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Categoria

Pessoas
Transcrição
00:00Os pilotos de um avião comercial Turbo Alice enfrentam um verdadeiro pesadelo sobrevoando a Papua Nova Guiné.
00:06Mayday, Mayday, Mayday! Fala nos dois motores e faremos um pouso de emergência.
00:11Essa tripulação perdeu os dois motores ao mesmo tempo. E só há um resultado pra isso.
00:23Os investigadores rapidamente encontram pistas nos destroços.
00:27O trem de pouso estava guardado. E os flaps também.
00:32Não estavam configurados pra pousar.
00:35Alguma coisa na gravação de voz do cockpit...
00:38Amplifique o que sobrou.
00:42Aqui está.
00:43...revela uma falha potencialmente fatal nas naves usadas no mundo todo.
00:47Queríamos garantir que as aeronaves que estavam por aí estivessem voando em segurança.
00:57Especial de Mayday, Desastres Aéreos.
01:11Esta é uma história real. Se baseia em relatórios oficiais e relatos de testemunhas.
01:16Jogo de Forças.
01:18O voo 1600 da PNG Airlines está a 4.900 metros da Cordilheira de Finistère, em Papua, Nova Guiné.
01:31Estamos em cruzeiro.
01:33O capitão australiano, Bill Spencer, é um experiente comandante de voo.
01:37Potência de cruzeiro definida.
01:39O neozelandês Kembel Wagstaff é o copiloto neste voo de final de tarde.
01:46Os dois trabalhavam na PNG há mais ou menos um ano.
01:50O capitão era muito experiente.
01:51Ele tinha por volta de 18 mil horas de tempo de voo.
01:55O copiloto também era muito experiente, com quase 3 mil horas de tempo de voo.
02:01Um dos comissários de bordo checa o conforto e a segurança dos 29 passageiros a bordo.
02:10A maioria são pais indo para a formatura dos filhos na Universidade de Vinewood, em Madang.
02:15É, ela aqui.
02:17É, concordo.
02:17O voo 1600 da PNG está na metade do caminho de uma viagem de 30 minutos até a cidade de Madang, localizada na costa norte de Papua, Nova Guiné.
02:34Qual a estimativa de chegada?
02:3717 minutos após a uma.
02:39Bem no horário.
02:40Os pilotos estão voando manualmente hoje, porque o piloto automático está inoperante.
02:45Eles estão pilotando um Bombardier Dash 8 bimotor, completamente adequado para transportar passageiros por esta ilha do Pacífico.
02:53A aeronave pode operar em pistas até que curtas, algumas até mais simples, normalmente em comunidades menores, onde os aparatos para pilotar uma aeronave maior não estão disponíveis.
03:08Dois motores turbo-hélice da Pratt e Whitney movimentam uma nave que tem quase 23 anos.
03:13O Dash 8 é um desses aviões que se torna atemporal.
03:18Ele ainda é usado por linhas aéreas no mundo todo.
03:21À medida em que as maiores linhas aéreas atualizam suas aeronaves para aviões a jato mais modernos,
03:26o Dash 8 encontra utilidade em outras linhas aéreas, porque estão sempre em alta procura.
03:32Charlie Bravo se aproximando de Madang, atravessando a região.
03:36Ouviu isso?
03:37Uhum.
03:37Há 65 quilômetros de Madang e os pilotos são atualizados sobre o clima à frente.
03:43Uma tempestade está se formando perto do seu destino.
03:47Então vou desviar um pouco, sim?
03:49Boa ideia.
03:51Uma aeronave de turbo-hélice não voa tão alto quanto uma a jato,
03:55o que significa que não podem passar por cima do clima que eles podem encontrar durante o voo.
03:59Torre de Madang, aqui é o voo 1600 da PNG.
04:03Estamos desviando levemente para evitar o mau tempo.
04:07PNG 1600, Torre de Madang, desvio entendido.
04:12O capitão Spencer contorna a tempestade.
04:19O capitão queria evitar as nuvens, o que é normal e garantir aos passageiros um voo tranquilo.
04:24Mas a 61 quilômetros de Madang, a tripulação ainda não consegue enxergar o campo aéreo.
04:30Eu vou descer o avião.
04:32Entendido.
04:34Em aeroportos grandes, normalmente há procedimentos em que podemos voar,
04:39que podemos chegar às nuvens e mirar direto na pista.
04:42Normalmente em aeroportos mais remotos, esses procedimentos não existem.
04:47Então temos que descer abaixo da camada de nuvens.
04:50Assim que estiver abaixo da camada de nuvens, você pode visualmente navegar até um aeroporto
04:56e realizar uma aproximação e pouso seguro.
04:58A tripulação avisa a torre sobre o desvio no percurso.
05:02Torre de Madang, aqui é o PNG 1600.
05:05Chegando aos 4 mil metros e descendo, chegada estimada em Madang em 16 minutos.
