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00:00Tchau, tchau.
00:30Tchau, tchau.
01:00Tchau.
01:30Tchau.
02:00E aí
02:30E aí
03:00E aí
03:30E aí
04:00E aí
04:30E aí
05:00E aí
05:30E aí
06:00E aí
06:30E aí
07:00Olá, muito boa tarde.
07:21Hoje é sexta-feira, 20 de outubro, faltam 10 dias para o segundo turno das eleições, das eleições, e está começando mais um Papo Antagonista.
07:30Aconteceu, você fica sabendo aqui, Papo Antagonista.
07:35Hoje é sexta, dia de Cruzoé, então eu vou mudar aqui o microfone, Cruzoé.
07:46Estou com o Duda Teixeira aqui do meu lado.
07:49Ele fez a reportagem de capa.
07:51A reportagem de capa é sobre o peso do mundo na campanha eleitoral.
07:57Vamos conversar, Duda?
07:57Joia, bom, boa noite.
08:02A ideia da capa, ela vem porque nos debates televisivos e nas campanhas também, apareciam muitos temas de política internacional.
08:11Então, a gente viu o Bolsonaro falando da repressão aos padres e as freiras na Nicarágua, do ditador Daniel Ortega, né?
08:23O Bolsonaro fala, você, Lula, quem é um apaixonado por Ortega?
08:28Descriminalização na Colômbia, Gustavo Petro defendendo liberação da maconha, da cocaína.
08:35Puxa, aí o Lula falando que ele ia para o G8 e para o G20, todo mundo aceitava ele, recebia ele muito bem.
08:41Prometendo fazer acordo para explorar a biodiversidade da Amazônia.
08:48É muito assunto, é guerra da Ucrânia, né?
08:52Enfim...
08:52Meio ambiente, né?
08:53Meio ambiente, exato.
08:56E aí eu meio que falei, puxa, tem uma impressão aí que realmente tem um peso maior.
09:02E saí aí conversando com os especialistas que entendem disso e realmente, assim, eles concordam que realmente a gente tem hoje um peso maior.
09:11E um cardápio mais variado, né?
09:14Em 2018 a gente tinha o Bolsonaro falando basicamente ali da questão dos mais médicos, né?
09:19Ele também jogava muito a questão do perigo da Venezuela, né?
09:24E jogava os adversários deles todos ali como próximos do Maduro e tudo mais.
09:31Mas, e em 2018 isso não interferiu tanto nos votos.
09:37A gente sabe que o Bolsonaro venceu em 2018 porque era o antipetismo, a aversão à corrupção, o medo da criminalidade e tudo mais.
09:46E aí essa matéria, ela tenta entender se dessa vez esse peso maior das questões internacionais também vai interferir no voto.
09:58No resultado, né?
09:59É.
10:00E o que a gente tem realmente é o Bolsonaro mesclando, atrelando esses temas de internacional em questões domésticas, né?
10:09Isso eu achei muito interessante na sua apuração, né?
10:13Conseguir encontrar um jeito de usar os temas internacionais.
10:19Normalmente ficavam à margem ali, né?
10:21Das campanhas.
10:23E achou um jeito de usar esses temas para reforçar a pauta de costumes,
10:28que é um dos pontos centrais da campanha dele, né?
10:32É isso aí, a política internacional entrou dentro da agenda de costumes.
10:39E o Bolsonaro também tem essa coisa de instilar nas pessoas o medo do comunismo, né?
10:46E os petistas vão dizer, puxa, mas isso daí é meio que fantasia da cabeça dele, não tem esse risco aqui jamais no Brasil.
10:54Mas a gente realmente olha ali para o lado na Venezuela e a gente vê que realmente há 15 anos atrás, 10 anos atrás na Venezuela também não se tinha essa ideia, né?
11:06De que o país realmente ia virar uma Cuba gigantesca, né?
11:11Com 40 milhões de habitantes.
11:13Tem menos agora porque fugiram 6 milhões, né?
11:17Mas, enfim, a gente não sabe se esse risco é baixo porque existe...
11:22A sociedade criou esses anticorpos, né?
11:25E a gente não vai deixar isso acontecer e essa reação agora é por isso?
11:29Ou se realmente o risco seria baixo de qualquer maneira?
11:33Mas, enfim, a matéria segue, né?
11:35Dizendo um pouco como o Lula tenta usar, né?
11:38A questão também de internacional.
11:40E os desafios que cada um deles, né?
11:43Se eles forem eleitos, o que eles vão ter que enfrentar aí pela frente?
11:46Nessa área de política externa.
11:49Perfeito.
11:50A reportagem é interessante, fala de bastante coisa.
11:52Como o Duda observou, né?
11:54E, enfim, uma campanha diferente mesmo.
11:58A gente tentou entender o que mudou
12:02para que os temas internacionais entrassem com tanta força no debate, né?
12:08Duda, fala também desse texto...
12:13Um texto que eu diria até tocante.
12:16Do afegão que está lá acampado no aeroporto de Cumbica, aqui em São Paulo, né?
12:24De Guarulhos, com a família dele.
12:28Enfim, narra a epopeia de fugir do Afeganistão para tentar uma vida nova, né?
12:36Como é que a gente conseguiu esse texto e tudo mais?
12:40É, a gente... Bom, já há quase duas semanas que a gente tem mais de 100 afegãos aqui no aeroporto de Guarulhos,
12:48vivendo em uma situação muito difícil.
12:50Tem gente ali com... A gente vê na foto com cadeira de rodas, né? E tudo mais.
12:54E tem uma equipe grande de brasileiros voluntários que estão ajudando essas pessoas.
