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  • 19/06/2025
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Transcrição
00:00Vamos lá.
00:01Então na ação penal 15.2.13.65.32
00:04Deponimento do Sr. Emerson Cardoso Leire.
00:08Sr. Emerson, o senhor foi arrolado como testemunho nesse processo?
00:12Na condição de testemunho, o senhor tem um compromisso com a justiça
00:16em dizer a verdade e responder as perguntas que lhe forem feitas, certo?
00:21Está claro.
00:22Eu vou advertir o Sr. Emerson apenas porque a lei assim dispõe
00:25se o senhor faltar com a verdade, o senhor responde daí criminalmente.
00:30Sim, senhor.
00:32Dito isso, Sr. Emerson, eu vou passar a palavra aqui ao Ministério Público
00:36que vale formular algumas perguntas.
00:38Boa tarde, Sr. Emerson.
00:41Boa tarde, tudo bem?
00:42Tudo jóia.
00:43Eu gostaria que o senhor falasse brevemente
00:45qual o seu histórico profissional nos últimos 10 anos.
00:50Eu trabalhei 10 anos com o Grupo Bertinho.
00:56Fazendo obra na época que o Bertinho tinha frigorífico.
01:00Então eu mexia com indústrias e trabalhava em diversos estados e alguns países.
01:07Ok. E em relação ao Zina São Fernando?
01:11Pois não.
01:12O senhor trabalhou nela também?
01:15São Fernando também.
01:16Qual que era o Zina?
01:16Era um empreendimento que até então para nós era junto com o Bumai e o Grupo Bertinho.
01:24Como eu fazia parte do Grupo Bertinho, quando foi implantar, fazer todo o processo industrial,
01:30a gente como engenheiro tem a parte de atuação dentro do processo.
01:36Ok. A quem o senhor se reportava na Usina São Fernando, Sr. Emerson?
01:39O Maurício, que era o que estava mais com a gente no dia a dia da obra.
01:46O José Carlos, eu nunca encontrei ele na obra.
01:50Ele visitava, mas eu não encontrei.
01:52Encontrava mais o Maurício, que era o mais comum.
01:55E tomava as decisões junto com ele em relação à obra, à construção, à identificação das coisas.
02:04Ok. O senhor tocou no assunto aí do Sr. José Carlos Bumai.
02:08Você poderia me contextualizar como o senhor o conheceu, que tipo de assuntos que o senhor tratava em conjunto?
02:17Ó, meus assuntos eram mais com o Maurício.
02:19Eu não tinha assunto com o José.
02:20O José, a vez que eu conheci ele, foi quando ele precisou de uma equipe para fazer uma reforma no sítio.
02:28Certo?
02:30E ele, né? Ele, a pessoa dele.
02:34E a gente arrumou umas...
02:36Esse sítio seria o sítio de Atibaia?
02:40De Atibaia.
02:41O senhor poderia me explicar como foi esse pedido dele para o senhor circunstanciar, por gentileza?
02:45Ele ligou. O meu último testemunho, vocês estiveram aqui, você que esteve aqui, né?
02:52Sim, senhor Ames, mas eu preciso que o senhor...
02:54É, a gente...
02:55Só um minuto, senhor Ames.
02:57Só um segundo, senhor Ames.
02:58Eu preciso que o senhor fale tudo novamente aqui nos autos, porque o depoimento de hoje está submetido ao contraditório, tudo bem?
03:08Entendi.
03:08Então, eu gostaria que o senhor circunstanciasse como foi esse pedido do Bulaia para o senhor fazer a reforma no denominado sítio de Atibaia.
03:16Ele me ligou, né?
03:18Falou que precisava fazer a reforma num sítio.
03:20Como eles tinham vários empreendimentos, vários negócios, era mais um negócio.
03:26Eu sou um engenheiro.
03:28Falei, tá bom.
03:29Aí ele me escreveu o que precisava ser feito, certo?
