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  • 14/06/2025
Sandro Moita, professor de ciências militares na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), analisa os reais interesses geopolíticos por trás da guerra entre Israel e o Irã.

Assista à íntegra em:
https://youtube.com/live/Im8aGCXkmG0

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Transcrição
00:00Vamos chamar mais um convidado aqui pra conversar com a gente nesse momento.
00:03Quem vai explicar um pouquinho do que que tá acontecendo lá no Oriente Médio
00:06é o professor Sandro Teixeira Moita, professor de Ciências Militares
00:10da Escola de Comando Estado-Maior do Exército.
00:12Professor Sandro, seja muito bem-vindo, prazer falar aqui com você.
00:16Militarmente, o que que a gente tá diante aqui?
00:18O que que nós podemos estar diante nesse momento no Oriente Médio?
00:22É a maior escalada de tensão desde o 7 de outubro, né?
00:25Sem dúvida, Fabrício. Boa noite a você, boa noite ao professor Danilo,
00:30boa noite a toda a nossa audiência.
00:32O que a gente tá vendo é uma grande questão de escalada,
00:37tanto por parte de Israel quanto por parte do Irã.
00:40Era uma coisa que tava, de certa maneira, escrita já nas muralhas,
00:44o fato de que os israelenses fariam esse ataque,
00:48e principalmente depois das ações israelenses pós 7 de outubro,
00:52enfraquecendo o eixo da resistência,
00:54o que a gente viu foi exatamente uma escalada discursiva de Israel
00:59no sentido de dizer que iria contra o Irã,
01:02e a gente teve dois enfrentamentos,
01:04que foram dois ensaios pro que a gente tá vendo hoje,
01:07que foi os enfrentamentos de abril de 2024,
01:11de outubro de 2024,
01:13e o fato é de que nesse momento Israel se sentia em condições,
01:17até mesmo pelo momento geopolítico internacional,
01:20de fazer esse ataque.
01:21aqui o fez.
01:22Há uma série de elementos que a gente pode considerar aqui,
01:25mas o que acontece é que a gente tá tendo...
01:27Os dois atores, nesse momento,
01:29estão colocando uma espiral de escalada,
01:31no qual eles não aceitam um ficar sob o tacão do outro,
01:37ou seja, ficar submetido ao outro.
01:38Então, agora mesmo a gente tá vendo as imagens dos ataques iranianos a Israel.
01:44Israel bombardeou uma refinaria e área de produção de petrolífera
01:49nos subúrbios de Teherã,
01:51ao mesmo tempo que mísseis balísticos iranianos
01:54destruíam a principal refinaria israelense que fica em Haifa.
01:58Então, isso mostra o nível de escalada e de capacidade.
02:04Também há que se considerar que o Irã não é o Hezbollah do Líbano,
02:08o Irã não é o Hamas, não é a Jirá Islâmica Palestina,
02:11é um Estado com muito mais capacidade e poderiam militar.
02:14E que, apesar dos ataques contra...
02:17Esses enfrentamentos contra Israel,
02:19é um ator que tem uma série de cartas na manga,
02:22e isso não pode ser descartado.
02:24Senhor, chama bastante atenção o timing desse ataque de Israel na quinta-feira,
02:29porque as negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos
02:34estão, ou pelo menos estavam em curso,
02:37com uma conversa que estava programada para amanhã no Oman,
02:40que foi agora cancelada,
02:42caiu por terra essa discussão, pelo menos no momento.
02:46Israel agiu de forma precipitada,
02:48não poderia ter esperado até domingo para ver o resultado dessas conversas,
02:52porque, certamente, isso tudo estaria em discussão.
02:56Todas as acusações que Israel tem feito para justificar esse ataque
02:59estariam em discussão, estariam na pauta da reunião agora de domingo.
03:04Podemos dizer que foi um pouco precipitada essa ação,
03:08ou ela acontece no momento ideal?
03:10Bom, Fabrício, essa reunião que você se refere,
03:15que seria, salvo engano, a sexta rodada de negociação
03:18entre o enviado americano para o Oriente Médio,
03:22que é o Steve Witkoff,
03:23e os negociadores iranianos,
03:25dos quais, inclusive, um deles,
03:27que era um dos principais assessores do Khamenei,
03:29que foi neutralizado nesse ataque israelense de quinta-feira,
03:33ao que havia tanto da quarta conversa e da quinta conversa,
03:39era de que o Irã estava endurecendo a sua posição
03:42e sinalizando que talvez ele endurecesse o jogo,
03:46mas provavelmente seria uma tática de negociação iraniana
03:50para obter mais concessões dos Estados Unidos.
