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Parlamentares dos dois lados articulam uma PEC que dá "superanistia" a irregularidades
O Antagonista
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00:00
A gente começa destacando para vocês uma PEC que chegou ali dentro do Congresso.
00:05
Os parlamentares, tanto da situação, lulistas, quanto bolsonaristas da oposição agora do governo,
00:13
aliados de Lula e de Jair Bolsonaro, articulam ali dentro do Congresso a maior anistia da história
00:20
a irregularidades eleitorais cometidas por partidos políticos.
00:24
O que é isso?
00:24
Isso é uma proposta de uma PEC, uma proposta de emenda à Constituição assinada já por 184 deputados
00:32
que foi recebida pela Câmara na semana passada e barra essa proposta,
00:37
ela barra qualquer possibilidade de punição a ilegalidades cometidas até a promulgação dessa proposta.
00:44
Os líderes, por exemplo, os líderes do governo, deputado José Guimarães do PT do Ceará
00:49
e também o líder da oposição, Carlos Jordi do PL do Rio de Janeiro,
00:53
estão entre os que endossam essa PEC.
00:57
E eles, inclusive, essa PEC, ela conta com assinatura, então, de 13 partidos e de federações também.
01:05
O PL, partido de Jair Bolsonaro, é quem lidera com 40 apoios.
01:11
Na sequência, aparece a federação liderada pelo PT, além de PSD, MDB, PP, Republicanos e Podemos também.
01:21
Esse texto, ele é apresentado pelo deputado Paulo Magalhães do PSD da Bahia.
01:26
O deputado Paulo Magalhães foi quem apresentou, então, esse texto.
01:30
E esse texto, ele estende para o pleito do ano passado a anistia para as siglas
01:36
que não cumpriram a regra referente, cota mínima, por exemplo, do repasse desses recursos públicos, né,
01:44
da verba para as mulheres e para os negros também.
01:48
Além disso, há um artigo que abre um caminho ali para que as legendas possam voltar a receber dinheiro empresarial, pessoal.
01:56
Isso mesmo. Vamos lembrar aqui que época, em agosto de 2015, o Supremo vetou o financiamento de empresas a partidos e candidatos.
02:07
Então, essa PEC já chegou ali na Câmara dos Deputados, PEC que promete aí, pelo menos tem esse objetivo, né,
02:15
de dar essa maior anistia, então, para os partidos políticos.
02:21
E a gente vai conversar, então, sobre esse assunto agora e detalhar um pouco mais esse assunto com o nosso time da análise.
02:27
Começo com o Carlos Graieb, que já está aqui comigo e vai fazer uma análise, então, sobre essa PEC.
02:33
Graieb, muito boa noite, Graieb. Seja bem-vindo.
02:35
Queria muito a sua leitura sobre essa proposta de emenda à Constituição,
02:40
que deve começar já a tramitar, inclusive, dentro do Congresso Nacional,
02:44
de anistia a esses partidos, né, que não cumpriram essas regras que foram estabelecidas, inclusive.
02:51
Boa noite, Graieb. Bem-vindo.
02:54
Boa noite, Kenzo. Boa noite, pessoal do chat.
02:57
Olha só, essa proposta é uma vergonha, né?
03:01
Ela é imoral.
03:03
Por quê?
03:06
Porque, em abril do ano passado, os senhores parlamentares já se concederam,
03:13
já correram aos partidos, exatamente essa anistia.
03:19
Ou seja, até aquele momento, todas as falhas no cumprimento das regras, né,
03:29
referentes a gasto com mulheres e negros,
03:34
que não tivessem sido cumpridas até aquele momento, elas foram perdoadas.
03:39
Todas as irregularidades, todas as falhas no cumprimento das regras sobre mulheres e negros
03:45
foram perdoadas até 5 de abril de 2022, certo?
03:51
O que acontece em 2022?
03:53
Tem eleição de novo.
03:55
E agora, no começo deste ano, no começo de 2023, eles querem se anistiar de novo.
04:03
Querem dar uma anistia para casos que estejam pendentes lá de trás
04:08
e para o não cumprimento da regra de novo no ano passado.
04:14
E daí, a justificativa do projeto é de um cinismo que é assustador,
04:23
é espantoso o cinismo da justificativa.
04:26
A proposta é do deputado Paulo Magalhães, que é do PSD, da Bahia, se eu não me engano, né,
04:33
e ele fala assim, olha, deixa eu ver se eu encontro aqui,
04:38
eu estou até com o texto aqui na minha frente.
04:39
Muitos entes partidários tiveram dificuldade em se ajustar ao novo comando constitucional, né?
04:49
Em decorrência da inexistência de outra regra que apresentasse as balizas,
04:53
uma maior elucidação sobre a matéria pertinente, a distribuição das referidas cotas.
