- anteontem
Em entrevista a Os Pingos nos Is, o professor de relações internacionais Vladimir Feijó debate a postura do Irã de não ver "sentido em acordo de cessar-fogo" com Israel e EUA.
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NotíciasTranscrição
00:00A gente vai receber mais um convidado, o professor de Relações Internacionais, Vladimir Feijó.
00:06Volta aqui a programação da Jovem Pan, o professor sempre colabora com a gente.
00:09Professor, seja bem-vindo, ótima noite a você.
00:12Claro, a notícia do momento, o presidente norte-americano confirmando um cessar-fogo entre Israel e Irã.
00:19Mensagem publicada há pouco na sua rede social, True Social, dizendo que inclusive a trégua começa dentro de seis horas.
00:27Agora, há ponderações e avaliações a respeito do Irã.
00:33É preciso também que haja uma concordância e uma mensagem de alguma autoridade do Irã confirmando esse posicionamento.
00:44E aí a nossa produção acabou de levantar mensagens que foram compartilhadas por canais e páginas de notícias do Irã,
00:52dizendo o seguinte, até o momento, nenhuma autoridade oficial iraniana emitiu qualquer declaração sobre um cessar-fogo.
01:01Enfim, queria pedir sua reflexão e análise a respeito do anúncio de Donald Trump,
01:05mas também as perspectivas caso não venha uma confirmação de alguma autoridade iraniana.
01:10Boa noite, Daniel, uma satisfação estar no Pingo dos Rios, contribuindo com essa circunstância
01:16que vez por outra me faz sentir um tanto quanto marionete dentro das análises,
01:22óbvio, por causa desse joguete político que parece ter sido implementado na cultura entre certas lideranças.
01:32Falas ditas para o grande público num sentido e falas ditas para emissários específicos
01:40para aparecer na nota de portais de notícia, portais específicos de estratégia,
01:45dando indício que poderia ser tudo um grande jogo coreografado.
01:50Essa mensagem das autoridades iranianas vieram exatamente por esses canais de pessoas
01:56que têm acesso ao serviço diplomático e militar, que foram previamente informados dessas conversas
02:05que, segundo Donald Trump, estavam em andamento e fechou-se ao acordo.
02:09E aí as autoridades iranianas foram questionadas e publicamente para esses repórteres disseram
02:16que não têm conhecimento.
02:18E mais cedo, mais cedo não, há pouco tempo atrás, o portal que o Irã mantém em língua árabe
02:24disse só apenas a repercussão do que o Donald Trump, mas sem nenhuma nota,
02:29dizendo que o regime concorda com esse tipo de cessar-fogo, com esse tipo de proposta.
02:36Portanto, por enquanto, o que eu teria de análise são dois indicativos.
02:40A história até amanhã de hoje do Irã, que acredita que não dá para confiar
02:45nem nos Estados Unidos, nem na União Europeia como mediador do conflito,
02:50e a notícia desses jornalistas de 40 minutos atrás de que a resposta do Irã
02:56é que não vê sentido hoje num cessar-fogo.
03:00Aí fica toda a dúvida se o Irã teria ou não condição militar de seguir combatendo,
03:06se não seria realmente o momento oportuno de fechar um cessar-fogo.
03:10Do lado israelense, parece que tudo coincide com as notícias iniciais
03:15de que havia um preparo de até 12 dias, ou seja, estamos chegando até ele,
03:20e que as notas de 11 horas da manhã, que haveriam ataques sucessivos nos próximos dias,
03:26pode ser que não precisem acontecer, como o Augusto da Stand With Us disse agora há pouco,
03:31eles podem ter acelerado o número desses alvos com 80 aeronaves,
03:37podendo, portanto, encerrar mesmo esse volume de ataques preventivos sobre o Irã
03:42nas próximas horas. Mas também corroboro da possibilidade que sumiu do noticiário
03:48onde estão os 300 quilos de material radioativo do Irã,
03:53que poderiam estar escondidos em outro país,
03:55assim como aquela ameaça do ex-presidente russo e hoje membro do Comitê de Segurança,
04:01o Medvedev, que outro país poderia ajudar o Irã a reconstruir o seu programa nuclear,
04:06ofertando uma espécie de guarda-chuva de segurança,
04:10ofertando de momento alguma bomba que o outro país tenha para o Irã ter essa intimidação para os países vizinhos.