03:52Há que se lembrar que existem muitos fundos iranianos
03:55que estão congelados nos Estados Unidos
03:57ou em áreas que estão sob influência
03:59da capacidade da legislação americana,
04:02bancos europeus e outros bancos em outros países do Ocidente.
04:06Então, aqui há um interesse do Irã
04:10de descongelar esses fundos,
04:12de ter acesso também a tecnologias,
04:15até mesmo para a sua aviação civil
04:16e partes de componentes mesmo para a sua aviação militar.
04:20O Irã opera caças ocidentais
04:22que são da década de 70 e 60 do século XX,
04:26em alguns casos, no seu acervo de força aérea.
04:29Então, havia esse interesse.
04:31Só que o Irã acelerou o compasso
04:33de endurecer as negociações
04:35sem combinar isso com os americanos.
04:37Isso até causou uma certa frustração.
04:39O presidente Trump fez publicações
04:41dizendo que era a hora do Irã
04:43querer negociar realmente para ter um bom acordo.
04:47E há uma série de outros eventos, Fabrício,
04:50que também nos mostra que, por exemplo,
04:53na segunda-feira,
04:54os russos fizeram uma oferta
04:56de retirar o excesso de urânio enriquecido do Irã.
05:01Então, quando vamos olhar num cenário conjunto,
05:04em um grande panorama,
05:05nós vemos que ali havia todo um cenário montado
05:08para esse ataque.
05:09E o fato de que a gente teve mesmo
05:10noticiado pela própria imprensa americana
05:13de que um ataque israelense teria sido feito em maio,
05:17mas foi impedido pela ação enérgica do Trump
05:19em cima do Netanyahu,
05:21sem dúvida a gente acaba vendo aqui
05:23também um cenário no qual
05:25o Israel via uma janela de atuação,
05:29que seria o primeiro semestre desse ano
05:30para fazer esse ataque contra
05:32o programa nuclear iraniano,
05:34bem como o seu programa de mísseis
05:36e foguetes balísticos.
05:39Bom, vamos abrir aqui também o espaço,
05:40a conversa para o professor Danilo Porfírio.
05:42Tem pergunta para o professor Sandro, né?
05:44Professor Sandro, e como o senhor enxerga...
05:49Porque eu observei até então um silêncio suspeito
05:55dos países árabes sunitas.
06:00Como o senhor observa esse silêncio conivente?
06:08Professor Danilo, isso é uma ótima pergunta,
06:10porque nos leva a uma questão de que
06:12um Irã enfraquecido por meio da ação de Israel
06:16é o principal interesse dos países sunitas da região,
06:23especialmente a Arábia Saudita de Mohammed bin Salman,
06:26que pode colocar comunicados
06:30condenando a violência entre Israel e Irã,
06:33mas que é talvez hoje, no momento,
06:37a principal ganhadora dessa crise regionalmente.
06:42Porque o Irã fica enfraquecido
06:44e com isso abre espaço para um maior protagonismo saudita na região.
06:50Cabe lembrar que o grosso dos aviões da Força Aérea de Israel
06:54que fizeram os ataques contra o Irã
06:56fizeram os ataques por meio do espaço aéreo sírio.
07:00E cabe lembrar que o novo homem forte da Síria,
07:03que é o Ahmed Al-Shahra,
07:05está sendo um protegido saudita,
07:08tanto que na própria, em Riad,
07:09ele foi apresentado ao presidente americano Trump
07:11na visita que o Trump fez a alguns países da região.
07:14Todos, aproveitando o gancho que você deixa,
07:18todos monarquias sunitas
07:20que têm um grande interesse
07:22no enfraquecimento do regime dos ayatolais.
07:24Então o que a gente está vendo aqui é
07:26esse silêncio é muito interessante,
07:28porque eles não vão precisar,
07:30para usar uma expressão coloquial,
07:32nem sujar as mãos.
07:33No caso, quem estaria fazendo o serviço
07:36de enfraquecer o Irã é Israel.
07:38Então há uma tácita torcida silenciosa
07:43por parte desses países
07:45de que Israel consiga mesmo enfraquecer o regime
07:47ao ponto de que ele talvez até mesmo colapse.
07:50Ah, está bom esse debate aqui, hein?
07:52Está esquentando, a coisa está boa.
07:54Olha só, o professor Sandro vai continuar aqui com a gente,
07:56o professor Danilo também.
07:58A gente, lembrando, vai até às 7 horas.
07:59Hoje, já na sequência, o Jornal Jovem Pan
08:02chega ao vivo com todas as informações.
08:05Professor Sandro, vou pedir para você segurar um pouco,
08:07porque agora a gente vai com informação.
