Pular para o player
Ir para o conteúdo principal
Pular para o rodapé
Pesquisar
Conectar
Assistir em tela cheia
Curtir
Comentários
Favorito
Compartilhar
Adicionar à Lista de Reprodução
Reportar
"Silvio jamais interferiu, mas preferia o Aqui Agora", diz Boris Casoy sobre jornalismo no SBT
O Antagonista
Seguir
ontem
Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:
https://bit.ly/planosdeassinatura
Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.
Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.
https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...
Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.
Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Categoria
🗞
Notícias
Transcrição
Exibir transcrição completa do vídeo
00:00
Temos o prazer de receber aqui no nosso Meio Dia em Brasília, Boris Casoy.
00:05
Boris Casoy, que está aqui conosco. Boa tarde, Boris, tudo bom?
00:09
Boa tarde, tudo bem, Zé Inácio? Prazer, vim assistindo o programa que vocês começaram ao meio-dia.
00:18
Confesso que eu nunca havia visto os meus horários, trombam com os horários de vocês.
00:25
Vou procurar assistir e gravar, viu?
00:27
Obrigado.
00:28
Gostei, viu? Gostei.
00:31
Tenho concordâncias e discordâncias.
00:35
Achei a análise que vocês fizeram em conjunto muito, muito boa.
00:42
Esclarece quem está assistindo e isso que eu acho importante.
00:47
Obriga as pessoas a um exercício, induz as pessoas, permite que quem queira tenha exercício e especialmente
00:56
se informe de maneira correta.
00:59
Eu já tive vários contatos visuais e auditivos com o antagonista e tenho admiração por vocês.
01:10
Essa é a primeira vez que eu falo no site de vocês e eu me sinto satisfeito por isso.
01:17
Muito obrigado. Primeira de muitas, tenho certeza.
01:21
Boris, você foi para a televisão justamente pelo SBT, pelas mãos do Silvio Santos, se me falha a memória, é isso, né?
01:31
Não, não.
01:33
Não, o PJ Brasil?
01:34
Não, mas não pelas mãos do Silvio Santos.
01:37
Ah, entendi.
01:38
Você estava viajando, eu fui procurado pelas pessoas que estavam assumindo o departamento de jornalismo,
01:47
Marcos Wilson e o Imediato, estavam assumindo, eles me procuraram, almoçamos, eles me propuseram para o diretor, então, para o CEO,
02:01
que era vice-presidente do SBT, era o executivo, sobrinho do Silvio, Guilherme Estoliar,
02:10
e quem me contratou foi o Guilherme Estoliar. O Silvio, que estava viajando, estranhou, me contas, o Guilherme me contou,
02:20
que o Silvio disse, olha, esse cara aí é de jornal, vai comandar o principal jornal da emissora, que história é essa?
02:32
Mas quando eu fui para o ar, o Silvio telefonou para o Guilherme e disse, olha, vai ser um sucesso,
02:40
pelo menos essa história que eu tenho.
02:42
Mas não foi uma conversa direta com o Silvio, nem foi uma escolha do Silvio.
02:48
Entendi. Mas depois o Silvio endossou e, como você mesmo disse, gostou do que viu,
02:54
e ele sempre te deu muita liberdade editorial, você podia realmente emitir as suas opiniões,
02:59
o que, aliás, era um diferencial do TJ Brasil da época?
03:02
Pois é, o Silvio não era um frequentador assíduo do SBT na Vila Guilherme,
03:12
por quê? O auditório dele era em outro lugar, o auditório dele era na Taliba Lionel,
03:22
que era onde ele realizava os trabalhos dele.
03:25
E o comando, ele exercia de home office.
03:30
Então, quem capitaneava o SBT era o Guilherme Stoliar.
03:39
De vez em quando, tinham um ou outro contato.
03:42
A condição que eu exigi para ir para o SBT foi de plena e total liberdade.
03:53
Não se imaginou, nós não imaginávamos que eu iria fazer comentários.
04:02
Eu que, de repente, achei que havia uma necessidade de comentar.
04:08
Era o final do regime militar, o começo da administração do Sarney.
04:18
Então, as coisas ainda tinham uma visão muito estreita de liberdade de imprensa.
04:31
Enfim, o pessoal nem sabia como exercer.
04:36
Eu não vim impregnado de grande desejo democrático.
04:41
Eu vim para esclarecer, para tentar fazer o que vocês fazem.
04:48
Veja, eu fui editor-chefe da Folha de São Paulo,
04:53
e um pouco daquela liberdade que a gente gozava lá,
04:56
um pouco não, tudo eu quis transplantar para o telejornal.
05:02
E o Silvio nunca, jamais, em tempo algum, interferiu.
05:07
Respeitou muito o compromisso que tinha comigo de total liberdade.
