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00:00Deixa eu continuar falando aqui sobre a tragédia lá no Rio Grande do Sul, é bom lembrar que o número de mortos aumentou, infelizmente são 107 mortos.
00:09Matheus, pode colocar na tela por gentileza o post que nós publicamos mais cedo aqui no site, que já são 107 mortos em virtude da tragédia lá no Rio Grande do Sul.
00:22Segundo os dados da Defesa Civil, o Estado ainda registra 136 desaparecidos com 374 feridos.
00:31São ao todo 425 municípios que foram atingidos e 1,4 milhão de pessoas afetadas.
00:40A gente publicou o post mais cedo aqui em O Antagonista.
00:43Deixa eu aproveitar porque aqui a entrevista não para, deixa eu já chamar o deputado federal, o senhor Moreira, do MDB do Rio Grande do Sul.
00:49Deputado, o senhor está em Porto Alegre, não é isso, querido? Boa tarde para você.
00:54Agora estou indo para Palmares do Sul, Júlio.
00:56Aliás, um abraço para ti. Obrigado por esse espaço de jornalismo tão qualificado e tão comprometido e tão isento.
01:03Porque a gente fica extremamente feliz quando vê alguém fazendo bom jornalismo.
01:07Ainda mais num momento como esse, que a mentira não ajuda em nada, a inação não ajuda em nada,
01:12narrativa por narrativa não ajuda em nada, e alguém está preocupado em realmente amarrar as pontas.
01:17botar quem pode ajudar e quem precisa ser ajudado no mesmo espaço.
01:20Parabéns e obrigado.
01:22Nós agora estamos indo para Palmares do Sul, porque a lagoa encheu aqui e está alagando tudo.
01:26Logo depois nós vamos para Porto Alegre.
01:28Ontem nós tivemos no Vale do Caí.
01:32Taquari?
01:32Antes de ontem.
01:33Pois não?
01:34É Vale do Taquari? Não, né?
01:36Não, do Caí.
01:37Caí.
01:37Amanhã estamos no Taquari.
01:39No anterior tivemos no Vale do Sinos, onde tivemos aquele registro com as empresas de calçados,
01:44com milhares e milhares de pares perdidos, e os empregos dos funcionários, a empresa no meio da lama,
01:51com máquinas de precisão, com máquinas que funcionam com sistema eletrônico, com chips de computador em todas elas,
01:57todas ficarem embaixo d'água, com metro e meio de água, tem que fazer tudo funcionar de novo.
02:02A gente estava lá, viu?
02:03Porque o que a gente precisa perceber é o seguinte, quando a gente está num processo de tragédia,
02:07por exemplo, como agora, os fluxos não podem ser os normais, porque os normais não chegam no tempo certo.
02:15Então, naquelas empresas, por exemplo, a possibilidade de ter o emprego de volta é ter uma faixa de financiamento
02:22sem juros, com dois anos de carência, oito, dez para pagar, que permita que o proprietário da empresa
02:28possa fazer a empresa funcionar em 20 dias, 30 dias no máximo.
02:32E ela, todas as empresas do portanto funcionar, volta os empregos, volta as pessoas que vão receber o seu salário,
02:38oxigênio na economia, toca essa roda dentada, que um dente toca a outra roda.
02:43Então, quando a gente fala em prioridade nas empresas, não está querendo ajudar o empresário,
02:47que precisa de ajuda também, mas não está trabalhando aí a cadeia, tá?
02:52Mas eu queria te pedir uma coisa que a gente pediu hoje no ar.
02:54As empresas que são afetadas de qualquer natureza e que tenham produtos no mercado,
03:00seria importante colocar aí para o Vilso, no antagonista, o nome das empresas afetadas,
03:05porque uma forma de refinanciar essa empresa é comprar os produtos delas.
03:10Se as empresas que foram afetadas, que estão com os produtos no mercado,
03:12se a população comprar o produto dela, quando ela voltar a funcionar,
03:15ela está cheia de pedidos para atender e isso vai mobilizar completamente.
03:19Então, qualquer pessoa, em qualquer lugar do Brasil, pode ir lá e comprar uma empresa dessa marca,
03:24que foi afetada pela água, que está completamente cheia.
