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Transcrição
00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao Narrativas Antagonista, fato do dia, Tófoli contra Moro.
00:25Hoje, nós vamos falar direitinho disso que está tomando aí o noticiário, caiu na boca do povo.
00:32Se você já é fã do Narrativas Antagonista, não esquece de deixar aqui o seu like, deixar seu comentário, compartilhar esse vídeo com alguém.
00:43Se você está chegando aqui agora, seja muito bem-vindo, eu espero que você goste.
00:48Eu vou te explicar como é que funciona o formato do Narrativas Antagonista.
00:55Eu trago para você primeiro só os fatos, depois eu vou trazer para você, antes de dar uma opinião, a narrativa da esquerda e a narrativa da direita.
01:08E aí, em seguida, eu trago para você a minha opinião e, é óbvio, peço também a sua opinião sobre o fato do dia.
01:18Bora lá, que hoje tem muita coisa para a gente falar.
01:25Fato do dia, Tófoli contra Moro.
01:32O que é que aconteceu?
01:33O ministro do STF abriu um inquérito para apurar uma ação que ele diz ter sido ilegal do ex-juiz Sérgio Moro.
01:48E quem que está envolvido nisso?
01:52Quem está envolvido nisso não tem nada a ver com a Lava Jato.
01:57Como assim não tem nada a ver com a Lava Jato?
02:00Não.
02:01É uma coisa muito mais antiga.
02:05O ministro do STF quer que seja apurada a conduta de Sérgio Moro, quando juiz, num acordo de colaboração premiada,
02:18firmado com o ex-deputado estadual Tony Garcia na 13ª Vara Federal de Curitiba, no ano de 2004.
02:27O Sérgio Moro, atual senador, enviou uma nota ao antagonista dizendo
02:44que informa que sua defesa não teve acesso aos autos e reafirma que não houve qualquer irregularidade no processo de quase 20 anos atrás.
02:56Nega, ademais, os fatos afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia,
03:03a começar por sua afirmação de que não cometeu crimes no consórcio Garibaldi.
03:09Gente, que história é essa de consórcio Garibaldi?
03:15Bom, eu vou primeiro falar do de agora, para depois voltar aqui de novo no consórcio Garibaldi.
03:25O que é que está acontecendo agora?
03:28Aquele juiz que ficou na Lava Jato, que deu o maior problema ao tal do Eduardo Apio,
03:33ele emitiu uma informação para a PGR, dizendo que havia uma tratativa entre Sérgio Moro e Tony Garcia no ano de 2004,
03:45e que Tony Garcia teria sido orientado a gravar integrantes do Poder Judiciário
03:49e do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
03:53Esse Tony Garcia acabou sendo ouvindo três vezes por policiais no STF.
04:00O caso é mantido sob sigilo absoluto.
04:06O STF também determina, o melhor ministro de Astópolis também determina,
04:09que a Polícia Federal encaminhe as provas obtidas e que seja reiterado ofício
04:14à Justiça Federal de Curitiba e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
04:20requisitando cópia integral de todos os processos envolvendo Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia.
04:30E aí são muitos, tá?
04:36Muitos.
04:37Quando que o Tony Garcia aparece pela primeira vez na política nacional?
04:451992.
04:50E já numa história de gravação.
04:56Ele é um conhecido aliado do PT no Estado do Paraná.
05:02Ele esteve envolvido ali com a história do Mensalão,
05:06ele esteve num escândalo de Itaipu.
05:10Enfim, o consórcio Garibaldi vai aparecer ali para 1994 problemas.
05:17Eu vou começar com a primeira história, que é de 1992, que é uma daquelas histórias deliciosas da política.
05:24No dia 28 de julho de 1992, o então deputado José Felinto, do instinto PST do Paraná,
05:39foi à tribuna reclamar do senhor Tony Garcia.
05:43Tony Garcia era candidato à prefeitura de Curitiba.
05:47E ele teria ido denunciar que o tal do José Felinto teria distribuído à imprensa gravações que fazia com o político.
06:00A imprensa da época dizia que o tal do José Felinto tinha mania de se gravar.
06:04E quem seriam os gravados?
06:07A Luísio Mercadante, José Genuíno, José Dirceu, Roberto Jefferson e Eduardo Suplicy.
06:15Estamos falando aqui de 1992.
06:24Naquela época, o líder do partido, o deputado Luiz Carlos Raul, disse que ia expulsar o José Felinto,
06:34que era um rolo danado envolvendo as gravações, e expulsou.
06:39Esse deputado José Felinto, ele chegou a ser candidato muitas vezes depois,
06:45ele é um dos personagens que esteve por trás da articulação da campanha de Silvio Santos à presidência da República.