04:17Professor Vladimir Feijão, vivo com a gente aqui em Os Pingos nos Is.
04:21Próxima pergunta, Henrique Kriegner.
04:23Professor, boa noite. A minha pergunta é justamente nesse ponto que o senhor começou a mencionar aqui agora,
04:29e eu sei que quando a gente vai analisar, especialmente o cenário internacional no momento de guerra,
04:33é muito difícil para nós entrarmos nas hipóteses, sem ficar no cenário hipotético, no e se, e se.
04:40Mas eu quero pedir licença para justamente isso.
04:44E se? Nós temos a evidência que o ataque dos Estados Unidos foi bem sucedido
04:49em destruir ali o complexo de Ford, que é ali no Irã.
04:55Mas, como o senhor falou, nós não temos a evidência de que o material nuclear que estava sendo enriquecido
05:01foi, de fato, destruído. O complexo, sim.
05:04E o Irã alega ter removido o material para outro lugar.
05:08Nesse cenário, esse cessar-fogo pode ser uma estratégia?
05:12Ou qual é o risco de que esse potencial cessar-fogo agora
05:17seja, de fato, uma estratégia de distração do inimigo por parte do Irã?
05:22E, com isso, eu emendo em outra coisa também.
05:25O Ayatollah Kamenei, quando, uma vez que houve ali o ataque por parte dos Estados Unidos,
05:31ameaçou dizendo que haveria retaliação e que Estados Unidos pagariam preço caro por isso.
05:37O ataque que foi feito hoje às bases no Catar não me parece ser um preço muito caro.
05:43Ninguém ficou ferido, também não teve danos severos às bases,
05:48os mísseis foram interceptados, graças a Deus, mas, na lógica dos iranianos, não foi um preço caro.
05:56A gente sabe também que os iranianos não têm mísseis intercontinentais que poderiam chegar a solo americano.
06:02Portanto, o que parece, e aí de novo, e se, que o Ayatollah fazia referência, talvez,
06:09às células terroristas no solo americano.
06:13Esse cessar-fogo desarma completamente essas hipóteses, essas possibilidades.
06:19O mundo pode respirar tranquilo ou ainda é cedo demais para a gente chegar nesse ponto?
06:24A minha primeira ponte de partida é que eu não posso presumir de forma absoluta
06:29que o Irã é um regime fraco ou mesmo um poder militar fraco.
06:33Eu tenho que considerar que eles preservaram certos equipamentos caso a guerra fosse prolongada.
06:39Mas também tem que acreditar que o regime está enfraquecido.
06:43E olhando no panorama grande, eu vejo benefícios tanto para os Estados Unidos,
06:48quanto para Israel, quanto para o Irã, fazer um cessar-fogo.
06:51Cada um dos lados pode, sim, também tem que levar isso em consideração,
06:56armando com o outro lado, ou contra o outro lado, para, de alguma forma, se reorganizar.
07:02Do lado dos Estados Unidos, daria ao Donald Trump um sopro de abafar as discussões de impeachment
07:10sobre o argumento que estaria iniciando uma guerra prolongada,
07:14ou seja, fechar um cessar-fogo neutralizaria esse argumento.
07:18Dá a Israel a possibilidade de não ter interrompida o seu espaço aéreo
07:23e reabastecer com mísseis que poderiam estar no fim desses mísseis do sistema de defesa aérea
07:31e dar um sopro de capacidade de aumentar, mais uma vez, o potencial de eficiência desse sistema,
07:39que estava na faixa de 95% e baixou para entre 80% e 85%, dependendo do dia dos ataques.
07:46Assim como do Irã, eliminaria um tanto das pressões, dos contínuos ataques,
07:52as estruturas de manutenção e repressão do regime, dando a eles todo um volume ou uma chance de reorganizar.
08:00A parte dos discursos e as virulências, o superlativo do regime,
08:05ele consegue mostrar essas postagens, esses discursos internos,
08:10mas ao bloquear a internet e ter censura, o seu povo interno talvez não está sabendo
08:15o panorama total da realidade e, de alguma forma, talvez tenha também,
08:20ou venha a amenizar as pressões daqueles que se sentiriam intimidados,
08:26com demonstração de que o Irã estaria enfraquecido, dando a ele esse sopro aí de tentar se organizar.
