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Transcrição
00:00Quer dizer, como é que o senhor avalia, mesmo não sendo médico,
00:04o quadro de saúde dele e aquilo que eventualmente
00:07poderia melhorar a sua situação se ele não estivesse na cadeira?
00:14Então, Felipe, o meu ponto de vista sobre essa situação
00:16é que não precisa ser muito técnico nesse sentido
00:20para entender que o presídio nunca vai ser o melhor local
00:23para você tratar uma doença.
00:25Então, acredito que, assim como foi informado em sede de audiência,
00:30ou manifestação da defesa, eu acredito que se tivesse sido atendido
00:33ou ele tivesse existido uma conversão na prisão domiciliar,
00:38com certeza a gente poderia estar tendo um desfecho não tão triste como esse.
00:42E o fato da gente ter também essa questão da prisão domiciliar
00:46foi assim para ele também ter a presença da família dele no dia a dia.
00:51Lógico que ele ficaria em casa nessa situação e faria um acompanhamento ali,
00:55teria uma situação menos insalubre.
00:57A gente precisa entender que existe um tratamento aqui fora
01:01e outro tratamento lá dentro.
01:03No sentido de quê, doutor?
01:04No sentido de que o presídio, apesar dele prestar toda assistência médica,
01:09você está num local ali onde, de qualquer forma,
01:12vai afetar o seu psicológico, o seu emocional,
01:14e vai refletir, logicamente, no seu âmbito físico.
01:18Eu não sou técnico nessa área,
01:19mas são coisas que a gente percebe com as vivências.
01:23Então, eu acredito perfeitamente que se tivesse uma movimentação
01:27no processo em que tivesse sido deferida essa liberdade provisória
01:31ou a conversão em prisão domiciliar,
01:34felizmente a gente poderia ter um desfecho não tão fatal igual a este.
01:38A gente acredita nisso.
01:39E o presídio é um local que não é o melhor local,
01:43na verdade, para se fazer um tratamento de doença.
01:47Esse é o meu entendimento.
01:49Lógico que existem profissionais que podem falar com mais propriedade,
01:53mas o meu ponto de vista, nesse sentido,
01:55eu acredito que poderíamos ter tido um final não tão trágico.
01:59E que se houvesse, seria uma coisa assim, uma fatalidade,
02:04que fugiria dessa situação atual que a gente se encontra.
02:08Bruno, a última pergunta.
02:10Carlos Graeb, se quiser fazer, fique à vontade,
02:13e a gente já libera o senhor,
02:15agradecendo sempre a disponibilidade.
02:17Diga, Graeb.
02:18Eu gostaria de saber se já tem um entendimento
02:21sobre a causa da morte.
02:23Se já foi feita uma autópsia ou algum procedimento desse tipo.
02:26Carlos, a gente entrou em contato
02:29e ainda não saiu um resultado oficial da causa da morte pelo MML,
02:35ainda está em apuração.
02:36A informação que a gente tem foi só o comunicado do óbito
02:39de como foi ocorrido no momento
02:40em que ele passou mal, salvo engano, em 9,58.
02:44Logo após foram feitas várias tentativas de reanimação
02:49e o óbito veio a ser confirmado por volta de 10,58.
02:53Ao que tudo indica, no momento preliminar,
02:56a informação que chegou foi que foi uma parada cardíaca,
03:00ele teve um mau súbito, algo desse tipo,
03:02mas um documento oficial sobre a causa da morte
03:06ainda não está disponível para a gente,
03:08a gente está aguardando essa informação por parte do MML.
03:12E foi divulgado que foi durante banho de sol,
03:14o senhor confirma essa informação?
03:15Perfeito.
03:16A informação que chega é que eles estavam no pátio,
03:18foi durante banho de sol que eles estavam no pátio
03:21e que foi o momento em que ocorreu tudo isso.
03:25O óbito ainda consta que a causa da morte se encontra em implicação,
03:30não chegaram à conclusão ainda.
03:34As informações preliminares nos trazem que foi esse mau súbito,
03:39essa parada cardíaca, informações preliminares.
03:40Uma última questão que me ocorre agora, Bruno,
03:45a família pensa, e o senhor poderia antecipar,
03:49em fazer algum tipo de ação contra o Estado
03:52por eventual omissão na situação dele,
03:55pedindo uma espécie de indenização,
03:58já há algum tipo de conversa sobre essa possibilidade?
04:01Olha, Felipe, do ponto de vista técnico,
04:05lógico que a gente enlumbra essa possibilidade,
04:08ela realmente existe, não tem como se situar nesse sentido.
04:12Mas em relação à família,
04:15a sentar em conversa, a gente não teve essa oportunidade,
04:17porque optamos também por respeitar esse momento de luto.
04:20Seria até irresponsável da nossa parte
04:22chegar para falar de indenizações
04:24ou de qualquer situação envolvida nesse sentido.
04:27Eu tinha a casa do Clériston no dia do ocorrido
04:31e eu pude presenciar uma situação muito triste,
04:33onde as filhas, a mãe, os irmãos passavam mal,
04:37então eles não tinham condições naquele momento
04:39de falar sobre esse assunto.
04:40Lógico que em um momento posterior,
04:42a gente vai sentar, vai conversar certinho
04:44e vai tomar as providências cabíveis.
04:48Muito obrigado, Bruno Azevedo de Souza,
04:51advogado de Clériston Pereira da Cunha,
04:53o réu do 8 do 1,
04:55que acabou morrendo na segunda-feira, 20 de novembro.
04:57Obrigado pela sua disponibilidade,
04:59boa noite, bom trabalho para o senhor.
05:02Muito obrigado, Felipe,
05:03agradeço a participação e o convite.
05:04Muito obrigado, Carlo, também.
05:07Espero ter ajudado de alguma forma.
05:10A agenda está muito cheia,
05:11muita demanda,
05:12muita situação para a gente esclarecer.
05:14Eu peço perdão por qualquer detalhe,
05:16acaba que possa passar algum detalhe despercebido
05:20ou algum ponto que não foi destacado,
05:22mas, de qualquer forma, espero ter ajudado.
05:24Tá bom?
05:25Ajudou bastante,
05:26trazendo esclarecimentos para o nosso público
05:28do Papo Antagonista e do Portal Antagonista.
05:30Boa noite, um abraço.
05:31A todos.
05:34A todos.

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