03:26Se ela compra um par de calçado, uma roupa, uma comida, qualquer coisa que foi produzida,
03:32ela está ajudando essa empresa a voltar para o eixo.
03:35Então, a gente tem que pensar em soluções criativas, alternativas,
03:38que de todos os lados podem aparecer.
03:41É isso que nós estamos fazendo.
03:43Deputado, acho que tem uma imagem muito marcante,
03:45que inclusive o senhor mandou aqui para a nossa produção, pela sua assessoria,
03:49inclusive um abraço para o colega da sua assessoria,
03:51que foi da fábrica da Conchelo, lá em Três Coroas.
03:54Que é aquela imagem que nós exibimos aqui no programa de anteontem,
03:57uma imagem, assim, chocante, né?
03:58Coloca aí, por gentileza, Matheus, a imagem do deputado Alceu Moreira mostrando aí os sapatos.
04:04Matheus, coloca por gentileza na tela aí, Matheus.
04:06Pessoal, nesse cenário aqui, ó, ele se repete em todo o vale, todo o causadista.
04:14Todas as empresas, a água não pede licença.
04:17Ela entrou, entrou com um metro e meio de lama,
04:20e aí, 30 mil paus de calçados prontinhos para ser entregue, estão aqui.
04:24Agora, toda uma vez que vem, a guerra, eles têm uma empresa ativa, em série,
04:28eles perderam absolutamente tudo.
04:31Tudo, tudo tem que recomeçar.
04:32E o que a gente precisa agora é o levantamento, claro, de quanto precisa.
04:37Precisamos de créditos com tempo de carência,
04:42os 100 mil, para eles poderem começar e começar a doutor curar outra vez.
04:46Os parceiros atendentes, todos têm que se apoiar neles,
04:50porque não tem condição de ter crédito para atender.
04:52Então, vai passar o crédito para a empresa mãe,
04:54e ela vai passar para os outros para poder fazer essa máquina rodar tudo outra vez.
04:58Nós vamos conseguir, pode ter certeza disso.
05:00Justamente isso que o senhor falava, deputado.
05:14Quer dizer, imagina a situação desse empresário.
05:16Ele teve o seu estoque praticamente todo devastado.
05:19Ele não tem mais estoque de sapato.
05:21Até ele conseguir recuperar esse estoque,
05:23para que ele consiga vender para frente,
05:25quer dizer, você vai ter um período, você tem um gap.
05:27E tem um detalhe, esse empresário, ele vai precisar honrar a sua folha de pagamento,
05:31porque ele não pode sair demitindo a esmo os trabalhadores que eles têm hoje,
05:36até porque são pessoas que também foram vítimas das enchentes.
05:38Então, essa é a questão também dramática pela qual vive o Rio Grande do Sul.
05:42Não é isso, deputado?
05:43Essa é a empresa Seconelo.
05:44Mas como essas, nós temos dezenas no Vale dos Sinos,
05:48que são empresas enormes, enormes,
05:50algumas como a Beira Rio, que é a maior do Brasil,
05:52elas todas foram afetadas.
05:54Então, é o seguinte, alguns têm solução própria,
05:56porque tem plantas em outros lugares que não foram afetadas,
05:59outros não.
06:00Outros têm a única unidade ali,
06:02eles não têm mais condição de fazer funcionar.
06:04Então, o que a gente está pedindo é o seguinte,
06:06precisa ter uma forma de fazer essa máquina funcionar de novo.
06:10A outra empresa que eu visitei, lá com o Alexandre,
06:12ela tinha 60 mil palhas de calçado.
06:15Pensa comigo o que é o cenário disso.
06:1760 mil palhas de calçado está dentro da expedição.
06:20É aquele lugar mais alto,
06:21onde o caminhão encosta a carroceria bem na altura,
06:23para poder carregar 60 mil palhas de calçado
06:25na caixinha, pronto para ir para as lojas.
06:29Tudo na expedição, com nota, com tudo.
06:31Sete da noite, duas da madrugada,
06:34a água entrou,
06:36rebentou aquela porta de metal completamente,
06:39e aqueles palhas de calçado saíram nadando rio abaixo.