06:55E em 1992, ele dizia que o tal do Tony Garcia era o representante do PC Farias no estado do Paraná.
07:07Essa confusão aí das gravações, e havia mesmo gravações com políticos,
07:14acabou derrubando o tal do José Felinto.
07:18Bom, e continuando essa história, eu trago aqui para vocês uma coisa que eu vou ler,
07:23que está bem pequenininha, da sexta-feira, 9 de julho de 1993, no Diário Oficial.
07:29A deputada Sandra Cavalcante pediu que se anexasse à ata do dia uma reportagem chamada
07:36Papagaiadas do Deputado Trapalhão, que é sobre o caso José Felinto.
07:44Mas aqui, já que a gente está falando de Tony Garcia e gravações, eu vou ler para vocês um trecho disso aqui.
07:51Candidato a prefeito de Telemaco, Borba, a cidade de maior população evangélica do Paraná,
07:57Felinto voltou a aprontar das suas.
08:00Na noite de 6 de junho deste ano, entabulou com o candidato a prefeito de Curitiba, Tony Garcia,
08:07uma sorte da conversa.
08:09Por telefone, tentou extorquir o empresário,
08:12que havia sido convocado para depor na CPI do PC Farias,
08:16dizendo que poderia subornar os deputados para que fossem camaradas com ele.
08:23Claro, não sabia que Garcia estava gravando tudo.
08:31Então, a gravação dele com o pessoal, com as pessoas com que ele se relacionava,
08:41já há gravação desde a década de 90,
08:46quando o Tony Garcia foi convocado para a CPI do PC Farias.
08:51E isso é que deu origem à derrocada do tal deputado Felinto,
08:57porque aí o Tony Garcia apareceu com as gravações
08:59e, realmente, ele tinha feito propostas muito indecorosas.
09:04Bom, este outro caso com o Tony Garcia surge depois
09:10e não é a justiça quem vai para cima, não.
09:14É o Banco Central, porque viu problemas com o consórcio que ele administrava,
09:20o consórcio Garibaldi.
09:22O consórcio lesou 3.804 pessoas.
09:29E aí, num determinado momento, o Banco Central, que iniciou a história,
09:35porque viu que tinha algo de errado,
09:37foi para o Ministério Público Federal,
09:40começaram as investigações
09:42e aí se viu que o consórcio não ia mesmo pagar as pessoas, não tinha como.
09:47Se fez o quê?
09:48Aquela, vamos dizer, a operação ficou suspensa,
09:51pegou tudo que tinha de bens,
09:53saíram recuperando para dividir entre os credores.
09:57A Justiça Federal do Paraná chegou a fazer uma lista de quem tinha direito
10:03para não precisar cada um entrar com a ação individualmente.
10:08E também que não adiantava entrar com a ação individualmente,
10:10ninguém ia receber na totalidade aquilo que perdeu.
10:15E é neste processo o problema que surge agora.
10:19Tony Garcia ficou preso,
10:23ele foi preso pela Polícia Federal
10:24só em 2004,
10:27porque o consórcio foi liquidado pelo Banco Central em 94.
10:32Mas o processo mesmo começou só seis anos depois, em 2001.
10:38Ele foi preso em 2004
10:40e ficou 81 dias na cadeia,
10:43assim por uma série de crimes financeiros.
10:47Mas ele se dispôs a colaborar com as investigações,
10:53indenizar os clientes
10:55e teve a sua pena reduzida para seis meses de serviços comunitários.
11:04E é precisamente aí que se diz que há um problema,
11:07porque Sérgio Moro teria participado do acordo de delação
11:10e, como juiz, ele não poderia fazer isso.
11:13Aí vamos pular agora para dois mil e dois.
11:19Dois mil e dois,
11:20a gente teve a primeira campanha presidencial do presidente Lula.
11:26E o Tony Garcia caiu para cima,
11:29porque fez a sua candidatura a senador da República pelo Paraná.
11:35Precisamente o que Sérgio Moro conseguiu e ele não.
11:39Ele estava na chapa do, então, governador Álvaro Dias.
11:44Era aquela eleição que foram dois senadores.
11:46Então, era ele, Tony Garcia,
11:49e Osmar Dias, o irmão do governador.
11:52Quem eram os suplentes de Tony Garcia?
11:56Emerson Palmieri e José Janene.
12:01Você lembra mais ou menos desses nomes,
12:04se você tem um pouco mais de idade?
12:06É o pessoal do PTB, que é o partido dele,
12:11que acabou condenado na história do Mensalão.
12:16O tesoureiro, o caramba.
