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NotíciasTranscrição
00:00Música
00:30Entre sente-se, fique à vontade, esse é o nosso Sala Antagonista, no episódio dessa semana a gente vai conhecer José Lúcio Mendes, que é o fundador da Expo Cachaça, que chegou a 33ª edição neste ano de 2024 e que movimenta o setor de cachaça no Brasil e que durante todas essas edições já movimentou 500 milhões de reais
00:57num setor que hoje tem cerca de 16 bilhões de reais em circulação. Ficou curioso? Muita história sobre a cachaça, muita história sobre eventos em Minas Gerais, então vem comigo que vai valer a pena.
01:12Uma questão de oportunidade. Surgiu a oportunidade, eu achei interessante, falei, poxa, você poder entrar dentro de uma situação onde você pode fazer a diferença investindo e trabalhando, é um desafio, né?
01:28É um desafio que eu falei, poxa, esse desafio, isso me instiga, isso aí eu acho que vale a pena eu trabalhar. E foi quando eu comecei a fazer a Expo Cachaça que eu vi a oportunidade de trabalhar com eventos.
01:39E uma coisa que me chamou muita atenção nos eventos é que a coisa que mais eu achava importante era ver o brilho nos olhos das pessoas.
01:48E se eu te contar os milagres que eu vi acontecendo nesses eventos, isso aí é uma outra história.
01:52A Expo Cachaça, o que que permitiu? Permitiu que a gente trouxesse sempre lançamentos de novos produtos, permitiu o lado político do setor, que a gente começou a ter governo participando junto com a gente, apoiando, etc.
02:08Então, o setor começou a se organizar em conversas dentro do evento, o evento sempre lançava alguma coisa, convênios eram assinados.
02:16Então, quer dizer, praticamente virou quase que uma sala de reuniões para poder lançar pautas que eram importantes para o setor, né?
02:24Olá, seja muito bem-vindo ao nosso Sala Antagonista.
02:49No episódio dessa semana, vou receber aqui José Lúcio Mendes, o criador, fundador da Expo Cachaça, que chegou a ter 33ª edição nesse ano de 2024,
03:01já acumulando aí 500 milhões de reais em negócios feitos nesses 33 anos.
03:07Não teve um ano que falhou a cachaçinha lá em Belo Horizonte, na Expo Cachaça.
03:12E a gente vai falar com ele sobre o mercado de cachaça, o mercado de exposição, de eventos e também sobre toda a trajetória deste homem que,
03:22numa viagem à Europa, descobriu o que podia trazer esse evento, fazer esse evento aqui no Brasil, que hoje movimenta todo o setor da cachaça brasileira.
03:35Beleza? Ficou curioso? Fique comigo que vai valer a pena, hein?
03:42Vamos lá. Antes de mais nada, senhor José Lúcio Mendes.
03:49Senhor, está no céu.
03:50Meu muito bem-vindo. Muito obrigado por ter destinado aí um pouco do seu tempo para a gente.
03:57E eu queria começar com o começo da sua história.
03:59Como é que o senhor vai parar nessa... vou parar de chamar de senhor em algum momento.
04:04Sim, você.
04:04Como é que você vai parar nessa história de cachaça, né? Porque você trabalhou no serviço público, o plano não era exatamente a cachaça quando as coisas começaram, né?
04:15É, não. Eu, inclusive, eu era muito impaciente, né? Eu sou filho de político.
04:19Meu pai foi deputado federal, deputado estadual e não queria que nenhum filho seguisse na carreira política quando ele saiu.
04:27Em 71, ele saiu da política. O Rondon Pacheco convidou para ser vice-presidente do Banco Créter Real.
04:33Ele saiu da política e não quis que nenhum filho seguisse.
04:35Em casa, éramos oito.
04:37Aí, eu fiquei pensando no que eu... eu ainda era novo, no que eu ia fazer.
04:43Quando ele saiu da política, ele me chamou para trabalhar no banco.
04:46Fiquei um período no banco até formar.
04:48Formei em turismo, também procurei o que eu ia fazer.
04:50Não achei nada que me interessasse.
04:53E surgiu uma faculdade de turismo, fiz o turismo.
04:55E aí, quando eu fiz o turismo, eu entrei num setor que me chamou muita atenção.
05:01E depois que eu saí da faculdade e entrei no turismo, comecei a trabalhar em serviço público, em órgão público,
05:11eu comecei a ficar impaciente com a área pública.
05:15Eu falei, não, isso aqui não é para mim, porque a ineficiência é muito grande, entendeu?
05:19É um negócio assim que... eu falei, isso aqui não é para mim.
05:22Aí, eu comecei a procurar.
05:25E entrei, fui dono de restaurante, agência de publicidade, mexer com...
05:30E fiz uma série de outras coisas.
05:32Aí, quando saí...
05:32Que você formou... desculpa.
05:34Formei em turismo.
05:34Turismo mesmo, mas aí depois você fez uma especialização em marketing?
05:37Fiz lá em Lisboa.
05:41Fui para Lisboa, fiquei um período lá, porque eu falei, eu acho que eu vou entrar num ramo hoteleiro.
05:45Fiz um marketing e ligado à área de hotelaria.
05:48Voltei e falei, mas não é isso que eu quero, né?
05:52Então, quando eu saí do serviço público, eu resolvi...
05:56Falei, por que eu vou fazer?
05:57Montei uma confeitaria.
05:59Não era a minha praia, mas eu montei uma confeitaria, porque surgiu uma oportunidade entre amigos.
06:03Montei uma confeitaria que existe até hoje.
06:07Saí da confeitaria...
06:08Lá em Belo Horizonte.
06:09Lá em Belo Horizonte, montei um restaurante junto com os amigos também, que chamava Oficina
06:14Della Pizze e Della Pasta, que era numa área que tinha uma arborização muito bonita.
06:19Então, eu falei, esse lugar aqui me chamou muita atenção, muito gostoso, eu vou vir para cá.
06:24Montei numa casa antiga, uma chamava Oficina Della Pizze e Della Pasta.
06:28Tinha dois fornos além, uma cozinha de carnes, massas e frutos do mar e uma mesa de antipasto de 60 itens.
06:36Falei, é aqui que eu quero.
06:37Fiquei por um período ali e montei um evento chamado Música ao Pé das Águas, que era um baile ao ar livre,
06:44que nós chegamos a fazer 210 eventos, 1 milhão e 300 mil pessoas assistiram.
06:49E nesse período...
06:50Era um baile?
06:51Era um baile ao ar livre.
06:52No meio da rua?
06:53No meio, debaixo de umas árvores frondosas, uns ficos antigos, bem centenários.
07:00E debaixo daquelas árvores eu montei um baile que tinha toda a estrutura.
07:04Que ano é isso?
07:05Isso em 94, 96.
07:08Eu saí do serviço público em 1990.
07:11Quando eu montei esse baile, o que eu queria na verdade?
07:15Eu falei, poxa, esse espaço maravilhoso aqui, inaproveitado, quer dizer,
07:19esse aqui é um reduto da ausência, né?
07:22Quer dizer, você vê as pessoas sentadas ali, pensando na vida, mas plantinha crescendo.
07:28Esse espaço tem que ser aproveitado, do seu ponto de vista, de trazer o público,
07:33o que o mineiro gosta de fundo de quintal e porta de rua, né?
07:36Então, mineiro é interessante.