13:02Então, eles dão comida, dão frutas, né? Dão roupa, dão cobertor.
13:10Uma parte deles já está no alojamento e uma outra parte continua no aeroporto.
13:17Eu procurei essas pessoas, né? E pedi ajuda porque a gente queria falar com algum afegão.
13:24E aí a gente precisou achar... A gente achou o Abdul Bari, o Sharif, ele é um engenheiro.
13:31E foi mais fácil falar com ele porque ele fala inglês, né?
13:36E aí a gente conseguiu, então, pegar esse artigo com ele, em que ele conta a experiência dele.
13:43A esposa dele era uma médica, é uma médica, mas além de médica, ela trabalhava como ativista,
13:51defendendo os direitos das mulheres.
13:54E aí quando o Talibã chega em agosto e conquista Cabu, eles moravam em Cabu,
14:00todo mundo perde o emprego e ela passa a ser, enfim, correr risco.
14:05Aí como todas as mulheres que tinham esse trabalho defendendo os direitos femininos e tudo mais, né?
14:13Bom, o título, de certa forma, resume o espírito da coisa, né?
14:19O Talibã destruiu os nossos sonhos.
14:21Era uma sociedade que estava se transformando depois de 20 anos, né?
14:27Sim.
14:28Foram 20 anos, né?
14:29Sim, de...
14:31É de presença americana, enfim, que permitiu que várias coisas andassem, mudassem no país.
14:38E daí, de um dia para o outro, mostrou que era muito frágil, né?
14:42Essa sociedade nova que estava sendo construída, né?
14:45É, a guerra começa depois do atentado às Torres Gêmeas, né?
14:51Em 2001.
14:52Então, vão ter duas décadas aí que os americanos estavam ali e tudo mais.
14:58E aí, realmente, imagina, uma pessoa com 20 anos no Afeganistão viveu só esse período, né?
15:06Não conhece o que existia antes, o emirado que o Talibã instituiu no Afeganistão.
15:15E aí, uma vez que eles entraram no país e conquistaram a cidade,
15:22várias profissões realmente ficaram sem condições de continuar existindo mesmo, né?
15:28E as mulheres, ele relata não só da repressão às mulheres,
15:32mas de que muitas mulheres estão sendo torturadas no Afeganistão, né?
15:37Ainda que eles tenham falado para jornalistas internacionais,
15:42depois de conquistar a Cabul, de que elas seriam respeitadas,
15:46de que elas poderiam estudar e trabalhar.
15:49Mas, enfim, essa gente realmente é fanática, né?
15:52E não tem moderação com isso, né?
15:55Uma história que ele conta da esposa dele é que estava num carro
16:00indo para uma associação que ela atuava em defesa das mulheres
16:06e o carro pega uma mina terrestre.
16:09Então, ela sobrevive, mas a amiga que estava no carro acaba morrendo.
16:15Enfim, é uma situação horrível.
16:17É.
16:17Enfim, vale a pena.
16:19É um relato, como eu disse, tocante e, enfim, abre uma janela para uma realidade
16:24que a gente realmente não consegue nem medir, né?
16:27É muito longe.
16:30É, e acaba chegando para a gente aqui, porque realmente, assim,
16:33esses afegãos, eles conseguiram um visto humanitário.
16:36São poucos relativamente os que vieram para cá, se comparar com venezuelanos e tudo mais.
16:43Mas acho que existe aí, por parte de muitos brasileiros,
16:47uma boa vontade de acolher realmente essas pessoas, né?
16:52É, o Brasil continua sendo acolhedor, apesar de tudo, né?
16:56Para os estrangeiros, né?
16:57Bom, a gente tem um artigo também do Robson Andrade,
17:03que é o presidente da CNI, né?
17:06Da Confederação Nacional de Indústria.
17:08Ele discute os desafios da indústria para se reorganizar no Brasil
17:14e para superar esse processo de desindustrialização, na verdade, né?
17:22O número que ele dá sobre a participação da indústria no PIB nos anos 70 e nos dias de hoje
17:30é estarrecedor, né?
17:34Me parece que agora é 18%.
17:37Você lembra exatamente o número?
17:39Já foi metade, né?
17:39Metade, já foi 50%, né?
17:42Então, quer dizer, nossa indústria foi para o beleléu mesmo
17:46e está nos condenando a ser um país só produtor de commodities, né?
17:53De matéria-prima.
17:55Isso embute muitos riscos, né?
17:59É, e nessa campanha presidencial, a gente tem ouvido falar muito do Abrunegócio,
18:03Abrunegócio, né?
18:04E realmente a indústria gera ótimos postos de trabalho, né?
18:11Bem remunerados e que também...
18:13E até o Abrunegócio, uma coisa que ele coloca no texto, depende da indústria, né?
18:19E fertilizante, máquina e várias coisas.
18:22Então, é uma questão aí que o próximo presidente também tem...
18:27Deveria olhar, né?
18:28Prestar atenção.
18:30É, porque é exatamente isso que o Duda falou, né?
18:32A indústria, ela costuma ser um passo importante, né?
18:36Para a ascensão social das pessoas, né?
18:39Da classe média, né?
18:41Para a criação de uma classe média.
18:42Mais estável, com maior poder aquisitivo e tal.
18:47Senão essas pessoas saem e vão para empregos muito frágeis também no setor de serviços, né?
18:57Enfim, é caixa de supermercado, carregador de compras, né?
19:03Então, a indústria...
19:04São empregos que pagam pouco e que empregam muita gente no Brasil.
19:07Então, a gente está, assim, preso entre o agronegócio, um setor de serviços gigante,
19:12mas que tem muito subemprego, e uma indústria que não consegue crescer de novo, né?
