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NotíciasTranscrição
00:00Na semana passada, a gente teve o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que anunciou algumas medidas de proteção à agricultura local.
00:12Entre elas, ele anunciou que o governo iria começar a comprar leite em pó a preço de varejo.
00:17Seria uma medida emergencial para socorrer os pequenos e médios produtores.
00:21Também na semana passada, teve uma decisão do governo de aumentar a tarifa para importações de leite, queijo e outros laticínios da União Europeia.
00:34Como eu disse, tudo isso para tentar proteger, salvaguardar o pequeno e o médio produtor brasileiro.
00:43E a gente hoje vai ter uma convidada, Daniela Reiner. Ela já está homem, gente? Como é que está, deputada Daniela?
00:51Já consegue me ouvir? Tudo bem, deputada? Como vai a senhora?
00:57Tudo bem.
00:58Preparada para falar para a gente, explicar para a gente essas idas e vindas do agro, como é que estão as coisas?
01:07Com certeza, estamos a postos aqui.
01:09Sempre com muitos desafios pela frente, né?
01:13A cada semana a gente tem enfrentado problemas graves, né?
01:19Como essa crise do leite agora que a gente está enfrentando.
01:23E a gente tem trabalhado muito aqui, inclusive estou na FTA agora.
01:26Temos trabalhado muito para conseguir encontrar soluções efetivas que resolvam, né?
01:31O problema do nosso produtor de leite, do produtor brasileiro, né?
01:37Que é com quem a gente precisa se preocupar.
01:41Eu comecei a chamada da senhora até comentando sobre essa questão do leite em pó.
01:47A gente acha que não, mas tem uma política intensa por trás disso.
01:51Seria para baratear, no caso, para baratear a venda interna, não é isso?
01:56Aumentar a venda externa.
01:59Explica para a gente o que está em jogo quando a gente fala do mercado leiteiro.
02:03O que é que vocês estão pleiteando junto ao governo?
02:08Então, a gente tem no mercado internacional um custo mínimo do litro de leite, né?
02:15E o produtor que não está acompanhando isso está fora do mercado, né?
02:23E hoje o que está acontecendo no Brasil é que essa importação massiva de leite em pó,
02:30especialmente da Argentina e do Uruguai,
02:33e atendendo unicamente o bem desses países que estão importando hoje para o Brasil,
02:42a gente está dificultando, a gente está criando uma série de...
02:50A gente está colocando em risco, na verdade, a atividade leiteira do Brasil,
02:54porque o leite em pó chega com um custo muito menor
03:00do que o custo de produção do litro de leite aqui no Brasil, né?
03:05Então, as nossas condições de competitividade,
03:08que já são extremamente desgastantes por conta de toda a sanidade que a gente tem que cumprir,
03:16de toda a legislação ambiental, sanitária,
03:21é um custo muito alto que a gente nem está falando desse custo agora.
03:26Então, a gente já tem um custo muito alto,
03:28a gente já tem uma dificuldade muito grande de produção,
03:30sem incentivo nenhum, sem fomento nenhum, né?
03:33Do governo, como os outros países têm,
03:37e ainda tem o leite em pó chegando no Brasil
03:42por um custo menor do que custa para o nosso produtor produzir aqui.
03:48Então, isso está fazendo com que as pessoas acabem desistindo da atividade leiteira, né?
03:54Desestimulando da atividade leiteira.
03:56A gente teve, inclusive, uma grande cooperativa lá de Sacatarina,
04:02que se manifestou publicamente, né?
04:04Da preocupação dela em relação a esse cenário atual, né?
04:11E só nessa cooperativa são 76 mil famílias trabalhando.
04:16Então, hoje a gente tem relatos, e a grande preocupação do setor,
04:21é de pessoas que pretendem abandonar a atividade
04:24se a gente não conseguir melhorar essa situação do mercado,
04:28porque o que foi importado, né?
04:34O que o governo brasileiro importou só nesse ano,
04:38superou e muito o que foi importado em todo o governo anterior.
04:43Então, a gente...
04:44E a gente não está passando nenhuma crise,
04:46nenhuma situação que precise importar, né?
04:49Eu defendo que a gente importe somente o que falta.
04:52Jamais a gente pode prejudicar o nosso produtor,
04:56prejudicar o produto brasileiro,
05:00para alegrar, né?
05:02Para contentar um amigo, um compadre, né?