07:38Então, eu falei, olha, vamos trazer, montar um evento.
07:43Eu fiquei com um projeto chamado Música ao Pé das Águas, que é esse baile.
07:46E esse projeto, quando eu comecei a andar com ele, eu procurei 40 empresas,
07:51todo mundo achava uma maravilha e ninguém queria investir.
07:53Aí eu encontrei, aí o que eu falo, são as oportunidades, né?
07:57Eu tinha, muitas vezes, a oportunidade de estar do seu lado e você não enxerga, né?
08:01Tinha um presidente da Unimed que tinha um consultório do lado do meu restaurante
08:05e estava o tempo todo sentado na mesa lá, comendo alguma coisa e conversando comigo.
08:09E eu nunca oferecia para ele.
08:11Aí um dia eu falei assim,
08:13Dr. Francisco, tem aqui um projeto que é a cara da Unimed.
08:17Ele olhou para o projeto e falou assim, eu vou ler agora.
08:19Não, agora não. Agora você vai almoçar, ficar tranquilo aí e depois olha com calma.
08:25No dia seguinte, ele me ligou e falou assim, eu quero esse projeto.
08:28Aí eu falei, tudo bem.
08:30Aí ele pegou o projeto e nós fizemos o baile.
08:33Aí o que aconteceu?
08:35Nesse período, eu fui chamado para ser vice-presidente da Abrazel.
08:40Que é uma associação de restaurantes, bares e empresas de entretenimento.
08:44E nessa oportunidade, surgiu conversas com relação à questão da cachaça, etc e tal,
08:50como é que era o setor, o setor desorganizado e tudo.
08:53E aí surgiu uma oportunidade de a gente ir para a França,
08:56rodar durante 30 dias a França, visitando regiões produtor de vinho,
09:00champanhe, conhaque, aguardente, universidades, laboratórios.
09:03Quer dizer, ver onde existia, onde a iniciativa privada trabalhava
09:06e onde o governo trabalhava.
09:08E onde tinha a interface entre eles.
09:11A mesma coisa fizemos na Escócia, 96, 97.
09:16Quando voltei em 97, quando eu voltei da Escócia, eu falei assim,
09:21poxa, a cachaça está fazendo um marketing completamente equivocado.
09:26E não tem visibilidade, o produto é marginalizado.
09:30Aí pensei em montar uma feira.
09:31Mas eu queria montar uma feira e um festival, porque o festival é a oportunidade de você ter shows.
09:39A parte da bebida tem que ter festa, como tem a Oktoberfest, esses outros eventos.
09:44Mas isso o restaurante estava...
09:46Estava funcionando ainda.
09:47E ainda estava tendo o baile no Pé das Arras.
09:49Estava tendo um evento ainda, no Pé das Arras.
09:50Mas ele acabou em 97, que ele fechei o restaurante.
09:56Que eu deixei o restaurante, passei para frente e fui cuidar só do evento.
10:01Em 98, quando eu falei, vou montar o evento.
10:04Então, com o evento, as coisas ficaram incompatíveis.
10:06Então, aí eu montei o evento.
10:09E o que é importante?
10:11Naquela época, você vê, o preconceito era tão grande que as mulheres pegavam nos braços dos maridos e falavam,
10:15você não vai beber cachaça não, porque você é uma pessoa séria.
10:18Pelo amor de Deus, olha só.
10:19Olha o exemplo que você está dando para os outros.
10:21E hoje, 55, 60% dos frequentadores são mulheres na Expo Cachaça.
10:27Mulher tem bom gosto, né?
10:29Então, são frequentadores da Expo Cachaça.
10:34E o que era importante é exatamente isso.
10:37O tempo faz os números, né?
10:42De lá para cá, são 33 edições, 500 milhões em vendas de negócios na feira, no pós-feira.
10:50E também, nós temos 2 milhões, quase 60 mil visitantes, 130 e poucos milhões em mídia espontânea.
11:04Então, a gente conseguiu, na verdade, dar um rosto diferente e dar visibilidade para um produto marginalizado.
11:12Então, eu queria que o senhor me falasse como é que era, nessa época, a cachaça em si, né?
11:17Como é que era? O setor era estruturado?
11:20É, o setor totalmente desorganizado.
11:23Não existia nenhuma associação de produtores que reunisse os produtores.
11:28Não existia nenhum investimento em marketing do produtor.
11:33Existia o quê?
11:34Porque nós temos dois hoje, dois produtos.
11:36Quando você fala em cachaça, você tem que falar na cachaça de coluna, que é a cachaça industrial,
11:40que é de grande volume, processo produtivo diferente da cachaça de alambique, que é a cachaça de pequenos, pequeno volume.
11:48E cachaça é feita com processo diferente, com separação de cabeça e cauda, você pega só a parte mais nobre.
11:54Alambique de cobre, é um processo diferente, produzido em batelada, é diferente do processo produtivo da cachaça.
12:01Calma, calma que eu estou no cabeça e cauda ainda.
12:02O cabeça e cauda dá cana, é isso?
12:04Não, na destilação.
12:06Ah, eu não estou nem sabendo.
12:07Você tira o álcool superior, que é onde tem uma série de substâncias que fazem mal à saúde, né?
12:15E também o que eu chamo de rabo, alguns chamam de água fraca, etc.
12:19Hoje a cachaça tem que ter, a de alambique, ela vai de 38 graus a 54, entendeu?
12:29E a guardente é a partir de 54, entendeu?
12:33E o processo produtivo é bem diferente, o equipamento também é diferente, entendeu?
12:42E é um produtor que é mais ou menos como se fosse comparar os single malts, por exemplo, da Escócia,
12:49com o whisky mais barato deles, por exemplo, um Red Label, etc.
12:55Assim, a grosso modo é mais ou menos isso, entendeu?
12:57Mas o que é importante é o seguinte, que era um setor totalmente sem visibilidade e marginalizado.
13:04E a feira ajudou a dar visibilidade para o setor e nos permitiu fazer o que eu consegui fazer,
13:09que é exatamente trazer, como eu trouxe em 2003, eu trouxe a Savergless,
13:14que é uma empresa francesa de garrafas, que veio resolver um problema para o produtor,
13:20que era, no início, custou ela pegar no Brasil porque os produtos eram mais caros, garrafas mais caras.
13:26Na época, eles pagavam 50 centavos por uma garrafa, por exemplo, enquanto chegava uma garrafa da Savergless,
13:33algumas delas estavam na faixa de 15 reais, 20 reais.
13:35O que delas tinham de diferente?
13:37Exatamente, vidros de gama superior, vidros mais bonitos, mais elaborados, entendeu?
13:42Então, vidros que estavam acompanhando os grandes destilados que estavam no mercado externo.
13:48Isso é uma chance de adicionar valor, né?
13:51Exatamente, agregar valor a um produto que não tinha valor, exatamente porque o que o produtor não entendia na época
13:57é exatamente o seguinte, as garrafas pobres, garrafas que não são chamativas, não são...
14:05Era para poder colocar... E o produto, na época, o que era?
14:08A cachaça, normalmente, era o quê?
14:10A cachaça branca e a cachaça envelhecida.
14:12A cachaça envelhecida. O que era a cachaça envelhecida antigamente?
14:15Eles pegavam o produto de vários barris, misturavam aquele produto, mantinham uma cor que ele achava que era a cor ideal para aquele produto,
14:24o sabor, etc. e colocavam o produto na garrafa.