08:33Vou fazer uma informação para a nossa audiência, porque o Irã emitiu um alerta de evacuação
08:39para os moradores de Tel Aviv, inclusive para o distrito de Hamat Gan,
08:45que fica bem próximo a Tel Aviv.
08:48E essa medida acontece depois do porta-voz militar de Israel emitir um alerta muito parecido
08:54para os moradores de Teherã, para que os moradores do distrito 7,
08:59que é uma região ali da capital iraniana, se protegessem,
09:02porque o exército israelense lançaria um ataque.
09:05Enfim, o nosso convidado há pouco trouxe essa informação,
09:08uma intensificação dos ataques, das hostilidades, nessas últimas horas,
09:13até o início da vigência do cessar-fogo.
09:16Enfim, são essas as informações que nós temos.
09:19Antes de passar para o Dávila e para o Mota, deixa eu só demandar o professor Vladimir.
09:26Professor, há pouco a produção compartilhou informações de análises internacionais
09:32a respeito de uma possível articulação também feita pela Rússia
09:38para alcançar esse cessar-fogo,
09:41para tentar achar um meio caminho aí
09:46ou acertar algum tipo de base para esse cessar-fogo com os Estados Unidos,
09:52já que o ministro de Relações Internacionais Exteriores do Irã
09:56foi à Rússia para se consultar com Vladimir Putin em relação a esse conflito.
10:01Queria que você trouxesse uma breve análise sobre o possível papel da Rússia
10:06nessa articulação, de que maneira ela pode colaborar com uma desescalada do conflito.
10:12Dois motivos em especiais tendem a confirmar essa ingerência russa em favor de um cessar-fogo.
10:20O primeiro deles é a incapacidade da Rússia dar atenção absoluta para esse conflito no Oriente Médio,
10:27já que está lá com o seu plano contínuo de conquista de novos oblastes da Ucrânia.
10:32E o segundo elemento, que o Vladimir Putin deixou claríssimo nos dois últimos dias,
10:37que apesar de criticar ações de Israel, considera Israel como um Estado russo,
10:43já que por volta entre 17% e 21% da população israelense ou tem a chance de dupla nacionalidade
10:50ou fala russo no seu dia a dia e que, portanto, teria muitas dificuldades de fornecer armamento
10:56e entrar nessa guerra direta entre Irã e Israel.
11:00E, portanto, pode ser que orientou o Irã, as autoridades iranianas,
11:06de fechar um cessar-fogo e aguardar um outro momento para o grande conflito
11:11que seria com os mesmos inimigos que a Rússia enfrenta,
11:15seja ela a OTAN, seja ela o Ocidente ou seja ela mesmo os países europeus
11:20sem considerar os Estados Unidos.
11:22E, por isso, construir parcerias mais duradouras que permitiriam uma vitória no futuro.
11:27Vladimir Feijó, professor de Relações Internacionais,
11:32conversando ao vivo com a gente aqui na Jovem Pan News.
11:34Próxima pergunta, Roberto Mota.
11:38Professor, como o senhor acha que a política americana em relação ao Irã
11:44vai mudar a partir de agora?
11:48Boa pergunta.
11:50A depender de qual vai ser a configuração desse cessar-fogo
11:53e se ela inclui uma retomada do Irã a uma fiscalização internacional
11:59do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares
12:03e, em especial, se estará coordenada ou não com suspensão de sanções econômicas,
12:10portanto, a considerar o que vai acontecer no futuro.
12:13Do lado de um segmento estratégico das Forças Armadas dos Estados Unidos
12:19e do Serviço de Inteligência continua, nos 30 últimos anos,
12:24a tentativa de fragmentar potenciais inimigos americanos.
12:29Isso envolve a tentativa de desfragmentar, mesmo em múltiplas nações,
12:34três países, a Rússia, a China e o Irã.
12:37De preferência, os três.
12:38Então, não imagino que os agentes políticos vão ficar isentos
12:43dessas pressões e estratagemas do chamado Deep State
12:47para seguir com esse plano que eles têm há muitas décadas.