06:4260 mil palhas de calçado foram embora.
06:45Eu olhei a empresa deles,
06:47a empresa deles é um mar de lama,
06:48está tudo dentro da água,
06:49todo o material que eles tinham,
06:51tudo foi embora.
06:53A maioria do material desse,
06:55quase 100%, não é utilizável outra vez.
06:58A umidade destrói o material.
07:00Então, eles vão ter que comprar tudo outra vez.
07:03Eu poderia citar essas empresas de calçados,
07:06mas eu posso citar as empresas de alimentos,
07:08posso citar as empresas de duta moveleira,
07:10posso citar qualquer desses setores,
07:12eles estão afetados.
07:13O que é muito importante que a gente me fazia?
07:15Eu queria deixar claro isso.
07:16Na outra coisa que nós tivemos aqui no Vale do Taquari,
07:21o governo veio para cá e tinha centenas de reuniões com anúncio de receita e dinheiro que nunca chegava.
07:27Por quê?
07:28Porque a catástrofe não pode observar o sistema normal do fluxo de recurso federal ou estadual que chega aqui.
07:36Porque esse sistema transforma a emergência em permanência.
07:41De um mês depois,
07:43o chefete lá em Brasília não bota o carimbo embaixo e assina,
07:46porque ele tem medo de infringir a lei, é só aquela.
07:49O dinheiro nunca chega.
07:50O presidente da República esteve num dia aqui no Rio Grande do Sul, em Santa Maria,
07:56e lá para a entrevista,
07:57e eu sou do Grêmio, do Colorado e coisa e tal,
07:58o cara percebeu que aquela reunião era muito parecida com as anteriores.
08:03E eu fui extremamente duro numa crítica,
08:07quase liberando a irresponsabilidade de quem faz uma entrevista desta,
08:11anuncia que não vai ter limite de recurso e o recurso nunca chega.
08:14Não posso dizer o mesmo hoje.
08:15No domingo, apareceu aqui o presidente da República,
08:18com o presidente da Câmara, o presidente do Senado,
08:20e gente do Supremo, gente do Tribunal de Contas da União,
08:23o corpo inteiro sentado numa mesa,
08:26os ministros já, com conhecimento de quadro,
08:29tendo visitado o Rio Grande do Sul quase inteiro.
08:32Hoje, por exemplo, uma e meia da tarde,
08:33o ministro da Agricultura vai fazer o anúncio
08:35de grande parte das medidas para resolver o problema do agro,
08:38inclusive com alimento para vaca leiteira,
08:40que não tem o que comer e tem que chegar ao alimento imediatamente.
08:43Mas eu tenho que dizer que agora,
08:45a pauta do governo do Estado e do governo federal
08:47está absolutamente integrada.
08:49A medida provisória que sai hoje ou amanhã,
08:51ela faz a regulação de como fazer o recurso chegar onde a pessoa precisa,
08:57não cumprindo os ritos normais,
08:59mas também não abrindo mão da transparência.
09:01Nossos amigos do Ministério Público e do Tribunal de Contas
09:04têm que ir lá,
09:05porque o recurso vai ser liberado para os municípios
09:08e vai ter alçada,
09:09porque aquele recurso enorme, gigante,
09:11para a infraestrutura posterior não virá agora.
09:14Agora virá o recurso para a emergência.
09:16E na emergência,
09:17você pode ter noção do seguinte,
09:18na mesma cidade,
09:20o hospital foi invadido,
09:21a creche foi invadida,
09:22a escola foi invadida,
09:24o posto de saúde foi invadido,
09:25as pessoas não têm onde morar,
09:27a casa foi embora,
09:28não tem alimento para o gado.
09:29Então,
09:30o corpo é multifacetado,
09:32a estrada está interrompida,
09:33porque o morro desceu e ficou em cima da estrada.
09:36A ponte e a água levou.
09:37Então,
09:38eu preciso de recurso
09:39para poder fazer aquilo
09:40que é prioritário o mais importante.