14:27Hoje é diferente.
14:28Hoje você tem dentro de uma destilaria, você tem uma série de barris, cada barril tem um comportamento diferente para envelhecer.
14:36Tem o que se chama de teia de aromas, né? E sabores.
14:39Então, ali dentro, nessa teia, você tem desde sabores cítricos, amadeirados, entendeu?
14:46Mais puxado para café, chocolate, etc.
14:50Você tem uma teia muito rica.
14:52Então, se você classificar os barris, você sabe exatamente os temperos que você tem dentro da sua cave.
15:01Aí você pode fazer o que o cozinheiro faz na hora de fazer um prato.
15:05É usar os temperos certos para determinado tipo de prato.
15:10Antigamente, não. Você procurava só a cor.
15:12Então, aquela cor que eles procuravam muitas vezes para poder manter a cor, o padrão,
15:17era uma cor que não significava que você estava tendo o mesmo produto.
15:20Por quê? Porque você fez misturas diferentes, então você tem aromas e sabores diferentes.
15:25Então, hoje mudou muito.
15:27Hoje você tem um master blender, que é exatamente o chefe de cozinha de uma cave, né?
15:31É o que vai fazer os temperos e buscar um produto ideal para você colocar no mercado que tenha valor agregado,
15:38do seu ponto de vista de aroma e sabor, dentro de uma garrafa também, que vai dar nobreza para o produto, né?
15:43Você me falava antes, eu quero duas coisas aqui antes, mas você me falava antes que na época não tinha garrafa, né?
15:50E a garrafa, garrafa mesmo. A gente não está falando de rótulos, a gente está falando de garrafas.
15:54É, as garrafas eram muito pobres.
15:56É, tipo aquela garrafa de batida.
15:57É, aquelas garrafas mais baratas, então, e tinha uma empresa chamada Sangoban,
16:02tem ainda empresa chamada Sangoban, que é uma grande indústria de garrafas,
16:07que tinha mais ou menos uma faixa de seis, sete modelos.
16:10Então, o produtor ficava engessado naqueles modelos.
16:13Era como a Ford, né? Você pode comprar qualquer produto, acho que você era a Ford preto, né?
16:17Na época não tinha alternativa, né?
16:18O produtor que quisesse fazer, investir numa garrafa diferente,
16:25ele não tinha, muitas vezes, bala na agulha para poder investir.
16:28Porque a cachaça, ela sofre uma coisa que o imposto da cachaça é o maior imposto que tem no Brasil hoje.
16:35Qualquer produto é o da cachaça.
16:37É um negócio impressionante.
16:39Por exemplo, nós chegamos a ter 81,3% de imposto.
16:43Cada oito garrafas, dez garrafas, oito ia para o governo, duas ficavam com o produtor.
16:47Quer dizer que é o governo que está enchendo a cara, né?
16:49Não, exatamente, está enchendo as burras, né?
16:52E o que era interessante é o seguinte, que tinha até um comentário de um empresário na área de bebidas da Europa.
17:02Até eu escrevi um livro, eu coloquei até esse comentário.
17:05Ele dizia o seguinte, perguntaram para ele, por que ele não investia numa vinícola?
17:10Ele falou assim, eu estou esperando pelo segundo milagre.
17:12Eles falaram, mas qual o segundo milagre?
17:13O primeiro foi quando Jesus Cristo transformou água em vinho nas bodas de canar.
17:19O segundo, transformar em lucro.
17:22É muito difícil.
17:23Então, aí você também tem uma outra coisa.
17:25Quer dizer, com tanto imposto nas costas, como é que o produtor vai ter dinheiro para poder dar visibilidade
17:32gastando no marketing para um produto no mercado?
17:34Então, e a minha outra pergunta é essa.
17:36Antes da gente mergulhar mais aqui na feira mesmo, na Expo Cachaça,
17:41olhando esse cenário, lá atrás, né?
17:44Olhando esse cenário, por que investir nisso, né?
17:48E aí eu pergunto, porque você não estava inserido no mundo da cachaça ainda, né?
17:53Sim, não.
17:54Por que?
17:55Você gostava do produto?
17:57O que que era?
17:57Não, eu acho que, sabe, aquela que veio uma questão de oportunidade.
18:04Surgiu a oportunidade, eu achei interessante, falei, poxa, você poder entrar dentro de uma situação
18:11onde você pode fazer a diferença investindo e trabalhando, é um desafio, né?
18:18É um desafio que eu falei, poxa, esse desafio, isso me instiga, isso aí eu acho que vale a pena eu trabalhar.
18:23Eu não produzia cachaça, inclusive eu estudei numa escola agrícola, onde eu tinha lá 600 alunos,
18:30todos eles tinham 3 ou 4 garrafas de cachaça nos armários, eu tomei porra de cachaça doidado, entendeu?
18:36Então, eu era para ter, tipo assim, desistido da cachaça, né?
18:40Mas não, é o contrário.
18:41Quando eu falei, poxa, aqui tem uma oportunidade, tem, assim, uma possibilidade de fazer a diferença no setor, né?
18:48E quando a gente fala fazer a diferença, é o que eu falo, a oportunidade, depois você me lembra,
18:53eu vou te falar sobre um evento que a gente fez chamado, primeiro, Cachaça Open de Golf em Brasília.
18:58Você vê o que, o que uma oportunidade que surge pode gerar de novos negócios e, entendeu,
19:05e deslanchar, criar uma situação, por exemplo, de crescimento e desenvolvimento
19:10que você muitas vezes nem espera ver o tamanho que isso pode ficar, né?
19:14Você acha que não vai dar em nada, de repente a coisa explode, né?
19:18Vamos falar do negócio em si, da Expo Cachaça em si, né?
19:28É bom você me controlar, porque senão eu não vou...
19:31Não, tá ótimo, tá ótimo, pode ficar tranquilo.
19:34Porque assim, lá em 1998, então, a primeira Expo Cachaça, como é que foi esse primeiro evento?
19:40É só para você ter uma ideia, o primeiro evento, eu tinha várias empresas que montavam Alambix, etc.
19:47Portinha de garagem, todas elas, portinha de garagem.
19:52Eram empresas pequenininhas que estavam entrando no mercado e começando a prospectar o mercado.
19:58Hoje, é uma delas que é a Alambix Santa Efigênia, está exportando Alambix para vários países,
20:05para a produção de tequila, de uísque, vodka, rum, cachaça, cerveja.
20:14Então, para você ver o que a vitrine permitiu, porque na época, eles participando da Expo Cachaça,
20:20eles vendiam seis meses de produção.
20:23Na Expo Cachaça.
20:24Na Expo Cachaça, eles fechavam seis meses de produção.
20:27E a partir dali, foram só crescendo, crescendo, crescendo, crescendo.
20:31Tanto que eu tenho produtor de cachaça que está comigo, produtores não,
20:35empresas fornecedoras de equipamentos que estão comigo desde 1998.
20:40Desde 1998, sem faltar um ano sequer.
20:42Então, o setor mudou muito.
20:45Mas como o primeiro negócio ali, no primeiro evento, já deu dinheiro,
20:50porque você estava trabalhando para ganhar dinheiro também, né?
20:52Sim, sim, sim, deu.
20:53Deu pelo seguinte, porque a gente começou pequeno, o evento fez sucesso,
20:59e o que era interessante, sabe?
