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Papo Cultural 7 - Filmes de tribunal
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00:00
Rogério Ortega já está no estúdio, salve, salve, Ortega, seja bem-vindo, que alegria poder falar de dicas para o fim de semana,
00:06
espero que todos se divirtam e tenham algum refinamento com as dicas culturais desse quadro do Papo Antagonista,
00:15
que é o Papo Cultural. Salve, salve, o que você traz para a gente hoje?
00:19
Salve, salve, Felipe, boa noite, boa noite, espectadores, pessoal do chat.
00:23
Olha, já que o STF tem estado tanto em evidência no Brasil, nos últimos anos, digamos assim,
00:30
eu resolvi fazer uma seleção de filmes de tribunal para você, espectador do Papo Antagonista,
00:38
que ainda não os conhece, se divertir nesse fim de semana ou em outros.
00:42
Eu escolhi dois clássicos dos filmes de tribunal, são filmes que já tiveram remakes,
00:48
eu sugiro a vocês que não vão atrás dos remakes, vão nos clássicos.
00:53
Os dois filmes são da década de 50, por coincidência, feitos no mesmo ano, em 1957.
00:58
E os dois estão disponíveis para alugar no Amazon Prime e na Apple TV a partir de R$ 11,90.
01:08
O primeiro que eu quero indicar é Testemunha de Acusação,
01:11
que é um filme de um dos meus cineastas favoritos da Hollywood clássica, que é o Billy Wilder.
01:17
O filme é de 57.
01:18
Ele é baseado numa história da Agatha Christie.
01:20
O personagem principal, na verdade, é um advogado, Sir Wilfred Roberts,
01:26
que é interpretado pelo grande ator Charles Lawton.
01:30
É um advogado que acabou de ter um infarto, os médicos recomendam que ele não beba,
01:34
não fume e não atue em nenhum caso no tribunal.
01:37
Só que ele fica intrigado com a história de um sujeito aparentemente simpático,
01:42
chamado Leonard Vaux, que é interpretado pelo Tyron Power,
01:45
e que aparentemente assassinou uma viúva rica.
01:49
Ele acredita na inocência, o advogado acredita na inocência do Leonard,
01:54
resolve defendê-lo.
01:56
E aí a suposta mulher desse cara, Christine, que é interpretada pela Marlene Dietrich,
02:03
aparece dizendo que, na verdade, os dois não são casados
02:06
e disposta a depor como testemunha de acusação contra o suposto marido.
02:11
Daí o nome do filme.
02:12
Tem um monte de reviravolta, um monte de plot twist,
02:16
muito humor negro, que era característico do Billy Wilder,
02:20
o personagem do advogado, divertidíssimo.
02:23
E eu não posso revelar mais do enredo, porque vou dar spoilers,
02:27
mas garanto que vocês vão se divertir.
02:30
E é talvez o filme mais Hitchcock que o Billy Wilder fez.
02:34
Ele contava que volta e meia...
02:37
Acho que o Hitchcock contava que volta e meia ele era cumprimentado pelo filme
02:40
e dizia, não, esse não é meu, esse é do Billy Wilder.
02:43
Enfim, vale a pena assistir.
02:45
Testemunha de acusação de 1957.
02:48
Dois anos antes do Quanto Mais Quente Melhor,
02:52
que é um clássico do Billy Wilder.
02:52
Isso, filmar-se nele.
02:55
Filmar-se, comédia, comédia.
02:58
Exatamente.
02:59
Amigos, amigos, negócios à parte.
03:01
Veio depois, ali no começo da década de 80.
03:02
Vários clássicos aí dirigidos pelo Billy Wilder.
03:06
E o nosso Rogério Ortega pescou aí um filme de tribunal.
03:09
E o outro, acho que é mais clássico ainda, né, Ortega?
03:12
O outro talvez seja o meu filme de tribunal preferido,
03:15
que é Doze Homens e uma Sentença,
03:17
que foi filmado pelo grande Sidney Lumet em 57.
03:21
Esse também teve remakes.
03:23
Não vão atrás dos remakes, vão no original.
03:26
Doze Homens e uma Sentença é o seguinte,
03:27
caso você não conheça o filme.
03:29
Doze integrantes de um júri,
03:30
estão reunidos numa sala
03:32
para decidir um caso,
03:34
sobre um caso de um adolescente
03:35
que aparentemente cometeu um assassinato.
03:38
E tudo parece indicar que o jovem,
03:40
de fato, cometeu o assassinato.
03:43
E onze desses jurados
03:45
estão dispostos a condená-lo à morte.
03:48
Menos um,
03:49
que é o personagem do Henry Fonda no filme.
03:51
Os personagens não têm nome, aliás.
03:54
São todos jurado número um, número dois,
03:56
acho que o do Henry Fonda é número oito.
03:58
Ele tem dúvidas.
03:59
E aí eles precisam tomar uma decisão unânime.
04:04
Não podem sair dali com onze concordando
04:07
e um discordando.
04:09
E aí o personagem do Henry Fonda
04:10
começa a conversar com os outros,
04:12
estão impacientes,
04:13
têm outros compromissos,
04:14
querem sair da sala,
04:15
que está quente, etc.
04:17
Ele começa a conversar com os outros
04:19
e começa a convencer os outros
04:22
lentamente de que o caso
04:24
não é tão simples quanto parece.
04:26
É um filme de uma hora e meia,
04:28
pouco mais de uma hora e meia,
04:30
que se passa praticamente inteiro
04:31
dentro da sala do tribunal,
04:34
que os doze estão discutindo,
04:35
e prende a tua atenção do começo ao fim.