12:19A chapa dele é a chapa que tinha todo o pessoal envolvido no Mensalão.
12:27Não foi uma chapa vencedora.
12:29Depois, tanto José Janene quanto Emerson Palmieri
12:33enfrentaram aí grandes problemas na justiça.
12:37A gente está falando aqui do primeiro governo do presidente Lula.
12:41E o Tony Garcia, onde foi parar?
12:42Tony Garcia foi parar em Itaipu.
12:46Ele já tinha sido deputado estadual,
12:50no meio da história toda,
12:52nesse tempão aí de 90 a 2000,
12:54foi deputado estadual, presidente da CPI da Telefonia no Paraná.
13:00E aí a gente tem Tony Garcia e Itaipu
13:03numa situação muito interessante.
13:06Lembra a história do deputado gravado,
13:09que foi suspenso do partido?
13:11Quem suspendeu ele do partido,
13:13Luiz Carlos Raul,
13:15continuava no poder.
13:17Mas agora querendo investigar outra coisa.
13:21Itaipu queria, porque queria investigar.
13:26E aí tem um discurso dele reclamando
13:29que ele e o então deputado Fernando Gabeira
13:32queriam ouvir três pessoas.
13:36Laércio Pedroso, Betoldo e Tony Garcia,
13:40que era quem o PT tinha colocado na cúpula de Itaipu.
13:44E que na véspera do depoimento de Laércio Pedroso,
13:49ele foi preso no aeroporto de Curitiba.
13:53Aí o deputado já começa a suspeitar.
13:56A Polícia Federal alega que o investigava há muito tempo,
13:58mas é muita coincidência para que se acredite
14:01nessa investigação anterior.
14:03Por que ele não foi preso ou antes ou depois?
14:05O deputado desconfiava que a Polícia Federal
14:07teria agido em nome do PT
14:09para impedir que essa trinca fosse ouvida
14:15para saber de várias denúncias
14:19que estavam acontecendo na administração
14:21da Itaipu Binacional.
14:23O tempo passou lá para 2011,
14:25o pessoal que foi lesado no consórcio Garibaldi
14:28começou a receber o seu dinheiro.
14:32A gente não ouve mais falar de Tony Garcia
14:34até o ano passado,
14:38quando ele começa a aparecer na imprensa,
14:43que é uma imprensa governista,
14:45uma imprensa de esquerda,
14:47que antes se chamavam de blogs sujos,
14:50agora não sei que nome eles adotam,
14:52e ele aparece como um grande entrevistado
14:55falando ali que ele teria sido obrigado
14:59pelo Sérgio Moro a gravar pessoas da justiça
15:02e do TCU, lá para os idos de 2004,
15:07quando começou a ação do consórcio Garibaldi.
15:10A devolução do dinheiro não tem mais nada a ver com isso.
15:13Devolveu o que tinha,
15:14isso aí já está tudo encerrado,
15:16esses são os fatos.
15:18E qual é a sua opinião?
15:20Espera aí, que antes da opinião,
15:22vamos para a narrativa.
15:26Os crimes da Lava Jato
15:28só se acumulam.
15:29E vocês sabem quando é que isso vai terminar?
15:32Quando o Sérgio Moro for definitivamente punido.
15:36Porque assim, ele engendrou um golpe, né?
15:40A gente pode considerar um golpe
15:42quando um juiz
15:43que dá uma decisão favorável a um candidato
15:47passa a atuar no governo deste candidato,
15:50que é precisamente o que fez o Sérgio Moro.
15:53Você pode dizer,
15:53a decisão que ele deu não tinha nada a ver com o Bolsonaro.
15:55O Bolsonaro só ganhou
15:57porque ele tirou o Lula de circulação.
16:02É só por isso.
16:04E de um jeito suspeito,
16:06torturando testemunhas,
16:08fazendo um monte de gente falar
16:10coisa que não tinha acontecido.
16:12Para quê?
16:13Porque ele estava amando do fascismo.
16:16A missão dele era colocar Bolsonaro no poder.
16:19E agora o que é que a gente vê
16:22com essa história toda
16:24que vem à tona tantos anos depois?
16:27Que o modus operandi dele
16:29sempre foi o mesmo, né?
16:32Sempre foi fazer tudo ao arrepio da lei,
16:35aos amigos, tudo aos inimigos da lei.
16:37Ele sempre estava fora,
16:39sempre estava se achando o justiceiro,
16:42o super-herói,
16:43querendo condenar,
16:44sem nem saber o que tinha a ver,
16:47se misturando aí com o Ministério Público.
16:50No fim, nem o bolsonarismo mais aguentou.
