,
04:33uma população que se divide, que debate, mas que se une bastante quando o inimigo é externo.
04:40Então, há várias nuances que se perdem, de fato.
04:43É, na realidade, a política israelense lembra aqueles quadros sobre judeus racídicos,
04:48que estão lendo a Torá, como que comentando,
04:54e um faz assim com a mão, o outro faz assim.
04:57Que é aquela história de quando você tem dois judeus, você tem três ideias.
05:05Então, assim, isso é a política israelense.
05:07Ninguém concorda.
05:08Durante anos e anos, em Israel existia as chamadas Hadashot,
05:12que são as notícias a cada uma hora o tempo todo no rádio,
05:16a cada uma hora o tempo inteiro de notícias.
05:19Então, a política é bastante agitada, irritada,
05:24tem dado muito empate nas eleições, né?
05:27E tem um detalhe que é importante, que não é muito sabido,
05:31é que a esquerda em Israel quase desapareceu.
05:34Você quer complementar esse assunto?
05:35Eu queria perguntar uma coisa para o Pondé.
05:38Você vive num ambiente acadêmico, né?
05:40Você dá aulas ainda.
05:42E eu queria saber se, aqui no Brasil,
05:44você observa alguma coisa parecida com o que a gente viu acontecer
05:46em um monte de universidades nos Estados Unidos ou na Europa, né?
05:50Se teve essa manifestações e essa onda de sentimento anti-judaico mesmo.
05:59É, antissemitismo, né?
06:01Olha, eu acho que isso tem a ver, inclusive, nos Estados Unidos,
06:04com o fato de que esse antissemitismo da hora, digamos assim,
06:08é um antissemitismo ideológico e vinculado à visão da esquerda
06:12de que Israel é um Estado colonial.
06:14Aquela chave clássica.
06:16A gente sabe que quem é muito militante vê o mundo sempre pobre, né?
06:19Então, sua pergunta se aqui aconteceu,
06:23aqui aconteceu no primeiro momento de você ver escrito na parede
06:27Palestina Livre, sabe?
06:29Aquela free Palestine, não sei o quê.
06:33Evidente que pequenas manifestações em sala de aula
06:38e entre professores de humanas, praticamente todos contra Israel, né?
06:44Porque é a coisa ideológica, é o pacote.
06:46Sou contra Israel, sei lá, voto no Boulos e não frequento churrascaria, sei lá.
06:52Entendeu?
06:53É assim que funciona essa visão, né?
06:56Agora, nos últimos dias,
06:58houve na USP um certo movimento, assim, mas muito tímido,
07:04e também na PUC, né?
07:06Mas foram movimentos até então bastante tímidos.
07:08Aquele momento alto que aconteceu nos Estados Unidos e tal,
07:13aqui a onda chegou muito marola.
07:15Ainda há.
07:16Ainda há.
07:16Ainda há.
07:17Ainda há.
07:18Ainda há.
07:19Ainda há.
07:19Ainda há.
07:20Ainda há.
07:21Ainda há.
07:22Ainda há.
07:22Ainda há.
07:23Ainda há.
07:24Ainda há.
07:25Ainda há.
07:26Ainda há.
07:27Ainda há.
07:28Ainda há.
07:29Ainda há.
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07:39Ainda há.
07:40Ainda há.
07:41Ainda há.

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