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Israel e Irã iniciaram um cessar-fogo no Oriente Médio, que veio após uma forte "bronca de Donald Trump (Partido Republicano-EUA)". Apesar do acordo, os países mantêm o alerta.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/yyUdAI_gm-s

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Transcrição
00:00Eu vou trazer agora uma outra informação relacionada ao conflito no Oriente Médio,
00:05porque o cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos,
00:10Donald Trump, entrou em vigor nesta terça-feira em meio a acusações mútuas de violação.
00:16Na manhã de hoje, no entanto, pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 22 ficaram feridas em Bercheva,
00:23alvos do que o país judeu diz ser um míssil iraniano.
00:26Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que Israel atingiu um conjunto de radares perto de Teirã.
00:34Trump então subiu o tom e, em mensagem nas redes sociais, pediu que o país judeu não fizesse novos ataques.
00:41Posteriormente, Netanyahu também confirmou que se absteve de novos bombardeios
00:45após uma conversa com o presidente americano por telefone.
00:49Apesar do cessar-fogo, tanto Irã quanto Israel mantém um tom de alerta,
00:54afirmando estarem preparados para responder a qualquer ofensiva.
00:59Começar essa rodada com Henrique Kriegner.
01:01Kriegner, ontem aqui na programação, durante o programa, nós trouxemos a informação em primeira mão,
01:07o anúncio de Donald Trump, o cessar-fogo acertado entre Israel e Irã.
01:12Ficamos receosos se, de fato, as duas partes tinham aceitado a trégua
01:18e, após o início da vigência do acordo, a violação dos termos, portanto, disparos de mísseis realizados,
01:25disparos de ambas as partes, é importante lembrar.
01:28E aí, nesta terça-feira, um novo anúncio, um cessar-fogo, parece com a anuência, o ok das duas partes.
01:36Enfim, parece um passo importante rumo ao encerramento desse conflito, pelo menos por hora.
01:44Mas é preciso considerar que qualquer pisada fora da linha pode detonar um novo processo e novos ataques, né, Kriegner?
01:54Com certeza, para ambos os lados, Caniato.
01:56Acho que toda essa negociação de paz tem se mostrado bastante esquisita, se a gente for falar a verdade aqui.
02:05Justamente porque, uma vez que foi assinado, entre aspas, né, anunciado pelo presidente Trump,
02:11esse acordo de paz na noite de ontem, aqui para o horário nosso do Brasil,
02:15ainda esse acordo previa que ele passaria a valer seis horas após esse anúncio.
02:22Ou seja, praticamente dizendo, olha, tem seis horas aí de um chorinho
02:27para vocês poderem fazer alguma outra mobilização ou tomarem decisões, algo estranho.
02:33Uma vez que já está acordado, então que passe a valer de imediato.
02:36Mas essa não foi a única coisa estranha, né?
02:38Foi também, logo depois, algumas horas depois, na verdade, que o presidente Trump anunciou,
02:44houve um diplomata iraniano dizendo que não tinha informação alguma de um acordo de paz ter sido realmente acordado
02:53e que aquilo não era uma realidade para dentro da estratégia iraniana.
02:59O Israel também demorou muito para poder afirmar.
03:02Depois dessas outras movimentações é que lideranças de ambos os países vieram a público dizer que sim.
03:09Mas também foram identificadas movimentações de drones israelenses e nessas movimentações
03:16o presidente Trump acelerou o passo e postou um tweet, interessante aí, fez um tweet falando para Israel
03:23que se fossem disparados mísseis ou qualquer outro tipo de armamento, que isso seria uma violação severa.
03:32Foi isso que o presidente Trump disse, quase que implicando ali, falando, olha, se vocês fizerem isso, vocês estão sozinhos.
03:39Ontem, nós falávamos, se não me engano, foi o Mota que trouxe a questão das narrativas.
03:45Como que esse conflito tem sido um conflito de narrativas?
