Luiz Felipe D’Avila comenta o acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã, ressaltando que, embora todos celebremos o fim de uma guerra, sua postura é de cautela, preferindo "aguardar o Irã" antes de cravar a paz.
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00:00Daí a pouco trouxemos uma informação, um anúncio das Forças de Defesa de Israel
00:05recomendando que os moradores de um bairro de Teherã se abrigassem e se esvaziassem,
00:13evacuassem algumas regiões por conta de ataques que aconteceriam nos próximos minutos ou nas próximas horas.
00:20Bom, você que chega agora, o anúncio de Donald Trump confirmando um cessar-fogo entre Israel e Irã.
00:26Trouxemos na íntegra a mensagem que foi publicada nas redes sociais
00:30e os nossos comentaristas fazem as reflexões a respeito desse momento importante no dia de hoje
00:35e também o que pode acontecer nos próximos dias.
00:38Chama o Luiz Felipe Dávila também para trazer sua leitura sobre essa mensagem compartilhada por Donald Trump brevemente.
00:46Viu, Dávila? Estados Unidos saem como vitoriosos nesse episódio.
00:50E aí, na sequência, a sua pergunta para o nosso convidado, por gentileza.
00:53Bom, primeiramente, todos nós celebramos o fim de uma guerra.
00:58Ninguém aqui apoia guerra alguma.
01:01Foi muito importante essa mensagem do presidente Donald Trump,
01:05mas eu prefiro aguardar também a confirmação dessa mensagem pelo lado do Irã.
01:09Porque o Irã é sempre, e essa é a minha pergunta para o Augusto, justamente qual é a consequência política de manter o acordo de paz após este conflito.
01:24Certamente isso fez estremecer não só Fodro, mas o centro nevrálgico do poder no Irã.
01:32E o que esperar? Uma onda mais radical, mais moderada.
01:38Isso será fundamental para o destino da paz no Oriente Médio.
01:43Então a pergunta agora é celebrar um conflito militar, mas o que virá na parte política?
01:50Você consegue fazer alguma conjectura, especulação sobre como essa guerra abalou as estruturas de poder no Irã e como isso vai afetar a paz no Oriente Médio?
02:04Com certeza ela abalou não somente os locais de produção de enriquecimento de urânio iranianos,
02:11mas também os prédios das questões políticas do Irã.
02:17A gente viu, é possível analisar que o Irã claramente perdeu esse conflito no campo militar com Israel.
02:26Os céus iranianos tinham totalmente controle israelense, assim como os céus de Gaza e os céus do Líbano.
02:32Mas a gente vê na questão política dentro do Irã, com certeza, um enfraquecimento muito grande do regime,
02:40mas não significa a possibilidade de uma queda do regime.
02:44Mas sim enfraquecimento na questão de fora para dentro, não somente dentro do Irã.
02:54A gente também vê, eu analiso de uma forma também que eu acho que vale pensar sobre isso,
03:00que seria hoje um cessar-fogo para o regime iraniano é um sinônimo de a manutenção do regime de Teherã no Irã.
03:12Se essa guerra continuasse, se tivesse uma maior influência norte-americana,
03:17ou se também os Estados Unidos entrassem nessa guerra, os ataques israelenses continuassem,
03:23existia sim um perigo muito grande de uma queda do regime iraniano,
03:28ou com tropas norte-americanas no Irã,
03:31ou também na questão da própria população iraniana fazendo atos que pudessem cair o regime.
03:38Mas com esse cessar-fogo agora, a gente vê que é o próprio regime se autopreservando
03:44para a sua manutenção política do país.
03:47E sobre a última pergunta também, só acabando,
03:50eu entendo que eu acho que a pergunta é de um milhão de dólares,
03:54como que serão as próximas e futuras classes políticas que controlam o regime iraniano.
04:02Se eles terão um lado mais radical,
04:05ou poderia ser tornar um caminho mais central,
04:09que pudesse ser mais aberto para o Ocidente e possíveis negociações com outros países.