05:11PNG 1600, Torre de Madang, repita a sua altura.
05:16Chegando a 12.300 pés.
05:20Entendido. Pista 07.
05:23Pancadas de chuva chegando pelo leste.
05:28Enquanto o capitão Spencer faz uma descida aguda pelas nuvens,
05:35a aeronave acaba pegando muita velocidade.
05:39Na questão aerodinâmica, voar em excesso de velocidade por alguns quilômetros não é nada de muito grave.
05:47É como se fosse dirigir alguns quilômetros por hora acima do limite do seu carro.
05:52É a velocidade do ar.
05:54Entendi.
05:55Há diversas formas de reduzir a velocidade.
05:58Você pode aumentar a inclinação do avião, o que vai reduzir a velocidade em relação ao ar,
06:02enquanto o avião reduz a velocidade de forma aerodinâmica.
06:05Além disso, você pode reduzir a potência dos motores.
06:08O que fizemos?
06:20Eu não sei, cara. Eu não sei mesmo.
06:21Um som estridente torna quase impossível a comunicação entre os pilotos.
06:25Seria avassalador.
06:30Tem sons bem altos que você não conhece, tem a fumaça, tem os avisos sendo gerados pelo avião,
06:36e tudo acontece de uma vez.
06:38É sobre velocidade.
06:40É sobre velocidade. Parece que os propulsores dispararam.
06:44O copiloto Wagstaff nota que os propulsores estão girando muito rápido.
06:48A aeronave está em estado precário.
06:50Podem surgir dificuldades de controle, pode surgir dano no motor,
06:57e em casos graves pode surgir falha no motor.
07:05O que fizemos?
07:07Está em sobre velocidade.
07:08O número 2 está desligado.
07:11Eu não estou te ouvindo.
07:13A tripulação teve muita dificuldade em superar o barulho
07:16para tentar identificar a causa raiz desses problemas.
07:20Finalmente, o barulho ensurdecedor passa.
07:31O esquerdo está funcionando?
07:32Não.
07:33Tá, então não temos nada.
07:35Os dois motores falharam.
07:37O avião está descendo rápido.
07:39Essa tripulação se viu diante do cenário em que perderam o motor principal
07:46e o sistema de reserva em ambos os motores ao mesmo tempo.
07:50Isso colocou a tripulação em uma situação muito difícil,
07:55onde só há um resultado para isso.
07:57Um pouso forçado.
07:58Um pouso forçado significa que os pilotos não têm opção além de pousar imediatamente.
08:04A 26 quilômetros do aeroporto de Madang,
08:06o capitão Spencer manobra o avião em direção à costa.
08:10Ele precisa encontrar um lugar seguro para pousar o avião.
08:13Avise a torre.
08:15Torre de Madang, Mayday, Mayday, Mayday.
08:18Voo 1600 da PNG Airlines.
08:21Falha nos dois motores e faremos um pouso de emergência.
08:25Confirmem se conseguem chegar até o campo.
08:27O melhor cenário em um pouso forçado seria planar até o aeroporto.
08:32Não sendo possível, a próxima melhor opção seria pousar perto de uma vila ou cidade.
08:38Isso pode aumentar as chances de que o serviço de combate a incêndio e resgate do aeroporto
08:42possa atender tanto a aeronave quanto os passageiros e tripulação.
08:45Mas nenhuma dessas opções existem.
08:49Avise que vamos pousar na água.
08:51Negativo, negativo, negativo. Nós vamos pousar na água.
08:54Esse tipo de pouso forçado é realizado em águas abertas.
09:02É a última alternativa dos pilotos, caso tenham a chance.
09:07O voo 1600 está perdendo altitude rapidamente.
09:11E o tempo está acabando.
09:14Veja, ali, um rio.
09:15Do alto, o leito de um rio pode parecer uma área segura
09:22para pousar um avião em uma situação de pouso forçado.
09:31Eu vou tentar chegar o mais perto possível da foz do rio.
09:33Aqui é o voo 1600 da PNG. Nós vamos pousar num rio.
09:45Confirme em localização.
09:47Os controladores precisam da localização para poder enviar ajuda.
09:52Eu não sei o nome do rio.
09:54As vidas de 32 pessoas a bordo estão em risco.
09:57Os pilotos ficam focados até o último momento.
10:03O piloto não para de lutar para salvar a sua aeronave.
10:06Quer que eu feche os dois motores?
10:07Isso! Pode fechar tudo.
10:10Fechar os motores antes de um pouso forçado em campo
10:13pode ajudar a reduzir o espalhamento de algum incêndio após a queda que pode acontecer.
10:18O voo 1600 agora está planando.
10:24O Dash 8 está apenas poucos metros acima do solo.
10:31Em certo momento próximo ao solo,
10:33os pilotos precisam acreditar na decisão que tomaram
10:35e torcer para que tenha sido a certa.
10:37Segurem-se! Segurem-se!