05:04Como está acontecendo, né?
05:07Infelizmente, a gente vê o governo
05:09abraçando a Argentina em diversas...
05:12socorrendo a Argentina em diversas situações
05:15e em prejuízo do nosso produtor.
05:17Então, o que está acontecendo hoje
05:18é o leite em pó que está chegando
05:22muito mais barato na indústria
05:25do que o nosso leite.
05:27E a gente não sabe a origem,
05:28a gente não sabe a validade,
05:29a gente não tem como...
05:31A fiscalização está muito ineficiente, né?
05:34Que, inclusive, é proibido reidratar o leite, né?
05:37Esse leite em pó,
05:38a lei não permite que ele seja reidratado,
05:41transformado novamente em longa vida,
05:43ou leite líquido, né?
05:44E vá pro consumidor.
05:46Então, uma das pautas
05:47que a gente está defendendo aqui
05:49e que resolveria a situação
05:51é ter uma fiscalização eficiente
05:53pra que não reidratasse mais esse leite.
05:56Se precisar de forma emergencial comprar,
05:58que chegue no consumidor em pó.
06:02Que reidrate em casa, né?
06:04E não na indústria.
06:05Porque aí vai quebrar
06:06com o setor leiteiro brasileiro.
06:11Que era uma pergunta
06:12que eu ia fazer à senhora
06:13em relação a essa fiscalização.
06:15Essa fiscalização...
06:16A senhora, uma vez a gente conversando,
06:18disse que há uma fiscalização muito grande,
06:20como deve ter,
06:21para os produtos nacionais.
06:22Só que, quando a gente chega
06:23nos produtos importados,
06:26a senhora acha que existe um desnível
06:28nas exigências para o produto nacional
06:30e nas exigências que são feitas
06:33aos produtos importados?
06:35É isso?
06:36Com toda certeza.
06:37Nenhum país do mundo
06:39tem as mesmas exigências
06:40que o Brasil tem.
06:42E a gente tem uma sanidade excepcional.
06:45O meu estado, Santa Catarina,
06:47tem uma sanidade agropecuária excepcional.
06:52Com certeza, a melhor do país.
06:54A gente é livre de uma série de zoonoses,
06:56de uma série de doenças.
06:57E esses valores não são...
07:00Esse valor agregado
07:01que o nosso produto tem,
07:03infelizmente, ele não é monetizado.
07:04A gente fica com um encargo muito grande
07:07e não tem nada que é agregado de valor,
07:11não é monetizado no nosso produto.
07:13Então, assim,
07:14desde a legislação ambiental,
07:17desde as questões de sanidade,
07:21para o produto brasileiro,
07:23existe um rigor muito a maior
07:25para o nosso produtor,
07:27para o nosso produto.
07:29E quando vende fora,
07:30a gente não tem todas essas exigências.
07:34Então, não existe uma isonomia.
07:38Inclusive, nos tratados internacionais,
07:41do Brasil, do Mercosul,
07:43do Mercosul como um todo,
07:44e com os outros países também,
07:46existem...
07:48Um dos elementos a ser considerados
07:50é a isonomia nas condições de produção.
07:53Então, se eu não consigo produzir
07:55no mesmo valor
07:56que o restante do mercado comum produz,
08:00eu tenho que chegar lá,
08:01o governo brasileiro tem que chegar lá e dizer,
08:02vem cá,
08:03a gente não está conseguindo
08:05produzir leite ao mesmo valor.
08:07Então, a gente não pode,
08:08a gente tem que exigir a isonomia,
08:10as taxas de compensação,
08:12para não quebrar o setor aqui no Brasil.
08:14O que acontece com o açúcar na Argentina.
08:16A Argentina chegou e disse,
08:18vem cá, Brasil,
08:19a gente não está conseguindo produzir
08:20no mesmo valor que vocês,
08:22porque o nosso processo aqui
08:25é muito mais caro do que o de vocês.
08:26Então, não vai ter negócio.
08:28E é isso que a gente precisa fazer com o leite.
08:30A gente precisa que o governo brasileiro
08:32defenda o leite nacional,
08:33defenda o nosso produtor de leite
08:36e pare de importar um leite mais barato
08:38do que é o nosso custo de produção.
08:42Vou explicar para quem está assistindo.
