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00:00Vamos em frente? A gente vai falar de Procuradoria-Geral da República também, que é uma novela que se prolonga e cada hora tem um detalhe mais comovente.
00:11Contado para ser indicado por Lula para a Procuradoria-Geral da República, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gornet, que é o candidato do Gilmar Mendes,
00:20afirmou que Gleisi Hoffman tinha ciência de um esquema criminoso citado em ação penal no âmbito da Lava Jato. Isso foi lá atrás.
00:30Os fatos fizeram com que Gornet entrasse na mira da presidente do PT, que tenha atuado para que ele não seja o escolhido para o lugar de Augusto Ares, segundo a Folha.
00:40Hoje, o vice-procurador-geral eleitoral conta com o apoio dos ministros do STF, Alexandre de Moraes e, como eu falei, Gilmar Mendes.
00:47Também contado para a PGR, Antônio Carlos Bigonha conta com a simpatia de alas do PT.
00:53Então você tem essa briga nos bastidores entre petistas e Gilmar Mendes, uma irritação de vários petistas.
00:59Estão aí falando para os repórteres que está tendo muita demanda do Gilmar, muita demanda de outros ministros.
01:07A situação está feia, porque o crédito que o Gilmar ficou com o Lula é esse crédito pela ofensiva contra a Lava Jato.
01:15Agora está lá querendo emplacar o sucessor.
01:18Só que esse potencial sucessor, ele já falou que a Gleisi sabia de tudo lá atrás.
01:24Mas imagina a Gleisi Hoffman o quanto gosta desse cara.
01:27Estou sendo irônico, obviamente.
01:29Ela não deve engolir o Paulo Guanina e engolir, assim, a seco, um nome como esse.
01:36Para agradar o Gilmar Mendes, olha, a gente viu outro dia ela soltando farpa contra a justiça eleitoral,
01:42já tomou um puxão de orelha na notinha de repúgio do Alexandre de Moraes.
01:46Seria até enlaçado a Gleisi em público fazer alguma crítica ao Gilmar, mas eu acho que ela está se controlando.
01:57Em 2016, o Paulo Gonê fez uma sustentação oral na segunda turma do STF para defender a abertura de ação penal contra a Gleisi.
02:05E o então marido dela, Paulo Bernard, que foi ministro de governos petistas.
02:10Ao defender o recebimento da denúncia contra os dois, o Gonê afirmou que eles tinham plena ciência do esquema criminoso
02:16e da origem espúria das quantidades que receberam.
02:20Eu me lembro muito bem.
02:22A acusação da PGR dizia que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, havia recebido um milhão de reais
02:27oriundos de contratos superfaturados da Petrobras.
02:30Lembra, Greg?
02:31Opa!
02:31Eu fiz tantos comentários na época a respeito disso.
02:35E aí depois, aliás, procurem aqui no Antagonista, um texto meu de anos atrás, que é a página virada de Toffoli.
02:43Que eu mostro que na sabatina, quando ele é postulante ao cargo de ministro do STF,
02:48ele disse que o PT era a página virada na vida dele.
02:51E uma vez questionado, até em entrevista lá pra TV, já naqueles tempos, sabe, Greg?
02:57Ele falou que associá-lo ao PT era coisa de gente idiota, imbecil, nécio.
03:04Ele soltou um monte de rótulos, de impropérios contra qualquer pessoa que fizesse isso.
03:11E aí eu fiz uma lista dos votos e decisões do Toffoli no STF
03:16pra aliviar a barra de petistas, como nos casos da Glaze Hoffman e do Paulo Bernardo,
03:23que tiveram ali provas anuladas, esses métodos aí que a gente tá vendo até hoje, né?
03:28Como ele tem feito o Toffoli em relação às provas do Acordo de Leniência da Petrobras.
03:33E o colegiado decidiu, por unanimidade, torná-los, a Glaze e o Paulo Bernardo, réus.
03:39Porém, em 2018, os dois acabaram absolvidos pela mesma turma do Supremo.
03:43Pois é, era o que eu indicava lá no artigo.
03:47Na segunda ocasião, o ministro Edson Fachin, relator do caso,
03:49defendeu que não foram apresentados elementos que demonstrassem
03:52a configuração do crime de corrupção passiva.
03:55Porém, Fachin defendeu a condenação de Glaze por falsidade ideológica.
04:00O ministro, na época, foi acompanhado por Celso de Mello.
04:04Mas isso aconteceu em um monte de casos da Lava Jato.
04:09Fachin e Celso de Mello na segunda turma, sendo votos vencidos,
04:13porque tinha aquilo que eu chamava de trio libertador.
04:16Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski,
04:20que votaram para absolver Glaze e Paulo Bernardo de todas as acusações.
04:24Perdão, até bati no microfone, né?
04:27E é isso que eu chamo de erro.
04:29Sabe quando o pessoal fala mal feito?
04:31Malfeito é isso, esbarrou no microfone e tal, não sei o quê.
04:34Tem aquelas outras coisas que são crimes.
04:36Não, e era isso mesmo que eu levantei o meu dedinho aqui.