10:39Segundos antes de aterrissar, o capitão Spencer vê um risco mortal.
10:44Rochas!
10:44Tudo o que você tem são seus olhos.
10:49O que você vê a 3.000 metros, a 1.500 metros e a 150 metros
10:53pode parecer diferente à medida que a sua percepção aumenta
10:56quando vai chegando perto do solo.
10:58A 60 metros do solo, o capitão Spencer tenta evitar grandes rochas no leito do rio.
11:04Se segurem! Se segurem!
11:05A única opção é a margem do rio.
11:14O voo 1600 da PNG Airlines caiu na floresta,
11:24próximo à foz do rio Guabe.
11:2928 pessoas morreram.
11:32Somente um passageiro e os três membros da tripulação sobreviveram.
11:36Era um leito de rio seco,
11:40então a aeronave acabou quebrando em muitos pedaços
11:44e também houve um incêndio pós-impacto
11:46que destruiu muitas das provas.
11:50A Comissão de Investigação de Acidentes da Papua Nova Guiné
11:53envia uma equipe às pressas ao local
11:55e solicita ajuda de outros países.
11:59Eu estava decidido a entender o território
12:02e ver como era o local do acidente
12:03e também destacar investigadores.
12:07Eric Blackenstein, do Departamento Australiano de Segurança de Transporte,
12:11é um dos primeiros investigadores no local.
12:15Minha primeira impressão foi de que era um lugar incrivelmente grande
12:18e difícil para trabalhar
12:19e tínhamos que fazer um preparo logístico para realizar aquele trabalho.
12:24O tamanho e formato do campo de destroços
12:26indica como o avião caiu.
12:29300 metros de comprimento
12:34e se espalha a partir do ponto de impacto.
12:40Se há uma longa distância
12:42e há uma trilha de destroços em formato V,
12:45isso significa que há um baixo ângulo de entrada
12:47em alta velocidade.
12:49Então, logo de cara, tivemos a impressão de que...
12:52esse pouso forçado foi particularmente um pouso forçado rápido.
12:56Vamos ver como o avião estava configurado.
13:00Normalmente, quando você está fazendo um pouso,
13:04incluindo um pouso forçado,
13:05você aciona os flaps para assim poder pousar a aeronave mais devagar.
13:09Enquanto a posição do trem de pouso,
13:11você também esperaria que estivesse acionado
13:14para amortecer parte do impacto.
13:16O trem de pouso estava guardado.
13:22Blackenstein descobre que o atuador do trem de pouso não estava acionado.
13:28E os flaps também?
13:29Não estavam configurados para pousar.
13:36Sem os flaps e trem de pouso acionados,
13:39o avião teria atingido o solo em alta velocidade.
13:42Mas o que desencadeou a crise é um mistério.
13:47Esse é o motor esquerdo.
13:49O motor esquerdo havia sido separado da asa
13:52e quebrado em duas partes.
13:55Será que os motores turbo-hélice tiveram influência?
13:57Imediatamente, minha tensão foi levada para alguns problemas no motor.
14:03No entanto, nós não ficamos focados só nisso de uma vez.
14:07Não há muitos danos rotacionais nos propulsores.
14:10Eles viram pelas condições dos propulsores
14:12que pouca potência estava saindo dos motores.
14:16O propulsor estava embandeirado?
14:18Vou checar.
14:21Se um motor falhar,
14:23o piloto precisa ajustar a inclinação dos propulsores
14:26para não gerarem arrasto.
14:27E isso se chama embandeiramento.
14:30Os pilotos não embandeiram propulsores nas aeronaves,
14:33a menos que haja um problema no motor.
14:35Se embandeirar um propulsor,
14:36você não vai ter mais propulsão na sua aeronave.
14:39Propulsor esquerdo embandeirado.
14:41E checou o da direita?
14:42Sim, também embandeirado.
14:45Quando descobrimos que os dois propulsores
14:47estavam em posição embandeirada,
14:50imediatamente nós entendemos
14:51que realmente houve um problema nos próprios motores.
14:55Vamos precisar levar essas peças.
14:58Eu cuido disso.
15:01Conseguimos transportar as peças para a madame de helicóptero
15:04e aí transportar as partes dos motores para Port Morrisby,
15:08onde poderíamos fazer uma inspeção completa e minuciosa dos motores em questão.
15:11Estou com os dados.
15:20David McNair, do Departamento Canadense de Segurança de Transportes,
15:24se junta à investigação.
15:27Recebemos uma notificação de Papua, Nova Guiné,
15:29de que o Dash 8 havia caído.
15:31Como a nave é fabricada no Canadá,
15:33isso requer nossa participação.
15:36Podemos checar isso, por favor?
15:37Primeiro, eles focam no gravador de dados de voo.
15:44As informações sobre os motores no local de queda eram limitadas.
15:48As informações que queríamos achar eram do gravador de dados de voo.