08:44Quando a gente fala da importância
08:45e não só para a preservação
08:47de todo o produtor,
08:49da cadeia econômica do produtor,
08:51qual o impacto disso, no caso,
08:53desse aumento do leite nacional,
08:55para quem está assistindo a gente
08:56que vai no mercado,
08:58ou então, por exemplo,
08:58a senhora falou uma vez
08:59da questão da mussarela também,
09:01que é um tipo de queijo
09:03que é muito usado aqui,
09:04seja em produtos já consumidos
09:07ou até mesmo no mercado,
09:08as pessoas costumam muito comprar.
09:09Qual é o impacto disso
09:11para quem está lá na ponta
09:13que vai, seja no restaurante,
09:15seja no supermercado,
09:17atrás de produtos?
09:18É um aumento de preço?
09:20É isso?
09:20É uma falta de produtos
09:22que seriam comuns a gente?
09:24Explica para quem está acompanhando.
09:28Eu vou te pedir para repetir
09:29o início da pergunta,
09:31porque cortou
09:32e eu não consegui captar
09:34o início da pergunta.
09:36Sem problema.
09:37O que eu queria que a senhora explicasse
09:38para quem está acompanhando a gente,
09:40até para a gente mostrar
09:41que não é só uma questão
09:43que envolve o produtor
09:45ali na subsistência dele,
09:47mas também impacta
09:49a vida das pessoas
09:50que estão nas cidades consumindo,
09:52seja no mercado,
09:53nos restaurantes.
09:54Eu queria que a senhora falasse
09:55justamente sobre a importância
09:56desse item,
09:57que é o leite,
09:58e também de outro,
10:00que é a mussarela,
10:00que a senhora também já falou,
10:02para o brasileiro,
10:03para o mercado,
10:04para quem vai no mercado,
10:06vai num restaurante,
10:07ou até em casa mesmo
10:09e consome esses produtos.
10:11E aí a pergunta seria,
10:12aumenta o preço,
10:14falta produtos,
10:16maior variedade,
10:18explica,
10:18traduz isso para o ouvinte.
10:22Então,
10:23a gente não tem
10:25nenhuma medida
10:25do governo
10:27que possa garantir
10:29a manutenção dos preços,
10:31pelo contrário,
10:32esse desestímulo
10:34à produção,
10:36a longo prazo,
10:37com certeza,
10:38vai trazer
10:39uma derrocada
10:41na nossa produção,
10:42uma diminuição
10:43substancial
10:44na nossa produção,
10:46e aí,
10:46faltando produto no mercado,
10:48vai aumentar o custo.
10:49Isso a gente não tem
10:50a menor dúvida, né?
10:51E quando a gente fala
10:52em produzir leite,
10:54isso é muito importante
10:55que as pessoas entendam também,
10:57existe todo um processo,
10:59não é simplesmente,
11:00ah, vamos lá,
11:01a vaca vem pronta ali
11:03para a gente tirar o leite,
11:04né?
11:05A gente precisa
11:06fazer uma bezerrinha,
11:08né?
11:08Precisa nascer uma cria,
11:10precisa ter uma bezerrinha,
11:11essa bezerrinha vai crescer,
11:13ela vai ter que ter duas,
11:15uma ou duas crias,
11:16pelo menos,
11:16para começar,
11:17uma cria para começar
11:19da leite,
11:20mas a segunda cria
11:20que normalmente
11:21ela começa a ter
11:21uma produtividade boa,
11:23isso vai seis,
11:24sete anos.
11:25Então,
11:26é muito investimento
11:28genético,
11:29né?
11:30a genética do animal,
11:32alimentação,
11:34todo o manejo
11:35é extremamente controlado
11:37e extremamente caro.
11:40Então,
11:40a gente precisa
11:41de sete anos
11:41para começar,
11:43para uma vaca
11:44começar a produzir leite,
11:45né?
11:45E aí,
11:47ela tem uma durabilidade também.
11:49Então,
11:49se hoje a gente
11:50desestimula o setor,
11:53para começar,
11:54essa vaca que está dando leite
11:55hoje,
11:55que é uma grande produtora
11:56de leite,
11:57né?
11:58Se ela sai do mercado,
12:00digamos assim,
12:01se ela sai
12:03da linha
12:04de produção,
12:07por um desestímulo,
12:08enfim,
12:08os produtores acabam
12:09vendendo esse gado
12:10até para abate,
12:11até para corte,
12:12porque é inviável
12:13produzir,
12:14para recomeçar
12:15essa cadeia produtiva
12:16de novo,
12:17vai ter que comprar
12:19um animal,
12:20vai ter que, né?