03:32Eu falei, ah, eu não mexo com esse tipo de obra, eu não sou arquiteto, sou engenheiro.
03:37Primeiro, mesmo com indústria, com coisas grandes, diferentes.
03:41Aí, liguei na São Fernando, chamei o Rom, que era o engenheiro que estava atuante na São Fernando.
03:47Conheci o Igni, que era um arquiteto que já trabalhava em alguns serviços, né?
03:51Pedi para ele ir para lá.
03:53Encontrei com ele a Atibaia, olhei tudo o que tinha que ser feito, certo?
03:58E comecei a soltar o serviço.
04:01Faz aqui, faz ali, mexe aqui.
04:03E isso demandou tempo.
04:04Só um segundo, quem que era o arquiteto?
04:08O Igni, eu conheci ele como Neto.
04:11É o Igni, né?
04:12E o senhor, me corrija se eu estiver errado, seria o senhor Igênes?
04:17Igênes, ele garai Neto?
04:19Igênes, ele garai Neto, esse mesmo.
04:20É que eu conheci ele como Neto, conheço há muitos anos.
04:22Ok.
04:23Certo.
04:23O senhor disse que o Boulain pediu para fazer algumas reformas, o que era.
04:30O senhor esteve nesse sítio?
04:33Sim, estive.
04:35E como que foi essa visita do senhor lá?
04:38Estive no sítio, vi a situação que estava, conversei com o José Carlos por telefone, pessoalmente
04:46depois, depois nunca mais pessoalmente, só telefone.
04:49Falei, ó, aqui está a situação assim, assim, assado, né?
04:52Peguei o arquiteto, ele deu uma desenhada no que precisava ser feito, ele fez em cima
04:58daquilo que eu falei para ele desenhar, porque eu tinha conversado com o José Carlos.
05:02Montri a ação dos meus quartos, o quarto mexer no vazamento, acho, numa piscina.
05:07Eu não me lembro direito, tem mais uma salva, um negócio assim.
05:12E eu peguei ele, aí contratamos mais uma equipe para poder fazer o serviço, certo?
05:20Essa equipe também estava lá na São Fernando, que era...
05:23O que eu me tinha, nossa, até então era São Fernando, Dourado, você ficou ali, você
05:26estava ali perto, né?
05:28Contratei esse pessoal, levei para lá e começou a fazer o serviço.
05:31No meio desse andamento, desse serviço, o serviço não foi a contento dele na velocidade,
05:37dele, ele brigou comigo, falou um monte de coisa e é ali, bom.
05:44Daí para frente ele colocou uma outra empresa para tocar o serviço.
05:47Foi isso.
05:48Ok.
05:49Basicamente é isso.
05:50Quando o senhor esteve no Cidatibaya, quem recebeu o senhor lá?
05:55Foi o... como é o nome do cara?
05:58O nome de cara de futebol.
06:02É...
06:02Maradona, se não me engano, era o porteiro, que abriu o portão.
06:06Ok.
06:06Mais alguém?
06:08Não.
06:09Mais ninguém, só ele.
06:11Ok.
06:12Certo.
06:16É... o senhor citou aí que ele estipulou um prazo para essa reforma, é... poderia...
06:21Mas isso foi final do ano, ó, isso aconteceu final do ano.
06:25Ok.
06:25Eu estava numa obra...
06:27Estava acabando, o São Fernando já estava acabando, e eu estava indo para uma outra...
06:30Mexendo uma outra obra que era uma terra, que era do porto de Aratu, na Bahia.
06:33Certo?
06:35Uma obra grande, uma obra de indústria, terra.
06:40E isso aconteceu final do ano, vamos falar aí, entre novembro e dezembro.
06:46Outubro e novembro.
06:47Qual ano, o senhor, Ernesto?
06:50Seria 2010, se você pode...
06:52É, vamos dizer 2010, eu não tenho a data exata, né?
06:57No meu decreto passado, eu dei.