08:08O nosso correspondente, o Luca Bassani,
08:10está de volta ao vivo aqui no JP Internacional
08:13para falar de atualizações vindas direto do Irã.
08:16Não é isso, Luca?
08:17O que você traz para a gente?
08:18...de gás natural nos maiores campos do mundo.
08:26Inclusive, o Irã, que é o terceiro maior produtor
08:28de gás natural do mundo,
08:30apenas atrás dos Estados Unidos e da Rússia,
08:34acabou anunciando que, por conta dos ataques israelenses,
08:38o famoso campo de Pars Southfield,
08:41a parte do sul de Pars,
08:43que fica lá no Golfo Pérsico,
08:45no Golfo Arábico,
08:46também na divisa com o Catar,
08:49se considerarmos o limite marítimo,
08:52foi suspensa essa produção
08:55exatamente por conta dos ataques israelenses,
08:58o que pode elevar a preocupação econômica do mundo.
09:02Nós sabemos que o Irã,
09:03sendo o terceiro maior produtor,
09:05com mais de 275 bilhões de metros cúbicos por ano,
09:09consegue abastecer não só o seu próprio país,
09:11mas muitos outros países da região.
09:13A gente sabe que o governo iraniano
09:15é severamente sancionado em sua economia,
09:19não está incluído em vários sistemas bancários de transações,
09:22mas acaba vendendo parte das suas commodities energéticas
09:25para os seus vizinhos e também para a China.
09:28Então, caso isso encareça o preço da energia,
09:31do gás natural, do petróleo, para os chineses,
09:34os chineses, sendo os maiores manufatureiros de todo o mundo,
09:38acabam repassando os preços mais altos também para os demais países.
09:42Então, a gente observa essa situação com muita cautela,
09:46porque pode também ter um impacto no Brasil
09:47e em todas as outras nações que são arrastadas
09:50para uma crise econômica
09:52ou para um desaceleramento econômico
09:54por conta desta guerra que acontece no Oriente Médio,
09:57uma região geoestratégica muito importante.
10:00Agora falávamos do gás natural,
10:02mas não podemos esquecer que o Irã
10:03controla também parte do Estreito de Hormuz,
10:06por onde passa cerca de 20% dos barris de petróleo de todo o mundo,
10:10fazendo o seu caminho para diversas nações,
10:13abastecendo energeticamente muitos países.
10:16Ou seja, caso haja também o bloqueio dessas rotas marítimas,
10:20dessas rotas comerciais,
10:22isso pode ter um impacto direto econômico,
10:25além do impacto geopolítico e humanitário
10:27que acaba sempre trazendo uma guerra dessas proporções.
10:31Obviamente, a gente vai ficar monitorando,
10:33vendo como as autoridades iranianas irão reagir,
10:35porque com este ponto de produção de gás natural suspenso,
10:42os prejuízos econômicos são muito grandes para o regime de Teherã
10:46e, obviamente, que eles vão fazer de tudo
10:47para voltar com a produção o mais rápido possível,
10:50também para não demonstrar internamente e externamente
10:53fraqueza mediante os ataques israelenses
10:56que foram retomados durante as últimas horas,
11:00inclusive também ataques iranianos em Israel.
11:03Ou seja, uma nova rodada de hostilidade sendo observada
11:06nessas primeiras horas da madrugada no Oriente Médio,
11:09que provavelmente não terá uma noite fácil.
11:12Pois é, então, com o maior campo de produção de gás do mundo
11:16suspensa as atividades lá parcialmente no Irã,
11:19daqui a pouquinho o Luca volta a falar com a gente.
11:22Vou chamar o professor Danilo Porfirio para a conversa.
11:24Professor, quem é que sai perdendo mais nessa questão energética
11:29envolvendo hoje essa guerra Irã e Israel?
11:33China.
11:34China.
11:34Inesoravelmente.
11:35Ela hoje é a principal consumidora do petróleo vindo do Irã,
11:41ainda mais que o Irã é um país sancionado.
11:44É um país sancionado.
11:45O mercado de fornecimento de petróleo do Irã é muito restrito.
11:53Mesmo os países consumidores têm limite nesse processo de consumo.
12:01E, obviamente, quem se aproveita muito dessa situação
12:03é a China, que compra esses recursos.
12:09Existindo esse problema de interrupção, Fabrício,
12:14a China terá problemas a resolver.
12:17A China vai ter problemas a resolver.
12:18Vamos chamar de novo aqui o professor Sandro Teixeira Moita
12:20também para essa conversa.
12:22Professor, o senhor falava sobre a questão da Arábia Saudita.