15:52Muitos desses parâmetros diriam como reagiram e como aconteceu.
15:56Veja isso aqui.
15:57Os investigadores descobrem que em 28 minutos de voo,
16:00as rotações por minuto, ou RPM,
16:03atingiram o pico de 1.500 nos dois motores.
16:07É o nível mais alto que um gravador de dados pode registrar.
16:12Bom, isso não é normal.
16:14O funcionamento normal do propulsor no ar é de uns 900 a 1.200 RPM.
16:19Nesse voo, ele passou de 1.500.
16:22Sobre a velocidade nos dois propulsores.
16:25Os investigadores descobrem provas de uma condição de motor assustadora
16:29chamada sobre velocidade nos dois propulsores.
16:32Propulsores em sobre velocidade podem desestabilizar as turbinas
16:38e causar danos catastróficos se os pilotos não identificarem o problema logo.
16:43Você quer o motor guiando o propulsor.
16:45Você nunca quer o propulsor guiando o motor.
16:47E é nessa condição que temos a sobre velocidade.
16:51Os dois motores passaram pela condição de sobre velocidade do propulsor,
16:54que é extremamente rara.
16:55Será que a sobre velocidade nos dois propulsores causaram a queda do voo 1.600?
17:01Se a sobre velocidade do motor estiver muito alta e potente,
17:05as peças vão quebrar e você perde o controle do motor.
17:08Precisamos dar uma olhada dentro desses motores.
17:10Os danos nas lâminas do motor esquerdo do voo 1.600 da APNG
17:23forneceram provas inconfundíveis.
17:26Isso descascou.
17:28Verdade.
17:31Esse descascamento acontece quando a velocidade do propulsor é tão alta
17:34que ela faz com que todas as lâminas das turbinas se soltem.
17:37Fica parecendo que as lâminas foram fisicamente mastigadas da turbina de potência
17:43e fica com uma aparência de descascadas.
17:45Isso dá um design que aproximadamente em 140, 150% de sobre velocidade faz com que partam.
17:52Isso é uma medida de proteção
17:54que evita que as lâminas das turbinas girem rápidas o bastante para rasgar o motor.
18:02Dá uma olhada no direito.
18:03É, parece que está perfeitamente bem.
18:09Diferente do motor esquerdo,
18:11a turbina direita não apresenta nenhum sinal evidente de dano por sobre velocidade.
18:16O motor esquerdo perdeu suas lâminas da turbina, já o direito não.
18:20Algo completamente diferente aconteceu com o motor direito.
18:23O motor direito estava embandeirado,
18:25mas observando a turbina com um olhar mecânico,
18:28ele parecia estar sem danos.
18:29Supomos que ambos os motores foram danificados durante a sobre velocidade,
18:33mas claramente o motor direito não sofreu tantos danos quanto o esquerdo,
18:37e isso com certeza gerou dúvidas para seguir com a investigação.
18:42Eu não consigo entender.
18:45Além disso, os equipamentos de proteção não seriam acionados?
18:47Faz sentido.
18:52Há três sistemas de proteção elaborados para evitar que cada motor atinja a sobre velocidade.
18:57Uma unidade de controle do propulsor,
18:59uma unidade de controle de sobre velocidade e um sistema de backup.
19:04Para os dois propulsores atingirem a sobre velocidade tão rápido,
19:08eles teriam que passar por esses três sistemas.
19:11Será que os sistemas de proteção ao motor falharam?
19:14Como na maioria das investigações,
19:17você começa a pensar nas razões que tornaram isso possível.
19:22Será que havia um sistema que poderia evitar que isso acontecesse?
19:25A resposta é sim.
19:26Havia um sistema, um plano.
19:35Resultados dos testes.
19:37Os investigadores analisam os testes realizados nos sistemas de proteção do voo 1600.
19:42Não há dados sobre o motor direito?
19:46As inspeções realizadas nos sistemas de proteção do motor direito são inconclusivas devido ao incêndio pós-queda.
19:53Os investigadores enviam os resultados para o fabricante para mais informações.
19:57Talvez eles saibam o que pode ter acontecido.
20:00E o motor esquerdo?
20:02O motor esquerdo não foi completamente queimado e a inspeção fornece uma resposta vital.
20:08Todas as três proteções estavam funcionando.
20:10Se os sistemas de proteção do motor esquerdo estavam funcionando,
20:17por que eles não evitaram a sobre-velocidade e o descascamento posterior?
20:24Ultrapassar três sistemas de proteção ao mesmo tempo seria uma improbabilidade estatística.
20:31Então, sabíamos que havia algo a mais envolvido na sobre-velocidade desses propulsores.
20:35Vamos ver o que os pilotos têm a dizer sobre o que aconteceu.
20:42A equipe revisa transcrições de entrevistas com os dois pilotos.
20:48Você acaba criando uma lista de perguntas que você quer respostas.