12:20Vai ter que nascer
12:21um animal novo,
12:21vai durar sete anos.
12:22Então,
12:23são ciclos longos
12:24para início de produção
12:25que, com certeza,
12:27inviabiliza o setor
12:28e para recuperar
12:30isso tudo,
12:31leva muito tempo.
12:32E aí,
12:33evidentemente,
12:33que faltando produto
12:34no mercado,
12:35produto nosso,
12:36produto nacional,
12:37vai acabar
12:37encarecendo
12:38pela lei da oferta
12:40e da procura, né?
12:42E o que a gente vê
12:43hoje do governo,
12:45o que a gente espera
12:46são políticas públicas
12:47para que a nossa
12:48cadeia produtiva
12:49do leite
12:49se desenvolva,
12:50que isso seja respeitada
12:52e que tenha
12:52essa isonomia
12:54na competitividade
12:56internacional.
12:57Agora,
12:58se, ao invés disso,
13:00só estão tomando
13:01medidas paliativas,
13:03como, ah,
13:03vamos comprar
13:0420 milhões
13:05em leite em pó,
13:07ok,
13:07é uma medida
13:08que faz um efeito,
13:10mas agora,
13:11um efeito
13:11imediato, né?
13:15Mas não existe
13:15nenhuma medida
13:16que está sendo tomada
13:17para um efeito futuro.
13:19E quando a gente fala
13:20em produção
13:21rural,
13:22existe uma série
13:23de planejamentos.
13:24Então,
13:25não adianta só comprar
13:26200 milhões
13:27em leite
13:28agora
13:28para desafogar
13:31se a gente
13:32está,
13:33se o governo
13:34está desestimulando
13:35o setor
13:36lá na frente.
13:36então é evidente
13:37que com a quebra
13:38do setor,
13:39com a diminuição
13:39da produção nacional,
13:41o preço vai aumentar
13:42daqui a curto prazo, né?
13:45Só mais uma pergunta
13:46que eu queria lhe fazer
13:47é o seguinte,
13:47em relação a...
13:49Em relação a relação.
13:50Como é que está sendo
13:51o diálogo
13:52entre o presidente Lula
13:53e o setor do agro?
13:55A senhora está vendo
13:56a abertura
13:56para o diálogo
13:57e eu até emendo
13:58em relação ao ministro
13:59da Agricultura
14:00que é o Carlos Favaro.
14:02Vocês estão tendo
14:03condições,
14:04viabilidade
14:05de sentar na mesa
14:06expor as necessidades
14:08e ter um feedback
14:09ou isso ainda
14:10está sendo
14:12está sendo
14:13entrave?
14:15A gente tem tido
14:17reuniões quase que
14:18semanais,
14:19a gente tem buscado
14:20de todas as formas
14:21levar sugestões,
14:22buscar apoio, né?
14:24E situações
14:25que sejam resolvidas, né?
14:27Medidas resolutivas
14:29de verdade.
14:30Mas o que acontece
14:31é que o tempo
14:32tem passado
14:33e a gente consegue
14:34só medidas
14:36emergenciais, né?
14:39Como essa compra
14:39de 200 milhões
14:41em leite.
14:42Mas o que a gente
14:43precisa realmente
14:44é mudar
14:45essa política
14:46de importação
14:47de leite
14:47e isso não está acontecendo
14:49porque,
14:50só para retomar
14:50lá o início
14:51disso tudo, né?
14:52Nesse
14:53primeiro,
14:55nos primeiros
14:55quatro meses
14:56de 2023,
14:58o governo brasileiro
14:59importou,
15:00o Brasil importou
15:0170 mil toneladas
15:03de leite em pó.
15:05Então,
15:06isso é um valor
15:07muito grande, né?
15:08Foi mais do que o triplo
15:09das importações
15:10do mesmo período
15:11de 2022.
15:13Então,
15:14esse leite em pó
15:15que está chegando
15:16a um custo
15:17muito pequeno
15:19é que tenha
15:20acabado, né?
15:22Com a produção
15:23nacional.
15:25Então,
15:25a gente precisa
15:26que o governo
15:26tome medidas
15:27e é o que nós
15:28temos buscado, né?