03:49Neste momento, tanto Irã quanto Israel declaram, na verdade, que venceram e cumpriram os seus objetivos.
03:57Ou seja, Irã diz que foi vitorioso, Israel também foi vitorioso.
04:02Dessa maneira, a gente é que fica no meio um pouco confuso, mas aparentemente,
04:07tanto amigo como inimigo, os dois saíram vitoriosos.
04:11Pois é, e também escutei análises de que Donald Trump poderia ter queimado a largada, né?
04:16Fez o anúncio antes do ok e anuência dos dois países, o que pode ser uma possibilidade.
04:22Mas você, Mota, como avalia os últimos eventos, o anúncio de Donald Trump no dia de ontem,
04:29as violações que foram identificadas, disparos efetuados após o início da vigência da trégua,
04:36e no dia de hoje parece que o cessar-fogo é efetivamente implementado com um acordo e com a concordância dos dois países.
04:45Me parece que Donald Trump agiu de boa fé, lógico, tentando aproveitar o timing político,
04:55mas agiu de boa fé.
04:56A reação de frustração dele me parece que mostra isso.
05:01Cessar-fogo é uma espécie de trégua extremamente provisória,
05:07que dura apenas até que um dos lados resolva atirar de novo.
05:12Uma guerra só acaba com a rendição de um dos lados.
05:18É improvável que o Irã se renda, porque o objetivo declarado do Irã é destruir Israel.
05:26E o Irã chama Israel de pequeno Satã.
05:30Grande Satã é o apelido que o regime iraniano reservou para os Estados Unidos.
05:37Estados Unidos agora é o país que provavelmente destruiu completamente, pelo menos no momento,
05:45os planos atômicos dos ayatolais.
05:49Então, eu acho que é pouco provável que essa guerra tenha mudado a mentalidade ou os sentimentos do regime iraniano.
06:00Você, Dávila, o cessar-fogo acertado entre as duas nações, intermediação também dos Estados Unidos.
06:07Agora, um aspecto interessante é que os dois lados reivindicam vitória.
06:12E aí tem aquele aspecto que envolve a narrativa adotada pelos países que estão em guerra
06:19e que acabam acertando uma trégua, um cessar-fogo.
06:23Enfim, o que lhe parece?
06:25Quais podem ser os próximos caminhos a partir de agora?
06:27Bom, primeiramente, ontem, numa entrevista aqui, o Gustavo Lennar disse uma coisa muito importante.
06:35Olha, Israel sempre aproveita essa janela antes do início do cessar-fogo
06:41para fazer as maiores incursões militares possíveis para tentar assegurar os seus objetivos militares.
06:48Aliás, ele cantou essa bola aqui ao vivo nos pingos nos is um pouco antes de declarar o cessar-fogo.
06:55Então, foi exatamente o que ocorreu.
06:58E o Henrique traz um ponto, o Krigner traz um ponto importante.
07:02Bom, se os Estados Unidos toleraram essas horas antes de começar o cessar-fogo,
07:09parece que havia acertado isso aí de alguma forma,
07:12que isso era mesmo motivo para os últimos conflitos ou trocas de mísseis entre as duas potências.
07:19E aí, hoje, o esbravejamento do presidente Donald Trump mostrou assim, olha,
07:25não era para fazer o que vocês fizeram, ou seja, usar mais bomba do que em qualquer outra fase da guerra
07:31nas últimas horas do cessar-fogo.
07:33Mas o puxão de orelha do presidente dos Estados Unidos surtiu efeito,
07:37tanto que parou e o cessar-fogo está valendo.
07:40Agora, é fundamental este capítulo da diplomacia, o que vai acontecer daqui para frente.
07:49Porque clamar vitória militar é fácil, o problema é clamar a vitória política
07:54e vender isso para os seus seguidores.
07:57Bibi Netanyahu vai ter que vender isso lá para os ultra-outrodoxos dentro de Israel.
08:02no parlamento, ou os políticos, ou os governantes no Irã vão ter que vender isso para os líderes religiosos.