20:51O que estava passando na cabeça deles naquele momento?
20:55Estavam cientes da sobre-velocidade dos propulsores?
20:58E quais foram suas ações na hora?
21:01O capitão disse que havia muitas nuvens ao se aproximar.
21:04O que mais?
21:07Eu vou descer o avião.
21:09Entendido.
21:13E aí, de repente, a velocidade do ar começou a emitir som.
21:17À medida que o capitão Spencer começou a descer abaixo das nuvens,
21:24um alerta soou, avisando que o avião descia muito rápido.
21:30O que ele fez?
21:34Ele disse que levantou o nariz,
21:38reduziu a potência...
21:41Parece correto.
21:43Concordo.
21:45É a velocidade do ar.
21:47Entendi.
21:49Se receber um aviso de velocidade, você precisa reduzir.
21:53A primeira opção mais óbvia é reduzir a potência.
21:57Pense em algo como tirar o pé do acelerador do carro.
22:01O depoimento do capitão não fornece nenhuma nova pista para os investigadores.
22:06O que o copiloto disse sobre o aviso de velocidade do ar?
22:12Escuta isso.
22:14Ele disse que assim que o aviso soou,
22:15o capitão puxou os manetes de potência para baixo bem rápido.
22:18O depoimento do copiloto, o Eggstaff, deu um detalhe essencial.
22:24O copiloto disse que o manete de potência foi puxado para trás bem rápido.
22:27E aí, o problema aconteceu logo após isso.
22:30O que fizemos?
22:41Seu instinto de reduzir a potência foi correto.
22:44Mas, será que algo aconteceu quando ele puxou muito rápido?
22:48Talvez tenham puxado tão rápido que acabou voltando para o modo beta solo.
22:59Os manetes de potência do Dash 8 têm dois modos.
23:03Modo de voo e modo beta solo.
23:05Usado apenas quando o avião está em terra.
23:07É preciso ter um modo onde seja possível.
23:12Ter um controle direto de ângulo e potência sobre os próprios propulsores.
23:17Isso permite operar a aeronave de forma mais simples no solo.
23:21Os pilotos são treinados para não colocar o avião em modo solo enquanto estiverem no ar.
23:26A única hora de colocar no modo solo é estando no solo.
23:29Quando se está ligando a aeronave, quando se está manobrando ou quando se está estacionando ela.
23:33Se colocar o avião em modo solo no meio do voo, desabilitaria as proteções de sobre-velocidade?
23:44Vamos checar o manual de voo.
23:57Escuta isso.
23:59Se os pilotos colocarem a aeronave em modo solo no meio do voo,
24:02isso irá desabilitar os sistemas de proteção.
24:11Se o piloto puxou os manetes de potência para trás muito rápido,
24:15estavam na terra de ninguém.
24:17Estavam à beira do desastre porque não era possível controlar o propulsor.
24:24Então este é um caso de falha do piloto?
24:27Talvez.
24:28Mas talvez não.
24:32Os manetes de potência não têm travas de proteção entre o modo de voo e o modo solo?
24:39Você tem razão.
24:43Uma parada mecânica ou trava evita que os pilotos coloquem os manetes de potência em modo solo por engano.
24:49Acionadores no manete de potência levantam as travas, permitindo mudar para o modo solo.
24:56É preciso colocar as mãos na frente dos manetes de potência para tocar nessas duas pequenas linguetas.
25:01E então você as aperta para cima e aí pode puxar o manete para trás.
25:04Mas, com certeza, não é algo que você ia querer fazer no ar.
25:08Os investigadores precisam descobrir se a trava mecânica estava funcionando adequadamente durante o voo 1600.
25:17Parece que algumas peças sobreviveram à queda.
25:25As molas de acionamento foram queimadas no incêndio, mas ainda estão boas.
25:29Será que os acionadores do manete de potência falharam, permitindo a sobrevelocidade dos propulsores?
25:39As informações dos destroços eram limitadas.
25:42Muitas coisas foram destruídas no incêndio, mas os itens que sobreviveram foram analisados e um deles foi a mola de acionamento.
25:49A mola supostamente serve para manter os manetes de potência no lugar.
25:54Elas ainda têm resistência.
25:55A mola estava funcionando corretamente e os acionadores funcionando como projetados.
26:02E deu para ver isso na inspeção.
26:06Se os acionadores estavam funcionando, seria bem fácil o capitão puxá-los e colocar o manete em modo solo?
26:17Nós decidimos analisar os aspectos de fator humano sobre o sistema de proteção,
26:22tentando entender o quanto seria necessário para puxar os acionadores para tirar da trava de marcha baixa.
26:35Bom, eu fiz um teste nos manetes.
26:39Primeiro, testei eles para ver se a trava funcionava bem.
26:43Não toquei nos acionadores.
26:44O manete parou completamente.
26:49A trava funcionou como projetada.
26:51Correto.
26:52Então, eu fiz de novo, mas agora rápido.
