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A reportagem de capa da nova edição da Crusoé fala sobre os efeitos das fake news nas eleições deste ano, que converteram votos de evangélicos e inundaram a internet. No entanto, a sociedade está mais bem preparada do que nos últimos pleitos e conseguiu conter seus danos. Leia um trecho:

"A disseminação de notícias falsas nestas eleições era uma tragédia anunciada que, desde o ano passado, motivou ações da Justiça eleitoral e das empresas de tecnologia. A expectativa se confirmou. Nos últimos quatro meses, foram registradas 15 mil denúncias de desinformação pelo Tribunal Superior Eleitoral, TSE, sendo 562 disparos massivos de mensagens. Como nem tudo é reportado, o total de infrações é certamente muito maior, e uma avalanche de inverdades deve ocorrer nos próximos dias."

"Pesquisas confirmaram que essas mensagens enganosas viraram votos em ao menos um grupo, o dos evangélicos. Mas, nos demais, as mentiras tiveram perna curta. A conscientização sobre o perigo que as fake news representam, a remoção de conteúdos pelas redes sociais, a ação rápida dos advogados dos partidos e da Justiça eleitoral e o fato de que os dois principais candidatos são figuras bem conhecidas do público evitaram um caos maior."

"O dado que comprova a eficácia das fake news entre os evangélicos foi obtido pela Genial/Quaest: 34% deles acredita que Lula fechará igrejas se eleito. O número é chocante porque, em momento algum, o petista afirmou tal coisa, ou isso tampouco faria qualquer sentido. Mesmo assim, desde maio, o Datafolha apurou um aumento da intenção de voto em Bolsonaro entre os evangélicos de 39% para os atuais 50%."

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Transcrição
00:00FAKE NEWS, A PERNA CURTA DA FAKE NEWS, a reportagem de capa do Duda, que faz justamente a análise
00:21do impacto das fake news nesta campanha. Duda, o microfone é seu.
00:25Bom, essa matéria é meio que uma resposta à matéria que eu fiz em novembro do ano passado,
00:33que era quando começou o movimento, já prevendo que ia ter muita fake news nessa campanha,
00:42então a movimentação do TSE e das redes para evitar um caos maior. E aí com a chegada,
00:48com a aproximação do primeiro turno, eu saí apurando para ver como é que estavam as fake news.
00:57E aí, evidentemente, tem fake news para tudo quanto é lado, é impossível impedir que elas se espalhem.
01:07Qualquer pessoa aí no interior entra no YouTube e faz um videozinho falando as maiores barbaridades.
01:16Mas aí, o que eu busquei descobrir, não foi se teve divulgação de fake news, porque é óbvio que teve,
01:24que foi gigantesca, mas o impacto que elas tiveram em virar voto, né?
01:30De fato, se mudar alguma coisa na pesquisa, nas pesquisas de intenção de voto.
01:37E aí, bom, os achados estão na matéria, eu já dou uma dica aí logo no começo, né?
01:45Quer dizer, há fortes indícios de que houve uma drenagem de votos do Lula para o Bolsonaro entre os evangélicos,
01:56mas em todos os outros segmentos isso não aconteceu.
02:00A sociedade brasileira está mais bem preparada, pelo que eu averiguei aí com várias fontes, para lidar com esse problema.
02:09Muito bem.
02:15É, acaba, a gente...
02:18É aquela velha história, né?
02:19A gente viu aí o judiciário muito preocupado com essa questão das fake news,
02:24tentando regular, né?
02:26Há anos isso acontece, esse debate, inclusive, eu mesmo participei de um debate no CNJ,
02:32quando a Carmen era presidente do Supremo e do CNJ,
02:35um debate sobre fake news, né?
02:38E sempre me chamou muita atenção essa tentativa.
02:41Na época, eles tinham criado um grupo, Duda, um grupo para fiscalizar fake news, né?
02:47E aí era curioso, porque tinha Polícia Federal, tinha ABIN, tinha técnico do TSE,
02:52e não tinha o profissional de informação, não tinha um jornalista, né?
02:56A gente foi até num seminário, eu e mais outros dois ou três jornalistas,
03:00mas não tinha, não havia no grupo de trabalho do TSE, nenhum, do CNJ, perdão,
03:07nenhum profissional de informação, nenhum jornalista.
03:10Até coloquei essa questão e a gente viu essa tentativa aí de controle, né?
03:15Do que é fake news, do que não é fake news, se reforçada, né?
03:19As iniciativas serem reforçadas, fizeram muitos acordos,
03:24fecharam vários acordos com essas plataformas.
03:26Nós já explicamos aqui em outro momento que as plataformas não interessa
03:32combater efetivamente, essa é a verdade, combater efetivamente as fake news,
03:39porque elas se beneficiam do tráfego, se beneficiam do radicalismo político,
03:43se beneficiam dessa guerra, dessa batalha digital,
03:49porque quanto mais tráfego, mais eles rentabilizam, monetizam,
03:52mais dinheiro eles ganham, mais dinheiro eles embolsam.
03:54E no fim do dia, o que importa é como o próprio mercado se autorregula,
04:01que é como o próprio consumidor de informação, ele se posiciona, né?
04:06O consumidor de informação, ele começa a se educar, né?
04:11Nós, como profissionais de informação, oferecemos,
04:15nos dedicamos a esclarecer e a ajudar a formar esse leitor,
04:21na medida do possível, do nosso alcance,
04:23e o leitor, ele, e eleitor, ele também começa a se dar conta
04:31de que tem muita fake news rolando, de que não dá para acreditar em tudo,
04:36de que preciso escolher as fontes mais seguras de informação,
04:41e aqui, o antagonista e a Cruzoé são fontes seguras, independentes,
04:46importantes de informação.
04:48A gente, naturalmente, defende essa nossa postura profissional,
04:55porque é feita com muita honestidade, né?
04:58A gente trabalha com muita honestidade intelectual,
05:01não temos nenhum tipo de... não pagamos aqui nenhum pedágio ideológico,
05:06muito menos comercial.
05:07Então, é isso.
05:09Acho que as pessoas vão descobrindo, vão entendendo.
05:11Então, parabéns aí pela reportagem de capa.

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