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Transcrição
00:00Temos o prazer de receber aqui no nosso Meio Dia em Brasília, Boris Casoy.
00:05Boris Casoy, que está aqui conosco. Boa tarde, Boris, tudo bom?
00:09Boa tarde, tudo bem, Zé Inácio? Prazer, vim assistindo o programa que vocês começaram ao meio-dia.
00:18Confesso que eu nunca havia visto os meus horários, trombam com os horários de vocês.
00:25Vou procurar assistir e gravar, viu?
00:27Obrigado.
00:28Gostei, viu? Gostei.
00:31Tenho concordâncias e discordâncias.
00:35Achei a análise que vocês fizeram em conjunto muito, muito boa.
00:42Esclarece quem está assistindo e isso que eu acho importante.
00:47Obriga as pessoas a um exercício, induz as pessoas, permite que quem queira tenha exercício e especialmente
00:56se informe de maneira correta.
00:59Eu já tive vários contatos visuais e auditivos com o antagonista e tenho admiração por vocês.
01:10Essa é a primeira vez que eu falo no site de vocês e eu me sinto satisfeito por isso.
01:17Muito obrigado. Primeira de muitas, tenho certeza.
01:21Boris, você foi para a televisão justamente pelo SBT, pelas mãos do Silvio Santos, se me falha a memória, é isso, né?
01:31Não, não.
01:33Não, o PJ Brasil?
01:34Não, mas não pelas mãos do Silvio Santos.
01:37Ah, entendi.
01:38Você estava viajando, eu fui procurado pelas pessoas que estavam assumindo o departamento de jornalismo,
01:47Marcos Wilson e o Imediato, estavam assumindo, eles me procuraram, almoçamos, eles me propuseram para o diretor, então, para o CEO,
02:01que era vice-presidente do SBT, era o executivo, sobrinho do Silvio, Guilherme Estoliar,
02:10e quem me contratou foi o Guilherme Estoliar. O Silvio, que estava viajando, estranhou, me contas, o Guilherme me contou,
02:20que o Silvio disse, olha, esse cara aí é de jornal, vai comandar o principal jornal da emissora, que história é essa?
02:32Mas quando eu fui para o ar, o Silvio telefonou para o Guilherme e disse, olha, vai ser um sucesso,
02:40pelo menos essa história que eu tenho.
02:42Mas não foi uma conversa direta com o Silvio, nem foi uma escolha do Silvio.
02:48Entendi. Mas depois o Silvio endossou e, como você mesmo disse, gostou do que viu,
02:54e ele sempre te deu muita liberdade editorial, você podia realmente emitir as suas opiniões,
02:59o que, aliás, era um diferencial do TJ Brasil da época?
03:02Pois é, o Silvio não era um frequentador assíduo do SBT na Vila Guilherme,
03:12por quê? O auditório dele era em outro lugar, o auditório dele era na Taliba Lionel,
03:22que era onde ele realizava os trabalhos dele.
03:25E o comando, ele exercia de home office.
03:30Então, quem capitaneava o SBT era o Guilherme Stoliar.
03:39De vez em quando, tinham um ou outro contato.
03:42A condição que eu exigi para ir para o SBT foi de plena e total liberdade.
03:53Não se imaginou, nós não imaginávamos que eu iria fazer comentários.
04:02Eu que, de repente, achei que havia uma necessidade de comentar.
04:08Era o final do regime militar, o começo da administração do Sarney.
04:18Então, as coisas ainda tinham uma visão muito estreita de liberdade de imprensa.
04:31Enfim, o pessoal nem sabia como exercer.
04:36Eu não vim impregnado de grande desejo democrático.
04:41Eu vim para esclarecer, para tentar fazer o que vocês fazem.
04:48Veja, eu fui editor-chefe da Folha de São Paulo,
04:53e um pouco daquela liberdade que a gente gozava lá,
04:56um pouco não, tudo eu quis transplantar para o telejornal.
05:02E o Silvio nunca, jamais, em tempo algum, interferiu.
05:07Respeitou muito o compromisso que tinha comigo de total liberdade.
05:14Eu tive completa e total liberdade no SBT.
05:20Essa é...
05:21Os donos das emissões...
05:23A Globo liberou, quer dizer, liberou, mas não liberou tudo.
05:30Libera, tem limites.
05:32Quem assiste aos jornais percebe.
05:37Mas essa fase da liberdade total eu não vejo mais nas emissoras de televisão.
05:45Agora, as pessoas duvidam, mas podem acreditar, olho no olho,
05:49eu tive liberdade total.
05:53Que bom.
05:53Esse tipo de liberdade justamente que transformou o TJ Brasil num...
05:58Eu acho que o primeiro onde tinha o âncora como figura opinativa aqui no Brasil,
06:02que era algo que tinha em outros países,
06:04mas que no Brasil eu creio que você foi o pioneiro na televisão brasileira, né?
06:09No Brasil foi...
06:10Televisão brasileira, uma ótima frase, muito bem construída, dígito de passagem.
06:15Boris...
06:16Que é só verdadeira, viu?
06:18Pois é.
06:19Pois é.
06:20E em relação ainda só para uma pergunta em relação ao Silvio Santos em si.
06:26Como era a convivência com ele?
06:28Como você falou, ele não frequentava tanto a redação, porque eram em locais diferentes,
06:32mas como foi a convivência com ele no ponto de vista de homem de negócios,
06:37visionário de televisão e até como pessoa, se você teve um pouco mais de convivência?