08:14Vai ter que ser uma história agora, como é que vende essa história do fim da guerra,
08:18que isso foi a melhor coisa que aconteceu para os dois países.
08:22Então, vai ter que criar essa narrativa interna.
08:24E eu queria trazer um último ponto que o Mota sempre traz aqui com muita propriedade,
08:29que é separar o país do governo.
08:32Tem muita gente no Irã que é pró-Ocidente,
08:36que quer ver o Irã ligado ao Ocidente para poder progredir, crescer,
08:41e que não tem nada a ver com essa visão do governo.
08:43É um pouco do que nós comentávamos há pouco sobre a América Latina.
08:47No Irã é a mesma coisa.
08:48Esse governo ditatorial, de líderes religiosos, essa teocracia,
08:55não representa necessariamente o que o povo iraniano quer.
08:59Então, isso foi, aliás, essa teocracia se impôs por meio de um golpe de Estado.
09:06Não foi por legítimo voto popular ou nada disso.
09:10Então, o governo também não reflete esse total ódio ao Ocidente.
09:16Entendo que muita gente no Irã gostaria de cultivar boas relações com os Estados Unidos e com Israel.
09:23Aliás, como comentávamos ontem também,
09:27o Irã foi um grande parceiro de Israel antes da Revolução de 1979.
09:33O Irã foi o primeiro Estado da região a reconhecer o Estado de Israel.
09:38É que isso acabou com a Revolução de 1979.
09:42Então, vamos esperar que esse cessar-fogo comece a fazer com que as placas tectônicas da política mudem no Irã
09:53para que tenhamos não só a ascensão de uma ala mais moderada dentro do partido,
09:59mas que essa ala moderada tenha a força popular
10:03para servir de contraponto a esta outra força muito ruim que domina o Irã hoje,
10:10que é a força do radicalismo, da teocracia e do fanatismo.
10:15É interessante essa avaliação e é preciso olhar também para as sinalizações das lideranças.
10:21Kriegner, Donald Trump, no dia de hoje, disse que não quer a mudança de regime no Irã.
10:27Ele disse que a alteração de governo traria causa à região
10:31e fez as reflexões e muitos entenderam que seria quase uma hipocrisia do presidente norte-americano
10:40se colocar dessa forma.
10:42Mas aí outros analistas já entendiam que poderia ter algum aspecto de uma possível negociação
10:48entre Vladimir Putin e Donald Trump,
10:50lembrando daquela visita do chanceler iraniano à Rússia.
10:54Enfim, queria que você também discorresse sobre uma possível mudança de regime.
10:59Em que momento isso poderia acontecer
11:02se a manifestação da população iraniana se torna fundamental nesse momento
11:07para pensar em uma mudança de regime?
11:10Com certeza, Caniato.
11:12Não dá para a gente pensar nessa mudança de regime
11:15sem uma mobilização da sociedade civil iraniana.
11:20Aqui, sim, nós falamos sobre o povo iraniano.
11:23Desses que têm um apreço pela liberdade,
11:26que têm uma mentalidade mais próxima àquilo que nós defendemos no Ocidente
11:31e também que valorizam aí, de fato, uma democracia.
11:35Não dá para a gente pensar numa democracia top-down,
11:39em que outros países, outras potências,
11:42intuxam isso goela abaixo do povo iraniano.
11:46A gente já viu isso acontecer antes e o resultado nunca foi positivo.
11:51Na verdade, em alguns países o resultado foi mais desastroso ainda.
11:55Agora, um ponto para nós considerarmos aqui também nesse cenário,
11:59Caniato, é que a maneira como...
12:01Claro, nós não vamos descartar aqui a articulação da Rússia
12:05e a proximidade, uma possível conexão,
12:07intermediação junto ao governo americano.