26:56Blackestine simulou a reação física do capitão ao aviso de velocidade do ar.
27:01E sem nem tentar, apertei os acionadores.
27:04Não era para ser assim.
27:17A equipe descobre quão facilmente os pilotos podem ter colocado a nave em modo solo por engano.
27:22Observamos que durante o teste dos manetes de potência, que se você mover os manetes para baixo bem rápido,
27:31dá para ver como seria simples puxar os gatilhos acidentalmente, sem nem notar que fez isso.
27:39Os pilotos só precisavam levantar os acionadores por 6 milímetros para que os manetes passassem da marcha lenta para o modo solo.
27:46Acho que ninguém que pilotava essa aeronave na época sabia que pressionar um acionador por 6 milímetros
27:53poderia fazer com que os dois motores entrassem em sobrevelocidade dos propulsores.
28:00Mas será que o capitão Spencer fez mesmo o que os investigadores suspeitam?
28:08Estamos a quatro minutos antes da queda.
28:10Vamos começar.
28:11Os investigadores escutam o gravador de voz do cockpit para confirmar a teoria de que o capitão puxou os manetes de potência em modo solo.
28:21Eu vou descer, Vapião.
28:22Entendido.
28:24Eles escutam o capitão realizar uma descida antecipada para evitar o mau tempo.
28:30O gravador de voz do cockpit grava as vozes das pessoas,
28:34mas também capta todos os sons e eles podem ser muito úteis para análise.
28:40Isso ocorre logo depois do alerta de velocidade do ar soar,
28:44o que se encaixa com o que o capitão disse aos investigadores.
28:49É a velocidade do ar.
28:51Entendi.
28:54Nossa!
28:56Esse é um som muito alto.
28:59É da sobrevelocidade do propulsor.
29:01É muito alto, porque as pontas dos propulsores estão rompendo a velocidade do som e você tem esses estrondos sônicos altos e constantes com muita vibração, muito barulho.
29:22Volte cinco segundos.
29:24Acho que eu vi algo antes da sobrevelocidade do propulsor.
29:27Enquanto escutam a conversa no cockpit...
29:31É a velocidade do ar.
29:33Entendi.
29:34Um som minúsculo chama a atenção da equipe.
29:38Ouviu isso?
29:41Ouvi alguma coisa, mas é difícil saber o que é.
29:45Consegue deletar o som dos propulsores?
29:47Os investigadores filtram as camadas de som no cockpit.
29:55Tenta deletar o som do alarme também.
30:02Certo.
30:03Amplifique o que sobrou e vamos escutar.
30:05Aqui está.
30:22Enterrado no meio do barulho do cockpit, eles descobrem o que estão procurando.
30:26Esse som de clique, pouco antes da sobrevelocidade do propulsor, talvez fosse do piloto no comando, puxando os acionadores para baixo no modo beta solo.
30:40Agora estamos progredindo.
30:42Logo após o clique, eles escutam outro som crítico.
30:47É o sinal de aviso beta, inicialmente coberto pelo som da sobrevelocidade.
30:51O som de aviso beta soa quando você coloca as alavancas em modo beta solo.
31:00O som era intermitente e foi muito difícil ouvir sobre o som dos propulsores.
31:05Mas então conseguimos ouvir esses pequenos sons, tipo os pios, no gravador de voz do cockpit, o que indica que foi o som de aviso.
31:20É a velocidade do ar.
31:21É a prova definitiva que confirma a suspeita dos investigadores.
31:27O capitão colocou o avião em modo solo no meio do voo, causando sobrevelocidade nos propulsores.
31:36O manual de voo deixa claro para nunca passar da trava de maracha lenta.
31:40É proibido, na verdade.
31:41Mas se é tão fácil de fazer, por que nunca aconteceu antes?
31:54É uma boa pergunta.
31:56Será que a queda do voo 1600 foi causada por um erro improvável do piloto?
32:01Ou será que houve uma falha no Dash 8 que permitiu isso?
32:04Nós tínhamos que descobrir se era um problema com a frota.
32:09Queríamos garantir que as aeronaves que estavam por aí estivessem voando em segurança.
32:13Não pode ser o único caso.
32:21Os investigadores buscam provas de outros pilotos que cometeram o mesmo erro que a tripulação do voo 1600.
32:26Sim?
32:37É mesmo?
32:40Por volta de dois meses após o acidente de Madang, houve outro incidente envolvendo um Dash 8 com sobrevelocidade dos propulsores.
32:47Ok, obrigado.
32:51Aconteceu de novo.
32:53O que aconteceu?
32:53Um incidente igual ao do voo 1600, há poucos dias.
32:58A equipe descobre sobre outra tripulação da Austrália que colocou um Dash 8 em modo solo durante um voo.
33:05Naquele caso específico, o copiloto estava com a mão no manete de potência e eles sentiram uma corrente ascendente seguida de uma descendente.