09:42Essa medida provisória
09:43que está sendo publicada agora,
09:45está o melhor juízo,
09:45pelo que estou conversando com todas as pessoas,
09:48vai fazer a compreensão
09:49dessa regulação
09:51que permite
09:52que o recurso saia
09:53da fonte de origem,
09:55chegue nos municípios
09:56e imediatamente
09:57o prefeito,
09:58com o comitê,
09:58possa fazer o dinheiro
10:01chegar onde as pessoas precisam.
10:03Então,
10:03eu estou dizendo a mesma coisa
10:04que disse ontem.
10:05Hoje,
10:07pelo menos o sistema
10:09está todo consciente
10:10de que essa integração
10:12num projeto de tragédia
10:14como esse,
10:14uma catástrofe,
10:16ele tem que seguir
10:17outro rito
10:18de liberação de recursos
10:19que não seja
10:20o rito normal.
10:22Além disso,
10:23preciso dizer
10:23que a solidariedade
10:26com o Rio Grande do Sul
10:27é tão gigantesca,
10:28isso que é de chorar.
10:30As cores do Rio Grande do Sul
10:31estão nas bandeiras
10:32dos prédios
10:33em todo o Brasil.
10:34Eu recebo telefonema
10:36de todo mundo
10:37querendo fazer doação
10:38de todos os jeitos.
10:39É o PIX aqui,
10:40é o outro ali,
10:41é caminhão de água,
10:42é caminhão de produto
10:43em tudo que é lugar.
10:44Nós realmente
10:45estamos sendo abraçados
10:47pelo Brasil.
10:48Não pode ter algo
10:49mais importante.
10:50Está ali os pescadores
10:51com seus marcos,
10:52sem dinheiro
10:53para botar combustível,
10:53muitas vezes,
10:54a gente socorrendo eles.
10:55Mas também está
10:56os surfistas
10:56que vieram do Brasil inteiro,
10:58os mais famosos,
10:59estão aqui com jet-skis,
11:01no meio das vilas
11:02da grande Porto Alegre
11:03socorrendo pessoas e animais.
11:04É apaixonante
11:06o que está acontecendo aqui,
11:07é um exemplo
11:08de solidariedade.
11:10As pessoas que estão aqui
11:11no meio desse sofrimento,
11:12quando saírem daqui,
11:13sairão muito mais gente
11:14quando chegaram.
11:15Saberão muito mais
11:16do que o sentimento
11:17de solidariedade.
11:18Nós sairemos muito melhores.
11:20Esta tragédia
11:21vai nos transformar
11:22em pessoas melhores.
11:23E nós vamos conseguir
11:24devolver para cada pessoa
11:25que perdeu tudo,
11:26o seu fogão,
11:27o seu bujão de gás,
11:28o seu sofá outra vez,
11:30tudo que ela perdeu,
11:31nós vamos conseguir
11:32botar em casa de volta
11:33com a solidariedade,
11:34as políticas,
11:35vamos fazer eles
11:35ter dignidade outra vez.
11:37Eu tenho muita convicção
11:38disso e estou no meio
11:39do processo.
11:40Deputado,
11:41só para a gente fechar,
11:42e de antemão,
11:42eu quero te agradecer muito
11:43pela sua disponibilidade
11:45e também pela sua paciência,
11:47porque eu sei que o senhor
11:47teve que esperar uns 10 minutos
11:48enquanto eu conversava
11:49com o Pablo Massal.
11:51Então, eu sei que o tempo
11:52do senhor é ouro.
11:53Então, eu sempre faço
11:54essa ressalva no ar,
11:56porque eu acho que
11:57quando a gente valoriza
11:59o tempo do outro,
11:59a gente também,
12:00não só é gentil,
12:02como a gente também reconhece
12:03que as pessoas têm
12:04as suas coisas,
12:05têm seus compromissos, enfim.
