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A brasileira Juliana Marins foi encontrada morta na Indonésia após passar dias esperando por resgate em uma trilha, não resistindo aos ferimentos. A tragédia levanta questionamentos sobre as operações de busca e a possível negligência do estado.

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Transcrição
00:00E tem uma outra história de imensa repercussão que a gente ouviu em todos os cantos hoje,
00:05seja em grupos de WhatsApp, seja em rodas de amigos ou até mesmo de desconhecidos,
00:09que é o caso da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos,
00:13que foi encontrada morta nesta terça-feira, depois de cair ali no vulcão, na Indonésia,
00:20durante uma trilha na última sexta.
00:23A Valéria Luizete vai trazer as informações pra gente agora,
00:26porque foram muitos detalhes e sequências desencontrados, né Valéria, nessa história.
00:33A família precisou entrar com tudo e cobrando as autoridades pra que algo fosse feito.
00:39O que se sabe até o momento? Conta pra gente, bem-vinda.
00:45Pois é, boa tarde Evandro a todos que nos acompanham.
00:48Uma história com um final trágico, né?
00:51Foram quatro dias de buscas aí pela jovem Juliana,
00:54todos na expectativa de que ela ainda pudesse ser encontrada viva,
00:59mas infelizmente o que a gente teve de confirmação hoje
01:02é que infelizmente ela não resistiu a esses quatro dias depois do acidente, né?
01:08O acidente no Monte Rinjani, né, na Indonésia,
01:12que inclusive é o segundo maior vulcão da região,
01:15aconteceu por volta das quatro horas da madrugada do sábado local, na Indonésia,
01:19e uma hora da tarde de sexta-feira aqui no Brasil.
01:23Juliana, ela então fazia a trilha junto de outros seis turistas e pelo menos dois guias.
01:29Ela, de acordo com a família, como você disse, né,
01:32a família que trouxe uma pressão, tentou descobrir mais detalhes do que realmente aconteceu.
01:37Então, de acordo com a família dela,
01:40ela teria ficado cansada ao longo dessa trilha,
01:42que exige bastante ali, né, do físico.
01:44Inclusive é necessário ter um grande preparo físico para realizar essa trilha
01:49e ela então teria ficado cansada, pediu para o guia para parar um pouco
01:53e o guia teria prosseguido a viagem e a deixado sozinha lá.
01:58De acordo com o próprio parque, onde fica esse vulcão,
02:02ela teria se desesperado e o que pode ter provocado aí essa queda dela.
02:07Houve, inclusive, o relato do próprio guia que estava junto dela,
02:10ali, Mustofa, de 20 anos,
02:12que afirmou que combinou de esperá-la um pouco mais à frente ali,
02:16cerca de três minutos de diferença,
02:18mas quando viu que ela não aparecia, cerca de 15, entre 15 e 30 minutos depois,
02:23viu que alguma coisa tinha realmente acontecido, estava errada,
02:27voltou até o local onde havia deixado ela
02:30e foi então que ele viu que ela estava a cerca de 150 metros de profundidade ali
02:36em direção ao penhasco.
02:39Diante de tudo isso, começaram, então, as buscas, né, para tentar esse resgate
02:45e a gente foi acompanhando passo a passo.
02:48E diante de tudo isso, inclusive, informações falsas, né, Evandro?
02:52Surgiram um possível vídeo ali de um resgate,
02:55surgiu no sábado, de que ela poderia ter sido tirada,
02:59inclusive informações de que alimentos e água poderiam ter sido fornecidos ali para jovem,
03:05mas, na verdade, nada disso se confirmou, realmente não foi possível o contato direto com ela.
03:11Drones chegaram a fazer imagens dela ali,
03:14realmente até o momento em que, aparentemente, ela ainda estava viva,
03:18mas ainda não havia confirmação.
03:21O que se sabe é que, realmente, ela foi deslizando, Evandro.
03:24Uma equipe chegou a parar ali cerca de 600 metros de profundidade, né,
03:29para tentar o resgate ali dela, visto que, de acordo com as más condições climáticas,
03:36não foi possível fazer isso por ar.
03:38Então, eles foram tentando, realmente, ali pelas cordas.
03:43Cerca de 600 metros eles pararam ali entre sábado e domingo,
03:47mas aí tiveram que fazer essa pausa,
03:49desculpa, entre segunda e terça-feira.
03:51E aí, quando foi hoje, na terça-feira,
03:54um deles conseguiu, realmente, descer por volta dos 600 metros,
03:59que é onde estava o corpo da jovem Juliana.