19:21Eu fiz uma entrevista bem interessante essa semana, que eu gostaria de destacar.
19:25É um jovem teólogo evangélico.
19:31O Gutierrez Fernandes Siqueira, ele tem 33 anos, só já escreveu quatro livros sobre teologia evangélica,
19:41e lançou um livro agora que se chama Quem Tem Medo dos Evangélicos,
19:47que não é de teologia, é um livro que procura explicar o movimento evangélico por dentro, né?
19:54Do ponto de vista de um fiel evangélico, ele é da Assembleia de Deus,
20:01desde adolescente e continua frequentando a igreja,
20:06mas não é uma visão puramente descritiva do que acontece.
20:18Ele tem críticas que ele faz ao seu próprio, à sua própria crença, às igrejas,
20:24à maneira como os evangélicos se relacionam com a política.
20:28Então, é um ponto de vista que a gente raramente tem na imprensa, na televisão,
20:39continua havendo muito preconceito em relação aos evangélicos,
20:45e ele tenta separar um pouco o que é fato do que é preconceito, do que é ficção.
20:52Eu gostei muito de fazer a entrevista, acho que ficou interessante.
20:56Acho que é interessante também ele ponderar ali que o anti-esquerdismo é uma coisa recente
21:03no movimento evangélico.
21:06Até 2006 não se falava isso, né?
21:08A gente tem o Magno Malta, tinha vários outros evangélicos
21:11que se davam muito bem com o governo petista e tudo mais.
21:14Mas que tem uma quebra ali no governo Dilma, né?
21:16Que é essa questão do Ministério da Mulher, do aborto e tal,
21:19e aí você tem uma virada.
21:21Então ele traz essa questão histórica, assim, que é bem legal.
21:23É, que é bem interessante, mostra que é um processo recente,
21:26e que surgiu uma pessoa, o Bolsonaro,
21:30que realmente soube como capitalizar essa ruptura aí
21:35que teve entre os evangélicos e a esquerda.
21:38Eles começaram a se estranhar, e daí aparece alguém que consegue
21:42traduzir o desconforto dos evangélicos com essas pautas
21:49comportamentais, né? Sobre aborto, família e tudo mais.
21:55Bom, agora eu vou virar aqui de novo o microfone.
22:01Pronto.
22:02Virou o seu também, Duda.
22:08Pronto, tudo mudou.
22:10Agora somos antagonistas.
22:11Olha só, eu vou começar contigo, Duda.
22:18Tem uma reportagem no site falando da possibilidade de uma volta triunfal
22:24do Boris Johnson.
22:28Então, como isso, o cara acabou de ser chutado do emprego de primeiro-ministro,
22:34já estão querendo que ele volte?
22:36É, mas se você pensar, ele já teve umas férias aí de 45 dias, né?
22:40Opa!
22:40Porque ele teve...
22:41Porque ele, enfim, entre ele renunciar em julho e efetivamente sair,
22:49então ela ficou 45 dias, foi esse tempo de folga,
22:53de férias dele, ele já pode, já descansou, já pode voltar.
22:55E será que ele envelheceu mais do que alface nesses 45 dias,
22:58ou será que não?
22:59É.
23:00É interessante, né?
23:02Porque eu acho que existe agora um...
23:06Esse momento todo é muito ruim para o Partido Conservador, né?
23:11E as pesquisas de intenção de voto,
23:14se tivesse uma eleição agora no Reino Unido,
23:17o Partido Trabalhista de Oposição,
23:19ele ia estar a 30 pontos à frente do Partido Conservador.
23:22Então, o Partido Conservador tem que resolver esse imbróglio aí, né?
23:27Que ela, enfim, ela caiu porque ela traz um plano ruim,
23:33um plano que tem um corte enorme de imposto,
23:36sem dizer como vai colocar...
23:37Como vai pagar, como vai financiar.
23:40É.
23:41E ela renuncia e precisa arrumar outro no lugar.
23:45E o Boris Johnson, ele era um cara que tinha uma liderança
23:49e uma influência, uma autoridade,
23:52em relação aos colegas do Partido Conservador.
23:55Em grande parte, a queda da Liz Truss
23:59é porque os outros membros do Partido Conservador
24:02criticaram ela e pressionaram ela.
24:05Uma vez que você...
24:07Bom, no Reino Unido, quem vence a eleição é o partido,
24:11então o Partido Conservador vence.
24:13E na hora que você tem um líder,
24:16no cargo de primeiro-ministro,
24:18todos os outros membros do Partido Conservador,
24:21de certa forma, querem que ela caia,
24:22porque é uma chance que eles têm de virar...
24:25De ascender.
24:25É.
24:26Então, é uma situação complicada.
24:28E agora o Partido Conservador vai ter que correr atrás,
24:34arrumar um substituto,
24:36e o Johnson é alguém que tem essa influência,
24:39essa autoridade em relação aos pares dele.
24:43Então, assim, seria mais difícil ter um outro vexame
24:46como o que aconteceu com ela, né?
24:48Ele seria um cara que poderia ficar mais tempo.
24:53Mas não haveria imediatamente uma reação?
24:58Porque, enfim, ele durou bastante tempo,
25:01apesar de vários escândalos,
25:03mas chegou um momento que o desgaste era já insustentável, né?
25:06É.
25:06Foi suficiente para as pessoas se esquecerem do que fez aquelas...
25:10É, assim, a rejeição a ele foi muito grande no eleitorado geral, né?
25:19Aquelas festinhas que ele deu na pandemia,
25:21em que cada um levava a sua garrafa, né?
25:24Ele negou.
25:25Então, assim, não só foi feio ele ter feito essas festinhas,
25:28como ele ter mentido sobre elas, né?
