O Documento JP analisa o que deu início à guerra na Síria e como ela se tornou um complexo conflito internacional. A reportagem detalha como a intervenção de potências globais e regionais ampliou a disputa. Entenda de que maneira a guerra afetou alianças e transformou as relações políticas no Oriente Médio e no mundo.
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NotíciasTranscrição
00:00A Guerra Civil da Síria foi um enorme tabuleiro geopolítico de interesses externos.
00:07Aos poucos, a Guerra Civil, que começou por problemáticas internas relacionadas às dificuldades
00:14econômicas e aos abusos políticos, deu espaço para que grandes potências regionais e globais
00:21utilizassem o território sírio como um palco de várias guerras por procuração.
00:28Os interesses norte-americanos, russos, turcos, iranianos e de outros agentes externos
00:35apenas prolongaram a guerra dentro da Síria.
00:39Mas claramente que os Estados Unidos tinham um objetivo muito claro ali, que era justamente
00:44evitar que o Estado Islâmico assumisse uma proporção ainda maior.
00:50Nós vemos também que a Turquia tentou, de alguma forma, combater os curdos, uma minoria
00:55que cria ali problemas para o governo turco e que tem ali a sua justificativa histórica
01:05de ter um Estado, mas cujo clamor por um Estado é negado pela comunidade internacional.
01:13Nós vemos também que Israel tinha interesse ali em manter posições justamente para evitar
01:18que o Irã utilizasse a Síria como plataforma para a entrada de recursos para a Palestina,
01:27para o combate ao Estado de Israel.
01:31E também foi importante até mesmo para os russos, que em razão de um acordo com o
01:36Marshall Al-Assad, sempre mantiveram ali uma presença militar justamente pelo fato de que,
01:42como a Rússia necessita de acesso ao mar Mediterrâneo, o governo russo, ao proteger Assades, também
01:52ganhou a possibilidade de manter ali uma operação e uma base muito importante no sentido de ter
01:59uma presença no próprio Mediterrâneo.
02:02Então muitas potências aproveitaram esse momento de instabilidade dentro da Síria para
02:09apoiar em grupos diversos, o que alimentou ainda mais o conflito e gerou um êxodo enorme
02:16de refugiados, o maior daquela época.
02:19As grandes potências, Rússia e Estados Unidos, foram determinantes para o desenrolar do conflito,
02:26como nos explica o professor Furriella.
02:29Porque ambos apoiaram militarmente e economicamente.
02:33A Rússia apoiava o governo constituído, o governo do Assad, até mesmo porque tem uma base,
02:38tinha uma base militar instalada na Síria e tinha também interesse em fazer um antagonismo
02:45em relação ao poder dos Estados Unidos.
02:49Então era um conflito que também as grandes potências entendiam para que uma se opusesse
02:54à outra.
02:55E os Estados Unidos e a Europa apoiavam alguns dos grupos insurgentes, mesmo que fossem grupos
03:02que pudessem colocar em risco os seus interesses no futuro.
03:07Mas uma certeza eles tinham que um governo apoiado pela Rússia não iria atender os seus interesses
03:14às suas pretensões na região.
03:16O longo tempo da guerra trouxe enormes perdas humanas.
03:20As estimativas mais precisas de ONGs internacionais colocam o número total de mortos acima das 600 mil
03:29pessoas.
03:31Aproximadamente 6 milhões de sírios deixaram o país ao longo dos últimos 13 anos,
03:38seguindo sobretudo para a Turquia, o Líbano e múltiplos países da Europa Ocidental.
03:46Quase 7 milhões de sírios se deslocaram internamente, à procura de um novo lar.
03:53Vejam essas pessoas como foram humilhadas.
03:56Estamos na linha de frente, já chega.
03:59Vejam essas mulheres e crianças, as condições em que vivem.
04:03Houve muitos confrontos.
04:05Eles nos usaram como escudos humanos.
04:08A situação era horrível, vocês não imaginam.
04:10As pessoas aqui estão cansadas.
04:14Espero que não sejamos oprimidos aqui.
04:16Estamos aqui há uma semana e estamos com sede.
04:19Uma garrafa d'água custa 1.500 dinários e não podemos permitir isso.
04:24O pão também custa 1.000 dinários e isso é muito caro para nós.
04:29A fome está nos matando e estamos sofrendo de frio.
04:33Estamos cavando buracos no chão para cobrir as pernas.
04:36Deixe-nos viver.
04:37As perdas econômicas são igualmente devastadoras.
04:41Desde 2011, o PIB sírio caiu mais de 70%, com danos totais estimados na faixa dos 400 bilhões
04:51de dólares pelo Banco Mundial e pela ONU.
04:55A infraestrutura de toda uma nação foi completamente devastada.
