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  • 06/06/2025
O ministro André Mendonça (PL-DF) defendeu a criação de critérios objetivos para a regulação de plataformas digitais no Brasil. Em discurso, destacou que as regras devem mirar as empresas responsáveis e garantir transparência e segurança jurídica.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/ZLo-KgNKD4U

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Transcrição
00:00No Supremo, o ministro André Mendonça afirmou que a melhor forma de regular as plataformas digitais
00:06é estabelecer critérios claros para a chamada boa governança.
00:12Janaína Camero de volta aqui com a gente.
00:14O ministro afirmou que as regras devem focar nas empresas e não nos usuários.
00:19O que ele quis dizer?
00:23Pois é, Tiago. Favorável ali às empresas, né?
00:27O voto do ministro André Mendonça, ele abriu divergência aí nesse julgamento, né?
00:31O julgamento que está discutindo se as plataformas de redes sociais devem se responsabilizar por publicações de usuários,
00:38publicações de terceiros.
00:39E aí, diferente do ministro, ele foi o quarto ministro a votar nesse julgamento, né, Tiago?
00:43E diferente dos demais votos, ele votou para que as empresas não sejam responsabilizadas
00:50se elas não removerem conteúdos ali do ar, considerados ofensivos,
00:55ou seja, automaticamente ou mediante apenas um pedido ali do usuário.
01:01Então, o ministro, ele votou pela constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet,
01:06que estabelece ali que as empresas de redes sociais, elas só são obrigadas a remover
01:10determinados conteúdos mediante uma decisão judicial.
01:15Então, o ministro, ele, inclusive, ele apresentou ali durante o voto dele,
01:19um voto que durou dois dias, né, Tiago?
01:20Começou ontem e terminou hoje.
01:21O ministro, ele apresentou alguns dados ali, mostrando que as plataformas,
01:26elas mesmas já automaticamente ali, sem mesmo, sem a necessidade de alguma notificação,
01:31elas já removem do ar conteúdos ali que violam a política interna da empresa,
01:36como, por exemplo, conteúdos com assédio sexual,
01:40ou então incitação à violência, discursos de ódio.
01:43A gente separou um trechinho do voto do ministro que foi concluído hoje.
01:47Vamos ouvir.
01:48Excetuados os casos expressamente autorizados em lei,
01:53as plataformas digitais não podem ser responsabilizadas pela ausência de remoção de conteúdo veiculado por terceira.
02:03Em observância ao devido processo legal,
02:06a decisão judicial que determinar a remoção de conteúdo
02:09deve apresentar fundamentação específica e, ainda que proferida em processo judicial sigiloso,
02:17deve ser acessível à plataforma responsável pelo seu cumprimento,
02:22facultada a possibilidade de impugnação.
02:26Tiago, o ministro também considerou o seguinte,
02:31que é inconstitucional a remoção de perfis de usuários,
02:35exceto quando comprovadamente falsos.
02:38Também considerou que serviços de mensagens privadas,
02:41como o WhatsApp, o Telegram, por exemplo,
02:43não podem ser equiparados à mídia social.
02:46Neste caso, prevalece a proteção à intimidade,
02:49ao sigilo das comunicações, à proteção de dados, à vida privada.
02:53Ele também defendeu que o assunto das redes sociais
02:56deve ser tratado pelo Congresso Nacional,
02:59que compete ao governo federal formular políticas públicas
03:03e que compete ao judiciário apenas funcionar como equalizador de controvérsias.
03:10Bom, só lembrando, os outros três votos são do ministro Luiz Fux,
03:15Dias Toffoli e também o ministro Luiz Roberto Barroso,
03:17pela inconstitucionalidade ali do artigo 19.
03:20E esse julgamento vai ser retomado na quarta-feira que vem, Tiago.
03:24Foi marcada uma sessão extraordinária às 10 horas da manhã da quarta-feira
03:29para que esse julgamento continue.
03:31Pois é.
03:32Voto longo do ministro André Mendonça.
03:34Bom trabalho para você, Janena.
03:36Quero saber do Cristiano Villela.