04:38
É muito, muito legal.
04:39
Eu recomendo que vocês vejam,
04:41
caso não conheçam.
04:43
O primeiro filme,
04:44
longa-metragem do Sidney Lumei,
04:46
foi uma grande estreia.
04:48
Já na estreia ele produziu esse clássico.
04:50
E você fez muito bem de trazer esses filmes
04:54
com essa introdução comparativa
04:57
ao que a gente está acostumado a ver no Brasil.
05:00
E a grande diferença,
05:01
eu estava pensando aqui enquanto você falava
05:03
e me lembrando de Doze Homens e Uma Sentença,
05:07
é que realmente se debate o caso específico.
05:12
Quer dizer, no Brasil,
05:13
o que a gente vê é ministro, aliado,
05:17
do réu, a gente vê articulação política
05:20
nos bastidores,
05:22
muitas vezes você tem uma série de elementos
05:25
que sugerem uma combinação de votos,
05:28
as pessoas muitas vezes já sabem o placar
05:31
antecipadamente conforme o alinhamento político
05:35
do ministro do Tribunal Superior
05:37
com algum personagem envolvido no processo,
05:41
seja o próprio réu, seja o advogado,
05:44
seja o réu, não só no sentido de alinhamento direto,
05:49
mas às vezes o réu que é um inimigo político.
05:53
E nesse filme, acho que principalmente,
05:56
e é um filme muito marcante,
05:57
nessa série de filmes de tribunais,
06:00
porque ali é um júri, na verdade,
06:03
você tem uma discussão técnica,
06:05
uma tentativa argumentativa
06:08
de persuasão no nível da racionalidade
06:13
com base nos fatos,
06:14
com base na margem de dúvida
06:16
que o caso deixa.
06:20
Então é muito interessante,
06:21
porque, obviamente, você vai se envolvendo,
06:23
você vai refletindo,
06:24
e aquilo, claro, é uma inspiração,
06:27
e muitas vezes até
06:28
uma forma de convencimento
06:32
de estudantes partirem para a vida do direito.
06:35
Eu adorava todos esses filmes,
06:37
quase fui fazer direito por causa deles,
06:39
mas realmente faz você desenvolver
06:45
até o raciocínio lógico,
06:46
a capacidade de expressão,
06:48
você avaliar as técnicas de convencimento
06:52
com base nos fatos.
06:54
E no Brasil, a gente não vive isso.
06:57
A gente vive ali,
06:59
muitas vezes a gente assiste a tribunais
07:01
que são arquipélagos,
07:03
cada um é uma ilha,
07:06
que não há uma comunicação,
07:09
é um diálogo com base
07:10
numa realidade comum
07:11
e uma capacidade de se convencer uns aos outros.
07:15
Então, vale muito a pena ver
07:17
o que é a análise
07:19
de um caso específico de verdade.
07:22
E eu não posso deixar de sugerir aqui
07:23
um clássico mais recente
07:25
das jovens gerações,
07:27
que é a questão de honra,
07:28
com o elenco estelar,
07:32
com o Tom Cruise como advogado,
07:34
com a Demi Moore,
07:35
com o Sam Pollack,
07:36
com o Kevin Bacon,
07:38
com o Kiefer Sutherland
07:39
e principalmente o Jack Nicholson
07:42
no papel ali do coronel,
07:44
que faz um trabalho absolutamente extraordinário.
07:48
Se não me engano,
07:49
foi Oscar de ator com adjuvante
07:50
por questões de honra.
07:51
É possível, é bem possível.
07:54
Daqui a pouco eu checo aqui no Google.
07:55
mas tem aquela declaração,
07:59
I want the truth,
08:01
you can handle the truth.
08:02
You can handle the truth.
08:04
São várias frases ali
08:05
da tentativa de forçá-lo
08:07
a admitir o Código Vermelho.
08:10
E aquele filme também é maravilhoso
08:13
em termos de tribunais.
08:14
E muitas vezes os estudantes de direito
08:16
que acham que vão viver aquilo ali,
08:18
eles vão viver a advocacia no Brasil
08:20
e vão ver que vão enfrentar
08:22
muito mais burocracia
08:23
do que todo aquele glamour
08:25
de um caso interessante
08:27
que, assim como no Doze Homens e Uma Sentença,
08:30
é debatido nas suas nuances.
08:33
Há todo um trabalho de investigação
08:35
para ver o que é possível.
08:37
De repente, você tem a defesa,
08:38
a acusação ali
08:40
numa situação bastante desconfortável
08:43
e falando o que resta para a gente.
08:45
Só resta para a gente provocar
08:47
a testemunha para ver
08:49
se ela solta no tribunal alguma coisa.
08:51
É tudo realmente conduzido
08:55
de uma maneira muito inteligente
08:57
e muito bem representada.
08:58
Agora, realmente,
08:59
é um contraste muito grande
09:01
com a justiça brasileira, Ortega.
09:03
Sem dúvida.
09:04
Os shows que a TV Justiça costuma exibir
09:06
são particularmente tediosos.
09:09
Exatamente.
09:10
Mas ficam as dicas aí.
09:11
Você no chat também pode lembrar
09:13
outros filmes de tribunais.
09:14
Eu agradeço imensamente
09:15
a Rogério Pera.
09:17
Bom fim de semana para você.
09:19
Bom fim de semana, Felipe.
09:21
Bom fim de semana, espectadores.
09:22
Divirtam-se com o juízo.
09:24
Comportem-se.
09:25
E até sexta-feira que vem.
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