25:31Agora, quem vai decidir o próximo líder do Partido Conservador
25:35são os primeiros deputados do Partido Conservador
25:39e depois os filiados ao Partido, né?
25:41E o Boris Johnson é um cara populista,
25:45carismático, que fala bem, né?
25:47Então, eu acho que dá tempo, assim, de esquecer isso daí.
25:52A rejeição a ele é menor do que entre a população geral.
25:56Ele não é o favorito.
25:59É quem é o concorrente?
26:00É o Rishi Sunak, que era o ministro dele
26:03e que traiu o Boris Johnson, né?
26:05Ele é o primeiro que abandona o barco
26:08e aí o Boris Johnson vai cair porque vários ministros dele,
26:12todos são deputados do Partido Conservador,
26:14vão abandonar o gabinete
26:16e ele não tem mais como formar um governo.
26:18Então, o Rishi Sunak, ele tem mais apoio entre os deputados,
26:23mas ele tem essa pecha de traidor, né?
26:27O Boris Johnson não tem isso.
26:28Em que circunstância teria que chamar novas eleições?
26:32Se não conseguisse formar um governo, é isso?
26:33Então, você precisa ter dois terços do parlamento
26:37pedindo novas eleições
26:41ou metade do parlamento pedindo um voto de não confiança, né?
26:46Mas o parlamento britânico tem 650 membros
26:50e o Partido Conservador tem 357 parlamentares.
26:55Então, tem mais do que a metade.
26:57Tem mais do que a metade porque a última eleição,
27:00que foi chamada, o Boris Johnson ganhou,
27:02na liderança do Partido Conservador e deu a ele essa maioria, né?
27:06Então, para que um voto de confiança fosse aprovado,
27:12você teria que ter vários membros do Partido Conservador mudando de lado.
27:16Mudando.
27:16Agora, assim, esses caras do Partido Conservador
27:18dificilmente vão fazer isso,
27:20porque se chamar uma nova eleição,
27:23o voto lá é distrital, eles vão perder.
27:25Eles vão perder, né?
27:26É, então, assim, é meio que chamar uma nova eleição.
27:28É um suicídio.
27:29Ou consentir com isso.
27:29Não, suicídio político.
27:30Eles vão perder a vaga para um trabalhista.
27:33Perfeito.
27:35Vamos voltar para o Brasil,
27:39onde nenhum político perde o cargo por causa de mentiras.
27:43Não é?
27:44Mentiras é que correm soltas.
27:45É que correm soltas.
27:47É uma maravilha.
27:48Mas o TCE está lá para salvar a gente.
27:50Opa.
27:52É.
27:53Sei não, hein?
27:58Vamos ver por onde a gente começa, Duda.
28:00Por onde a gente começa?
28:01Vamos começar pelo TSE, já que você falou nele, né?
28:07Olha lá.
28:07TSE suspende 164 inserções para Lula em programa de Bolsonaro.
28:11Vamos chamar essa reportagem,
28:12porque dá para recuperar um pouco todo o embrólio, né?
28:18Toda a novela que aconteceu.
28:20Teve algumas idas e vindas.
28:23O TSE tirou mais de 300 inserções do Bolsonaro ontem.
28:30O Bolsonaro vai ficar com 99 inserções só, se eu não me engano.
28:34Acho que era esse o número até as próximas eleições.
28:39Mas daí esta ministra, Maria Cláudia Buqueaneri,
28:42reverteu, em parte, essa decisão.
28:49Vamos subir um lá um pouquinho.
28:50Talvez a gente, não me lembro, talvez a gente tenha os números aqui, né?
28:56Olha lá.
28:57O presidente entrou com um embargo.
29:00Decidiu que cabia ao plenário da corte eleitoral analisar o caso.
29:02Ou seja, ela mandou o caso para o plenário.
29:07O Bolsonaro suspendeu aquele confisco, vamos dizer assim,
29:15de todas as inserções do Bolsonaro.
29:17E está meio em suspenso ainda, né?
29:21O Alexandre de Moraes fez também uma reunião hoje
29:27com as equipes do Lula e do Bolsonaro
29:30pedindo que eles façam uma trégua.
29:34É uma coisa meio patética, né?
29:39Há uma preocupação do presidente do tribunal eleitoral
29:42com excesso de judicializações nessa reta final da campanha eleitoral.
29:47Mas não teve muito acordo, não.
29:51Também eu acho que existe um incentivo a essas judicializações, né?
29:57Porque a hora que você pega um caso e manda para o TSE,
30:01você pode ter, de repente, por uma besteira,
30:03uma decisão muito favorável.
30:06Então, eu acho que o TSE, de certa forma,
30:09é culpado por esse excesso de judicializações.
30:12O Brasil já é um país que tende a judicializar quase tudo, né?
30:16Por isso que as cortes, os tribunais, a primeira instância,
30:20está sempre afogada, né?
30:22Está sempre com uma pilha gigante de processos parados em cima da mesa.
30:26Mas é fato isso que você está dizendo?
30:30E é pior ainda, né?
30:33Não existe clareza sobre a maneira como o TSE está decidindo
30:40nesses casos, né?
30:43E, às vezes, a impressão é que, puxa,
30:46a gente bloqueou um monte de comercial do Bolsonaro.
30:51E fala, puxa, foi demais, né?
30:53Meu, então agora vamos pegar e bloquear do Lula também, né?
30:56Ou agora vamos diminuir.
30:58As decisões parecem ser tomadas sem qualquer base.
31:03E é isso mesmo, né?
31:04O TSE vai começar agora a julgar de ofício, né?