33:14E acidentalmente pegou o manete de potência e então os puxou para baixo da trava de marcha lenta.
33:21Os pilotos deram um jeito.
33:22Colocaram na marcha lenta em seguida.
33:26Todos estão bem.
33:31Esses... não são os únicos incidentes.
33:34Tem mais.
33:36O incidente mais recente é apenas uma ponta do iceberg.
33:39Os investigadores descobriram mais seis casos onde pilotos do Dash 8 operaram erroneamente os controles dos motores Pratt e Whitney, colocando os manetes de potência em modo solo no meio do voo.
33:51Ficou muito claro para nós que o acionamento acidental dos manetes de potência para o modo beta solo pode ocorrer e vai ocorrer no futuro.
34:02O Conselho de Transporte está de olho nisso há anos.
34:07Eles queriam travas nos manetes de potência para evitar a troca para o modo solo durante o voo.
34:11E a Administração Federal de Aviação?
34:12Eu fiz a mesma pergunta.
34:21Ela seguiu o exemplo.
34:23Foi obrigatório.
34:24Foi elaborado um sistema de trava para o Dash 8 para isso não acontecer de novo.
34:28Consertaram o problema.
34:29O design do sistema foi revisto e fizeram muitas mudanças para tentar fazer essa trava mais difícil de passar.
34:38Eles sabiam disso há dez anos.
34:41Por que o voo 1600 não tinha esse sistema?
34:45Veja só isso.
34:53Isso é só nos Estados Unidos.
34:56Exatamente.
34:56Os Dash 8 dos Estados Unidos tiveram que incorporar um sistema que evitasse a sobrevelocidade dos propulsores ao entrar em modo beta solo.
35:06Mas o resto do mundo não incorporou esse sistema.
35:10Se fosse obrigatório em todos, teria salvado vidas.
35:14Os investigadores concluem que os manetes de potência de centenas de Dash 8 por todo o mundo têm uma falha perigosa.
35:20Mas há uma questão remanescente para solucionar.
35:27Já temos os resultados do fabricante sobre o que houve com o motor direito?
35:30Mesmo com os dois motores tendo passado pelas mesmas forças de sobrevelocidade,
35:39por que o motor direito não ficou tão destruído quanto o motor esquerdo?
35:48Parece que a chave que ativa os propulsores não foi tão bem cuidada.
35:51Logo depois do propulsor direito entrar em sobrevelocidade, ele ficou preso na posição embandeirada
36:01e ficou incapaz de produzir qualquer tipo de empuxo.
36:05Olha, a aeronave estava em ponto morto.
36:08Não estava engatada para andar para frente ou de ré.
36:11Só estava planando.
36:13Isso evitou que o motor direito ficasse destruído como o esquerdo.
36:16É a última peça do quebra-cabeças.
36:23Então, o capitão Spencer colocou o avião em uma descida rápida.
36:29Os investigadores finalmente entendem a sequência dos eventos que fizeram com que o voo 1600 caísse.
36:35Eu vou descer o avião.
36:37Entendido.
36:39Enquanto seguiam para o madengue, nuvens espessas cobrem a visão da aeronave.
36:43O capitão quer ver o aeroporto.
36:47Compreensível.
36:48Mas, ele começa a descer muito rápido.
36:57E, bem aqui, aos 3.200 metros, os alertas de velocidade do ar disparam.
37:05É a velocidade do ar.
37:07Entendi.
37:07Ele puxa os manetes de potência para trás, acidentalmente colocando o avião em modo solo.
37:20O que fizemos?
37:22Os dois motores falharam por motivos diferentes.
37:26E o avião vira um planador.
37:28Foi o pior dos casos, a pior das consequências.
37:34Quando se perde os dois motores, aí você tem que fazer um pouso forçado.
37:39Quanto tempo levou para chegar ao solo?
37:42Os propulsores entraram em sobrevelocidade aqui.
37:45Então, 4 minutos e 18 segundos.
37:50Não é muito tempo para um pouso de emergência.
37:52Torre de Madengue, Mayday, Mayday, Mayday.
37:56Será que era tempo o bastante para encontrar um local seguro de pouso?
38:01Precisávamos saber como a tripulação lidou com isso, o que podiam ter feito, o que fizeram.
38:05Os investigadores examinam como os pilotos do voo 600 da APNG Airlines reagiram após a falha dos dois motores.
38:24O que eles fizeram?
38:26O que fizemos?
38:27Eu não sei, cara.
38:28Eu não sei mesmo.
38:31Ou o que eles não fizeram?
38:35Eles pegaram as transcrições da conversa no cockpit
38:39para ver se os pilotos checaram a lista do manual de referência nos últimos minutos do voo.
38:47Quando os dois motores falham, é preciso pousar forçado.
38:50E há uma lista para isso.
38:53Mayday, Mayday, Mayday.
38:55Voo 1600 da APNG Airlines.