06:59Já fazia quanto tempo isso, vamos falar?
07:00Tá, aí, foi final do ano, ele pediu para o senhor...
07:04Qual que era o cronograma que ele tinha estipulado para o senhor?
07:06Não, ele tinha uma pressa desesperada, até que não deu.
07:08A gente abandonou, não teve como conseguir.
07:13Coisa impossível, assim, vamos falar.
07:15Aí ele até brincou, brigou lá e falou, ó, vou colocar uma empresa de verdade.
07:19Ok.
07:20Foi esse o andamento do negócio.
07:21Depois que ele...
07:22O que seria essa empresa de verdade?
07:24Você pode me explicar, por favor, o que ele disse para o senhor?
07:25Ó, assim, ó, como eu não participei no processo, quem ficou mais foi o Wigmin, o arquiteto.
07:32Ele continuou dentro do processo, certo?
07:34Eu não fiquei.
07:36Mas pelo que eu entendi, ou foi a OS, ele me falou, ele...
07:40Não, ele não me falou, mas pelo que o Wigmin me falou,
07:42ou era a OS que ia continuar o processo com eles, certo?
07:47Ele falou até da Odebrecht, o Tóquio Zé, mas não deixou claro, entendeu?
07:52Uma das duas.
07:52Mas de verdade, a gente não é de verdade, né?
07:56Isso.
07:58Ok.
08:00A partir daí, o senhor Higienes continuou mais um tempo na obra,
08:04ou interrompeu os serviços de forma abrupta?
08:07Não, eu parei.
08:10Aí o arquiteto continuou.
08:14Ok.
08:15Ele continuou por algum motivo específico?
08:18Não, ele continuou.
08:19Porque eu acho que ele entendia mais do projeto que eu, né?
08:22Ele continuou, porque eu não entendia do...
08:24Como é que eu não entendia do projeto?
08:25Eu não ia somar o projeto dele, porque mesmo que ele arrumasse...
08:28Vamos falar em termos de engenharia, né?
08:29Mesmo que ele arrumasse o recurso, que era uma mão de obra, para terminar mais rápido,
08:34isso ele podia resolver descartando eu, por exemplo.
08:38Mas ele não podia arrumar isso e se descartasse um arquiteto.
08:41Ele tinha que ter uma diretriz para trabalhar, né?
08:44Ok.
08:44O senhor Emerson, em algum momento...
08:46Eu imagino que seja isso.
08:48Porque, para mim, se eu estivesse nessa situação, para definir alguma coisa, definiria ele pensando
08:52dessa forma.
08:54Em algum momento, Bunlar informou para quem essa obra estaria sendo realizada?
09:00Não.
09:01Isso não foi informado.
09:03Também não perguntei.
09:04Eu fiquei sabendo depois que a dona Marisa esteve lá, porque o arquiteto me falou, porque
09:09ele atendeu ela.
09:10Ok.
09:11E até eu fiquei assustado.
09:14No depoimento anterior, o senhor relatou que não conhecia Jonas, Suassuna e Fernando
09:18Bittar.
09:18O senhor confirma essa informação?
09:21João, como é o nome?
09:22Jonas, Suassuna e Fernando Bittar.
09:29Eu falei que eu conhecia eles no outro...
09:31O senhor falou que não conhecia.
09:32Gostaria que o senhor confirmasse ou não.
09:35É assim, ó.
09:36O nosso contato lá, para mim, era...
09:39O senhor era bem claro.
09:40O José Carlos Bunlar, que eu falava no telefone, e o porteiro que tinha o Maradona.
09:45Ok.
09:45Certo?
09:46O resto, não tinha contato com a gente.
09:50Porque tudo isso que eu estou te falando também, isso não foi três semanas no máximo.
09:57Ok.
09:59É uma coisa que ele queria desesperada.
10:02Eu não tenho como atender.
10:05Ok.
10:05Existem dois e-mails.