31:09Sem ser requisitado, né?
31:14Enfim.
31:15Sem pedir a participação do Ministério Público, né?
31:18Então, a campanha é de muito baixo nível.
31:22Agressão, mentira para tudo quanto é lado.
31:27É a lama voando em todas as direções.
31:30E isso é um fato.
31:33Ninguém pode achar bom que a campanha esteja correndo nesses termos.
31:40Mas, ao mesmo tempo, o tribunal está intervindo de maneira pouco transparente, né?
31:50A lógica é pouco transparente, né?
31:52E isso, inclusive, chamou atenção hoje, mais uma vez, do New York Times, que já tinha feito uma reportagem, dias atrás, sobre, indicando um risco de censura judicial, né?
32:10O crescimento da censura judicial no Brasil.
32:13E agora ele volta a falar do assunto.
32:15O presidente do TSE virou notícia do jornal, depois de resolução, que deu o poder de decidir o que pode ser dito online nessa campanha eleitoral.
32:27A gente tem casos aí de que...
32:30Censura prévia mesmo, né?
32:32Tem decisão de...
32:34Às vezes até coisa que eles nem assistiram, né?
32:37Então, realmente é o TSE que acha que vai dizer o que se pode ou não falar.
32:44É, eu sempre lembro daquela frase do Dias Toffoli, né?
32:49Que disse que o tribunal poderia servir como o editor da nação.
32:54Ou seja, que entre as atribuições do Supremo Tribunal Federal, estaria essa, de decidir o que pode ser dito e o que não pode ser dito.
33:06Isso está se concretizando de uma maneira bruta nas eleições.
33:12E você começa a punir os veículos de imprensa por crimes que eles nem cometeram, porque às vezes a coisa nem chegou a ser publicada, né?
33:21A gente estava até numa discussão interessante antes de entrar aqui no estúdio para conversar.
33:26Porque essa nova resolução manda que conteúdos que antes tinham que ser retirados em até 24 horas de circulação
33:39tenham que ser desindexados do Google ou apagados das redes sociais em duas horas, certo?
33:49E o poder, como a gente já estava aqui dizendo, é de ofício do juiz que está tratando daquele caso.
33:59Ele não precisa ouvir ninguém, não precisa ouvir o Ministério Público.
34:02Ele notifica a plataforma e o conteúdo tem que ser tirado.
34:08Aí surgiu a dúvida.
34:10E se for 11h30 da noite, né?
34:15E eles mandarem retirar e não tiver ninguém, né?
34:18Só for conseguir retirar uma empresa, por exemplo, jornalística como antagonista.
34:22Só for conseguir retirar no dia seguinte.
34:24A multa de R$100 mil por hora vai ser cobrada?
34:28Porque entre as 11h e as 7h da manhã a gente não retirou a reportagem que está sendo censurada do ar.
34:36Fica aí um papagaio de R$800 mil para ser pago, né?
34:43É, e acho que tem uma confusão grande do que é fake news e do que é notícia.
34:49Então, acho que o TSE entende que qualquer notícia, dependendo do que está se falando ali,
34:56pode ser uma fake news e com impacto no eleitor e tudo mais.
35:00E por isso, e muitas delas, é notícia pura e simplesmente narrando um fato que aconteceu.
35:07Os mais, eu acho que o melhor exemplo disso talvez seja essa perseguição a reportagens,
35:16a textos que falam da amizade entre o Lula e o Ortega.
35:21Sim.
35:22Certo?
35:23Isso é um fato histórico.
35:25O próprio Lula reconheceu, que foi visitar o Ortega, a Alegre, em 1980, não é isso?
35:30É.
35:33E tem documentação disso em inúmeras fotos, um monte de coisa, né?
35:38É, a gente publicou também matéria sobre isso, né?
35:41Exatamente.
35:41Mas, enfim, você vê, a gente fica até com medo de falar, né?
35:45Porque...
35:46Eu sempre achei e continuo achando que a legislação eleitoral brasileira,
35:57ela protege mais o interesse do político,
36:02que não quer ser confrontado com temas incômodos durante o processo eleitoral,
36:08do que o interesse do leitor, do eleitor, né?
36:14Que quer ter acesso à informação e tem o direito de ter acesso à informação.
36:19E essa...
36:23Esse espaço cinzento entre notícia e fake news,
36:30muitas vezes o próprio leitor pode e deveria ter o direito de julgar por si só.
36:36Porque isso também é informação, certo?
36:39De certa forma, chegar à conclusão de que aquilo é uma mentira
36:41faz parte do seu processo de entender o que está acontecendo, né?
36:45E é claro que as campanhas dos candidatos perceberam que, ao judicializar,
36:51elas conseguem, de repente, esconder esse passado,
36:56os pontos negativos que o candidato tem.
36:59Então, o Moraes fala agora para parar com a judicialização,
37:03mas a judicialização, muitas vezes, é super proveitosa,
37:06é um ótimo negócio para algumas campanhas, uma especialmente.
37:10E depois de se refestelar nesse poder de ser o editor da nação, né?
37:17O tribunal se refestelou nesses últimos dias com esse poder.
37:22Bom, vamos ver, né?
37:30Olha aqui, isso aqui é só para registrar.
37:33É uma notícia de justiça.
37:35São daquelas coisas tapafúrdias do Brasil, já que a gente está falando de judiciário.
37:40O Tribunal de Justiça de Minas Gerais aprova um pagamento retroativo
37:43que pode custar 5 bilhões de reais.
37:50A restituição decorre da interpretação de um julgamento do STF,
37:54que decidiu que o teto salarial de juízes e desembargadores
37:57era igual ao dos ministros do Supremo.