04:41Era isso mesmo que eu ia falar.
04:43Eles não foram tornados inocentes ou não foram inocentados por unanimidade.
04:53Foi por maioria.
04:53Teve dois votos falando, não, tem disso aqui muito claro,
04:59de que teve falcatrua, de que receberam um milhãozinho de reais.
05:02Porque ela insuspeita a maioria de sempre.
05:06Exatamente.
05:07E daí, qual foi o motivo principal aí nesse caso da Glaze,
05:14que também foi utilizado em muitos outros processos da Lava Jato,
05:19que estava baseado, sobretudo não, quase que exclusivamente,
05:25em uma delação do Paulo Roberto Costa.
05:29Então falaram, ah, mas é só a delação do Paulo Roberto Costa,
05:33então, delação não é prova, é meio de obtenção de prova e tal.
05:37Acontece que não tinha só o lero-lero do Paulo Roberto Costa.
05:40Não tinha, o Fachin apontava isso em vários casos.
05:43Eles falaram, não, só tem a palavra do delator.
05:45O Fachin não tem só a palavra do delator.
05:48Tem elementos de corroboração.
05:49Mas se eles querem dizer que tem, e decidir que não tem,
05:54eles dizem, decidem e pronto, e emplacam a narrativa
05:58e os porta-vozes do sistema no mercado da comunicação repetem
06:03que não tinha métodos absurdos e tal.
06:05Ninguém viu lá o processo.
06:08Tem anotação na agenda do Paulo Roberto Costa.
06:11Descrito lá, Paulo Bernardo, um milhão de reais.
06:15Anotação.
06:16Daí depois tinha a planilha do cara que fazia os pagamentos
06:19indicando que aquilo...
06:22Mas não.
06:23Foi só a palavra.
06:25E daí o Toffoli, a argumentação do Toffoli nesse caso,
06:28era essa mesmo.
06:29Não, mas espera aí.
06:30Se é o cara que está dizendo,
06:33teria que vir de outra fonte a corroboração.
06:37Não pode ser um papel que ele mesmo tinha.
06:41Não, espera aí.
06:42Não é assim.
06:44Não é assim.
06:46Se você disser que você viu o sujeito matando
06:50e você também tiver uma foto do sujeito matando,
06:53quer dizer, então, que não vale?
06:56São dois tipos diferentes de prova
06:59que corrobora um mesmo fato.
07:04Não pode ser só esse o raciocínio.
07:07Ah, porque ele falou, mas também tem o papel,
07:09então não vale.
07:10Não, não.
07:12Balandragem, meu.
07:13E o Paulo Bernardo ainda foi acusado
07:15no caso envolvendo os empréstimos consignados.
07:21Eu estava tentando puxar aqui,
07:24porque eu me lembro do desdobramento da Lava Jato,
07:28era a Operação Custo Brasil,
07:30que acabou prendendo o ex-ministro.
07:34E aí você tinha um esquema ali
07:37de aumento de valor de empréstimos consignados.
07:41Enfim, vários setores,
07:45havia esquemas sendo desvendados pela Lava Jato,
07:49mas havia a segunda turma do STF no meio do caminho.
07:53A gente viu recentemente,
07:55eu relembrei aqui o vídeo do Vadir Damu
07:57dizendo que nesse momento,
07:58e era o momento mesmo de reação à Lava Jato,
08:01o Gilmar Mendes é aliado do PT.
08:03E quem votava para formar o trio na segunda turma
08:07era o Gilmar.
08:07Quem eram os outros dois?
08:09Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski,
08:10indicados pelo Lula.
08:12Então, era gente alinhada ali ao Lula,
08:16ao lulismo, ao petismo,
08:17de uma maneira geral.
08:18A gente viu a fidelidade,
08:20entre aspas,
08:21ao petismo por parte de Ricardo Lewandowski
08:24até o final.
08:24O Toffoli, o Lula não perdeu
08:26por causa de uma decisão muito específica,
08:29que nem sequer tem a ver diretamente
08:31com um esquema,
08:32que foi a de não decidir rapidamente
08:35para que o Lula pudesse ir no velório do irmão
08:37quando ele estava preso.
08:39E, como a gente sabe aí
08:41pelas informações da imprensa,
08:43o Lula não perdeu até hoje,
08:44porque ele só admite a subserviência total.
08:46Então, o que acontecia?
08:49O Gilmar votava com os ministros
08:51indicados pelo Lula
08:53para aliviar a barra,
08:56para arquivar esses casos,
09:00envolvendo petistas como Glaze Hoffman,
09:03como Paulo Bernardo.
09:04E, coincidentemente,
09:05quando a gente vai ver ali
09:07as votações sobre casos de Tucano,
09:10você tinha
09:11Ricardo Lewandowski,
09:13eventualmente Toffoli,
09:15votando junto com o Gilmar.
09:18Então, assim,
09:19é por aí
09:21o que estava acontecendo
09:23nos tribunais superiores
09:25para deixar
09:27a Lava Jato
09:30na poeira do caminho.
09:41e aí
09:53a Lava Jato

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