12:10Mas a maneira como hoje,
12:12se esse tratado de paz,
12:14de fato, cessar fogo,
12:16ele for bem sucedido
12:18e esse conflito se encerrar,
12:20pelo menos por hora,
12:21hoje, a maneira como foi organizado
12:24e orquestrado
12:25é, de fato, uma saída
12:26para que todos saiam ganhando.
12:28Ninguém ali sai com seu orgulho ferido.
12:31Por um lado, Israel
12:32cumpriu com seu propósito,
12:34que era desarmar nuclearmente
12:36ou acabar com a possibilidade
12:38de armas nucleares
12:40no regime dos Ayatollahs,
12:42então vitória para Israel.
12:43Do outro lado, para o Irã,
12:46apesar de levar o dano,
12:48de ter seu estoque nuclear sendo prejudicado,
12:51também Irã conseguiu honrar o seu nome
12:55retaliando Israel,
12:56retaliando a maior potência do mundo,
12:58que é os Estados Unidos.
13:00Então, o Irã,
13:02que tem ali sua limitação,
13:03tanto geográfica, econômica,
13:05quanto também limitar,
13:06enfrentou o maior exército do mundo
13:08e conseguiu,
13:09aí, o maior potência militar do mundo,
13:11perdão,
13:12e conseguiu êxito.
13:14E também nós temos os Estados Unidos,
13:16que saíram como, olha,
13:18os mais pragmáticos,
13:19vão sair daqui
13:20acabando com qualquer chance
13:22de arma nuclear,
13:23realmente nós não vamos
13:24aceitar armas nucleares no Irã,
13:27porém, também não vamos deixar
13:28Israel desprotegidos,
13:30então vamos fazer essa mediação.
13:32Até para o Qatar,
13:33que era o país,
13:34que foi um país que foi bombardeado,
13:36ele agora está sendo colocado
13:39como o grande player
13:40dessa intermediação,
13:42ou seja,
13:42todo mundo saiu ganhando
13:44nessa última mediação
13:45do presidente Donald Trump,
13:47o que comprova
13:48um conflito de narrativas,
13:50mas também
13:51mostra que
13:52existe aí
13:53uma fragilidade.
13:55Qualquer peça
13:56que se mover
13:57para um pouquinho
13:58para além do que é delimitado
13:59por esse
14:00cessar-fogo,
14:01vai romper
14:02um equilíbrio
14:02que não é só regional,
14:04é internacional,
14:05e aí sim
14:06nós vamos ter
14:06consequências maiores.
14:08Programa Os Pingos nos diz,
14:10recebendo também
14:10as pessoas que nos acompanham
14:11pelas emissoras de rádio
14:13espalhadas por todo o Brasil,
14:15em destaque
14:15o conflito no Oriente Médio,
14:17o início do cessar-fogo
14:18e também as manifestações
14:19das lideranças pelo mundo,
14:22em destaque
14:22as falas de Donald Trump,
14:25pouco antes de embarcar
14:26para a Holanda,
14:27ele conversou
14:28com alguns repórteres
14:29e questionado sobre
14:30o regime iraniano,
14:32ele disse o seguinte,
14:33vou abrir aspas,
14:33uma mudança de regime
14:35exige caos
14:37e idealmente
14:38não queremos ver
14:39tanto caos,
14:40gostaria de ver tudo
14:41se acalmar
14:41o mais rápido possível,
14:43sabe?
14:43Os iranianos
14:43são ótimos negociantes,
14:45empresários,
14:46tem muito petróleo,
14:47eles devem ficar bem,
14:48devem ser capazes
14:49de reconstruir,
14:50fazer um bom trabalho,
14:51mas eles nunca terão
14:52energia nuclear,
14:53mas tirando isso,
14:54devem fazer um ótimo trabalho,
14:56fecho aspas,
14:57fala de Donald Trump.