10:07Eu gostaria que fosse exibido um para o senhor, o anexo 312.
10:11O servidor presente tem o documento que foi enviado previamente.
10:16O evento 2, anexo 302.
10:30O senhor Emerson, é um e-mail que o senhor Ingenes passa para o senhor, referente à proposta de prestação de serviços do Tibaia.
10:36Sim, sim.
10:39O que eu te falei, o Rômulo era o engenheiro nosso que ficava na São Fernando, correto?
10:44Que eu tinha contado.
10:45O Igni era o arquiteto que já prestava serviço na São Fernando.
10:49Esse aqui é uma das empresas...
10:51Deixa eu ver quem tem esse aqui.
10:52O e-mail é assinado, o senhor Arquitetura Ilde e Fernandes dos Anjos, é isso?
11:05Isso, Fernandes dos Anjos é um empreiteiro que mexe com estrutura metálica.
11:09Ok.
11:10É porque os quartos lá que eles iam fazer, no fundo, é sobre uma palafita de estrutura metálica.
11:17É um espilarzinho levantado e fez um assoalho.
11:20É precisado de alguém da estrutura metálica para fazer.
11:23Ok.
11:24Um outro e-mail, eu gostaria que fosse exibido ao senhor, o evento 2, anexo 294.
11:31O senhor Ingenes me encaminha a planilha de medição referente ao serviço executado, já executado.
11:40Sim.
11:41Poderia me circunstanciar, por gentileza, histórico desse e-mail?
11:45É, parece um instante.
11:47É que ele está meio estragado.
11:59É, meu tio, pega a planilha de medição.
12:03Deixa eu ver aqui.
12:09Ah, sim.
12:10Porque o rapaz deve ter feito o serviço dessa metálica que já estava fazendo.
12:15E ele terminou e tinha que pagar.
12:19Ok. E o senhor, como é que foi feito esse pagamento? O senhor passou para alguém?
12:23Proceder a isso?
12:24Ó, o que que aconteceu? A gente, na época, usava a Carol, que era a engenheira Carolina, vocês devem conhecer, como suprimentos.
12:34Era o nosso contato de suprimentos.
12:37Certo?
12:37Tanto para a São Fernando, como para algumas outras obras.
12:39E eu passava as coisas para ela, para cotar, fazer essas coisas e tal.
12:48Que é a metodologia de trabalho.
12:50Você tem uma pessoa que você pega o serviço que faz e tem a outra que vai fazer as compras, que vai fazer os pagamentos que são feitos.
12:59Esse pagamento aqui, com certeza, deve ser feito pela São Fernando.
13:04Ok, senhor, eu agradeço.
13:05Tenho certeza. Eu imagino que seja isso. Por quê?
13:08Pelo contexto, não tem outro jeito.
13:12Ok, senhor.
13:13Eu agradeço.
13:16Eu agradeço, senhor, por ser disponibilizado do senhor.
13:18Boa tarde, senhor Emerson. Aqui quem fala é a defesa de José Carlos Bunlai. Tudo bem?
13:40Tudo bem.
13:41Senhor Emerson, diz uma coisa. O senhor disse que trabalhou por aproximadamente 10 anos com o Grupo Bertin.
13:47As atividades que o senhor exercia estavam sempre ligadas a questões de obras ou engenharia civil?
13:54Sim.
13:56Havia alguma empresa específica do Grupo Bertin que centralizava essas atividades de engenharia?
14:04Construção civil?
14:07O senhor está perguntando uma coisa.
14:10A empresa do Grupo Bertin tem uma consultoria, que se chama Conterna.
14:18Só que eu não fazia parte da Conterna. Eu era das indústrias.
14:24O Grupo Bertin tinha indústria em todo o país, espalhada.
14:27E indústria dá tudo quanto é tipo de problema na vida.
14:30Tanto é que eu não sou de infraestrutura, eu sou de indústria.