12:06Hoje pela manhã,
12:08o ministro da Fazenda,
12:09o Fernando Haddad,
12:10ele anunciou várias medidas,
12:11daqui a pouco eu vou
12:11explicá-las com calma,
12:13mas eu já queria repercuti-las
12:14com o senhor,
12:15que são, por exemplo,
12:17a antecipação do cronograma
12:19de pagamento,
12:20do abono salarial de 2024,
12:21liberação de duas parcelas
12:23adicionais de seguro-desemprego,
12:25prioridade no pagamento
12:27do imposto de renda
12:28para as pessoas
12:29que já declararam,
12:30liberação do calendário
12:31para pagamento
12:32dos programas Bolsa Família,
12:33auxílio-gás,
12:34antecipando os pagamentos
12:35do mês de maio,
12:37aporte de 200 milhões
12:39para os fundos
12:40de estruturação dos projetos,
12:41enfim, uma série,
12:41são 12 medidas ao todo,
12:45que foram lançadas agora a pouco
12:47pelo Fernando Haddad.
12:48Isso vai ser suficiente
12:49para ajudar a reconstruir
12:51o Rio Grande do Sul,
12:52deputado?
12:52Ou ainda serão necessárias
12:54outras ações,
12:55como, por exemplo,
12:56uma flexibilização do regime
12:57fiscal,
12:58ou a adoção aí
13:00de um regime diferenciado
13:02de contratação
13:03para o Rio Grande do Sul?
13:04Bom, primeiro eu queria dizer
13:06o seguinte,
13:06eu não perdi tempo nenhum
13:07ouvindo o Paulo Marçal,
13:09tá?
13:10É prazeroso ouvir
13:11um empresário
13:12com essa desenvoltura,
13:13querendo doar um pouco
13:14do que tem,
13:15a sua capacidade
13:16de articulação,
13:17de criatividade,
13:19de empreendedorismo colocado.
13:21É claro que ele é uma pessoa
13:22que vem do meio da sociedade,
13:23tem direito a revolta,
13:24as palavras em excesso,
13:25é compreensível isto,
13:27mas tudo isso
13:28é muito menor
13:29do que ele faz,
13:30do que ele está fazendo
13:31com uma atitude.
13:32Quem dera todos os empresários
13:33do Brasil
13:33que pudessem fazer
13:34a mesma situação
13:35que ele está fazendo agora,
13:36nós estamos muito agradecidos
13:37por isso.
13:38Vamos dizer,
13:39as medidas publicadas
13:41pelo Ministério da Dade
13:42são todas
13:43de grande importância,
13:45mas insuficientes.
13:47Porque é preciso
13:48muito mais.
13:49As cidades precisam
13:51fazer a roda dentada
13:52tocar no dente
13:53da outra roda.
13:54Eu preciso fazer
13:55que o hospital
13:56volte a funcionar,
13:57a escola tem que voltar
13:58a funcionar,
13:59a creche tem que voltar
13:59a funcionar.
14:00Eu preciso fazer
14:01com que a cooperativa
14:02que compra todos
14:03os produtos integrados
14:04precisa funcionar.
14:05Uma cooperativa
14:06só vai precisar
14:07500 milhões,
14:07600 milhões de reais,
14:09ela precisa ter
14:09esse crédito
14:10do BNDES direto
14:11sem spread,
14:13dois anos de carência
14:14para poder pagar isso,
14:15sem juros.
14:16Quem tem que pagar
14:16o juro é o próprio Estado,
14:18tem que pagar esse juro,
14:19que é a forma
14:20de poder fazer,
14:21ele financiar
14:22todos os aviários,
14:23todos os produtores
14:23de suíno,
14:24o produtor de leite
14:25que precisa ser pago também,
14:27então todos esses
14:28estão fora.
14:28Mas tem mais
14:29do que isso,
14:30Wilson.
14:31Por exemplo,
14:32uma cidade
14:33como Cruzeiro do Sul
14:34tem um bairro
14:35que não existe
14:36mais do bairro.
14:37Você chega lá,
14:38está tudo de jolo,
14:39caiu tudo,
14:39não tem mais.
14:40A pessoa que tinha
14:41um terreno
14:41em uma casa
14:42não sabe sequer
14:43onde é que é
14:43o terreno dele,
14:44onde é que era
14:44o meu terreno.
14:45Ele não tem mais
14:46nada disso.
14:47Como é que faz?
14:48O prefeito tem autorização
14:49para pegar o dinheiro
14:49e comprar uma área alta
14:51para poder começar
14:52a construir a casa
14:52para essas pessoas?
14:53Não.
14:54Na legislação de hoje
14:55não tem.