15:30Enquanto comissão
15:31de agricultura,
15:31enquanto frente
15:32parlamentar
15:34da agropecuária,
15:35é buscado
15:35que o governo
15:38realmente tome
15:39medidas efetivas, né?
15:40No tocante
15:41a essa importação.
15:44Inclusive,
15:44tem um rol
15:45de produtos
15:46que não
15:46entra
15:47na isenção
15:49de impostos.
15:50A gente está pedindo
15:51também,
15:51foi pedido,
15:52o deputado Domingos Sávio
15:53fez o pedido
15:54para que o leite
15:56seja excluído
15:58dessa lista
15:59e passe a entrar
16:00quando e quando
16:02for necessário, né?
16:03Eu defendo que somente
16:04a gente importa
16:05quando for necessário
16:06em alguma situação
16:07de desabastecimento
16:08que não é
16:08a situação
16:09nesse momento, né?
16:10Mas o governo brasileiro
16:11que a gente pede
16:12é que ele faça
16:14essa negociação bilateral,
16:16é que ele exija, né,
16:18o que está estabelecido
16:20nos tratados
16:20do Mercosul,
16:23que a gente tenha
16:24isonomia
16:25para que exija
16:27as taxas compensatórias,
16:28né,
16:29para que o nosso produto
16:31não fique abaixo, né,
16:33não fique numa situação
16:34de competitividade
16:35tão difícil
16:36como a gente está
16:36vivendo agora.
16:37Essa situação
16:38é inadmissível,
16:39a gente não pode deixar
16:40o nosso produtor rural
16:41definhando
16:44que é o que está acontecendo,
16:45né,
16:45enquanto a gente
16:46traz leite
16:47do Mercosul
16:48muito mais barato.
16:50Então,
16:50a gente precisa
16:51que o governo
16:51tome
16:52essa decisão
16:55e defenda
16:56o produtor brasileiro
16:57o quanto antes,
16:58porque a situação
16:59é realmente
16:59de emergência.
17:02Só antes de terminar,
17:03a gente costuma
17:04sempre colocar
17:05algumas perguntas
17:06dos leitores,
17:07eu selecionei aqui
17:07uma que é
17:08a do Davi Araújo,
17:11que eu acho que
17:12até a senhora
17:12de alguma forma
17:13já explicou,
17:14mas enfim,
17:14só para a gente
17:14contemplar esse,
17:17eu falei leitor,
17:18mas na verdade
17:19até ele é espectador,
17:20a pessoa que é acostumada
17:21sempre com o texto.
17:22Qual seria
17:23a explicação técnica
17:24para um produto,
17:25no caso o leite,
17:26ser importado
17:27por um menor preço
17:28do que o custo
17:28de produção?
17:29Aí ele faz,
17:30ele completa a pergunta
17:30aqui,
17:32não seria um caso
17:33de um excesso
17:35de tributação aqui?
17:37De fato,
17:38a gente está
17:39vivenciando
17:39um excesso
17:40de tributação
17:41para os produtos
17:41nacionais?
17:45Também,
17:45esse é outro fator
17:46que não só
17:48no leite,
17:49né,
17:49a gente tem
17:49uma carga tributária
17:51no Brasil
17:51muito grande,
17:52a gente paga demais
17:53e isso
17:54em todos os insumos,
17:55né,
17:55que vai precisar
17:56para a produção
17:56de leite,
17:57tem a tributação ali,
17:59né,
17:59tem o imposto
17:59embutido ali,
18:01então custa
18:02muito caro
18:02para nós,
18:03a gente tem,
18:04se a gente,
18:05se nós tivéssemos
18:06condições iguais
18:07de competitividade,
18:08a gente estaria,
18:10os nossos produtos
18:11estariam muito
18:12além do que está hoje,
18:13né,
18:13a gente já está
18:14nos melhores mercados
18:15do mundo,
18:16nossos produtos
18:17são realmente
18:18de qualidade
18:18competitivos,
18:19mas a gente tem
18:20impostos muito altos,
18:22a gente tem uma logística
18:23muito cara e ruim,
18:25né,
18:25falta rodovia,
18:27é insumo que tem
18:27que vir de longe,
18:29é milho,
18:30é que tem que vir
18:30de longe,
18:31né,
18:32então é uma série
18:33de situações,
18:34e aí volta a dizer,
18:35né,
18:35as questões ambientais,
18:36de sanidade,
18:36as nossas exigências,
18:38além da tributação,
18:39é muito alta,
18:40é muito maior
18:41do que o restante
18:43do mundo,
18:44então as nossas
18:44condições de competir
18:45no mercado,
18:46só pela base
18:48que a gente precisa
18:49cumprir,
18:49já é muito desgastante,
18:51já é muito,
18:52é uma exploração
18:53muito grande,
18:54né,
18:54então ainda,
18:55além disso,
18:56a gente,
18:56o Brasil compra
18:59por um preço
19:00impossível de competir,
19:03aí é para,
19:04é para promover
19:05quase uma quebradeira
19:06mesmo,
19:07né.