14:34frigorífico, urtume, usina de álcool, biodiesel, várias utilidades diferentes.
14:43Então são coisas industriais, são projetos complexos.
14:47É isso.
14:49E a Conterna era uma empresa de infraestrutura.
14:52Eu nunca fiz nenhuma obra de engenharia de indústria com a Conterna.
15:22O Grupo Bertin, na época, que tinha frigorífico, é igual hoje o JBS.
15:29Ele tem engenheiro civil, eles têm tudo.
15:31Eles constroem.
15:32Quando eles vão construir indústria, construir as coisas, eles contratam outras empresas para construir.
15:36Mas eles têm um grupo de engenheiros seletos, onde projetam e desenvolvem toda a indústria.
15:41É como se fosse a engenharia do cliente.
15:44Não sou a engenharia do executor.
15:47Perfeito.
15:47E nas atividades do senhor, que já ficou claro que não era vinculado diretamente a Conterna,
15:53o senhor se reportava a quem dentro da família Bertin?
15:56Eu não estou me referindo nas obras da usina São Fernando.
15:59Eu estou me referindo nos 10 anos que o senhor trabalhou com o Grupo Bertin.
16:03É, você tem que entender que quando você tem um grupo grande, cada unidade tem um gestor.
16:15Certo?
16:16E você tem que se reportar a vários gestores.
16:20Eles tinham, sei lá, só que eu visitava umas 40 indústrias.
16:24Cada um tem um diretor.
16:26E cada diretor tem um método, tem um trabalho, e você se reporta a ele para poder fazer a obra daquela indústria.
16:33O senhor, desculpe interromper, o senhor está fugindo da pergunta.
16:36Eu estou perguntando ao senhor, o senhor está respondendo outra coisa.
16:40Eu estou perguntando ao senhor se existia alguém da família Bertin, não dos diretores,
16:46algum membro da família Bertin, que era responsável pelas atividades de engenharia desenvolvidas pelo Grupo Bertin.
16:53E eu estou perguntando isso, porque como o senhor citou a engenheira Carolina,
16:56ela já respondeu essa pergunta.
16:58Então, eu estou fazendo a mesma pergunta para o senhor.
17:03O senhor quer que eu repita a pergunta?
17:05Eu quero saber se tinha algum membro da família Bertin que respondia, ou gerenciava,
17:12ou cuidava de forma mais próxima, em relação aos outros membros da família,
17:18das atividades de engenharia exercidas, praticadas pelo Grupo Bertin.
17:23O que você está querendo?
17:28É bem simples, certo?
17:30Eu vou responder, deixa eu terminar, eu vou responder.
17:33É assim, vou responder.
17:38A gente tem, eu tinha o Reinaldo Bertin, que era um dos irmãos,
17:44Fernando, Mazin, todos eles.
17:48Cada um tinha um tipo de indústria, cada um reportava num tipo de indústria diferente.
17:52Eu estou dizendo sobre, eu não estou me referindo sobre as atividades industriais.
18:02Eu estou me referindo sobre as atividades de construção civil.
18:05A engenheira Carolina esteve aqui perante esse juízo.
18:09Eu estou formulando a minha pergunta, doutor Emerson, só um minutinho.
18:12A engenheira Carolina esteve aqui perante esse juízo e nos reportou que o doutor Reinaldo Bertin
18:18era quem coordenava as atividades de engenharia do Grupo.
18:22A mesma coisa foi dita pelo senhor Romulo, que disse que era o senhor Reinaldo Bertin
18:28quem centralizava as operações de engenharia civil do Grupo.
18:32Eu estou perguntando para o senhor, se o senhor tem conhecimento, se o senhor Reinaldo Bertin
18:37era quem centralizava as atividades de engenharia civil do Grupo, ou se o senhor não tem conhecimento disso.
18:45A pergunta é direta, e eu peço que o senhor responda de forma direta.
18:49As construções civil, a Conterne, que centraliza, está com o Reinaldo.