38:01Um dos próprios desembargadores do TJ de Minas Gerais
38:12chegou à conclusão, o presidente da corte, o Arthur Carvalho,
38:18chegou à conclusão que é imprudente
38:20obrigar o Estado a desembolsar de um dia para o outro 5 bilhões de reais
38:27sem pensar melhor sobre o assunto.
38:29Olha ali, uma interpretação que o Rio de Janeiro fez
38:33com relação à abrangência e extensão do voto
38:35que tratava da extensão do teto dos ministros do Supremo
38:42para os ministros de outros tribunais.
38:46Eu não vou fazer um pagamento de 5 bilhões
38:48sem submeter esse valor ao Conselho Nacional de Justiça.
38:53E ele disse isso para desagrado
38:57dos seus colegas.
39:02Me parece estranho, né, Duda?
39:04É que assim, um teto é um teto.
39:08Ele não está querendo dizer que você é obrigado
39:11a pagar para todo mundo aquele valor.
39:15O teto quer dizer que você não pode pagar acima,
39:18mas você pode pagar abaixo.
39:20Então, ele não cria um direito garantido
39:25para quem não recebia o teto.
39:29O fato dele existir não significa que você ganhou o direito
39:31porque você ganhava 18 mil reais,
39:32você ganhou o direito de passar a ganhar 39.
39:36É um problema no Brasil.
39:39O judiciário é que decide esses valores,
39:41os salários deles mesmos.
39:43É um dos órgãos mais corporativos do país, né?
39:51Sem dúvida.
39:53E há uma resistência muito grande a isso aí na população brasileira.
39:56Sim.
39:56É importantíssimo o judiciário.
40:01Não estamos entrando nesse mérito,
40:03mas que existe um espírito corporativo
40:05muito forte, muito arraigado
40:10e muito chocante às vezes, né?
40:13Como nesse caso, não dá para negar.
40:17Vamos ver uma bobagem da campanha?
40:21É só para a gente dar um pouco de risada, né?
40:24Hoje é sexta-feira.
40:25Vamos ver o Pablo Marçal.
40:27O Pablo Marçal é sempre uma alegria, né?
40:31Olha lá.
40:32Ele diz que gravou com prostitutas venezuelanas
40:35para a campanha de Bolsonaro.
40:36Olha que boa ideia.
40:38Boa ideia?
40:38Não é?
40:39Para a campanha do Lula, né?
40:43Esse é um assunto que a campanha do Bolsonaro
40:45quer esconder, esquecer, jogar para baixo do tapete.
40:50Mas, enfim, graças ao Pablo Marçal
40:52a gente vai falar disso.
40:54Não vai voltar a falar disso, né?
40:56O negócio já estava quase sendo esquecido.
40:59E daí ele genialmente foi visitar lá,
41:01como é que chama?
41:02Pacaraima?
41:03Pacaraima, sim.
41:05Lá no nortão do país, né?
41:08Foi ver, gravar imagens lá.
41:12E uma dessas imagens,
41:15ele queria mostrar o que acontece
41:16quando um país vira comunista, né?
41:17Exatamente aquilo que a gente estava falando, né?
41:19A instrumentalização do esquerdismo dos outros países e tal.
41:24Daí,
41:26ele se encontra com prostitutas, de fato.
41:32Tem uma hora que eu falo,
41:34pintou um clima com essa.
41:36Aí ela não quis falar no vídeo.
41:38Aí eu digo,
41:39então não pintou um clima.
41:40O cara é muito doido, né?
41:43Muito doido.
41:44Foi dar um coach lá para as moças, né?
41:48É, e essa frase pintou o clima
41:51é exatamente o que mais incomodou, né?
41:53Exatamente.
41:54Ele repetiu a frase.
41:57Ele deve...
41:58Olha lá,
41:58questionado se Carlos Bolsonaro,
42:00que é quem cuida das redes sociais
42:02e de uma boa parte da comunicação do Bolsonaro,
42:05autorizaria um vídeo com a frase
42:07pintou um clima.
42:09Marçal respondeu,
42:11se não entrar no programa de TV,
42:12tudo bem,
42:14entra nas redes.
42:16É.
42:16Então...
42:18Vou dar um prêmio para esse rapaz, né?
42:20Realmente.
42:22É.
42:24Você contrataria Pablo Marçal como seu coach?
42:28É isso aí.
42:29Tem mais uma boa.
42:30O Pablo Marçal, na verdade,
42:32foi entrevistado
42:34pela repórter.
42:37Júlia.
42:39Como é que é o sobrenome dela?
42:40É novinha.
42:41Mostra o sobrenome da Júlia para mim,
42:43por favor, está aí.
42:44Júlia Schiaffarino.
42:47Exatamente.
42:47Foi entrevistado pela Júlia
42:49e teve várias declarações aí
42:51que a gente registrou dele.
42:55Tem mais uma por aqui.
42:56Onde é que está a outra frase?
43:00Me ajudem, rapazes.
43:03Aí que estão controlando as matérias.
43:07O que você está...
43:08Olha aí.
43:09Um mantra.
43:10Um mantra para Jair Bolsonaro,
43:11segundo coach.
43:14Tem pedido.
43:15Sobe lá.
43:18O mantra que deve ser repetido
43:20é o que ele tem de proposta.
43:23O combate ao comunismo,
43:24à corrupção,
43:25à Lula
43:26e a tudo que o petista representa de ruim.
43:28Isso é uma ideia, assim,
43:31nova, né?
43:35O cara realmente conseguiu achar uma...
43:37É, vai ter que dar uma super guinada
43:39aí na campanha Bolsonaro, né?
43:41Bom, realmente ele não está trazendo nada de novo.