21:01Você vê como é que, quando você desenvolve uma situação dessa, como é que muda o conceito, né?
21:07As mulheres que entraram e viram cachaça espalhada para todo lado, né?
21:13Vários estados participando também, ficaram, não, você não vai beber cachaça, não.
21:17Você é um homem sério, com aquele resistência inicial.
21:20Mas quando elas começaram a circular pela feira, elas perceberam que nos estandes,
21:24tinham estandes todos montados, onde eles trouxeram a história de família deles.
21:29Então, você tinha, por exemplo, móveis de família, fotografias.
21:32Então, o carinho que eles viram, a montagem dos estandes, contando a cultura deles, a história deles,
21:40o carinho era tão grande que as pessoas se sentiram em casa, entendeu?
21:44E começaram a sentir um conforto em relação, entendeu?
21:47A conversar com as pessoas, a experimentar o produto.
21:50Aí, quando experimentaram, ficavam surpresos de ver a qualidade do produto.
21:54Então, quer dizer, mudou, ali já foi o primeiro impacto e que mudou exatamente a visão
22:00que outros tinham de preconceito.
22:02Porque o preconceito é exatamente isso, é a ignorância de uma coisa, né?
22:05Preconceito é uma situação onde você não tem informação suficiente,
22:09no entanto, você já questiona, né?
22:12Então, quando eles viram aquela qualidade, eles ficaram espantados.
22:15E aí, qualquer coisa foi desenvolvendo, o pessoal começou a gostar e tudo.
22:19E a gente tinha música, né?
22:20Então, a música ajuda muito.
22:22A pessoa está lá bebendo, está comendo, está confraternizando.
22:28Então, fica muito mais fácil, né?
22:29E aí, bom, a Expo Cachaça acabou, que também virou um ponto para a organização do setor, né?
22:37Sim, a gente, inclusive, na Expo Cachaça, o que permitiu?
22:41Permitiu que a gente trouxesse sempre lançamentos de novos produtos.
22:46Permitiu o lado político do setor, que a gente começou a ter governo participando junto com a gente,
22:52apoiando, etc.
22:53Então, o setor começou a se organizar em conversas dentro do evento.
22:59O evento sempre lançava alguma coisa, convênios eram assinados.
23:03Então, quer dizer, praticamente virou quase que uma sala de reuniões
23:07para poder lançar pautas que eram importantes para o setor, né?
23:11Então, tem um assunto que é importante a gente falar para o mercado?
23:15Vamos na Expo Cachaça, porque tem visibilidade, porque ele tem mídia, e lá é importante para a gente ir.
23:20Então, virou, na verdade, um evento que passou a pautar grande parte dos assuntos
23:27e dos temas que são carentes, né?
23:29Do importante para o setor.
23:30Bom, de lá para cá, 33 eventos.
23:34Você tem...
23:35Lembra o número de expositores lá no começo e hoje?
23:37É, eu tinha na época, eu acho que eu tinha 600 metros de feira, 600 metros.
23:46Cheguei a ter, antes da pandemia, 16 mil metros de feira.
23:51Então, você vê que a diferença é muito grande.
23:53Quando surgiu a pandemia, eu ficava parado há dois anos, né?
23:59E quando eu fiz o evento, eu fui para um espaço menor,
24:02que era praticamente quatro vezes menor, não quatro vezes, não, cinco a seis vezes menor
24:08que o espaço que eu ocupava.
24:10Então, eu fiz aquele recuo que o professor Clóvis da USP falava o seguinte,
24:14porque o pai dele dava um coque na cabeça dele, falava para trás, nem para dar impulso,
24:17se eu... e batia na cabeça dele, né?
24:20Então, mas eu tive que recuar, né?
24:22Dei uma recuada para poder ganhar fôlego, né?
24:25Saudar dívidas, né?
24:27Até hoje a gente está ajustando dívidas do período, né?
24:30E aí, agora, a gente foi para um Center Minas, em Belo Horizonte,
24:35que a gente praticamente triplicou o tamanho da feira que a gente fez depois da pandemia.
24:40Então, a gente voltou a crescer novamente,
24:43em função da gente já estar ganhando fôlego, respirando um pouco mais, entendeu?
24:47O evento cresceu bastante.
24:50E a gente passou a fazer uma coisa que eu achei importante
24:53e que é muito importante para o setor como um todo, de bebidas,
24:57e não concorre tanto como as pessoas imaginam.
24:59Em 2007, a gente trouxe para dentro da Expo Cachaça a Brasil Beer.
25:03O que é Brasil Beer?
25:05Exatamente as pequenas cervejarias artesanais,
25:07ou hoje chamadas de cervejas especiais,
25:09não tinham pontos de venda, não tinham visibilidade no mercado.
25:13Aí eu trouxe essa cadeia produtiva para dentro da Expo Cachaça.
25:16Porque tinha alguns equipamentos também vendidos lá pelos produtores,
25:20lá pelas empresas, que eram equipamentos para cervejarias.
25:23Trouxe a Brasil Beer.
25:24E esse ano a gente cresceu e trouxe 44 estandes de um evento que nós criamos chamado Minas Mais Doce,
25:32que é exatamente a da Doçaria Mineira.
25:35E junto com a Doçaria a gente trouxe o vinho, que está crescendo muito no mercado brasileiro.
25:40A gente trouxe o azeite também da Serra da Mantiqueira.
25:42São 30 produtores da Serra da Mantiqueira.
25:44O vinho está crescendo muito o número de produtores em Minas Gerais e no Brasil como um todo.
25:48Então a gente começou a agregar outras cadeias produtivas de pequenos produtores,
25:53que é exatamente aqueles que têm as mesmas dificuldades,
25:56os mesmos problemas do pequeno produtor de cachaça.
25:59E isso também deu para o evento um rosto e um desenho
26:05que interessou muito ao consumidor, que gosta de uma boa bebida, etc.
26:10E tem os shows que a gente faz, que é o festival, que é exatamente o que é o festival.
26:15O festival é a oportunidade das pessoas degustarem, ouvirem uma boa música,
26:19que é igualzinho você ir em uma feira de perfume e não poder cheirar o perfume.
26:24Então a degustação é importante.
26:26Então o evento ganhou hoje um desenho diferente em função do que a gente está investindo.
26:31Isso não significa que a cachaça ficou em segundo plano.
26:33Ao contrário, ela é âncora desses dois eventos.
26:36E o setor de cachaça também cresceu.
26:38Cresceu.
26:39O setor cresceu muito.
26:40Hoje ele movimenta 16 bilhões, segundo a Euromonitor,
26:45que é uma empresa de pesquisa,
26:48movimenta na faixa de 16 bilhões de reais.
26:52A cachaça tem 86% do market share, das bebidas destiladas consumidas no Brasil é cachaça.
27:0186% dos destilados consumidos no Brasil é cachaça.
27:06Ela é o terceiro destilado mais consumido no mundo.
27:08Entendeu?
27:09Perde para o soju, que é uma bebida destilada de arroz, né?
27:14E perde para a vodka.
27:17Entendeu?
27:19Agora, quem produz cachaça é só brasileiro ou não?
27:21É, o cachaça só pode ser produzido no Brasil.
27:24Ah, é exclusivo nosso.
27:25Pode chamar de qualquer coisa, menos cachaça.