18:59Perfeito.
18:59O senhor respondeu a pergunta.
19:03O senhor já respondeu a pergunta, muito obrigado.
19:05Ele está respondendo.
19:06Ele está falando do Conterne, era o senhor Reinaldo.
19:09Está certo.
19:09E dos outros eram gestores de cada unidade, é isso que o senhor quer dizer?
19:12Era, porque, por exemplo, eu estava na térmica.
19:15A térmica que cuidava era o Fernando.
19:16Então, cada um, cada empreendimento tinha uma pessoa, como direcionava ele.
19:22O que ele está dizendo aí é específico quando é infraestrutura.
19:25Perfeito.
19:26Então, é...
19:28Está certo, vamos adiante.
19:30Eu vou complementar a pergunta.
19:31O senhor Emerson, havendo algum problema relacionado aos projetos que o senhor desenvolvia,
19:37ao processo de construção, o senhor se reportava a quem do Grupo Bertin?
19:43O senhor se reportava a que membro do Grupo Bertin?
19:48Eu estou me referindo a questões envolvendo engenharia civil.
19:52Porque, veja bem, se há um membro do Grupo Bertin que não entende de engenharia civil,
19:56ainda que ele seja o gestor daquela determinada indústria, o senhor se reportava a ele também?
20:01Ou a quem é formado em engenharia civil do Grupo da Família Bertin?
20:06O senhor pode me responder também de forma mais clara e objetiva?
20:09Acho que formado em engenharia civil deles, eu acho que não tem nenhum.
20:14Alguém que trate de questões envolvendo engenharia civil?
20:19Olha, as coisas de engenharia civil, certo?
20:23Quando, dependendo do que era, se fosse uma terra, se fosse infraestrutura, era o Reinaldo...
20:29Ainda que houvesse um problema na obra, o senhor tratava com algum outro membro que não entendesse nada de engenharia civil?
20:35Com o acionista que estava naquela obra.
20:37Tá bem, então tá bom.
20:38Assim como eu tratava com a São Fernando e com o Maurício.
20:41Ah, tá, senhor. Obrigada.
20:42A respeito então da obra agora da usina São Fernando, o senhor disse aqui que se reportava o senhor Maurício.
20:54Eu queria entender que o senhor, se o senhor Reinaldo Bertin, de alguma forma, considerando que a família Bertin era sócia no empreendimento,
21:03O senhor tem conhecimento se o senhor Reinaldo Bertin, de alguma forma, se envolveu, coordenou ou acompanhou as obras de infraestrutura e instalação da usina São Fernando?
21:16Eu acredito que ele deve ter acompanhado as contas dos equipamentos, das coisas que têm um volume financeiro grande.
21:25Quando a gente fala em usina de álcool, o dinheiro está nos equipamentos, não está na pavimentação, não está nas bases.
21:33Nessa parte, a gente tinha uma empresa de projetos, que desenvolvia os projetos, que desenvolveu a implantação, e a gente simplesmente comprava o material executado.
21:42As decisões que se tomava junto com o Maurício era como é que eu ia fazer o escritório, onde ia pôr a portaria, essas são coisas da indústria.
21:50Eu acho que essa situação que o senhor está falando está se referindo a valores financeiros maiores.
21:55Eles não vão ficar discutindo uma boquinha de louco, um negócio pequeno.
21:59Veja bem, eu fiz essa pergunta para o senhor, porque o senhor Romulo disse aqui que o senhor Reinaldo Bertin acompanhava as obras, inclusive no local.
22:09Foi por isso que eu fiz essa pergunta ao senhor, mas eu já entendi que o senhor, ao conhecimento do senhor, ele se resumia a questões macro de investimento em maquinário.
22:18Eu entendi. Perfeito.
22:19O senhor disse também, quando foi ouvido pelo Ministério Público, que o senhor Maurício Bunlay, durante um período, passou por um problema de depressão e não ia com frequência para a empresa.