16:53A única forma que a gente tem
16:55de moralizar essa situação
16:56e impedir novos heróis, entre aspas,
17:00é tirar esse mandato de Sérgio Moro.
17:02Ou até, digo mais,
17:04enquanto Sérgio Moro não for preso,
17:07a gente não vai ver as coisas
17:08engrenando aqui no Brasil, não.
17:09Nós avisamos.
17:16O Moro foi traíra.
17:19O Moro traiu Jair Bolsonaro.
17:23E o sistema é bruto.
17:25Ele pode ter traído Jair Bolsonaro,
17:28mas o PT estava em modo vingança.
17:31Jair Bolsonaro era contra o Stébis.
17:34A partir do momento em que Moro
17:37se associou a ele,
17:39ele vai ser perseguido pelo PT
17:42até o fim.
17:44Mesmo que ele seja um traíra.
17:47Que isso é para aprender
17:48a não ser isentão.
17:50Ele quis ser o isentão.
17:53Ele quis falar,
17:53o Bolsonaro está protegendo os filhos dele,
17:56eu não vou dar à Polícia Federal,
17:58porque a Polícia Federal é minha,
17:59como se ele fosse o presidente da República.
18:01Não foi Bolsonaro que foi eleito.
18:02Foi Sérgio Moro.
18:05Traíra.
18:06Esfaqueou Bolsonaro pelas costas
18:08para bancar o isentão.
18:10Agora, toma.
18:12Aliás, recentemente,
18:14até sentar no colo do Flávio Dino,
18:16ele sentou.
18:17Aliás, só faltou.
18:18Estou falando aqui em sentido figurado,
18:21mas também não duvido.
18:22Porque estava num chamego,
18:24estava no nhé-nhé-nhé,
18:26achando.
18:27Imagina,
18:28voltou a favor do Dino no Supremo,
18:30achando que vai se salvar.
18:33E não vai, né?
18:35E não vai.
18:36Não foi capaz de ir contra o establishment,
18:39foi traíra,
18:41e agora vai acabar sendo caçado
18:43por esse sistema corrupto,
18:45que durante um tempo ele combateu,
18:47mas depois ele cedeu,
18:48quando traiu o Jair Bolsonaro.
18:49Na minha visão,
18:51o único jeito
18:52é efetivamente fazer essa caçação
18:55e a gente ter a nossa eterna primeira-dama,
18:58Michele Bolsonaro,
19:00como senadora.
19:01Porque aí sim,
19:02as coisas vão ser moralizadas no Senado.
19:04E qual é a minha opinião?
19:14A minha opinião
19:15é que o Brasil parece não sair do lugar.
19:21O ministro Toffoli, nessa história,
19:24está restaurando aí para a mídia,
19:27está resgatando um cara
19:31que estava enrolado
19:33na CPI do PC Farias.
19:37Esse cara era depoente
19:39da CPI do PC Farias.
19:42E a gente vê que
19:44essas pessoas vão se livrando
19:47das coisas
19:48sempre por algo processual,
19:52não é por algo de fato.
19:54Não, ele não fez isso aqui.
19:57Isso aqui é uma falsa acusação.
20:00Essa acusação foi feita
20:01e não tem como provar
20:02que fulano fez isso.
20:04Não, fulano não desviou este dinheiro.
20:08Não é por isso.
20:11O fulano diz que desviou,
20:13assume que desviou,
20:15devolve milhões.
20:18Aí alguém fala,
20:19não, mas esse depoimento aqui,
20:22documento,
20:22tinha que ser de tal jeito,
20:23assim, assim, assim,
20:25e o fulano aqui
20:26não podia ter falado
20:26com o outro.
20:28Então, nada disso vale.
20:30E as coisas vão sendo
20:32anuladas, assim,
20:33sucessivamente,
20:34que é a tal da questão processual.
20:37Se o processo não foi
20:38da forma devida,
20:39as pessoas não são punidas.
20:42Mas tem aí uma coisa,
20:43primeiro,
20:44a diferença do tratamento
20:46entre o andar de cima
20:48e o andar de baixo.
20:50E a questão
20:51de como isso
20:52é presente
20:54nos processos de corrupção.
20:55Esse senhor,
20:58Tony Garcia,
20:58que está sendo tratado
20:59como um herói nacional
21:01pela esquerda brasileira,
21:05ele é um velho conhecido
21:06da reportagem política.
21:09E ele entra no cenário nacional
21:11em 1992
21:13justamente
21:15por sair grampeando as pessoas.
21:18e agora
21:20quer se anular
21:22o processo inteiro
21:25lá do consórcio Garibaldi,
21:26Banestado e o caramba,
21:28porque ele alega
21:30ter sido instruído
21:31por um juiz
21:32a grampear pessoas.