27:27É exclusividade do Brasil.
27:29E embora as pessoas não saibam, também tem cachaça que não é de Minas, né?
27:32Eu estou brincando, porque Minas é, de longe, o estado que é o maior produtor.
27:37E a Expo Cachaça sempre foi em Minas.
27:39Nós não somos o maior produtor.
27:41Nós temos 41%, 42% das cachaças...
27:45Nós temos 6 mil marcas registradas no INPI, no Brasil como um todo.
27:50Mas, Minas Gerais, 42% das destilarias registradas no Ministério da Agricultura são de Minas Gerais.
27:58Agora, o maior produtor são as cachaças de coluna.
28:0551, Velho Barreiro, Pitú, etc.
28:07É que são os maiores produtores.
28:10Produtor, volume.
28:1270% do mercado brasileiro hoje é dividido entre cachaça de coluna e 30% cachaça de alambique.
28:20Só que a cachaça de alambique, ela emprega 98% da mão de obra espalhada pelo Brasil.
28:28Então, quer dizer, aquela história.
28:30Nós temos muitos produtores de...
28:32Em volume é a indústria, em volume de empregos é a cachaça de alambique.
28:37São pequenos produtores espalhados pelo Brasil.
28:39Praticamente em quase toda cidade ou município brasileiro tem um produtor de cachaça.
28:44É difícil você não ter de ser diferente, entendeu?
28:46E essa cachaça de alambique é uma cachaça que é mais intensiva em mão de obra, né?
28:50É, exato.
28:51É mais intensiva em mão de obra, mas depende do tamanho da destilaria.
28:56Mas o que é importante, a mão de obra nossa também, da cachaça, ela acontece na entre safra agrícola.
29:02Quando o campo desemprega, a cachaça emprega em várias regiões.
29:08Então, a gente tem uma série, você vê, por exemplo, o Centro de Indústria aqui de São Paulo
29:11fez uma pesquisa que é bem antiga, mas é importante, né?
29:15Para poder saber qual produto que tinha a cara brasileira.
29:19A cachaça ganhou disparado, porque o outro produto que foi petróide, a Petrobras e café.
29:24Café tem no mundo inteiro praticamente, né?
29:27Cachaça só no Brasil.
29:29Então, a cachaça é a bebida que tem a cara do Brasil, né?
29:33Infelizmente, a gente muitas vezes olha pelo lado pejorativo, né?
29:38E se a bebida fosse ruim, Jesus Cristo não tinha transformado água em vinho, né?
29:42Então, não adianta ficar, o pessoal fica falando contra a bebida, né?
29:46O problema não está na bebida, está na pessoa, né?
29:49Está no ser humano.
29:50Bom, eu queria entender só o...
29:53Porque para mim parece um salto, quase um salto de fé, né?
29:57Você abandonou, o restaurante não estava dando dinheiro, é isso?
30:00Não, o que eu aprendi com o restaurante é o seguinte, eu não sou...
30:04Aí eu vou até não evitar de falar o que eu ia falar, senão eu ia falar, já vinha o preconceito.
30:08Mas não é.
30:09É o seguinte, eu falei, isso aqui é insano.
30:12Eu chegava às 10 horas da manhã e saía às 4 horas da manhã do restaurante.
30:16Porque eu tinha lá um movimento que eu ficava...
30:20E eu tinha sócios, então, eu falei, não, isso aqui não é para mim, não.
30:23Eu tenho que sair disso aqui.
30:24E foi quando eu comecei a fazer a Expo Cachaça que eu vi a oportunidade de trabalhar com o evento.
30:28E uma coisa que me chamou muita atenção nos eventos é que eu...
30:32A coisa que mais eu achava importante era ver o brilho nos olhos das pessoas.
30:37E se eu te contar os milagres que eu vi acontecendo nesses eventos, isso aí é uma outra história.
30:42Mas o brilho nos olhos das pessoas, satisfeitas dançando.
30:46Porque tem uma coisa que eu falava muito lá no evento, dizendo o seguinte,
30:49que a música, entre todas as coisas...
30:51Esse é do Otto Lara Rezende.
30:53A música, entre todas as coisas, é a que mais nos aproxima deste belo sustenido chamado Deus.
30:57E a outra, eu falava o seguinte, eu citava uma oração sobre o Santo Agostinho,
31:03que dizia o seguinte,
31:04Ó homem, aprende a dançar, caso contrário, os anjos do céu não saberão o que fazer contigo.
31:09Isso era a última frase lá do...
31:12Chama da oração sobre a dança dele.
31:15Então, era um evento que tinha uma energia muito bonita, muito interessante.
31:19Eu vi milagres acontecendo lá, assim de...
31:22Entendeu?
31:23Citar um, rápido. Posso citar um?
31:25Calma, não, eu sei o que o senhor vai falar, mas eu vou segurar um pouquinho, já, já.
31:28Antes, eu não posso deixar o senhor esquecer, porque a gente vai mudar de quadro aqui, mais ou menos,
31:33mas eu não posso deixar o senhor esquecer do evento em Brasília, no Clube do Golfo.
31:36Ah, o evento em Brasília, o que aconteceu?
31:38A gente criou uma cooperativa, infelizmente essa cooperativa acabou mudando certo,
31:43eu saí antes, por divergências, mas o que acontece?
31:47A gente marcou um evento em Brasília chamado Primeiro Cachaça Open de Golfo.
31:51Quando foi isso?
31:52Isso foi em 1999.
31:55O que que era esse evento?
31:57A gente reuniu embaixadores e adidos comerciais num evento,
32:01onde a gente levou uma cozinheira, uma chefe de cozinha de Minas Gerais,
32:05chamada Nelsa, do restaurante Chapuri, de Minas, que é famoso,
32:10e fizemos lá um campeonato e distribuímos para os embaixadores prêmios,
32:16que eram cachaças e etc e tal.
32:19O evento fez tanto...
32:20Isso foi 20 de agosto de 1999.
32:22O evento fez tanto sucesso com os embaixadores que o embaixador Abdel Nour,
32:27Roberto, ele se chama Roberto Ferreira, ele tem um nome cumprido,
32:30Abdel Nour, era embaixador do Brasil na Alemanha, em Bonn,
32:35falou, eu quero fazer a festa do 7 de setembro com cachaça.
32:39Aí, ele falou, poxa, mas como é que nós vamos sair daqui para a Alemanha sem recursos e tudo?
32:46Aí eu falei com ele, sentamos com o embaixador, se o senhor abrir as portas para a gente buscar os recursos,
32:54aí a Embratur patrocinou a nossa ida,
32:57a Varig levou 4 toneladas de cachaça e ingredientes para fazer o jantar para 750 convidados do embaixador.
33:09Aí nós fomos, fizemos o evento,
33:12aí a Varig colocou a Nelsa do Chapuri também como chefe de bordo da Varig,
33:20e aí começou a abrir, a Embratur falou, não, eu quero que vocês cuidem do bar central do estande do Brasil,
33:27que tem mil metros e tem todos os estados do Brasil,
33:30nas feiras internacionais de turismo, eu quero que vocês sirvam cachaça.
33:33Aí nós fomos servir cachaça, testar paladar e tudo,
33:36aí participamos da WTM em Londres, participamos da BTL em Lisboa,
33:41da Fitur em Madrid,
33:44depois da BTM, que é a Bolsa Turística de Milão,
33:46que o Brasil foi homenageado em Milão, na Itália,
33:49e depois fizemos em Berlim.