43:44Está sendo irônico aí.
43:47Olha, são...
43:48Teremos quatro anos de Pablo Marçal.
43:51Vão ser muitas alegrias, né?
43:52Vamos terminar, gente,
43:54falando sobre uma coisa séria
43:56que foi a reação do mercado financeiro
44:02aos rumores
44:06de que uma virada do Lula,
44:10do Bolsonaro sobre o Lula
44:12já teria acontecido.
44:14Essa informação ocorreu
44:18de várias maneiras
44:19ao longo do dia
44:20e ela sempre
44:23é dita dessa maneira.
44:25Os trackings,
44:27que são as pesquisas diárias
44:28que os partidos fazem
44:30para orientar a campanha
44:32e que muitas instituições,
44:34bancos, empresas
44:35também contratam
44:37para saber
44:37para onde está soprando
44:39o vento da política, né?
44:41Esses trackings
44:42é que teriam revelado
44:44essa virada.
44:48E o impacto disso
44:50foi uma certa euforia
44:52no mercado financeiro.
44:55Vamos ver a reportagem
44:59que fala sobre
44:59a subida das bolsas
45:05no dia de hoje, por favor.
45:07E estão me perguntando
45:14qual é o nome da reportagem.
45:15A gente está meio aqui
45:15complicado hoje.
45:17Eu não sei qual é o nome
45:18da reportagem.
45:21Agora, falando da questão
45:23da euforia,
45:24é natural que isso aconteça
45:25porque a gente consegue
45:27saber muito bem
45:28o que seria
45:30na economia
45:31mais quatro anos
45:31do Bolsonaro.
45:32o Paulo Guedes
45:35segue um pouco
45:36o que a gente
45:37já conhece.
45:39Agora, quatro anos
45:40do Lula,
45:40a gente não sabe
45:41quem vai ser o ministro
45:42da economia do Lula, né?
45:43Não tem um programa
45:45de governo...
45:46Ele não mostrou
45:49para a gente
45:49o plano de governo dele.
45:51A gente não sabe
45:51o que ele vai fazer
45:52com o teto de gastos.
45:53Então, assim,
45:53tem muita incerteza.
45:54E o mercado financeiro
45:56foge e tem medo
45:58da incerteza.
46:00Olha, a reportagem
46:02fala também
46:03de uma questão externa, né?
46:07O FED,
46:07o Banco Central Americano,
46:09começou a dar amostras
46:10de que vai reduzir
46:12o ritmo
46:13do aumento de juros
46:14por lá,
46:15o que também
46:15dá um pouco mais
46:17de previsibilidade
46:18para o comportamento
46:19da economia mundial, né?
46:21Mas, olha ali,
46:22desce um pouquinho,
46:23por favor,
46:23antes de subir.
46:26Bom, tudo bem.
46:27Bolsa de Valores
46:28fechou a sexta-feira
46:28com valorização
46:29de 2,36%.
46:31Na semana,
46:33quase 5%
46:34de crescimento,
46:354,92%.
46:37E a gente fala
46:39das ações
46:41da Petrobras,
46:41acredito,
46:42lá embaixo,
46:42não é isso?
46:44Subam, subam,
46:45subam,
46:46por favor.
46:48Não,
46:49nesse texto
46:50a gente não fala.
46:51As ações
46:51que mais subiram
46:52no dia de hoje
46:54foi uma
46:56das ações
46:56da Petrobras
46:57que reflete
47:01justamente
47:01isso
47:03que o Duda
47:04estava comentando.
47:07O Lula
47:08já falou
47:08diversas vezes
47:09no meio
47:09da campanha
47:10que terá
47:12uma abordagem
47:14intervencionista
47:15sobre a Petrobras
47:16caso ele seja eleito,
47:18que pode
47:19interferir nos preços,
47:22que vai querer
47:23entrar no caixa
47:24da companhia
47:24para construir
47:25refinarias,
47:27enfim,
47:28as ideias
47:29do Lula
47:29a respeito
47:30da Petrobras
47:32implicam
47:33uma mudança
47:34de rumo
47:35para a empresa
47:36que não é pequena,
47:38é grande,
47:38além de intervenção,
47:40gastar recursos
47:41para aquilo
47:42que o mercado
47:43chama de atividades
47:44não essenciais
47:45da Petrobras.
47:46o mercado
47:48da Petrobras
47:48é principalmente
47:49uma empresa
47:50de prospecção
47:51e extração
47:51de petróleo,
47:52não de refino.
47:53Isso seria uma atividade
47:54que poderia ser deixada
47:55para outros.
47:56E o Lula
47:56vem dizendo
47:57que a gente
47:58precisa ter refino,
47:59precisa voltar
48:00a criar um parque
48:01industrial de refino
48:02e são bilhões
48:03e bilhões de reais
48:04que serão gastos
48:04com isso.
48:05Então isso mexe
48:06de fato
48:07na cara
48:08da empresa.
48:09Ao passo aqui
48:10com Bolsonaro
48:11e Paulo Guedes,
48:13você tem até
48:13perspectivas
48:14de uma privatização.
48:18O Bolsonaro
48:19se incomodou muito
48:20com a subida
48:21dos preços
48:22dos combustíveis,
48:23ele falou,
48:24mudou o diretor
48:26da Petrobras
48:27várias vezes,
48:28ameaçou,
48:29mas a lei
48:30das estatais
48:30meio que impediu
48:31que ele realmente
48:33conseguisse fazer
48:34alguma coisa
48:34e aí no final
48:35acho que ele mesmo
48:37entendeu
48:37que a solução
48:38é deixar a empresa
48:40correr sozinha
48:41e uma promessa
48:42de privatização
48:43que pode acontecer.