14:59Mota,
14:59queria também
15:00sua reflexão
15:01sobre uma possível
15:02mudança de regime
15:03no Irã,
15:04essa posição,
15:05essa fala
15:06de Donald Trump
15:07que muitos
15:08acabam conectando
15:10as investidas
15:11feitas também
15:12pelos Estados Unidos,
15:13por exemplo,
15:14na troca de regime
15:15no Iraque,
15:18e os resultados
15:19que foram conseguidos
15:20naquela ocasião.
15:22Parece que ele agora
15:23muito mais
15:23cuidadoso
15:25em afirmar
15:26que é preciso
15:27alterar o regime
15:28de imediato,
15:29O Donald Trump
15:32mudou de modo,
15:34ele agora
15:35entrou em outro modo
15:36mais suave,
15:38ele provavelmente
15:39está seguindo
15:40aquela doutrina
15:42que diz
15:43speak softly,
15:45but carry a big stick,
15:47fale suavemente,
15:49mas carregue
15:50um grande porrete.
15:52O porrete já entrou
15:53em ação,
15:54foram os bombardeios
15:55B2
15:55que foram
15:57no Irã
15:58e destruíram
15:59as instalações nucleares.
16:01Donald Trump
16:02já mostrou
16:02o seu poder,
16:03ele não precisa
16:04mostrar mais nada.
16:06Agora é hora
16:07de mudar
16:07a fala,
16:09agora é hora
16:09de falar
16:10com calma,
16:11com suavidade
16:12e convencer
16:14aos atolais
16:15iranianos
16:16que a hora
16:17é de paz,
16:19é a hora
16:20de encerrar
16:20os conflitos.
16:21Evidente
16:22que ninguém sabe
16:23o quanto essa paz
16:25vai durar,
16:26a gente sabe
16:27que não vai durar
16:28para sempre
16:29porque é pouco provável
16:31que os atolais
16:32tenham mudado
16:33de ideia.
16:34Mas o momento
16:35é de
16:36buscar
16:37a paz
16:38que for possível
16:39para dar tempo
16:40para
16:41Israel
16:42repor
16:44a sua munição,
16:45repor
16:45os seus armamentos,
16:47reajustar
16:48as suas defesas
16:49para as próximas
16:51batalhas
16:52que virão
16:53com certeza
16:54porque os grupos
16:56terroristas
16:56continuam lá,
16:59o Irã
16:59não deu
17:00nenhuma
17:00amostra
17:01de que vai
17:01parar de financiar
17:03e armar
17:04esses grupos
17:04terroristas,
17:06a sobrevivência
17:07de Israel
17:07continua ameaçada
17:09e a busca
17:11por uma bomba
17:12nuclear
17:12provavelmente
17:13vai continuar
17:14por parte do Irã.
17:15Ninguém sabe
17:16quando e como
17:18esse regime
17:19vai mudar
17:19e mesmo que mude,
17:21não há absolutamente
17:22nenhuma garantia
17:23que vai mudar
17:24para um regime
17:25melhor.
17:27O Oriente Médio
17:28é sempre
17:28uma caixinha
17:29de surpresas
17:30e poucas vezes
17:32essas surpresas
17:33têm sido boas.
17:35Pois é,
17:36inclusive o
17:37New York Times
17:38trouxe uma reportagem
17:39hoje,
17:40viu, Dávila,
17:41trazendo justamente
17:42essa informação
17:43que não seria
17:44um ponto final
17:45nessa guerra
17:46e talvez um ponto
17:47e vírgula
17:47quando a gente
17:48olha para os ataques
17:49norte-americanos,
17:50as instalações
17:51iranianas,
17:52de que
17:53aquele ataque
17:54do sábado
17:55não teria
17:56destruído
17:57as instalações
17:58e os iranianos
18:00conseguiriam avançar
18:01com o seu programa
18:02nuclear,
18:03mas o bombardeio
18:04teria forçado
18:06um atraso
18:06de alguns meses.
18:08É preciso olhar
18:09também para essa
18:10possibilidade,
18:11não é, Dávila?
18:11Não é um assunto
18:12encerrado.