33:51E fizemos uma festa também para 700 convidados do embaixador do Brasil em Paris.
33:56Então você vê isso tudo.
33:57E aí o que acontece?
33:58A Varig, através do Daniel Braga,
34:03que mexia com a parte A e B lá,
34:05convidou a gente para colocar cachaça a bordo dos aviões da Varig.
34:08Olha só, você vê o que uma...
34:11Sem recurso nenhum, a gente saiu do nada
34:13para fazer essa quantidade de eventos,
34:15então você vê que muitas vezes não é o dinheiro
34:18que vai te permitir alçar, alcançar determinados objetivos,
34:23alçar voo,
34:24são as oportunidades e a porta que você abre
34:26dentro de uma situação em que você cria,
34:29que faz com que as coisas se movimentem, entendeu?
34:32Então você vê, aí colocamos a cachaça a bordo da Varig e a caipirinha,
34:37e servimos um voo para a Lufthansa,
34:42da Lufthansa, indo para, chama para Frankfurt.
34:47O que era a caipirinha?
34:49Era um sachêzinho em pó,
34:53que era colocado no copo, gelo, cachaça
34:56e um pouquinho de água mineral com gás.
34:59Fez tanto sucesso no voo para Frankfurt
35:01que os alemães fizeram tanta bagunça
35:07que eles acharam que o avião ia cair.
35:09Então, a partir dali, o preconceito surgiu
35:11e a cachaça saiu do avião.
35:14Saiu do avião, não, saiu do avião.
35:15O que acontece?
35:17Deixa eu lhe perguntar uma coisa
35:18que o senhor já falou isso umas duas ou três vezes,
35:20só nessa conversa aqui,
35:22que são essas oportunidades, né?
35:24Isso.
35:25Como é que...
35:27E aí eu vou aproveitar,
35:28o senhor está com 73 anos,
35:29é isso que o senhor me falou.
35:3173 anos, vou aproveitar a sabedoria da idade
35:34e das experiências
35:36para ver se eu consigo, né?
35:39Como é que você reconhece a oportunidade
35:43ou não precisa reconhecer?
35:45Você tem que dar chance a ela,
35:46você só enfrenta.
35:48Não, é o que eu falo muitas vezes
35:50é você ficar atento
35:51ao que existe no seu entorno
35:54e a teia de relacionamentos que você tem,
35:57aonde as oportunidades podem surgir
35:59e quem pode abrir determinadas portas.
36:00Então, por exemplo,
36:01eu fiquei, rodei 40 empresas
36:04para fechar o Unimed BH Música O Pé das Águas,
36:08o evento,
36:09com um presidente de uma empresa
36:11que estava do meu lado.
36:13Olha para você ver.
36:14Então, a gente não tem...
36:15O que eu falo,
36:17a atenção é tudo, né?
36:18É você saber dentro do seu...
36:20Bom, esse produto aqui,
36:21quem do meu relacionamento
36:23pode abrir alguma porta
36:24e pode me ajudar?
36:25Quem eu devo procurar?
36:27Quais são as oportunidades
36:28que eu posso ir atrás
36:29para poder surgir, né?
36:31Quando você falou, por exemplo,
36:32em experiência,
36:33eu lembrei de uma frase
36:34do Pedro Nava,
36:34que é um grande escritor mineiro,
36:36que ele dizia o seguinte,
36:37experiência é um carro,
36:38Fórmula 1,
36:38andando a 200 km por hora
36:40com os faróis voltados para trás.
36:42muitas vezes não ajuda em nada.
36:45Mas é importante
36:46porque ela te faz o quê?
36:48Ela te faz perceber as oportunidades
36:50e fazer com que você,
36:52nessas oportunidades,
36:53entendeu?
36:54Não perca aquela chance.
36:55É aquele cavalo que passa arriado
36:57e você monta ou não monta.
36:58Muitas vezes você não monta
36:59porque você quer esperar
37:00uma segunda.
37:01Segunda pode não acontecer, né?
37:02Muito bem.
37:10Vamos falar um pouquinho de futuro
37:11e aí a gente vai falar,
37:12eu sei que o senhor,
37:14eu sei que você está
37:15escrevendo um livro, não é isso?
37:17Eu escrevi um livro chamado
37:19Cachaça, o Espírito Mineiro.
37:22E também tem um outro,
37:23Olhos que Brilham, não é isso?
37:24É, tem um que eu chamo,
37:26que eu falo assim,
37:27Quando os Olhos Brilham.
37:28Quando os Olhos Brilham, exato.
37:30E eu acho que isso está junto,
37:32se não me falha a memória
37:33pela pesquisa que eu fiz,
37:35está junto desses milagres
37:37dos eventos, não é isso?
37:39Sim.
37:39Você é religioso,
37:40ou antes de mais nada?
37:41Sou, sou cristão, né?
37:43E sou a minha mulher evangélica,
37:45eu também sou evangélico,
37:47mas não sou aquele evangélico
37:48que não pode beber e tudo, não.
37:50Toma cachaça?
37:51Eu tomo, tomo tudo.
37:52Eu tenho uma coleção,
37:54eu tenho uma coleção não,
37:55tenho uma reunião de 1.200 garrafas
37:57de 19 estados produtores,
38:00eu tenho lá e tomo com os amigos,
38:01eu tomo com gelo,
38:03cachaça com gelo,
38:04como se fosse um uísque,
38:05tomo cachaça,
38:07põe no congelador,
38:09tomo ela licorosa
38:10no dia de calor,
38:11tomo também com as caipirinhas,
38:13etc.
38:14E tem outras bebidas lá,
38:15também que eu reúno com os amigos.
38:17Eu estou hoje lá em Santa Catarina,
38:20também tem bons produtores,
38:22mas quando você falou
38:22em questão de milagres,
38:25o que é a questão do milagre?
38:26É quando você percebe coisas acontecendo
38:29que não tem explicação
38:31no plano normal nosso aqui.
38:33Então,
38:33eu vou dar um exemplo.
38:34Eu estava terminando a feira,
38:36o Pena Branca,
38:37estava acabando de dar o show,
38:39nós estávamos encerrando a espocachaça
38:40de um determinado ano,
38:41eu não lembro o ano.
38:43Foi antes do Pena Branca
38:46dando o show,
38:46que terminou o show,
38:48e eu vi um casal
38:49trazendo um rapazinho,
38:52todo torto,
38:53ele estava arrastando as pernas,
38:54e os braços assim,
38:55segurando a mãe,
38:56segurando o lado,
38:57e o pai segurando o outro,
38:58ele arrastando as pernas.
39:00E eu fiquei prestando atenção,
39:01não sei por carga d'água,
39:03eu fiquei prestando atenção
39:03na caminhada dele,
39:06quando ele parou em frente ao palco,
39:08o pai fez sinal de que,
39:10chamando a atenção do Pena Branca,
39:12aí eu falei com o Pena,
39:14aquele rapaz ali,
39:15os pais estão chamando a atenção,
39:18ele está querendo te cumprimentar.
39:21Aí o Pena Branca ajoelhou no palco
39:24e esticou o braço.
39:25Quando ele esticou o braço,
39:26o rapaz soltou dos braços do pai e da mãe
39:29e ficou retinho,
39:31mas retinho,
39:33esticou a mão e pegou na mão do Pena Branca.