04:03Agora, a gente segue acompanhando toda essa história.
04:05É claro que os familiares querem entender um pouco melhor o que aconteceu.
04:08A gente está vendo uma repercussão no Brasil todo, né?
04:12O Ministério das Relações Exteriores lamentou a morte dela.
04:15A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
04:18Diversas autoridades, o governo do Rio, Cláudio Castro,
04:24e até o próprio prefeito, também, de Niterói, né?
04:26De onde ela era, decretou o luto oficial de, pelo menos, três dias na cidade.
04:32E destacou, assim como tantas outras pessoas,
04:35essa questão da precariedade, né?
04:37Durante esse resgate, né?
04:39Será que nada poderia ter sido feito antes, né?
04:44Ela não poderia ter sido, realmente, retirada do local?
04:47Ficam todos esses questionamentos.
04:50Mas o que a gente tem de confirmação, também,
04:52é que a previsão é de que o corpo dela seja içado
04:55por volta das sete, oito horas da noite
04:58de hoje, aqui, do Brasil, da região onde está.
05:01A gente segue acompanhando, infelizmente,
05:03essa história bastante triste, Evandro.
05:05E, é claro, né?
05:07O corpo ainda, provavelmente, será trazido ao Brasil.
05:10E tudo isso continuará repercutindo, não só aqui no país,
05:16como, é claro, num ponto turístico tão importante para o mundo todo.
05:20Muito obrigado, Valéria Luizete.
05:22Um abraço para você.
05:23Todos nós ficamos muito consternados com essa história.
05:25E há, claro, mais uma vez, uma polarização na rede social,
05:29muita gente também tirando conclusões antecipadas.
05:31Eu acredito que cobrar qualquer tipo de autoridade
05:34para que o resgate tenha sido feito de maneira mais ágil
05:37ou cobrar as autoridades por uma possível negligência,
05:41esse é um movimento interessante,
05:42porque assim talvez você consiga alguma diferença.
05:45Agora, você, de alguma forma, tentar culpar a vítima
05:48ou jogar qualquer responsabilidade nesse momento
05:50em que a família nem sequer teve contato com o corpo dela ainda
05:54e depois de passar dias extremamente angustiada
06:00sem saber o que seria ou se esse resgate, de fato, seria consolidado,
06:05o que isso mudaria na vida de alguém?
06:07Então, talvez, se for para emitir esse tipo de comentário na rede social,
06:11que guarde para si ou que guarde a sua opinião,
06:15o que a família menos precisa agora é qualquer tipo de julgamento
06:18em relação às decisões que foram tomadas pela Juliana
06:21ao fazer esse passeio, ao escolher esse guia.
06:24E, enfim, eu acho que essa é uma reflexão que a gente precisa fazer
06:27um pouco também sobre o direito de cada um viver o seu sofrimento
06:32ou o seu luto sem interferência de ninguém,
06:35mesmo com as notícias ganhando repercussão mundial.
06:37Como é que você avalia, Gani?
06:38Perfeito. Não tenho nada a acrescentar assim embaixo de tudo que você falou.
06:41Agora, Fábio Piperno, como é que você avalia também
06:43a maneira como as autoridades se manifestaram,
06:46o apoio que foi oferecido pelo Brasil em termos de cobrança
06:49às autoridades da Indonésia,
06:51às manifestações do governo da Indonésia
06:53de que houve certa demora também para a comunicação,
06:56oito horas depois, segundo o governo local.
06:59Mas a gente está falando também de um local de difícil acesso,
07:02de um roteiro que levaria três,
07:06que leva de três a quatro dias em média
07:08para se chegar ao topo,
07:09que é onde o pessoal gosta de fazer, de fato, a finalização,
07:12que é onde você tem aquela imagem do alto,
07:15ali das montanhas e do vulcão.
07:16Como é que você avalia toda essa questão, Piperno?
07:18Que o acesso deve ser extremamente complicado,
07:20eu não tenho a menor dúvida.
07:21E a comunicação também.
07:22Claro, claro, porque, veja,
07:25a gente recebeu a notícia da confirmação,
07:28infelizmente, da morte dela,
07:29mais ou menos oito horas.
07:30Enfim, me lembro que estava de manhã em casa,
07:33e aí, então,
07:34enfim, naquele momento,
07:36veio a confirmação por parte do pai dela.
07:38Ora, se oito horas depois o corpo ainda não foi içado,
07:42é porque realmente a região é complicada.