05:00
Gente, essa regra das cotas tem de longe já, né?
05:08
Ela é de 2018, se eu não me engano.
05:13
Então, os partidos tiveram bastante tempo, sim, para se acomodar.
05:19
Eles não quiseram se acomodar nas eleições de 2020,
05:26
se anistiaram e agora não quiseram se acomodar de novo nas eleições de 2022
05:33
e querem passar em columnas mais uma vez.
05:39
Ou seja, eles não querem cumprir nunca e não querem que incida nunca qualquer tipo de punição
05:46
pelo fato deles não cumprirem as regras que eles mesmos criaram.
05:51
Na verdade, eles criaram uma regra que previa gastos de 15% com mulheres, com candidaturas femininas.
06:02
Daí foi o TSE que aumentou esse percentual de 15% para 30%.
06:07
Tá bom, isso não foram eles.
06:08
Mas, mesmo assim, a ideia da lei foi gestada no Congresso, né?
06:15
E eles insistem em não cumprir.
06:19
Ou seja, eles criaram a lei para fazer uma gracinha para a sociedade,
06:23
mas os caciques dos partidos querem usar o dinheiro, como bem entenderem, sem restrição nenhuma.
06:30
E, além disso, é anistia sobre anistia.
06:35
Essa ideia de retornar o financiamento por empresas para pagar aquelas contas lá de trás,
06:45
isso é muito esquisito.
06:48
O cara deixou de cumprir regra, tem pendência com a justiça eleitoral,
06:54
e agora quer ir às empresas para pegar uma graninha de doação
07:00
para cobrir os papagaios que já estão voando por aí?
07:06
É escandaloso, é escandaloso.
07:09
Não tem outra palavra para isso.
07:11
Sem dúvida, Graebi.
07:13
Olha, quero chamar o Wilson Lima para se unir a nós aqui no programa de hoje.
07:19
Wilson, quero ouvir sua análise sobre essa proposta de emenda à Constituição
07:24
que está ali dentro do Congresso Nacional.
07:27
Deu entrada na semana passada, assinada tanto por aliados de Lula
07:31
quanto também por aliados de Bolsonaro,
07:33
que têm esse objetivo de fazer a maior anistia dos partidos.
07:38
Então, inclusive, tentando incluir de volta
07:42
esse financiamento de campanha por parte de empresas.
07:46
Eu quero pegar desse fio com você, então, Wilson.
07:48
Boa noite. Bem-vindo.
07:50
Boa noite, Rezoa. Boa noite para a Eva.
07:52
Boa noite para você que está no nosso chat nessa sexta-feira.
07:55
Sextou, né, gente?
07:59
Eu vou pegar um ponto que o Graebi citou
08:02
para desenvolver um raciocínio muito simples.
08:05
O que o Congresso tenta fazer dessa vez
08:09
é pegar aquela reforma política, melhor,
08:12
as pequeninas reformas políticas que foram sendo aprovadas
08:18
no esteio da Lava Jato,
08:21
eles estão tentando pegar essas pequenas reformas,
08:24
colocar no pacote e colocar no lixo.
08:26
Porque eles perceberam
08:28
que o que eles aprovaram no afogadilho
08:31
para dar uma resposta para a sociedade
08:33
não funcionou para efeitos de política partidária.
08:39
A grande discussão desse sapeque
08:42
e dessa tentativa de anistia dos partidos
08:45
é que vários caciques,
08:48
de partidos grandes, inclusive,
08:51
vivem reclamando e, assim, gente,
08:53
eu conversando com esses caciques,
08:55
eles já me falavam isso, ó,
08:57
há muito tempo.
09:00
Quem usou que de vez em quando circulou lá pelo Congresso
09:02
também já deve ter escutado esse tipo de reclamação.
09:04
O que tem de cacique que reclama?
09:07
Ah, Wilson, mas eu preciso cumprir uma cota feminina,
09:11
eu tenho que destinar uma parte do meu dinheiro
09:13
que eu poderia investir em um candidato
09:15
para alimentar uma candidatura feminina, sabe?
09:20
Ah, Wilson, poxa, não tem dinheiro de empresa,
09:24
ficou mais difícil fazer campanha eleitoral
09:26
porque agora vou ter que partir de um fundão eleitoral,
09:30
vou ter que aumentar o fundão eleitoral.
09:32
O fato é o seguinte,
09:34
os caras não querem reduzir
09:36
o valor de campanha eleitoral
09:38
porque fazer campanha eleitoral no Brasil é caro,
09:41
é caro você fazer campanha eleitoral,
09:43
é caro uma bancada robusta no Congresso Nacional,
09:49
se fala...