39:35Quando ele pegou na mão do Pena Branca,
39:37o Pena Branca percebeu o que aconteceu,
39:40começou a chorar.
39:41Eu olhei para o Pena Branca,
39:42chorei também,
39:43ficamos nós dois chorando ali igualzinho,
39:44entendeu?
39:45E vendo,
39:46porque,
39:47aí o Pena Branca falou,
39:49caramba,
39:49você percebeu o que eu percebi?
39:52Eu falei,
39:53percebi.
39:54Eu falei,
39:54pois é,
39:54você pode ter certeza
39:55que isso é a capacidade do ser humano
39:58de superar as maiores deficiências que ele tem
40:01quando ele tem força de vontade
40:03e tem uma vontade enorme de fazer alguma coisa,
40:06ele reúne essa força e consegue.
40:08O menino conseguiu.
40:10Os pais ficaram surpresos
40:11e quando ele viu que o filho ficou retinho,
40:15eles nem tocaram no filho,
40:17eles falaram assim,
40:17nossa,
40:17ele está numa situação que nós nunca vimos,
40:20pelo jeito,
40:21e pegou na mão do Pena Branca.
40:23E como ela,
40:24aconteceu vários,
40:25então tem um,
40:26posso citar mais uma?
40:27Não é,
40:27voltou,
40:28o estado...
40:29Voltou,
40:29depois ele voltou,
40:30encolheu de novo,
40:31mas você vê,
40:32naquele momento...
40:33A força que ele deve ter feito.
40:34Exatamente,
40:34naquele momento,
40:35a ambição dele,
40:37que a vontade dele era tão grande
40:38de chegar,
40:39pegar na mão do Pena Branca,
40:40que ele reuniu toda a energia que ele tinha,
40:43mas é o que o Pena Branca falou,
40:45pode ter certeza que tinham dois anjos
40:46segurando os braços deles ali,
40:47para poder levantá-lo,
40:49né?
40:50Mas tem um outro que era uma bailarina,
40:52a situação era o seguinte,
40:53eu vi um casal dançando...
40:55Isso tudo naquele evento...
40:56Tudo na evento,
40:57na música Pelas Ávores.
40:59E nas poca chassa,
41:00esse foi nas poca chassa,
41:01o outro foi na música Pelas Ávores.
41:03Tinha um casal dançando,
41:05dançando,
41:05dançando,
41:05e quando eles deram uma virada,
41:08eu estava numa área VIP,
41:10que reunia ali convidados da Unimedia,
41:13etc,
41:13política,
41:14pessoal da prefeitura e tudo.
41:17Aí o casal dançou
41:19e a luz bateu nos olhos deles
41:20e brilhou.
41:22Quando a luz brilhou assim,
41:23eu falei,
41:23vocês estão chorando, né?
41:25Aí ele fez assim,
41:26ele deu uma rodada assim e olhou
41:28e me encontrou o meu olhar, né?
41:30Aí ele falou,
41:30daqui a pouco eu vou aí.
41:31Eu fiz assim.
41:32Aí ele veio na minha direção,
41:34quando terminou de dançar,
41:35e falou assim,
41:35você viu eu dançando ali?
41:36Eu falei assim,
41:36você é professor de dança,
41:37lógico que não seria diferente.
41:40Ele falou,
41:40não,
41:40mas foi diferente.
41:41Eu fui chamar uma mulher para dançar,
41:43uma menina para dançar,
41:44ela falou que não podia
41:45porque ela era paraplégica.
41:47Aí ele falou assim,
41:48não,
41:48você pode,
41:48você é leve,
41:49eu vou pegar na sua cintura
41:50e você abraça meu pescoço.
41:52E dançar,
41:53dançar,
41:53dançar.
41:53Aí ela virou para ele,
41:54quando terminou,
41:55ele falou assim,
41:55olha,
41:56eu era bailarina,
41:58tive um acidente de carro
41:59e fiquei paraplégica.
42:01E meu sonho recorrente
42:02era voltar a dançar.
42:03agora que você me permitiu,
42:05eu posso morrer
42:05porque eu estou feliz.
42:07Quando você libera
42:08esse tipo de energia
42:08em um evento,
42:10não tem preço que pague,
42:11não é o dinheiro que eu ganho.
42:12Esse tipo de energia
42:13não me pertence,
42:14esse tipo de energia
42:15pertence ao universo.
42:17Entendeu?
42:18Então,
42:18isso é que me dá
42:19o maior prazer
42:20é de ter a oportunidade
42:23de presenciar
42:24que com um determinado esforço
42:26que eu fiz
42:27para poder desenvolver
42:28um trabalho
42:28que evidentemente
42:29tem muitos outros
42:30contribuindo
42:31consegue liberar
42:34esse tipo de energia.
42:35Aí está acima
42:36de qualquer outra
42:36religiosidade.
42:38É uma situação
42:39onde você tem
42:40uma energia
42:41totalmente diferente
42:42que ninguém pode questionar.
42:44Entendeu?
42:45Então,
42:46isso me deixa muito feliz
42:47de ver isso.
42:49Deixa eu,
42:49só voltando aqui
42:50mais para a Expo Cachaça,
42:52tem plano para...
42:53Esse,
42:54calma aí,
42:55antes,
42:55Quando Os Olhos Brilham
42:57já é um livro.
42:58Você está escrevendo.
42:59Eu estou acabando de escrever
43:00porque eu estou naquela fase
43:02de tentar recuperar
43:03muitas daquelas memórias
43:06antigas,
43:06e eu tenho
43:08feito um esforço
43:09muito grande
43:10para poder não saber
43:11o que...
43:12Não diferenciar
43:13entre aquilo
43:14que realmente aconteceu
43:15e entre aquilo
43:15que possa surgir
43:17de um meu pensamento
43:20no momento.
43:20Entendeu?
43:20Eu não quero misturar,
43:21eu quero ter a realidade
43:22dos fatos.
43:23Então,
43:23alguns,
43:23por exemplo,
43:24eu até tirei
43:25porque eu falei
43:25esse aqui
43:26não tenho muita certeza
43:26se foi desse jeito.
43:27Então,
43:28é assim.
43:30E eu sou um pouco
43:31de milagre também
43:32porque eu já tive
43:3233 acidentes de carro.
43:3533?
43:3633 e nunca saiu
43:37uma gota de sangue.
43:39Lancha virou comigo
43:39em alto mar.
43:41Então,
43:41eu tenho...
43:41Então,
43:42Deus tem cuidado
43:42muito bem de mim.
43:43Mas 33 o senhor
43:43que estava dirigindo?
43:44Não,
43:45eu dirigi em algumas
43:46ocasiões
43:46e outras baterem em mim.
43:47Senão eu ia ligar
43:48para o pessoal do Detrão.
43:49Não,
43:50pois é.
43:51É,
43:51exatamente.
43:52Esse devia ser
43:53caçar a carteira,
43:54né?
43:54Não.
43:55Bater em mim
43:56muitas vezes também.
43:58Mas nunca se machucou?
43:59Não,
43:59nunca saiu uma gota de sangue.
44:01Por isso que eu falo,
44:01eu sou um privilegiado
44:03nesse aspecto.
44:04Deus tem cuidado
44:05muito bem de mim.
44:06O que eu estou procurando
44:08é saber
44:08o que o senhor quer de mim
44:09porque o senhor tem feito
44:11muita coisa para mim.