05:00Grandes cidades como Alepo, Homs e Raqqa tiveram bairros completamente transformados em escombros.
05:08Setores essenciais foram também destruídos, com as perdas de muitos hospitais, escolas
05:16e redes de distribuição de água e energia.
05:20Segundo estimativas recentes, mais de 90% da população vive abaixo da linha da pobreza.
05:27E milhões de sírios dependem diariamente de ajuda humanitária para se alimentar e sobreviver.
05:34Voltamos para reconstruir nossa casa.
05:38Queríamos restaurá-la, mas não conseguimos porque não temos condições financeiras para isso.
05:43Então decidimos montar uma barraca até que as coisas melhorem.
05:47Se Deus quiser, os bons samaritanos, as organizações e o Estado nos ajudarão a reconstruir.
05:53Não há nada aqui. Não há escolas, nem clínicas, nem água, nem eletricidade. Não há nada.
06:01A cidade de Homs, outrora a terceira maior cidade da Síria, hoje exibe as marcas do longo conflito.
06:10Seja no subúrbio, seja no centro da cidade.
06:13E chegamos agora na cidade de Homs, essa que era a terceira maior cidade da Síria antes da guerra, com 650 mil habitantes.
06:26Sendo uma cidade estratégica entre Alepo e Damasco, essa localidade foi fundamental
06:31tanto para os rebeldes quanto para o governo durante os anos da guerra civil.
06:36Nós conseguimos ver que essa área residencial foi severamente bombardeada.
06:41Muitas casas, muitos apartamentos, muitos negócios locais completamente destruídos.
06:47As ruínas que sobraram depois de anos de conflito.
06:50Nós vemos que o balanço da perda de pessoas e também de dinheiro é imensa.
06:57Aqui na Síria foram cerca de 650 mil pessoas mortas durante a guerra civil,
07:02das quais metade delas eram civis, pessoas inocentes, tantas crianças que se tornaram órfãs.
07:08Da mesma maneira, quase 6 milhões e meio de sírios deixaram o país em rumo a outras nações.
07:15Turquia, Líbano, Europa Ocidental.
07:18Hoje a esperança é de poder reconstruir esta cidade e toda esta nação.
07:23Mas como nós conseguimos ver aqui, através desta grande destruição,
07:28de muitos escombros que sobraram, a chance dos sírios de reconstruir o seu país,
07:34ela tem se tornado cada vez mais difícil com o dinheiro não chegando, não sendo liberado,
07:40apesar de nós sabermos que as iniciativas do governo têm tentado ampliar os negócios
07:46para transformar essas ruínas em novamente uma cidade habitável.
07:51Uma guerra civil tão duradoura exigiu o máximo da população síria.
07:57Apesar da frequente sensação de insegurança e das milhões de famílias afetadas diretamente
08:05pelas perdas humanas e financeiras, os sírios em algumas cidades buscaram reestabelecer a vida
08:13com relativa normalidade.
08:15Na cidade de Holmes, ao lado de muitos escombros, observamos que as famílias buscam recomeçar.
08:23E andando pelas ruas de Holmes, ainda observamos muitos edifícios residenciais completamente destruídos.
08:32Apesar deste entorno ainda muito chocante, conseguimos ver que parte das pessoas tenta retomar as suas vidas.
08:41Com a reconstrução deste parque aqui, na frente da principal mesquita da cidade,
08:46algumas crianças, algumas famílias aproveitam o dia ensolarado desta primavera
08:52para poder também desfrutar um pouco do tempo de paz,
08:56que foi uma raridade nesta região durante as últimas décadas.
09:02Nós conseguimos ver que ainda há muito a ser feito,
09:05mas a esperança do povo sírio de poder renascer das cinzas
09:09ainda está presente em grande parte das famílias que vivem aqui.
09:14Um dos grupos que mais ganhou notoriedade durante a Guerra Civil foi o HTS,
09:21Hayat Tahir al-Sham, uma facção jihadista criada em 2017 com base no antigo Jabat al-Nusra,
09:32o braço sírio oficial do grupo terrorista mundialmente conhecido como Al-Qaeda.
09:38A mudança de nome fez parte de uma iniciativa das lideranças do grupo
09:43visando alcançar maior legitimidade perante a população
09:48e evitar bombardeios russos e do governo de Bashar al-Assad durante os anos da Guerra Civil.
09:56Embora esse grupo alegasse independência,
09:59a mesma estrutura de liderança e administração de outras facções terroristas foi mantida.
10:06A partir de 2019, após intensas hostilidades entre o HTS e o governo sírio,
10:15conseguiram se estabelecer de forma definitiva na região de Idlib, no norte do país.
10:21Neste período, o Hayat Tahir al-Sham criou um governo paralelo,
10:30com ministérios próprios, polícia rigorosa, suas próprias cortes e a administração autônoma.