09:52
Só para você ter um número,
09:54
para você ter uma ideia, você que nos acompanha,
09:56
na última eleição,
09:58
os partidos destinaram 2 milhões de reais
10:01
para cada deputado que era considerado puxador de voto.
10:06
E aí esse valor ele vai diminuindo de acordo com a expressão daquele parlamentar.
10:11
Então, Eduardo Bolsonaro recebeu 2 milhões de reais,
10:15
Marco Feliciano recebeu 2 milhões de reais,
10:19
Carla Zambelli recebeu 2 milhões de reais.
10:21
Então fazer política é caro,
10:23
só que os partidos não querem ter o ônus
10:26
de ter outras fontes de financiamento
10:28
ou de acatar essa legislação
10:30
e por isso fica esse jogo de empurra,
10:33
de estica e puxa
10:33
e sempre você tem essas mudanças
10:37
extemporâneas
10:38
nessa nossa legislação
10:41
de caráter eleitoral.
10:43
É um assinte essa proposta,
10:45
é uma...
10:45
Desculpa, espere,
10:46
uma palhaçada essa proposta
10:49
porque ela literalmente
10:51
joga no lixo
10:53
qualquer tipo de avanço,
10:55
os pequeninos avanços
10:56
que ocorreram nos últimos anos.
10:58
E só para fechar, Kenzo,
11:00
não deve parar por aí.
11:02
Não deve parar por aí.
11:04
Porque algo que já se falava
11:06
tanto na Câmara quanto no Senado
11:08
desde o ano passado
11:09
é você criar um mecanismo
11:12
para você retornar
11:13
as coligações.
11:15
Porque os partidos perceberam
11:17
que sem coligação
11:18
é muito mais difícil
11:19
você fazer deputado federal.
11:21
E aí criaram um instrumento
11:22
da federação partidária,
11:24
aquele instrumento
11:24
em que você coliga,
11:27
mas não une,
11:28
coliga, mas não funde.
11:29
E tem que andar de mão dada
11:31
por um de quatro anos.
11:33
Exatamente.
11:34
Alguns partidos perceberam
11:35
que é uma ideia complicada
11:36
de você conseguir operacionalizar.
11:38
PP e União Brasil tentaram,
11:40
mas resolveram desistir
11:42
porque não houve um acordo ali
11:44
sobre quem seria
11:45
o presidente da federação,
11:46
porque nenhum cacique
11:47
quer perder poder.
11:49
Ciro Nogueira
11:50
não quer perder poder
11:50
pelo PP
11:51
e o Luciano Bivá
11:53
não quer perder o poder
11:54
do União Brasil.
11:55
Então, assim,
11:56
é uma composição complicada.
11:59
E aí eles percebendo
12:01
que sem coligação
12:02
e com cláusula de barreira
12:04
é muito mais difícil
12:05
de você fazer um deputado federal,
12:07
qual é a solução?
12:08
Acaba logo com essa cláusula
12:09
de barreira.
12:09
O problema é que
12:11
quando esse projeto chegar,
12:13
logicamente que a gente
12:14
vai estar aqui para fiscalizar
12:15
e você que é contribuinte,
12:16
você que nos acompanha,
12:17
você também vai fiscalizar.
12:19
E é isso,
12:20
eles só estão esperando
12:21
aquele momento
12:23
em que vai estar
12:24
todo mundo dormindo
12:25
para eles poderem colocar
12:26
um projeto de um desses
12:26
por debaixo da gaveta
12:27
para ver se passa.
12:29
Mas a gente está aqui fiscalizando.
12:30
E vamos noticiar sempre,
12:32
ouviu?
12:33
Quer dar uma arrematada,
12:34
Graebi, isso?
12:36
Quero corrigir uma informação
12:37
que eu passei.
12:40
O momento em que
12:41
as candidaturas femininas
12:44
passaram a receber
12:46
30% do valor
12:49
disponível para cada partido
12:50
nas eleições
12:51
é 2015,
12:53
foi na reforma eleitoral de 2015,
12:54
eu tinha falado de 2018.
12:56
E eu quero só lembrar
12:58
um outro aspecto
12:58
escandaloso desse negócio.
13:01
Os partidos,
13:02
lembra que eles começaram
13:02
a inventar
13:03
candidatura feminina
13:05
laranja.
13:08
Não tinha candidatura,
13:09
eles só faziam de conta
13:10
que tinha.
13:11
Eles querem ser perdoados
13:12
por isso também,
13:13
de novo.
13:15
Não é só
13:16
o fato de não terem cumprido,
13:19
eles recorreram
13:20
a uma
13:21
uma coisa
13:24
desleal.
13:26
Eles falsificaram
13:27
a candidatura
13:29
e mesmo assim
13:30
querem ser perdoados.
13:31
É demais.
13:32
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