44:12O que o senhor quer de mim?
44:12esse é o que é o problema.
44:15Céu,
44:15Lúcio,
44:15deixa eu te perguntar
44:16uma coisa.
44:17Planos futuros
44:18para a Expo Cachaça,
44:19alguma mudança?
44:20Sim,
44:20não.
44:21Daqui para frente?
44:22E uma outra curiosidade
44:22que eu fiquei,
44:23é um evento por ano?
44:25É,
44:25um evento por ano.
44:26É um esforço
44:26muito grande,
44:27né?
44:27A gente,
44:27por exemplo,
44:28você imagina só o seguinte,
44:29eu tenho
44:29oito,
44:32nove mil,
44:32dez mil metros
44:33para poder vender.
44:34Eu vendo metro quadrado
44:35por metro quadrado,
44:36stand por stand.
44:37Então,
44:37esse ano,
44:38por exemplo,
44:38só de duas,
44:39tinham 44 stands
44:40e 250 stands no total.
44:44Então,
44:44eu tenho que vender
44:45todos os stands.
44:48Além de vender,
44:48eu tenho 64 fornecedores
44:50diversos que trabalham
44:51no evento.
44:52Então,
44:52eu tenho que negociar.
44:53Eu tenho,
44:54hoje,
44:54graças a Deus,
44:55a minha mulher
44:55que é o meu braço direito
44:56porque eu falo
44:57que ela é a direita e esquerda,
44:58né?
44:58Então,
44:59que trabalha comigo
45:00e ela cuida do financeiro.
45:02Então,
45:03é um esforço
45:05muito grande
45:05meu e dela
45:06para conseguir montar
45:07esse evento.
45:07Nossa estrutura
45:08é muito pequenininha,
45:09quase que é o KIP.
45:10Nem a KIP é tão pequena
45:12que a estrutura nossa.
45:13A gente vai crescendo
45:14na medida que o evento
45:15vai chegando próximo, né?
45:17Então,
45:17agora,
45:19por que eu fui para lá,
45:20para esse espaço
45:21no Centro de Minas?
45:21Porque eu tenho
45:22a possibilidade
45:23de agregar
45:23mais cinco mil metros
45:25no primeiro momento
45:26e posso ter
45:26mais dez mil metros
45:27no segundo momento.
45:29Então,
45:29eu posso,
45:30agora,
45:31fazer o que eu queria fazer
45:32que era ter uma cadeia,
45:33por exemplo,
45:33do vinho,
45:34a cadeia da cerveja,
45:36a cadeia da cachaça,
45:38eu posso agregar
45:39outros valores
45:40dentro do evento
45:41ancorados pela Expo Cachaça
45:43que tem já visibilidade
45:44e dá sustentação
45:45para esses outros eventos.
45:46Ela tem musculatura
45:47para poder trazer
45:48outros eventos juntos, né?
45:50Então,
45:51minha ambição é essa.
45:53Quer dizer,
45:54eu também não estou...
45:54eu falo,
45:55estou com 73 anos,
45:56mas quando eu pensei
45:57que eu falei,
45:58pô,
45:58mas você está com 73,
45:59por que você não
45:59acomoda um pouco?
46:00Aí eu vi o Mick Jagger
46:02dançando,
46:03eu falei,
46:03o cara tem 81,
46:04o cara tem 81,
46:06dança igualzinho
46:07um rapaz de 15 anos.
46:09Falei,
46:09ah, pô,
46:10pelo amor de Deus,
46:11você toma vergonha,
46:11só.
46:13José Lúcio Mendes,
46:15muitíssimo obrigado
46:16pela conversa.
46:17Deixa eu só tirar
46:18uma dúvida,
46:19você pode deixar
46:19um conselho
46:20para quem quer trabalhar
46:21nessa área de eventos?
46:22Como é que começa?
46:24O mais importante
46:25é saber o seguinte,
46:27não é só alegria,
46:28não é só dificuldade,
46:30porque as coisas
46:32aconteciam,
46:33para você ter ideia,
46:33eu já passei
46:34pelo greve dos caminhoneiros,
46:35terminou na quinta,
46:36eu comecei a fazer
46:37o evento no domingo.
46:38Se eu tivesse desistido,
46:39o evento não teria acontecido,
46:41no entanto,
46:41aconteceu.
46:42Já tive,
46:43passei pela época
46:44também do apagão,
46:46a gente teve uma série,
46:47o Brasil a gente vive
46:48de susto em susto,
46:49né?
46:51Então,
46:51o que eu,
46:51o que eu falo
46:54para as pessoas
46:54é o seguinte,
46:55se você vai investir
46:56em alguma coisa,
46:57e principalmente
46:58na área de eventos,
46:59faça um investimento,
47:00entendeu?
47:02Acreditando
47:03e reúne bons parceiros,
47:06porque não é fácil
47:07você carregar um evento,
47:08se você não tiver
47:09boas parcerias
47:10para poder dar sustentação
47:11a um evento,
47:12porque um evento
47:13é um tripé,
47:14né?
47:15É a parte,
47:15por exemplo,
47:15no caso nosso,
47:17é a venda de estandes
47:18e espaços,
47:19é a bilheteria
47:20e é patrocínios,
47:21apoios e etc.
47:23Sem esse tripé,
47:24o evento não existe.
47:26Perfeito.
47:27José Lúcio Mendes,
47:28muitíssimo obrigado
47:29mais uma vez
47:30por ter dedicado
47:31esse tempo para a gente.
47:33Algum recado final?
47:34Obrigado pela oportunidade,
47:36eu fico muito feliz,
47:37a gente vai chegar
47:38numa idade
47:40onde eu brinco
47:41com as pessoas,
47:42quando as pessoas falam
47:43assim,
47:43eu vou fazer uma homenagem
47:43que você não faz,
47:44não,
47:45me dá medalha,
47:46porque isso é quando
47:47a gente está aproximando
47:48da morte,
47:50começa a fazer homenagem,
47:51mas ter oportunidade
47:52de falar para as pessoas
47:53é muito bom,
47:54porque as pessoas
47:55acreditarem que
47:56dificuldade sempre vai haver,
47:58mas se você acreditar
47:59e se você fizer
48:00o seu esforço,
48:01buscar bons parceiros,
48:03você consegue.
48:04O universo conspira a favor.
48:06Conspira a favor,
48:06quem trabalha
48:07conspira a favor.
48:08Muito bem.
48:09Está aí,
48:10para você que acompanhou
48:11a gente
48:11quase nesses 45,
48:1450 minutos
48:15de conversa
48:15aqui com José Lúcio Mendes,
48:17fundador da Expo Cachaça,
48:19que está na 33ª edição
48:22e que já movimentou
48:23500 milhões de reais
48:24em negócios
48:25no setor da cachaça
48:26e foi um dos eventos
48:29propulsores
48:30da cachaça brasileira.
48:32meu muito obrigado
48:33e lembrando vocês
48:34que a gente tem
48:35um episódio novo
48:36do Sala Antagonista
48:37toda segunda-feira,
48:39vai ao ar às 20 horas,
48:41um pouquinho depois
48:41do Papo Antagonista.
48:43Beleza?
48:43Eu encontro vocês
48:44na próxima semana.
48:45Até lá!
48:45Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
48:55Transcrição e Legendas por Quintena Coelho