12:26Há pouco tempo, o Donald Trump foi lá para a região,
12:29foi para o Oriente Médio.
12:30Havia a expectativa de que a situação desse uma apaziguada.
12:34As relações, incluindo com a Síria,
12:37lembrando, claro, de uma reaproximação
12:39que ninguém estava esperando naquele momento
12:41entre Estados Unidos e Síria.
12:43Tudo isso foi por água abaixo.
12:45O que a gente pode esperar daqui para frente?
12:49A grande questão aqui, Danilo, é que...
12:52Fabrício, perdão.
12:54É que a gente está vendo, nesse momento no Oriente Médio,
12:58embora haja um desígnio do Trump de criar
13:01uma grande esfera de prosperidade com essas monarquias sauditas,
13:05nas quais ele tem uma grande proximidade,
13:08especialmente a família real do Qatar,
13:10a família real saudita,
13:12faltou combinar com Israel.
13:13Porque não havia, na percepção israelense,
13:17uma ação direta em cima do Irã.
13:19E é algo que, se a gente for considerar,
13:22era a principal preocupação de segurança israelense
13:25desde o início dos anos 2000.
13:26Sempre você pode ver pronunciamentos
13:28de Erud Barak, de Erud Omert,
13:32do próprio Benjamin Netanyahu,
13:33em outros momentos como o primeiro-ministro de Israel,
13:36de Yiv Lipni e outros mais,
13:39que colocavam claramente o Irã
13:41como o grande ator
13:43que era um problema
13:45para a segurança nacional de Israel
13:46e mesmo a existência do país.
13:49Eu estou aqui colocando
13:51o discurso político deles.
13:53Então, havia uma necessidade
13:55de Israel sentir segura
13:57e havia um ambiente
13:58de contínua confrontação com o Irã,
14:00que não é um ambiente novo.
14:02Enquanto o Irã vai trabalhando
14:03para criar esse eixo da resistência,
14:05que a gente vai ver o seu ponto culminante
14:07no 7 de outubro de 1923
14:09e na guerra que se segue,
14:11Israel estava ali também
14:12fazendo uma guerra nas sombras
14:14contra o Irã,
14:15desde os anos 2000,
14:16especialmente contra o programa nuclear.
14:18Assassinato de cientistas israelianos,
14:20o ataque que foi feito em 2010
14:22por meio cibernético,
14:23que foi o Stuxnet,
14:25que foi combinado com os Estados Unidos
14:26e contra a usina de Natanz,
14:30que agora foi atacada na quinta-feira
14:32em quatro ondas sucessivas.
14:34E aí teve agora a confirmação
14:36pela Agência Internacional de Energia Atômica
14:38de que a usina foi atingida
14:39e foi danificada ao ponto de não operar.
14:42Então, o que a gente está vendo aqui,
14:45sem dúvida,
14:46é uma ação que acaba mexendo
14:48um tanto quanto o projeto do Trump.
14:50O problema é que não houve
14:52um esforço forte americano
14:54no sentido de oferecer uma oportunidade
14:57de um novo acordo com o Irã.
15:00O que você teve foi uma valsa muito lenta
15:02que foi acelerada pelos israelenses.
15:05Então, agora,
15:06a questão das negociações
15:07provavelmente ficará em suspenso,
15:09mesmo com o telefonema
15:11que a gente teve hoje
15:12entre o presidente Trump
15:13e o presidente Putin da Rússia,
15:14que apoia o retorno das negociações
15:17e a pressão sobre o Irã
15:18para que volte a negociar.
15:20Mas o fato é que a própria retórica
15:21do próprio secretário de Estado americano,
15:24Marco Rubio,
15:25é muito clara.
15:26Se o Irã quer voltar a negociar,
15:27ele tem que abrir mão do programa nuclear.
15:29O problema é,
15:30Fabrício,
15:31caro professor Danilo,
15:33o programa nuclear
15:34para o regime dos ayatolais
15:36é a garantia
15:38de que nunca mais
15:39aquele regime
15:40cairá
15:41por ação de um ator externo.
15:43Então, aqui,
15:43a gente também está
15:44numa situação dificílima
15:46de ser resolvida.
15:47Muitos assuntos
15:48que a gente está tratando
15:50aqui no JPM Internacional de hoje.
15:51O professor Sandro
15:52ainda vai seguir com a gente
15:53mais um pouco.
15:54Eu vou aproveitar agora
15:54para me despedir
15:55do professor Danilo Porfírio,
15:56que esteve aqui com a gente
15:57desde cinco e meia.
15:58Professor, muito obrigado.
15:59Obrigado.