07:44Agora,
07:47em contrapartida,
07:48houve um momento em que um drone
07:50identificou a moça ainda com vida.
07:53Então, se já sabia que ela estava lá,
07:57o que será que faltou para o resgate ser feito,
07:59ou pelo menos para que ela fosse alimentada,
08:02recebesse os primeiros socorros?
08:04E a infelicidade de entender que ela foi deslizando.
08:07Ou seja,
08:07se o socorro tivesse sido prestado num primeiro momento,
08:10talvez a operação não se tornasse tão difícil quanto foi.
08:13Claro que havia questão de neblina,
08:15questão de temperatura,
08:16tudo isso dificulta muito o resgate.
08:18Mas, quanto mais profundo ela foi chegando,
08:22mais difícil você tornava essa operação, Gustavo Segret.
08:25Mas, quando a gente vai no cinema,
08:27a primeira coisa que vê é as saídas de emergência,
08:31se estão todas as questões de segurança
08:33implantadas no lugar,
08:34imagino que para que ter uma autorização
08:36de exploração turística desse lugar,
08:39deveria ter também uma eventualidade para saber,
08:42se alguma pessoa escorregar,
08:45quais são os procedimentos de resgate?
08:47Se não tiver um procedimento de resgate
08:49que consiga tirar essa pessoa,
08:50esse lugar não pode estar aberto ao público.
08:52E aí não tem a ver com que a culpa é da mulher?
08:55Bom, morreu.
08:56Como vai jogar a culpa numa pessoa que morreu,
08:58mesmo que possa ter sido um acidente,
09:00como tudo indica, a ter uma imprudência.
09:03Quando nessa hora,
09:04e eu espero que nenhum das pessoas
09:06que colocou a culpa na pessoa
09:07possa estar nessa situação.
09:10Porque é muito ruim um comentário
09:11que não agrega absolutamente nada,
09:13não traz a vida da pessoa de volta.
09:15O que ganha uma pessoa em dizer
09:16a culpa foi da moça que se jogou?
09:18Não interessa.
09:19A pessoa morreu.
09:20E devemos respeitar o luto da família.
09:22E tem a informação de que em cinco anos
09:25já foram registrados 180 acidentes
09:26e oito mortes nesse local.
09:29O próprio Parque divulgou.
09:30Fala, Gani.
09:30Não, primeiro que você tem também, Evandro,
09:32uma série de atividades
09:33que são atividades consideradas de risco
09:36e que tem algum grau de risco,
09:38mergulho, paraquedismo,
09:39e tem eventuais fatalidades.
09:41E nem por isso a gente vai ficar culpando a pessoa,
09:45porque é uma atividade de risco.
09:46Agora, o que a gente tem que culpar
09:48é justamente as pessoas que têm condições
09:50ou de evitar quem cuida da segurança
09:54ou do resgate.
09:55E aí me parece que os países subdesenvolvidos,
09:57e evidentemente que a Indonésia faz parte,
10:00tem uma grande parcela de culpa nisso,
10:02que isso ocorre bem menos em países desenvolvidos.
10:05É verdade, Gani.
10:05Arremate aí, seu Zé Maria Trindade.
10:09É lamentável.
10:10Eu imagino que os pais e a família
10:12estão passando nesse momento
10:14e o pior de tudo é como tudo isso aconteceu.
10:17Ela sofreu muito.
10:18Imagina frio, fome, machucada, né?
10:22Enfim.
10:22E eu também não entendo
10:24por que esse socorro não foi feito
10:25no primeiro momento.
10:27Olha, eu gosto de turismo de aventura
10:30e quando eu chego num local, num parque,
10:33por exemplo, gosto muito aqui da Chapada Diamantina,
10:36é contratar um guia.
10:37A gente confia no guia.
10:39O guia sabe dos detalhes,
10:41de possibilidades de acidente e tal.
10:44A gente confia no guia.
10:45E geralmente tem uma associação de guias e tal.
10:48É preciso contratar um guia.
10:50Se aventurar em um local desconhecido
10:52é muito perigoso,
10:53porque existem detalhes e armadilhas na natureza.
10:56A natureza é inóspita, né?
10:58Então, assim, eu acho que falhou o guia
11:01em abandoná-la.
11:03Isso é evidente.
11:04Então, assim, eu acho que falo o guia.
11:05Então, assim, eu acho que falo o guia.
11:06Então, assim, eu acho que falo o guia.

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