03:38Primeiro, o que você achou desse voto, né?
03:40Vou perguntar para a Dora também.
03:41O que você achou desse voto?
03:42Mas tem um ponto.
03:44Ele diverge, de uma certa maneira, não no geral,
03:47mas ele diverge dos outros ministros que já deram o voto.
03:50Não é isso, Villela?
03:53Exatamente, Tiago.
03:54O tema, ele é um tema controverso por natureza.
03:57De fato, existem duas linhas de pensamento.
04:01Uma que vai na linha que foi muito bem defendida pelo ministro André Mendonça,
04:05no sentido de que não se pode impor uma obrigação por parte das empresas
04:10de decidir o que é certo e o que é errado.
04:13Eventualmente, quem teria que cumprir esse papel
04:16e dar alguma decisão judicial
04:18no sentido de restringir determinada publicação
04:21é o judiciário.
04:23O judiciário não poderia terceirizar essa função
04:26para as empresas de uma forma geral,
04:28o que é bastante razoável.
04:29Por outro lado, os outros três ministros
04:32que já disponibilizaram seus votos
04:34vêm na defesa de que não cabe deixar para o judiciário,
04:39não haveria nem estrutura para que o judiciário
04:42analisasse tanto especialmente no momento
04:44de grande rapidez que essas estruturas digitais possuem.
04:48O fato é que os dois pontos de vista
04:50são dois pontos de vista bastante significativos,
04:53têm boa fundamentação
04:54e essa discussão vai permanecer agora no voto dos demais,
04:58muito embora já haja um direcionamento da Suprema Corte
05:02no sentido dos três votos,
05:04que é um posicionamento que hoje já é majoritário.
05:07É saber, não é, Dora?
05:08Depois que o Supremo concluir essa votação,
05:10qual vai ser a postura, a posição do Congresso Nacional?
05:14Vai reclamar, claro.
05:16Evidentemente que vai reclamar,
05:17seja qual for a decisão.
05:20E você sabe que eu acho que tem aberto.
05:21Concordo com o Vilela,
05:23que tem uma tendência ali,
05:24que a gente sabe a seguir para algum tipo de regulação,
05:31algum tipo de modificação no artigo 19.
05:35Até agora foram quatro votos, faltam sete.
05:39E, Vilela, eu diria que não são nem dois pontos de vista, sabe?
05:42Eu diria que são três pontos de vista,
05:44porque nós temos o ministro André Mendonça
05:47pela constitucionalidade do artigo 19,
05:50ou seja, deixa tudo como está.
05:52Tem os dois votos do ministro Fuxa e do ministro Toffoli,
05:57que é por responsabilidade,
06:00quer dizer, não precisa decisão judicial,
06:06a responsabilidade é total da plataforma.
06:09E tem o voto do ministro Barroso,
06:12que é um meio termo.
06:13Ele deixa em alguns casos,
06:15ele só excetua, diz que precisa decisão judicial
06:20em casos de crime de honra,
06:22que é calúnia, difamação e injúria, né?
06:27Ele deixa fora.
06:28Então vamos ver esses outros sete votos
06:31como é que vão se posicionar.
06:33Realmente tem essa tendência
06:35a algum tipo de modificação
06:38e parece que mais no sentido do ministro Barroso,
06:42que é o chamado meio termo,
06:45nem lá, nem cá.
06:47Mas aí, voltando à sua pergunta original,
06:50Tiago, é isso.
06:51O Congresso vai reclamar,
06:53mas é como disse o ministro Barroso ontem,
06:56hora bolas.
06:57Claro que a gente sabe,
06:58nós, Supremo,
07:00sabemos que essa questão deve ser definida
07:02pelo legislativo,
07:05mas o legislativo não se pronuncia.
07:06Então, o que decidimos aqui,
07:09disse ele,
07:10vai valer até que o legislativo
07:13defina diferente.
07:16Portanto, a bola, a partir daí,
07:19estaria com o poder legislativo.
07:20Obrigado.
07:21Obrigado.
07:22Obrigado.
07:23Obrigado.
07:24Obrigado.

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