10:38Antes da queda de Assad, era praticamente impossível para alguém fora da região de Idlib adentrar esta província.
10:46O HTS, neste tempo, suprimiu outros grupos rebeldes e se tornou a força política hegemônica no norte da Síria.
10:56A sustentação deste governo paralelo só foi bem sucedida pela fronteira de Idlib com a Turquia.
11:04O governo de Recep Tayyip Erdogan tinha no HTS seu principal aliado na Síria,
11:11seja contra Bachar Al-Assad, antigo adversário regional do presidente turco,
11:17seja contra os kurdos, grupo étnico que também se militarizou durante a Guerra Civil
11:23e poderia influenciar questões internas na Turquia.
11:28Após certo período de manutenção do status quo no controle territorial sírio,
11:34uma ofensiva relâmpago aconteceu durante dezembro de 2024.
11:40A coalizão rebelde liderada pelo HTS e apoiada pela Turquia
11:46conseguiu em menos de duas semanas tomar a cidade de Alepo,
11:50assegurar o controle das rodovias até Rama e Homs e, por fim, chegar à capital Damasco.
11:59A chegada dos rebeldes a Damasco sofreu pouca resistência.
12:04O exército sírio, fiel a Assad, se retirou de várias posições.
12:09Com o colapso iminente do regime, Bachar Al-Assad fugiu para a Rússia,
12:14onde recebeu asilo conjuntamente à sua família.
12:17As duas semanas de ofensiva rebelde e a fuga do antigo ditador
12:23colocaram fim a mais de cinco décadas do controle da família Assad dentro do país.
12:31O professor Marcos Vinícius de Freitas nos conta como estava a situação das forças armadas sírias
12:37antes da queda do regime.
12:40Então, o que nós notamos é que a queda de Assad foi resultado de vários anos de luta, de uma guerra civil
12:49e, mesmo assim, preocupante com relação aos resultados,
12:53afinal, os grupos políticos que lhe sucederam também trazem dentro de si grandes dúvidas com relação ao futuro.
13:00Mas, ainda assim, o mundo árabe e o ocidente decidiram que é importante dar um voto de confiança
13:09ao tentar fazer com que sanções existentes sejam descongeladas
13:14para justamente evitar que a situação continue do jeito que está
13:20e se leve a uma situação muito pior, como a gente observou, por exemplo, no caso da Líbia.
13:25O enfraquecimento dos principais aliados de Assad, a Rússia e o Irã
13:31foi fundamental para a aceleração deste processo,
13:35como detalham os professores Manuel Furriella e José Luiz Niemeyer.
13:41Surpreendeu internacionalmente a derrubada, mas agora que a gente tem mais elementos,
13:47nós conseguimos entender um pouco mais do processo.
13:50A ditadura de Assad já encontrava-se esgotada, após tantas décadas,
13:56apoiada por um grupo minoritário dentro do país.
13:59O Assad nunca foi apoiado por grupos religiosos majoritários.
14:05Outro fator também que colaborou com isso foi que o Irã,
14:11um grande apoiador do governo da Síria e a Rússia,
14:15tiveram vários problemas econômicos, têm sofrido problemas econômicos
14:19e começaram a reduzir o seu apoio.
14:23Além disso, o Irã, sendo atacado em várias frentes pelas tropas israelenses,
14:30via grupos insurgentes apoiados por aquele país,
14:34também começou a ter problemas em dar sustentação, em apoiar o governo da Síria.
14:40E a Rússia, que está enfrentando a Ucrânia, apoiada por potências internacionais,
14:46também começou a perder condições, a diminuir suas condições de sustentar o governo sírio.
14:53Após seis anos de administração do HTS e o rompimento do grupo com a Al-Qaeda,
15:00a cidade de Idlib, utilizada como capital administrativa antes da tomada total da Síria,
15:07pode dar sinais de como atuará o governo atual em múltiplas frentes.
15:14E nós estamos aqui agora na cidade de Idlib,
15:17uma cidade que, durante a Guerra Civil da Síria,
15:20caiu sob as mãos do HTS, Hayat Tahir al-Sham.
15:25Este grupo que inicialmente começou como um grupo fundamentalista
15:28e tomou controle desta cidade tão importante em direção à Turquia,
15:32por volta do ano de 2017.
15:34Com isso, nós temos o estabelecimento de um novo governo,
15:39aquilo que depois viria a ser implementado em toda a Síria a partir do dia 8 de dezembro de 2024.
15:48A liderança dessa região, Ahmed Al-Shara, hoje é o presidente da Síria
15:54e que partiu a partir da cidade de Idlib, conquistando Alepo, conquistando Hama, conquistando Homs,
16:01até chegar em Damasco, até a fuga de Bachar Al-Assad.