05:14
Eu tive completa e total liberdade no SBT.
05:20
Essa é...
05:21
Os donos das emissões...
05:23
A Globo liberou, quer dizer, liberou, mas não liberou tudo.
05:30
Libera, tem limites.
05:32
Quem assiste aos jornais percebe.
05:37
Mas essa fase da liberdade total eu não vejo mais nas emissoras de televisão.
05:45
Agora, as pessoas duvidam, mas podem acreditar, olho no olho,
05:49
eu tive liberdade total.
05:53
Que bom.
05:53
Esse tipo de liberdade justamente que transformou o TJ Brasil num...
05:58
Eu acho que o primeiro onde tinha o âncora como figura opinativa aqui no Brasil,
06:02
que era algo que tinha em outros países,
06:04
mas que no Brasil eu creio que você foi o pioneiro na televisão brasileira, né?
06:09
No Brasil foi...
06:10
Televisão brasileira, uma ótima frase, muito bem construída, dígito de passagem.
06:15
Boris...
06:16
Que é só verdadeira, viu?
06:18
Pois é.
06:19
Pois é.
06:20
E em relação ainda só para uma pergunta em relação ao Silvio Santos em si.
06:26
Como era a convivência com ele?
06:28
Como você falou, ele não frequentava tanto a redação, porque eram em locais diferentes,
06:32
mas como foi a convivência com ele no ponto de vista de homem de negócios,
06:37
visionário de televisão e até como pessoa, se você teve um pouco mais de convivência?
06:43
Olha, como pessoa, ele era uma figura excelente, cumpridor dos seus compromissos,
06:56
excelente, afável, acessível, conhecia as pessoas pelo nome, enfim.
07:07
Era uma extensão daquela figura que a gente conheceu no palco.
07:13
Agora, como homem de negócios, eu não vejo o Silvio como um grande homem de negócios.
07:20
Eu, pessoalmente.
07:23
Eu acho que ele é uma figura complexa, é difícil você definir o Silvio com uma palavra ou duas.
07:29
É uma figura psicologicamente, uma inteligência muito grande, uma esperteza muito grande,
07:37
mas uma composição muito sofisticada.
07:43
Então, é difícil definir o Silvio.
07:46
Mas ele era um empresário também, porque ele tinha empresas em...
07:54
Mas eu acho que a preferência dele, se você dividir entre o empresário e o artista para facilitar as coisas...
08:07
Ah, ele era muito mais artistas.
08:09
Com as virtudes e com os defeitos dos artistas, vaidades...
08:15
Enfim, ele era um artista e talvez um estrategista de programação.
08:26
Agora, grande empresário, ele teve sorte, nem sempre, porque tem o caso do Banco Pan-Americano, com as pessoas que o cercaram.
08:36
Ele era um intuitivo, que eu acho que intuição é produto da inteligência também.
08:44
Ele era um intuitivo que soube se cercar de gente muito boa.
08:49
Uma visão pessoal minha, eu não via nele virtudes empresariais.
08:58
Eu não via nele...
09:00
Eu via ele como estrategista de televisão, um grande apresentador, talvez o maior que o país já teve.
09:08
Ele tinha um nicho dele, né?
09:11
E titubeava, muitas vezes, com televisão.
09:18
A gente sabe que ele tinha idas e vindas abruptas.
09:25
Por exemplo, jornalismo.
09:28
O tipo de jornalismo que nós fazíamos no Telejornal Brasil não era o ideal dele.
09:37
Ele preferiu o Aqui e Agora, que era muito vinculado a ele, e onde ele interferiu o Aqui e Agora era um jornal que tinha uma visão policial,
09:53
que tinha uma visão jornalística que ele chamou...
09:58
que algumas pessoas, naquela época, diziam jornalismo popular, como se o Telejornal Brasil não fosse...
10:05
Era muito popular.
10:07
Era muito popular, mas era denominado jornalismo popular, sangue, um pouco de...
10:15
É, tinha Jacinto Figueira Júnior lá, que é o simbolismo maior do jornalismo popular.
10:21
O Homem do Sapato Branco.
10:23
Exatamente, Gil Gomes, enfim, era realmente um approach, uma pegada mais popular, né?
10:31
Popular no sentido de massificado, e não popular no sentido de querido, que certamente isso passa por outros tipos de jornalismo também.
10:41
É, foi um sucesso não comercial.
10:44
Eu acho que o mercado publicitário, naquela época, tinha certas restrições a vincular suas marcas com esse tipo de programa.
11:02
Eu não era o campeão de audiência, eu tinha uma boa audiência, o Aqui e Agora tinha muito mais.
11:08
Mas eu tinha, eu era um dos recordes publicitários da emissora, tinha prestígio suficiente para ser o recordista no campo da publicidade.