16:00Até a próxima.
16:00Até a próxima.
16:01A gente se fala.
16:02Olha só,
16:02vamos voltar a falar
16:03com o professor Sandro?
16:04Professor,
16:05eu queria entender o seguinte,
16:06o exército de Israel
16:07divulgou uma estimativa
16:08afirmando que o Irã
16:10seria capaz de produzir
16:1115 bombas nucleares
16:13se Israel não tivesse
16:15feito os ataques que fez.
16:17Essa é uma estimativa,
16:19digamos assim,
16:21podemos dizer realizável?
16:23É uma, digamos,
16:25qual seria a expressão
16:26que eu estou procurando aqui?
16:27Olha só,
16:27me fugiu a palavra.
16:28Mas dá para acreditar
16:29nesse número,
16:30nessa estimativa israelense
16:33envolvendo a capacidade nuclear
16:34do Irã nesse momento?
16:36Fabrício,
16:39o que acontece
16:40nesse momento
16:41é que
16:42esse número
16:43que Israel divulga
16:44de 10 a 15 bombas
16:46e eles reforçaram
16:47nos últimos semanas
16:48a ideia das 15 bombas
16:49é também porque
16:50uma série de canais
16:52oficiais
16:54e semi-oficiais
16:55ligados
16:55à guarda revolucionária
16:57iraniana
16:57começou a veicular
16:58notícias
16:59de que o Irã
17:00talvez
17:01tivesse que fazer
17:02aquilo que a gente chama
17:03de bomba suja
17:04ou seja
17:05uma bomba
17:06com capacidade atômica
17:07mas que não é ainda
17:09uma arma nuclear
17:10mas que ela tem
17:10a explosão
17:11de um explosivo
17:12convencional
17:12muito forte
17:13só que com
17:14a questão
17:15a radiação junto
17:17ela espalha a radiação
17:18e é aquilo que é chamado
17:19pelos estudiosos
17:21de armas atômicas
17:21de bomba suja
17:22e esses canais
17:24começaram a divulgar
17:25essa ideia
17:25de que o Irã
17:26partiria para
17:27construir bombas sujas
17:29então até o pronunciamento
17:30do primeiro-ministro
17:31Netanyahu ontem
17:32foi dizendo que
17:33o ataque foi feito
17:35para impedir
17:35que o Irã
17:36inclusive entregasse
17:37essas armas
17:37na mão de grupos
17:38terroristas
17:39por todo o mundo
17:39então
17:40o material
17:41declarado
17:43que o Irã
17:43possui
17:44de urânio enriquecido
17:45com certeza
17:46já poderia
17:47fornecer
17:48material
17:49para a composição
17:50de diversos
17:51desses armamentos
17:52a questão aqui
17:53talvez não 15
17:55mas sem dúvida
17:56é um número relevante
17:57mesmo se fosse uma
17:58Fabrício
17:58já seria um número relevante
17:59há que se considerar
18:01isso também
18:01então o fato
18:02e além disso
18:04há um outro dado
18:04que também era pouco tratado
18:06mas porque a gente
18:07estava acompanhando
18:08a crise em loco
18:08é de que
18:09o Irã
18:10teve uma série
18:12de avanços
18:12desde 2023
18:14no seu programa
18:15de construção
18:15de mísseis
18:16então
18:17era possível
18:18que no ano que vem
18:19o Irã
18:19tivesse
18:20algo em torno
18:21de 8 mil
18:22mísseis
18:22balísticos
18:23que poderiam ser
18:24utilizados
18:25contra Israel
18:25e mesmo
18:26com a sofisticada
18:27defesa israelense
18:28com o domo de ferro
18:29com o sistema
18:30seta
18:31com o sistema
18:33David Sling
18:34com o sistema
18:34com o feixe de ferro
18:36mesmo com todos
18:37esses sistemas
18:38parte desses
18:39mísseis
18:39poderia causar
18:40um dano
18:40muito grande
18:42ao estado de Israel
18:42então Israel
18:43decidiu por agir
18:44por sentir que a janela
18:45estava fechando
18:46perfeito
18:47professor
18:47Sandro Teixeira Moita
18:49professor de ciências
18:50militares
18:51da escola
18:53da ECM
18:54conversando aqui
18:55com a gente
18:55ao vivo
18:56no JP Internacional
18:58professor
18:58muito obrigado
18:58pela sua participação
19:00aqui com a gente
19:00volte sempre
19:01Fabrício
19:03muito obrigado
19:03a você
19:04e a toda a nossa audiência
19:05conte sempre conosco
19:05muito obrigado
19:06pelo gentil convite
19:07e aí

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