16:05Tudo aquilo que foi implementado nessa cidade durante os últimos anos
16:09pode nos dar uma ideia de como será o futuro da Síria
16:13e aquilo que eles pretendem também tornar como padrão em todo o país.
16:18Obviamente que algumas violações dos direitos humanos já foram noticiadas aqui,
16:24principalmente a grupos de oposição e a minorias étnicas,
16:29mas nós temos o fato importante de se mencionar que a nova liderança tem adotado
16:34uma nova abordagem para tentar falar a todos os grupos religiosos deste país tão milenar que é a Síria.
16:42Conhecido anteriormente como Abu Mohamed Al-Julani, o atual presidente da Síria
16:48carrega em sua biografia elementos que podem indicar suas convicções e práticas.
16:55Nascido em Riyadh, capital da Arábia Saudita, e filho de pais imigrantes da Síria,
17:02ingressou na militância jihadista desde o início dos anos 2000.
17:06Al-Julani combateu ativamente no Iraque, até fundar a Frente Al-Nusra, braço sírio da Al-Qaeda,
17:16que se transformaria posteriormente no Hayat Tahir al-Sham.
17:21Foi considerado por grande parte deste século um terrorista de grande periculosidade
17:26e que tinha uma recompensa de 10 milhões de dólares por sua captura oferecida pelos Estados Unidos.
17:34Após a campanha militar vitoriosa em dezembro de 2024 e a tomada do poder em Damasco,
17:43Al-Julani abandonou a alcunha jihadista e voltou a responder por seu nome de nascimento, Ahmed Al-Sharah.
17:52A fuga de Assad o transformou em presidente interino durante o governo de transição.
17:58As roupas militares e a retórica fundamentalista islâmica foram por horas substituídas por terno,
18:07gravata e um discurso moderado, buscando visitar e receber as mais diversas lideranças globais.
18:16Esta mudança de imagem adotada por Al-Sharah ainda é interpretada com desconfiança,
18:22por grande parte da comunidade internacional, como nos explicam os especialistas.
18:28Como são, por exemplo, aqueles que simbolizam o poder do Hamas,
18:32sempre com metralhadora na mão, sempre com uma farda específica,
18:36com um simbologismo muito grande com relação à violência.
18:40Outro dos grupos radicais islâmicos que nós conhecemos.
18:44Ele quer se mostrar mais ocidentalizado,
18:46com uma vestimenta mais próxima daquilo que é o padrão ocidental.
18:52Isso é claro que é para inglês ver ou para norte-americano ver,
18:56e ele vai ser pressionado inclusive por isso,
18:59porque por trás de um grupo como esse, HTS,
19:03que já teve relações com a Al-Qaeda e com outros grupos terroristas,
19:06você vai ter sempre os radicais.
19:08Os radicais geralmente são até mais velhos do que essas lideranças mais novas
19:12e vão ficar pressionando por ações ou por uma agenda mais radical
19:16com relação à defesa do movimento islâmico.
19:19Então, eu acho que é algo para fazer uma política externa,
19:23para fazer diplomacia,
19:25mas é muito fácil você trocar um terno por uma roupa
19:29que se identifique mais com os ideais do radicalismo islâmico.
19:33O islamismo é uma civilização que é importante,
19:38tem entre as sete civilizações que nós temos hoje no sistema internacional,
19:42na minha visão,
19:43e você tem geralmente a religião muçulmana,
19:46que prepondera dentro do islamismo,
19:48e que é uma religião que tem que ser respeitada
19:52como uma religião protestante, hindu, católica, cristão, ortodoxa,
19:56mas muitas vezes alguns interpretam a religião muçulmana
20:02a partir da civilização islâmica em uma pegada muito radical,
20:07baseada na violência, baseada no preconceito,
20:11baseada na opressão,
20:12então é isso que a gente tem que sempre criticar
20:14quando a gente está discutindo religião no prisma,
20:18dentro do prisma da política internacional.
20:21É difícil acreditar, esses grupos todos, eles são instáveis,
20:26você não tem grande crença,
20:28não são grupos que têm em mente uma pacificação.
20:33Agora, o que alega o novo governo
20:35é de que vai procurar pacificar a Síria,
20:38saber que a Síria, aceitar que a Síria é composta por sunitas,
20:43xiitas e vários outros grupos religiosos,
20:47alauítas e por aí vai,
20:49e fazer com que a Síria se unifique
20:51e respeite as várias vertentes religiosas.
20:54Então, o discurso começou bem
20:56e várias das atitudes do novo governo tem que se ver
21:00se ele vai ter força para impor essa nova agenda ao país,
21:04não basta só ele querer,
21:06e até que ponto, em algum momento,
21:08isso não pode caminhar por uma reversão
21:10e começar a perseguir certos grupos.
21:12Então, vamos lá, vamos lá, vamos lá.