12:50Pois é, a nossa produção segue monitorando o que acontece ao redor do mundo,
12:54as principais agências de notícias, os veículos internacionais
12:58e, há pouco, o vice-presidente norte-americano J.D. Vance
13:01concedeu uma entrevista ao canal Fox News
13:04e aí a nossa produção separou uma resposta,
13:07uma reflexão interessante do vice-presidente,
13:10dizendo que os iranianos, eles se referem naturalmente ao regime,
13:14o que os iranianos dizem em público e no privado,
13:19às vezes, pode ser muito diferente.
13:21Enfim, fazendo uma análise sobre, talvez, o jogo duplo,
13:23aquilo que é divulgado nas redes sociais,
13:26as manifestações feitas pelas autoridades
13:28e o que, de fato, o regime pensa e defende.
13:32Passa agora para o Luiz Felipe Dávila,
13:34que fará mais uma pergunta para o nosso convidado,
13:36o professor Vladimir Feijó.
13:38Você, Dávila.
13:38Professor Vladimir,
13:42suponhamos que realmente essa mensagem é o fim da guerra,
13:45como disse Donald Trump com a confirmação do Irã.
13:48Eu sempre disse aqui que eu fico sempre esperando o Irã.
13:50Enquanto o Irã não falar,
13:51não dá para acreditar muita coisa no que está acontecendo.
13:54Mas o ponto é o seguinte,
13:55parece que, neste momento,
13:58todo mundo sai, entre aspas, vitorioso.
14:01O Irã salva o seu regime político
14:03e salva parte do seu poderio bélico
14:05para ser recuperado para uma guerra futura,
14:07como o senhor bem colocou.
14:08Israel se sente seguro o suficiente,
14:11porque destruiu o programa,
14:13praticamente, por um bom tempo,
14:15o programa atômico do Irã,
14:17e debilitado o Proxis,
14:19tanto Hamas Hezbollah como o Yudhis.
14:23É possível retomar o famoso acordo
14:27que estava para ser assinado
14:29antes do dia 7 de outubro,
14:32quando essa paz voltara ao Oriente Médio,
14:34ou ele foi sepultado para sempre?
14:36A depender de quais seriam os critérios,
14:41pelo menos o discurso contínuo do Irã
14:43nos quatro últimos dias
14:45e dos seus aliados diplomáticos,
14:47é que o Irã tem o direito de ter um programa
14:49para fins pacíficos.
14:51A Rússia insiste que vai continuar construindo
14:53as cinco usinas que usam material radioativo no Irã,
14:58disposto, inclusive,
14:59a subir o seu pessoal presente no território iraniano,
15:02que hoje está por volta de 200 para 600,
15:06como uma espécie de intimidação
15:08para futuros ataques,
15:09ou contra futuros ataques.
15:12Portanto, é preciso acompanhar esses termos
15:15que seriam propostos pelas nações
15:18que estavam negociando,
15:19e, em segundo lugar,
15:21o que o Congresso iraniano irá fazer,
15:24já que ontem e hoje teve indícios
15:27que pretende interromper a cooperação
15:29com a Agência Internacional de Energia Atômica
15:31e esse seria um passo preliminar
15:33de abandonar, denunciar
15:36o Tratado de Não-Proliferação Nuclear
15:38e pode aí usar as negociações
15:40como uma espécie de adiamento
15:42enquanto essas decisões são tomadas internas
15:45e mude a circunstância,
15:47dentre outras coisas,
15:48de rapidamente produzir a bomba
15:50e aí fato consumado
15:52depois simplesmente sai do tratado
15:54e anuncia toda essa nova realidade.
15:57Então, eu sou como você,
15:58eu prefiro aguardar os anúncios oficiais
16:01de o que estaria em negociação,
16:04mas ainda assim ficaria muito cauteloso
16:06em acreditar que as partes estariam
16:08de boa fé nessa negociação.
16:11Pois é, inclusive,
16:12há essa expectativa de um anúncio oficial
16:15de uma autoridade iraniana
16:17e a nossa produção, inclusive,
16:19o trabalho do Felipe Gustavo,
16:21ele monitora alguns jornalistas
16:24que cobrem os assuntos da guerra
16:27no Oriente Médio
16:28e aí tem a conta do Mohamed Ali Shabani
16:31na rede social X
16:32e ele fez a seguinte publicação
16:34há alguns minutos.