14:56Eu preciso que o Ministério
14:57da cidade tenha autorização
14:58por regulação
14:59para dizer para esse prefeito
14:59o seguinte,
15:00achem a área
15:01mais alta
15:02para recompor
15:04essas pessoas.
15:04Elas têm que voltar
15:05para casa
15:06e elas não têm
15:06a casa para voltar.
15:08Elas não podem ficar
15:08no pavilhão
15:09o resto da vida
15:09com a sua família
15:10peregrinando para lá
15:11e para cá.
15:11Eles tinham tudo.
15:13Um dia anterior
15:13ele tinha a casa dele
15:15no lugar de morar,
15:16no lugar de almoçar,
15:16no lugar de trabalhar,
15:17ele tinha tudo.
15:18No dia seguinte
15:19ele não tem absolutamente
15:20nada.
15:20Tudo que ele tinha
15:21é um monte de jolo
15:22caído em algum lugar.
15:23Então,
15:23para essas pessoas
15:24precisa ter essa solução.
15:25olha,
15:26posso dizer o seguinte,
15:27todos nós estamos
15:28na mesma página.
15:29Não é lugar
15:30para mocinho e bandido.
15:32Eu não tenho que falar
15:32mal de ninguém aqui.
15:33Eu critiquei o governo
15:34quando o presidente
15:35esteve aqui.
15:36Hoje nós estamos integrados,
15:37absolutamente integrados,
15:38buscando solução.
15:39Isso é ativa privada,
15:40governo.
15:41Nós queremos é solução.
15:42Então,
15:43essa medida provisória,
15:44se ela vier com a regulação
15:45permitindo que essas coisas
15:47que a lei de hoje
15:48não permite,
15:49por causa do arcabouço fiscal,
15:51por causa do controle fiscal,
15:52por causa do nível de gastos,
15:54essas coisas todas
15:55que são feitas
15:56para não permitir
15:57o desvio do recurso público
15:58na catástrofe,
16:00tem que ter um comitê central
16:01que estabeleça
16:02o que pode
16:02e o que não pode
16:03imediatamente
16:04para evitar
16:05que não se tenha transparência,
16:07mas liberar o recurso
16:08para que essas pessoas
16:09tenham um pedaço de chão,
16:10uma casa para poder voltar,
16:12um prato para poder comer.
16:13Ontem,
16:14entregando uma vianda
16:15para uma pessoa,
16:17uma comida
16:18num pedaço de isopor.
16:20A pessoa chorando
16:21disse para mim,
16:21ontem,
16:22na verdade,
16:22cinco dias atrás,
16:24eu tinha uma casa,
16:25eu tinha uma geladeira,
16:26tinha um fogãozinho,
16:27tinha mesa,
16:28eu sentava com meus filhos
16:29para almoçar na minha mesa.
16:30Hoje,
16:31eu tenho que comer
16:31num canto qualquer,
16:33com garfo de plástico,
16:34porque eu não tenho
16:35sequer um prato
16:36para poder comer.
16:37Pensa no sofrimento
16:38que é isso.
16:39Eu não tenho
16:40a menor dúvida,
16:41Matheus,
16:41não tenho a menor dúvida,
16:42porque,
16:43inclusive,
16:43eu já falei isso aqui
16:44no programa,
16:45a tragédia no Rio Grande do Sul,
16:46ela tem duas questões,
16:47né?
16:47Primeiro,
16:48que você destruiu
16:49a vida de várias famílias,
16:50né?
16:51que vão ter que reconstruir
16:52praticamente do zero
16:53e muitas famílias humildes.
16:55Segundo,
16:55você ficou próximo
16:58de colapsar
16:59boa parte do PIB brasileiro.
17:00Então,
17:01assim,
17:01é um problema
17:03em duplo,
17:05é um problema complexo,
17:07porque você
17:08destrói o PIB
17:09e você vai ter que dar assistência
17:10tanto para o PIB,
17:11tanto para o gerador de riqueza,
17:12quanto para a pessoa
17:13que depende
17:14dessa geração de riqueza
17:15para ter uma venda
17:16um pouco melhor.
17:16E aí
17:37E aí

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