22:31Nesse período, a quem o senhor se reportava?
22:33Nessa época que ele estava acontecendo isso, a obra já estava mais para o fim do que para o começo, certo?
22:43Já tinha um gestor dentro da obra, já tinha um diretor industrial nozinho, então você se reportava mais a ele.
22:50Eu devo ter falado o nome dele, é um rapaz novo até na época, porque ele não tinha mais questões financeiras envolvidas, não tinha grandes dinheiros, não tinha mais nada.
22:58Era o acabamento da obra, certo?
23:00Porque o Maurício passou realmente um tempo ruim de saúde, e eu conheço o Maurício muitos anos, não é dois dias.
23:07Então, passou um tempo ruim.
23:10Então o senhor está dizendo que, enquanto ele não esteve lá, tinha uma outra pessoa que o senhor não se lembra o nome, é isso?
23:15Era o diretor industrial no da cozinha, mas ainda tinha diretores industriais, tinha diretor financeiro, tinha tudo.
23:22Era um mega obra.
23:24Muito grande para o nosso estado.
23:27Eu estou satisfeito, Excelência.
23:29O Otis tem perguntas?
23:30Boa tarde.
23:35O senhor mencionou que o senhor esteve no sítio uma vez, foi só uma vez que o senhor foi lá, ou o senhor esteve outras vezes?
23:42Uma ou duas vezes, certo?
23:46Nas duas vezes, o senhor foi acompanhado do senhor Neto, ou foi sozinho?
23:51Como é que foi?
23:53O Neto.
23:53E nas duas oportunidades, só o senhor Maradona, que estava no sítio?
24:00Só.
24:02Só ficava lá, porque eu ia também, eu ia em horários, assim, como estava fazendo a obra da Bahia, tinha que pegar um avião, descer em Campinas, se não me engano,
24:10o Neto tinha que ir lá buscar eu, voltar, era sempre corrido, tinha muito, também não tinha muita coisa para olhar.
24:18O senhor não encontrou com nenhuma outra pessoa no sítio sem ser com o senhor Maradona?
24:22É, que eu me lembre não.
24:28Eu me lembre, era do Maradona sempre, que estava na portaria, que abriu o portão para a gente.
24:32O senhor chegou a conversar com o senhor Maradona?
24:37O senhor cheguei a conversar com ele?
24:38É.
24:41Conversei várias vezes.
24:42Abri o portão, entra, deixa a gente entrar, olha o banheiro que usa, se tem água para tomar, vamos comer, essas coisas.
24:49Quanto tempo o senhor ficava no sítio quando o senhor ia?
24:55Duas horas, três horas no máximo.
24:59É, nessas oportunidades que o senhor mencionou que foram duas, essas quatro horas, ou seis horas que o senhor permaneceu lá,
25:05o senhor observou se tinha alguma obra já lá em curso?
25:08Alguma intervenção, ainda que menor?
25:15Estou pensando.
25:17Se o senhor não se recordar, não tem problema nenhum.
25:19Não, é que, é um sítio abandonado, né?
25:24O negócio estava abandonado, não estava problema na piscina, tinha um problema no...
25:29Na piscina, do lado tinha um lugar de saldo, e era uma casa bem antiga, né?
25:36E no fundo tinha uma...
25:38Onde eles queriam ampliar, fazer uns quartos.
25:41Tinha um lago, né?
25:42Eu entendi, essas coisas...
25:43O mais bonita era o lago, lá, o mais bonita era o lago.
25:46Essas intervenções são as que o senhor disse que foi solicitado que vocês fizessem, que o senhor já mencionou que eram esses quartos,
25:54a piscina e a sauna, pelo que eu entendi.
25:56É, a piscina é porque está vazando, se eu não me engano, então você tem que consertar, senão vai criar uma patologia lá.
26:02Minha pergunta é um pouco diferente.