16:36Fontes iranianas confirmam
16:38que um cessar-fogo com Israel
16:39foi acordado.
16:41Segundo uma fonte,
16:41essa trégua vai começar a valer
16:44às treze e meia da madrugada,
16:46horário de Jerusalém.
16:47E aí tem uma outra informação
16:49que foi compartilhada
16:50por outros jornalistas
16:51dizendo que uma autoridade iraniana
16:53teria confirmado a informação
16:56à Al-Arabia
16:57que o acordo foi alcançado
16:59para interromper a guerra
17:00entre Irã e Israel.
17:02Mas assim,
17:03não tem um anúncio oficial
17:04de nenhuma autoridade iraniana.
17:06É preciso considerar
17:08essa informação também.
17:10Professor,
17:11claro que serão momentos
17:13de muita cautela,
17:14mas o Augusto Lerner
17:17do Stand With Us Brasil
17:19trouxe a informação
17:20que haveria a possibilidade
17:22de uma intensificação
17:23dos ataques
17:23até o início da vigência
17:26desse cessar-fogo.
17:27Claro que é um momento
17:28muito delicado,
17:29para que o nosso público
17:31possa compreender.
17:33A guerra vale até o início
17:35do cessar-fogo.
17:36A partir do cessar-fogo,
17:37mas nenhum dispositivo
17:40pode ser disparado.
17:42E aí o cessar-fogo
17:43pode ser descumprido
17:45por uma das partes,
17:46sob a alegação
17:47de que houve um problema técnico.
17:50Houve um disparo
17:52de maneira
17:52que aquelas pessoas ali
17:56que tomam conta
17:58dos dispositivos
17:59por alguma razão,
18:00algum tipo de problema técnico,
18:02acabou efetuando o disparo.
18:04Quais são as considerações
18:05que a gente precisa fazer
18:06também olhando
18:07para outras guerras,
18:10blefe,
18:11acordos que não foram cumpridos,
18:13porque assim,
18:14muitos comemoram,
18:15batem palmas,
18:16estouram rojões,
18:17mas tudo isso
18:18pode cair por terra também,
18:19a depender do que acontecer
18:20nas próximas horas.
18:22Só a complementar
18:23que o Lerner trouxe,
18:24mas não chegou a dizer,
18:25Israel também intensificou
18:27ataques no Líbano
18:28e no Iêmen
18:29para exatamente seguir
18:31degradando esses próxys
18:33de evitar que mesmo
18:34que um cessar-fogo
18:35com o Irã
18:36seja firmado,
18:37essas forças
18:38tenham capacidades
18:40de continuar
18:41atacando Israel
18:42e adiar uma sensação
18:44de segurança interna
18:45para o povo
18:46que reside em Israel.
18:48Então,
18:48o que a gente tem
18:49que acompanhar,
18:50sim,
18:50que os caminhos diplomáticos
18:52fechando um acordo
18:53não significa
18:54um resultado
18:55definitivo
18:56de pacificação
18:57da região,
18:58porque a qualquer momento
18:59a realidade
19:00pode mudar,
19:01qualquer um dos lados
19:02pode perceber
19:03movimento do outro lado
19:05ou que foi enganado
19:07das negociações
19:08e o movimento
19:09de cessar-fogo
19:11ser interrompido
19:11com uma nova rodada
19:13de ataques.
19:14E, como eu chamava
19:15a atenção,
19:16não quer dizer
19:17que os próxys
19:18vão recuar.
19:19Nada há,
19:20por enquanto,
19:21de notícia
19:21de negociação
19:22que envolva
19:23também os próxys
19:25do Iraque,
19:26do Líbano
19:27e também
19:29do Iêmen.
19:30Por enquanto,
19:31a notícia
19:31do Donald Trump
19:32de um cessar-fogo
19:33direto entre
19:34Israel e Irã,
19:35mas sem muitas minúcias
19:36sobre ataques
19:38que viriam
19:38de outros grupos.
19:40Apenas esse
19:41cronograma de horas
19:42em que o Irã
19:43pararia,
19:44Israel depois pararia
19:45e depois os dois,
19:46em definitivo,
19:47interromperiam
19:48qualquer agressão.