18:14Estados Unidos
18:14e outros países
18:16do Ocidente
18:16precisam estar
18:17em alerta,
18:18porque possivelmente
18:20o plano
18:20se mantém firme
18:22ali no Irã,
18:23né?
18:24É verdade,
18:25Caniato.
18:26Aliás,
18:26Donald Trump
18:27usa a analogia
18:29com esta guerra
18:30dos doze dias
18:32para comparar
18:33com a guerra
18:33dos seis dias
18:34de mil novecentos e sessenta e sete.
18:36Só que a guerra
18:37de seis dias
18:37de mil novecentos e sessenta e sete,
18:39seis anos depois,
18:40em mil novecentos e setenta e três,
18:42teve outra guerra,
18:43né,
18:43contra o Egito.
18:44então mostra esta dinâmica
18:47de conflitos na região.
18:50E o Mota bem lembrou,
18:51a mudança de governo
18:52não significa
18:53que pode vir um governo melhor,
18:55pode vir um governo pior,
18:56e aí as coisas se agravarem
18:58e voltarmos a um estado de guerra.
19:00Então,
19:01é preciso andar
19:01com muita cautela,
19:04mas com uma dose
19:05de otimismo,
19:05que pelo menos
19:06a paz pode estar perto,
19:08pelo menos por um tempo,
19:09nós não sabemos
19:10quanto tempo.
19:12E aí tem dois desafios,
19:13primeiro,
19:15a história do Oriente Médio
19:17é marcado por
19:18uma geração
19:19de grandes estadistas
19:20que tentaram trazer paz
19:22para a região
19:22e foram sabotados
19:23pelos radicais
19:25dos seus próprios países.
19:27O acordo histórico
19:29de Camp David,
19:30né,
19:30de Anwar Sadat,
19:31que era,
19:32à época,
19:33presidente do Egito,
19:34com Menaheim,
19:35com Beguin,
19:36que era,
19:37Menaheim Beguin,
19:38que era o primeiro
19:38ministro de Israel,
19:40os dois líderes
19:42acabaram assassinados,
19:43por radicais
19:45de seus países.
19:47Ou seja,
19:49existe,
19:50de ambos os lados,
19:52uma ala radical
19:53que quer manter
19:55este estado
19:56de guerra permanente,
19:57né?
19:58Então,
19:59não é incomum
20:01isso no Oriente Médio.
20:03Então,
20:03nós precisamos entender
20:04como é que esses governos
20:06vão conseguir
20:07recuperar
20:08as rédeas do poder
20:09e controlar
20:11cada um
20:12os seus radicais.
20:14E não podemos esquecer
20:16que este conflito
20:17no Oriente Médio
20:18começou com aquele ataque
20:19bárbaro terrorista
20:21no dia 7 de outubro,
20:23né,
20:24em Israel,
20:25justamente
20:26porque estava
20:28muito próximo
20:29da conclusão
20:30de um grande
20:31acordo de paz
20:32de Israel
20:33com os demais
20:34países da região.
20:35Então,
20:36é sempre
20:37esta ala radical
20:38que sabota
20:39as tentativas
20:41de paz
20:42na região.
20:43Então,
20:43vamos ver agora
20:44se os moderados
20:45conseguem não só
20:46manter a paz
20:47por um período,
20:49mas conter
20:50os seus radicais
20:51que são os grandes
20:52sabotadores
20:53de acordos
20:55do Oriente Médio.
20:56E, por fim,
20:57com a paz
20:58entre Irã
21:00e Israel,
21:02a atenção
21:02vai voltar
21:03novamente
21:04para Gaza,
21:05porque é outra
21:06guerra
21:06que continua
21:07e que precisa
21:08ser resolvida
21:09para trazer
21:10paz
21:11para a região.
21:13Ao conflito
21:14no Oriente Médio,
21:15ao cessar fogo,
21:16qualquer novidade
21:17a gente traz aqui,
21:18atualiza a nossa audiência
21:19e também analisa
21:21com os nossos comentaristas.

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