26:07Vocês chegaram a fazer alguma outra intervenção, o senhor viu se existia alguma outra intervenção nessas oportunidades que o senhor estivesse lá?
26:13Alguma outra obra que não é essas que o senhor mencionou?
26:15Não, eu não me lembro de nada, não.
26:20Nenhum outro tipo de obra.
26:21A gente foquei simplesmente no que eu tinha que fazer, porque o tempo era curto.
26:26Foi.
26:27O lago é porque você não teria como não ver o lago.
26:30O lago está atrás das casas, né?
26:33Se eu não me engano, são dois também.
26:34Tem uma pontezinha perto, tipo um pier, alguma coisa assim.
26:38Mas é isso.
26:40O senhor chegou a tomar conhecimento do que de fato foi realizado pelo senhor Neto ali?
26:44Qual parte da obra que ele conduziu?
26:49Olha, eu acredito que ele deve ter conduzido a obra como um todo depois, porque não estava mais lá e ele era um arquiteto.
27:02Mas ele é um profissional, mas ele é um profissional.
27:07O trabalho faz parte da vida dele.
27:09Entendi, acho que o senhor não entendeu a minha pergunta.
27:11Minha pergunta é bastante objetiva.
27:12Eu não estou entendendo.
27:13O senhor tem conhecimento do que de fato foi feito ali encabeçado pelo senhor Neto?
27:17Se foram só essas intervenções ou se tiveram outras coisas que foram feitas?
27:20Não, foi feito outras coisas.
27:23O que eu me lembro, certo?
27:25O que eu me lembro, tá?
27:26Era piscina, sala e os quartos no fundo.
27:32Eventuais outras reformas, o senhor não sabe se foi feita por ele ou não, é isso?
27:37Não sei, não tenho conhecimento.
27:41Esse episódio que o senhor disse, que o senhor Neto contou para o senhor sobre uma visita da dona Marisa ao sítio,
27:48ele contou isso para o senhor enquanto a obra acontecia ou foi depois?
27:51Não, foi...
27:56Ah, foi uns dois, três dias antes do Zé ligar e brigar comigo e abandonar tudo.
28:02Mas isso aí é porque ele contou porque ela esteve lá para ver alguma coisa com ele, né?
28:07Em relação ao obra.
28:08Entendi.
28:08Deve ter sido um evento importante, né?
28:10Imagina a primeira dama ir ao sítio.
28:11Eu queria entender um pouquinho melhor.
28:12Como é que foi essa coisa?
28:13Eu acho assim, ó, deixa eu falar uma coisa para o senhor.
28:19No contexto, se a primeira dama esteve lá, naquele momento, ele era o ex-presidente da república do nosso país.
28:32Eu acho que se hoje o Moura pedisse para mim fazer uma reforma na casa dele, eu faria com o maior gosto do mundo.
28:40Porque eu tenho respeito por eles.
28:41Então, o senhor...
28:44Eu acho que se fosse lá, ó...
28:45Se fosse...
28:46É, Berson, vamos só interromper aqui.
28:48O senhor tem que falar sobre os fatos, certo?
28:50Que você está perguntando ao senhor.
28:52Tá bom, desculpa.
28:53Se o senhor não souber algum fato, o senhor pode simplesmente dizer que não sabe ou não se recorda.
28:58Tá bom.
28:58Ou o senhor pode...
29:00Assim, agradeço a sua opinião e tal, mas o senhor não precisa manifestar essa opinião, certo?
29:07Então, assim, basicamente a pergunta da advogada é...
29:10O que o senhor higiene e seria dito ao senhor quanto a essa visita da Marisa?
29:15Se o senhor se recorda ou não.
29:17É isso, né, doutor?
29:18Exatamente, excelência.
29:21Muito obrigado.
29:22Não recordo.
29:25Sem mais, excelência, obrigada.
29:26Sério, eu vou interromper um pouquinho pelo tamanho do áudio e já retomamos.

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