38:58Faremos um pouso de emergência.
38:59E a lista de pouso forçado tem orientações básicas em relação à velocidade em que devem estar.
39:06A redução da velocidade dá aos pilotos mais tempo para localizar um local adequado e se preparar para um pouso de emergência.
39:13A lista de pouso forçado diz que deviam abaixar os flaps e o trem de pouso depois de escolherem um local.
39:20Mas não há transcrições sobre essa lista.
39:22Eles não checaram essa lista.
39:29Ao invés de preparar o avião na melhor configuração para aplanar,
39:33eles aumentaram a taxa de descida
39:35e sacrificaram muito da altitude que poderia ter sido vantajosa para eles
39:39ao selecionar um local para o pouso forçado.
39:42Veja! Ali! O rio!
39:46A tripulação reagiu, mas não determinaram qual era a melhor opção para a solução de problemas.
39:51Mas, por exemplo, nem discutiram a velocidade de voo.
39:55Se eles tivessem configurado o avião para aplanar,
39:58em qual velocidade eles estariam voando?
40:02Os investigadores calcularam a velocidade que os pilotos poderiam ter reduzido
40:07para maximizar o tempo de planagem.
40:091,3 vezes a velocidade de stall.
40:154 quilômetros por 300 metros.
40:21222 por hora.
40:23Quando compararam a velocidade de planagem com a velocidade real do voo,
40:27os investigadores chegaram à conclusão reveladora.
40:31Estavam a 465 por hora depois da sobrevelocidade dos propulsores.
40:34O dobro da velocidade em que deveriam estar.
40:39Por quanto tempo a mais os pilotos teriam ficado no ar
40:42se tivessem mantido a velocidade de planagem recomendada?
40:50Eles poderiam ter ganhado mais seis minutos de tempo de planagem.
40:53Esse tempo adicional poderia ser muito útil por diversos motivos.
40:58Isso teria conservado a energia do avião e permitido que voasse por mais tempo.
41:03Isso também daria mais tempo para executar os exercícios e checagens adequadas
41:07que os teriam ajudado a ter um resultado menos catastrófico durante o pouso forçado.
41:12Eu vou tentar chegar o mais perto possível da Foz do Rio.
41:15Ao invés de reduzir a velocidade e considerar todas as opções,
41:19o capitão tentou chegar ao solo o mais rápido possível.
41:21Após a sobrevelocidade, a taxa de descida do avião aumentou de 450 metros por minuto
41:28para 1.800 metros por minuto.
41:31É uma taxa de descida chocante.
41:33A última coisa que você ia querer fazer depois de perder os dois motores
41:36seria abrir mão de toda a sua altitude.
41:39Com menos tempo para planejar o pouso forçado,
41:42os pilotos escolheram um local de pouso difícil.
41:45Os aviões são projetados para resistir à carga estrutural da aterrissagem
41:49em uma superfície firme, usando os sistemas que temos a bordo,
41:52como o trem de pouso e flaps.
41:54Os sistemas não foram projetados para que uma aeronave convencional pouse na água.
41:59Rochas!
42:00No final, as rochas frustraram qualquer chance de pouso na água.
42:04Forçado na margem do rio, o voo 600 da PNG
42:07não havia sido ajustado adequadamente para pousar no solo.
42:28Muita gente morreu nesse acidente.
42:30Ele foi um choque de realidade.
42:31Fez todos perceberem que algo tinha que ser feito para evitar esse tipo de situação.
42:36Bom trabalho.
42:38A investigação da queda do voo 600 da PNG Airlines
42:42é concluída com uma recomendação clara.
42:45Não podemos apenas dizer foi falha do piloto e encerrar.
42:48É preciso pensar em por que a falha foi possível,
42:51por que a falha não foi eliminada.
42:52Nesse caso, devido ao design da aeronave.
42:55Uma mudança que há tempos foi realizada nos Estados Unidos
42:58não era obrigatória no resto do mundo.
43:02Tínhamos provas o bastante para mudar isso à força.
43:06Usamos o poder da caneta, os fatos e as provas que tínhamos
43:09para identificar questões de segurança.
43:11E apresentamos tudo aos fabricantes e à Transport Canada
43:14e eles realizaram as mudanças.
43:17Um sistema para o modo beta solo
43:19agora é obrigatório em todas as aeronaves Dash 8 no mundo inteiro.
43:23Sempre foi um bom avião, mas tivemos que fazer o sistema
43:28para que ações intencionais ou não intencionais
43:32possam ser mais seguras.
43:35Você não consegue mais puxar o manete daquele jeito,
43:37mesmo se quiser.
43:38Obrigado.
43:39Obrigado.
43:40Obrigado.
43:41Obrigado.
43:42Obrigado.
43:43Obrigado.
43:44Obrigado.
43:45Obrigado.
43:46Obrigado.
43:47Obrigado.
43:48Obrigado.

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