11:26
Mas não era o jornal que o Silvio gostaria de tudo.
11:37
Coisas que ele titubeava, de repente todo mundo estava demitido, de repente no dia seguinte voltava atrás,
11:45
ou então um jornal, um programa que ele telefonava e interrompia, ou trocava de horário no mesmo dia.
11:53
Quer dizer, tinha um pouco de caos nessa visão dele e nessa busca por audiência.
12:04
Ele tinha uma visão, a meu ver, correta da concorrência com a Globo,
12:13
ele não tinha cacife para enfrentar a qualidade da Globo.
12:19
Então, enfim, aquelas novelas mexicanas daquela época eram baratas.
12:27
E ele tinha uma reclamação que ele fazia com o Ibope.
12:33
Uma época que ele, o fato que me veio à cabeça agora,
12:38
uma época que ele queria juntar o elenco do SBT,
12:41
a gente reclamar do Ibope para o presidente da República.
12:45
umas coisas assim, que é, ele era um ser humano, ele está sendo pintado como um deus,
12:54
ele era um ser humano falível como todos nós,
12:57
mas tinha esse lado artístico, esse lado televisivo,
13:01
esse contato, essa visão do que era popular,
13:09
que era resultante em termos de popularidade,
13:14
esse calor de trato mútuo com as colegas de serviço dele,
13:23
que eram colegas de trabalho, que era o seu auditório.
13:27
E onde ele tirava o Ibope, ele dizia,
13:31
eu conversei com o meu auditório, perguntei,
13:34
eles gostam disso, é uma média das pessoas e tal.
13:39
Não era, mas era assim.
13:41
Então, era essa parte meio extravagante do Silvio.
13:47
Isso não quer dizer que era predominante nele,
13:51
era uma parte da personalidade dele.
14:04
o working de wall 결ca nabildung,
14:07
que era um ser humano que era um acusante.
14:09
Então, era esse que era um ser humano,
14:11
que era um ter idade de fazer Marina J Spencer.
14:13
Vou falar o seu valor daquele dia,
14:15
aqui a noite, eu trouxe o dia aду,
14:21
então, eu passei para para o nosso cliente.
14:24
Agora, vamos lá.
14:25
Vamos lá.
14:28
E aí
Recomendado
18:15
|
A Seguir
Aumenta desconfiança da base de Lula na Câmara
O Antagonista
ontem
18:40
Dólar chega a maior patamar durante o governo Lula
O Antagonista
ontem
16:00
Números refutam visão antiquada de Lula
O Antagonista
hoje
4:44
Câmara pode esvaziar instituto da delação premiada
O Antagonista
ontem
9:12
A economia brasileira para de derreter
O Antagonista
ontem
2:05
Não acabou bem a absolvição de Janones no Conselho de Ética
O Antagonista
ontem
4:53
Nova pesquisa aponta cenário estável na disputa pela prefeitura de São Paulo
O Antagonista
ontem
29:45
O cancelamento de Sergio Sacani - Narrativas#169 com Madeleine Lacsko
O Antagonista
ontem
1:10:29
Papo Antagonista: O PGR de Lula e Gilmar
O Antagonista
anteontem
8:10
Apreensão de mercadorias não é fake news, diz Jorginho Mello
O Antagonista
ontem
1:48
Inovar também traz novas dificuldades com regulação
O Antagonista
ontem
1:55
Responda a esse terrível dilema
O Antagonista
ontem
1:18
Isso mudou de uma hora para outra a história do nosso negócio
O Antagonista
ontem
9:48
Senado não quer ser responsável pela desoneração da folha de pagamento; Rodrigo Oliveira explica
O Antagonista
ontem
25:41
PT enrola sobre escândalo de leilão
O Antagonista
ontem
16:04
Confira as dicas de cinema para o final de semana
O Antagonista
ontem
25:03
Lula complica Boulos - Narrativas#141 com Madeleine Lacsko
O Antagonista
ontem
2:37
AGU quer controlar fake news nas eleições
O Antagonista
ontem
2:35
Arthur Lira tenta enfraquecer delações premiadas
O Antagonista
ontem
12:32
Sigilos reforçam hipocrisia de Lula
O Antagonista
anteontem
43:30
Reunião de Pauta: As fake news do governo Lula
O Antagonista
ontem
2:18
"Os tratores atuais podem ser operados de paletó e gravata"
O Antagonista
ontem
8:09
Dicas de entretenimento com José Inácio Pilar
O Antagonista
ontem
1:12:40
Papo Antagonista: Depois da impunidade, vem a censura?
O Antagonista
anteontem
1:38:36
Papo Antagonista: O sistema e as facções
O Antagonista
anteontem