48:45Que pode acontecer.
48:46Então,
48:47enfim,
48:49para quem mexe
48:51com finanças,
48:52para o mercado financeiro,
48:54a perspectiva
48:55de uma vitória,
48:57de uma virada
48:57do Bolsonaro
48:58criou aí
49:00essa onda
49:00de entusiasmo,
49:01criou essa animação,
49:02isso se refletiu
49:03de fato
49:04nos negócios
49:08e no fechamento
49:09da Bolsa
49:11nessa sexta-feira.
49:12sobre a virada
49:14do Bolsonaro,
49:16eu recomendo
49:18uma certa cautela
49:20que a margem
49:23está se estreitando
49:24rapidamente,
49:27ninguém pode negar.
49:29Tem muitos indícios
49:30de que existe sim
49:33e de que o Bolsonaro
49:34está recuperando
49:35espaço,
49:37está se aproximando
49:38do Lula.
49:39mas
49:40vamos lembrar
49:43que desde o começo
49:45do ano
49:45a gente tem
49:47um aspecto
49:48dessa eleição
49:49que é raro.
49:50É uma cristalização
49:52de intenção
49:53de voto
49:54num patamar
49:55muito alto.
49:56Em abril,
49:57maio,
49:5880%
49:59dos eleitores
50:01já falavam
50:02que tinham certeza
50:03de qual ia ser
50:04o seu voto.
50:05às vésperas
50:07da votação
50:09de primeiro turno,
50:10esse número
50:11de eleitores
50:12que tinham certeza
50:13do seu voto
50:13já tinha subido
50:14para 91%.
50:15é muito pouca gente
50:18disposta
50:18a mudar de voto.
50:21E daí a gente
50:21ainda tem que levar
50:22em conta
50:22brancos,
50:23nulos,
50:23né?
50:25O Lula
50:25ficou
50:26a cerca
50:27de um milhão
50:28e meio
50:28de votos
50:29de vencer
50:29no primeiro turno.
50:31O Bolsonaro
50:31seis milhões
50:33de votos.
50:34Então,
50:34são
50:35margens
50:36que tornam
50:38difícil
50:39a virada,
50:40mas não
50:41impossível.
50:41Então,
50:43é absolutamente
50:47possível
50:48que essa
50:48virada
50:49aconteça,
50:51mas,
50:52enfim,
50:53eu só acho
50:54o que eu estou
50:55querendo dizer
50:55é simplesmente
50:56que uma eleição
50:57tão apertada,
50:59tão concorrida,
51:01as chances
51:02da gente
51:02só saber
51:03com certeza
51:04que no dia
51:05da votação
51:06são enormes.
51:07E os agregadores
51:09de pesquisa
51:10que eu acompanhei
51:11até a pouco
51:11estavam dando
51:12mais ou menos
51:13uns quatro pontos
51:14de diferença.
51:16O Bolsonaro
51:18numa tendência
51:18de subida
51:19e o Lula
51:20numa tendência
51:21de caída,
51:22mas com números
51:23pequenininhos,
51:24né?
51:24Muito pouquinho.
51:26E a gente sabe
51:27que se chegarem
51:28realmente empatados
51:29no segundo turno,
51:31o absenteísmo
51:32tira mais votos
51:34do Lula.
51:35Enfim,
51:36está bem,
51:37realmente,
51:38a boca
51:40do jacaré
51:41quando a gente
51:41olha ali
51:42as pesquisas
51:42realmente
51:43está encostando,
51:45né?
51:45Vai ser bem
51:46emocionante aí.
51:47Vamos lembrar
51:48que em
51:482014
51:50a gente
51:52teve uma diferença
51:53de dois pontos
51:54percentuais
51:55entre Dilma
51:55e Aécio,
51:57né?
51:57Foi
51:58uma eleição
51:59muito apertada,
52:01muito acirrada
52:02e essa aqui
52:03está igualzinha,
52:04né?
52:05a margem
52:08deve se estreitar
52:08mais ainda
52:09até o final,
52:11mas
52:12só vamos saber
52:16lá mesmo
52:17a virada
52:18pode acontecer
52:18como também
52:19pode não acontecer.
52:20E se acontecer?
52:21É uma virada
52:22histórica, né?
52:23Histórica, sim.
52:24Nunca teve
52:25alguém que
52:26às vésperas
52:27da pesquisa
52:28do primeiro turno
52:29vencendo
52:30nas pesquisas
52:31de intenção
52:32de voto
52:32perdeu
52:33depois do segundo turno.
52:34Seria a primeira
52:35vez que acontece
52:36uma virada
52:37do primeiro
52:38para o segundo, né?
52:39E como
52:40abri o programa
52:41dizendo,
52:41faltam
52:42dez dias
52:43para as eleições.
52:44Faltam um pouquinho.
52:45E daí
52:46a gente vai poder
52:47pensar em outras
52:49coisas.
52:50Não é?
52:51Muito bem.
52:54Muito obrigado
52:54por terem acompanhado
52:56de novo
52:56o Papo Antagonista.
52:58Lembrem-se
52:59de curtir,
53:01compartilhar,
53:03de acionar
53:04as notificações
53:05para receber
53:06os nossos conteúdos.
53:10Muito obrigado.
53:11Obrigado, Duda.
53:12Eu quero desejar
53:12um bom fim de semana.
53:14Você também.
53:15Boa noite a todo mundo.
53:16Legal.
53:17Um grande abraço, então.
53:18Até o próximo
53:19Papo Antagonista.
53:24Legenda Adriana Zanotto
53:54Legenda Adriana Zanotto

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