19:08Mas que é difícil
19:09no fim das contas,
19:10a conta não costuma
19:11fechar muito,
19:12né, deputada?
19:13Eu costumo dizer
19:14que quem está
19:16no agro
19:16é por paixão mesmo,
19:18sabe,
19:18é porque gosta muito,
19:19porque é uma vida
19:20muito custosa,
19:21muito difícil,
19:22a gente não tem
19:23securitização
19:23do total
19:24da nossa produção,
19:25tem casos específicos
19:26que tem,
19:27outros que não,
19:28é uma briga
19:30muito ferrenha mesmo,
19:32sabe,
19:32mas é o que
19:33manter,
19:34e a valorização
19:36do agro
19:37deveria ser muito maior,
19:38porque ao longo
19:39de sucessivas crises,
19:40ao longo dos anos
19:41e sucessivas crises
19:42que o Brasil enfrentou,
19:44o agro mantém
19:44o país de pé,
19:45né,
19:45o agro não para
19:46e além de alimentar,
19:49né,
19:49o Brasil,
19:50o mundo,
19:50que se a gente come,
19:52se a gente tem que comer
19:53é porque o agro
19:53produz,
19:55né,
19:55então,
19:56a gente,
19:57a gente,
19:58a gente produz
20:00a nossa própria comida,
20:02né,
20:02mas quem mora
20:03no centro
20:04da cidade
20:05dificilmente vai conseguir
20:06produzir alguma coisa,
20:08né,
20:08para a sua alimentação,
20:09então,
20:10a gente deveria,
20:11assim,
20:12o governo,
20:13né,
20:13deveria incentivar mais,
20:16deveria,
20:17nossa,
20:17deveria bater palma
20:18para o agro
20:19ao invés de criticar,
20:20né,
20:20e eu acho que o dever
20:22do Estado
20:23é induzir o desenvolvimento
20:24do nosso país,
20:25né,
20:26e o setor primário
20:27que é o agronegócio,
20:28que é a nossa agricultura
20:29e pecuária,
20:31é mais do que tudo,
20:32né,
20:33precisa ser fomentado
20:35de forma eficiente,
20:37com respeito,
20:38com carinho,
20:38com o mesmo carinho
20:39que o produtor rural
20:40coloca em tudo
20:41que ele produz.
20:43Deputado,
20:44eu queria lhe agradecer,
20:45viu,
20:45a gente vai continuar
20:46acompanhando toda
20:47essa situação
20:48em relação às políticas
20:50para incentivo
20:51ao agronegócio brasileiro,
20:52principalmente pequeno
20:53e médio produtores
20:54que são essenciais,
20:56inclusive,
20:56para gerar a economia.
20:58Queria lhe agradecer
20:58novamente,
20:59deixar o espaço
20:59aqui sempre aberto,
21:01seja bem-vindo,
21:01é a primeira vez
21:02que está participando
21:02do meio-dia,
21:03eu acho,
21:04seja bem-vindo,
21:04o espaço está sempre aberto,
21:05sempre que quiser voltar,
21:07tá bom?
21:09Muitíssimo,
21:09obrigada pela oportunidade,
21:11eu é que agradeço
21:13a vocês
21:14por estarem levando
21:14essas informações,
21:15né,
21:16para o Brasil todo,
21:18entender o que está
21:18acontecendo no nosso país,
21:19e a gente está sempre
21:20às ordens aqui,
21:21e sempre trabalhando
21:22pelo nosso país,
21:23pelo nosso agro,
21:24né,
21:25e para que a gente
21:25consiga desenvolver
21:26cada vez mais
21:27e sair
21:27dessas crises
21:29recorrentes
21:30que a gente está enfrentando.
21:32Obrigada,
21:33e aí
21:38A CIDADE NO BRASIL
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