21:33Isso teria sido em 2004.
21:34Doze anos antes
21:36ele já tinha derrubado
21:38um deputado,
21:39porque o deputado
21:40fez uma proposta
21:40indecente para ele,
21:41ele ia depor
21:42na CPI do PC
21:43e o deputado
21:44queria propina
21:45para aliviar
21:47a barra dele.
21:48Ele, em 92,
21:50que nem tinha
21:50esses recursos todos,
21:51já gravou o cara,
21:52deu para a imprensa,
21:54derrubou o cara.
21:56Depois disso,
21:57ele foi deputado estadual,
21:59foi candidato
22:00a prefeita de Curitiba,
22:02foi candidato
22:03ao Senado,
22:04escapou
22:05do escândalo
22:07do Mensalão,
22:08sendo que os dois
22:08suplentes dele
22:10foram condenados,
22:13tiveram aí
22:14maus bocados.
22:16Então, assim,
22:16é alguém que vai passando
22:18de escândalo
22:19em escândalo.
22:21O escândalo
22:21de Itaipu,
22:22logo que começou
22:23o primeiro governo
22:25do Lula,
22:26logo começou,
22:26não,
22:27o terceiro ano
22:27do governo do Lula,
22:28deu o escândalo
22:28de Itaipu,
22:29ele estava em Itaipu,
22:31foi chamado a depor,
22:32conseguiu,
22:32escapar do depoimento,
22:35a questão do consórcio
22:37que vem agora.
22:39O consórcio foi aberto
22:40em 1991,
22:42em 92,
22:43o Banco Central
22:43já disse que tinha problema.
22:46Em 94,
22:47o Banco Central
22:48mandou fechar.
22:50Acabou.
22:50nós estamos ainda
22:53discutindo isso,
22:54sendo que
22:55as vítimas
22:56não foram plenamente
22:57ressarcidas,
22:58as vítimas foram
22:59ressarcidas
22:59com o que tinha.
23:01Então,
23:01o que dá a impressão
23:02é que a gente
23:02está sempre atrás
23:04de um
23:05filigrana jurídico
23:07para que
23:10o réu
23:11tenha um benefício
23:13e as vítimas
23:14ficam
23:15ao Deus
23:15dará.
23:18Esse é um
23:18caso
23:19que não vai
23:20nem ser tratado
23:21assim.
23:22Quer saber
23:22como é que esse caso
23:23vai ser tratado?
23:24Esse caso,
23:25vão ignorar
23:26quem é Tony Garcia,
23:27porque ninguém lembra.
23:28O Tony Garcia
23:29é o caso
23:29de como você pode
23:30passar por todos
23:31os escândalos políticos
23:32do Brasil
23:33e voltar
23:34sendo tratado
23:35como um herói
23:35por imprensa
23:37de cobertura
23:37política tendenciosa.
23:38mas o que vai ser
23:41tratado agora
23:41vai ser como
23:42uma rivalidade
23:43de Moro
23:45e Tófolio.
23:46O pessoal já vai estar
23:47assim,
23:47ah,
23:48Tófolio,
23:48claro,
23:49que abrir para cima
23:50do Moro.
23:51E isso é muito ruim.
23:53É muito ruim
23:54porque a gente vê
23:55que as pessoas
23:55já desconfiam
23:57que a justiça
23:58leve a sério
23:58critérios técnicos.
24:00Já está tudo
24:01sendo colocado
24:02no colo
24:03da política.
24:05E assim,
24:06com políticos ruins,
24:07uma democracia
24:08sobrevive.
24:10Com juízes
24:11nos quais
24:12a população
24:13não confia,
24:14a gente aí
24:15tem um sério risco.
24:17Então, assim,
24:17é mais um capítulo
24:18de politização
24:19da justiça
24:20que é ruim demais
24:22para a democracia
24:22brasileira.
24:30Bom, pessoal,
24:32hoje eu vou
24:33ficando por aqui.
24:34Espero que vocês
24:34tenham gostado
24:35dessa história,
24:36deste recordar
24:37é viver
24:38que eu fui buscar
24:39lá nos idos
24:40da década de 90.
24:42Já deixa aqui
24:43o seu like,
24:44deixa o seu comentário
24:45e eu estou de volta
24:46amanhã
24:47às 5 horas da tarde.
24:49Grande beijo
24:50e até lá.
24:50Tchau, tchau.
25:20Tchau, tchau.
25:21Tchau, tchau.
25:22Tchau.
25:23Tchau, tchau.
25:24Tchau, tchau.
25:25Tchau, tchau.

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