19:49Pois é,
19:50bem interessante isso,
19:51porque qualquer
19:51míssil disparado,
19:53a depender
19:54da situação,
19:56do momento
19:56e do horário,
19:57um dos países
19:59poderia atribuir
20:00a um aliado,
20:01não fomos a gente,
20:03não foram as nossas
20:03forças que dispararam.
20:05Só deixa eu ver,
20:06a gente ainda tem,
20:07o professor Vladimir
20:07está quase
20:08encerrando o horário
20:10aqui com a gente,
20:10mas professor,
20:11eu vou pedir que o Mota
20:12faça mais uma pergunta.
20:13Mota,
20:13está com você.
20:15Professor,
20:16se o regime
20:17dos ayatolais
20:18fosse derrubado
20:19e substituído
20:20por um regime
20:21mais normal
20:22em linha
20:23com os outros
20:24da região,
20:25o senhor acha
20:26que isso poderia
20:27representar
20:29um grande impacto
20:30no Oriente Médio?
20:32Tenho cá
20:33as minhas dúvidas.
20:34Se é um regime
20:35equivalente
20:36com a região,
20:38isso significa
20:38que no seu lugar
20:39também existiria
20:40um regime
20:41que se sustenta
20:42na base
20:43da repressão.
20:45Boa parte
20:45dos países
20:46vizinhos
20:47tem mão de obra
20:48importada
20:49de outros países
20:50e não assegura
20:51para essas pessoas
20:52os mesmos direitos
20:53do que
20:54os seus cidadãos
20:55e também
20:55mantém
20:56um sistema
20:56fechado
20:57de vigilância.
20:59Entre aqueles
21:00fóruns
21:00que acompanham
21:01os riscos,
21:03a possibilidade
21:04de uma transição
21:05progressiva
21:06em favor
21:07de um regime
21:08democrático,
21:10ou seja,
21:10mais próximo
21:11ao que a gente
21:11está acostumado
21:12a viver
21:13e defender
21:14que exista
21:14ao redor do mundo,
21:16não beira 10%.
21:17A maior probabilidade
21:18seria de um regime
21:19militar comandado
21:21ou pelas forças
21:22armadas
21:23ou pelo que sobrar
21:24da guarda
21:25revolucionária,
21:26então a gente teria
21:26algo parecido
21:27com o Paquistão,
21:29ainda mais
21:29se seguir
21:30usando essa
21:32expressão religiosa
21:33como fundamento
21:34da manutenção
21:35do Estado.
21:35A segunda maior
21:36probabilidade
21:37é aquela
21:38que está
21:39dentro do sonho
21:40de alguns
21:40estrategistas
21:41geopolíticos globais,
21:42que é a fragmentação
21:43do país
21:44em uma guerra
21:45civil,
21:46e aí o cenário
21:47traria mais
21:48instabilidade
21:49para a região
21:50em especial.
21:52Se aqueles
21:52do grupo
21:53religioso
21:54radical
21:55sentirem
21:56que a perda
21:56de um regime
21:57teocrático
21:58deve dar lugar
21:59a uma tentativa
22:00de construir
22:00uma nova
22:01teocracia
22:02ao estilo
22:03que fez
22:03o Estado
22:04Islâmico,
22:05a gente pode ver
22:05uma onda
22:06de violência
22:07e prática
22:08de terrorismos
22:09até na tentativa
22:10de construir
22:11um novo
22:12grande Estado,
22:13sabe-se lá
22:13com qual
22:14delimitação
22:15territorial.
22:15Estar fogo
22:17anunciado
22:17por Donald Trump
22:18ainda não
22:19confirmado
22:19pelas autoridades
22:21iranianas
22:22em análise
22:22nessa entrevista
22:23especial com
22:24Vladimir Feijó,
22:25professor de
22:26relações internacionais,
22:27sempre conversa
22:28com a gente
22:28diretamente
22:29de Belo Horizonte.
22:31Eu agradeço
22:31mais uma vez
22:31pela participação.
22:32Professor,
22:33grande abraço,
22:34boa noite e até breve.
22:36Espero até breve também.
22:37Muito obrigado pelo espaço,
22:39boa noite e abraço.
22:40Boa noite.
22:40Boa noite.