06:43Olha, como pessoa, ele era uma figura excelente, cumpridor dos seus compromissos,
06:56excelente, afável, acessível, conhecia as pessoas pelo nome, enfim.
07:07Era uma extensão daquela figura que a gente conheceu no palco.
07:13Agora, como homem de negócios, eu não vejo o Silvio como um grande homem de negócios.
07:20Eu, pessoalmente.
07:23Eu acho que ele é uma figura complexa, é difícil você definir o Silvio com uma palavra ou duas.
07:29É uma figura psicologicamente, uma inteligência muito grande, uma esperteza muito grande,
07:37mas uma composição muito sofisticada.
07:43Então, é difícil definir o Silvio.
07:46Mas ele era um empresário também, porque ele tinha empresas em...
07:54Mas eu acho que a preferência dele, se você dividir entre o empresário e o artista para facilitar as coisas...
08:07Ah, ele era muito mais artistas.
08:09Com as virtudes e com os defeitos dos artistas, vaidades...
08:15Enfim, ele era um artista e talvez um estrategista de programação.
08:26Agora, grande empresário, ele teve sorte, nem sempre, porque tem o caso do Banco Pan-Americano, com as pessoas que o cercaram.
08:36Ele era um intuitivo, que eu acho que intuição é produto da inteligência também.
08:44Ele era um intuitivo que soube se cercar de gente muito boa.
08:49Uma visão pessoal minha, eu não via nele virtudes empresariais.
08:58Eu não via nele...
09:00Eu via ele como estrategista de televisão, um grande apresentador, talvez o maior que o país já teve.
09:08Ele tinha um nicho dele, né?
09:11E titubeava, muitas vezes, com televisão.
09:18A gente sabe que ele tinha idas e vindas abruptas.
09:25Por exemplo, jornalismo.
09:28O tipo de jornalismo que nós fazíamos no Telejornal Brasil não era o ideal dele.
09:37Ele preferiu o Aqui e Agora, que era muito vinculado a ele, e onde ele interferiu o Aqui e Agora era um jornal que tinha uma visão policial,
09:53que tinha uma visão jornalística que ele chamou...
09:58que algumas pessoas, naquela época, diziam jornalismo popular, como se o Telejornal Brasil não fosse...
10:05Era muito popular.
10:07Era muito popular, mas era denominado jornalismo popular, sangue, um pouco de...
10:15É, tinha Jacinto Figueira Júnior lá, que é o simbolismo maior do jornalismo popular.
10:21O Homem do Sapato Branco.
10:23Exatamente, Gil Gomes, enfim, era realmente um approach, uma pegada mais popular, né?
10:31Popular no sentido de massificado, e não popular no sentido de querido, que certamente isso passa por outros tipos de jornalismo também.
10:41É, foi um sucesso não comercial.
10:44Eu acho que o mercado publicitário, naquela época, tinha certas restrições a vincular suas marcas com esse tipo de programa.
11:02Eu não era o campeão de audiência, eu tinha uma boa audiência, o Aqui e Agora tinha muito mais.
11:08Mas eu tinha, eu era um dos recordes publicitários da emissora, tinha prestígio suficiente para ser o recordista no campo da publicidade.
11:26Mas não era o jornal que o Silvio gostaria de tudo.
11:37Coisas que ele titubeava, de repente todo mundo estava demitido, de repente no dia seguinte voltava atrás,
11:45ou então um jornal, um programa que ele telefonava e interrompia, ou trocava de horário no mesmo dia.
11:53Quer dizer, tinha um pouco de caos nessa visão dele e nessa busca por audiência.
12:04Ele tinha uma visão, a meu ver, correta da concorrência com a Globo,
12:13ele não tinha cacife para enfrentar a qualidade da Globo.
12:19Então, enfim, aquelas novelas mexicanas daquela época eram baratas.
12:27E ele tinha uma reclamação que ele fazia com o Ibope.
12:33Uma época que ele, o fato que me veio à cabeça agora,
12:38uma época que ele queria juntar o elenco do SBT,
12:41a gente reclamar do Ibope para o presidente da República.
12:45umas coisas assim, que é, ele era um ser humano, ele está sendo pintado como um deus,
12:54ele era um ser humano falível como todos nós,
12:57mas tinha esse lado artístico, esse lado televisivo,
13:01esse contato, essa visão do que era popular,
13:09que era resultante em termos de popularidade,
13:14esse calor de trato mútuo com as colegas de serviço dele,
13:23que eram colegas de trabalho, que era o seu auditório.
13:27E onde ele tirava o Ibope, ele dizia,
13:31eu conversei com o meu auditório, perguntei,
13:34eles gostam disso, é uma média das pessoas e tal.
13:39Não era, mas era assim.
13:41Então, era essa parte meio extravagante do Silvio.
13:47Isso não quer dizer que era predominante nele,
13:51era uma parte da personalidade dele.
14:04o working de wall 결ca nabildung,
14:07que era um ser humano que era um acusante.
14:09Então, era esse que era um ser humano,
14:11que era um ter idade de fazer Marina J Spencer.
14:13Vou falar o seu valor daquele dia,
14:15aqui a noite, eu trouxe o dia aду,
14:21então, eu passei para para o nosso cliente.
14:24Agora, vamos lá.
14:25Vamos lá.
14:28E aí

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