O presidente Lula adotou uma estratégia de articulação política direta com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta. Além disso, a Câmara dos Deputados construirá 18 novos gabinetes para atender uma decisão do Supremo Tribunal Federal de manter a proporcionalidade.
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NotíciasTranscrição
00:00O presidente Lula adotou uma estratégia de articulação direta com os presidentes do Senado e da Câmara.
00:05A intenção é viabilizar pautas prioritárias no Congresso, como a da isenção do imposto de renda para salários de até 5 mil reais
00:13e também a PEC da Segurança Pública, a qual a gente já conversou um pouquinho no nosso 3 em 1.
00:18E Luciana Verdolim, como é que vai funcionar essa estratégia e onde entra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann?
00:25Eu não sei se você se lembra, Sine, lá atrás a gente disse, há uns meses, a gente disse que o presidente ia começar a receber lideranças partidárias,
00:34os presidentes dos partidos para negociar a reforma ministerial.
00:38Isso não aconteceu, o presidente não está negociando a questão, envolvendo nem a votação dos projetos importantes no Congresso.
00:46Essa é uma grande reclamação que está chegando de deputados e senadores, nem mudanças aqui na esplanada.
00:52Mudanças que estão sendo feitas, estão sendo feitas pelo presidente de aliados próximos, sem consultar a chamada base aliada,
01:01o que está gerando uma repercussão, uma reclamação cada vez mais significativa dentro do Congresso Nacional.
01:08Com isso, o presidente está se baseando ali, está centrando as conversas com os presidentes da Câmara e Senado.
01:14A ministra Gleisi Hoffmann chegou para fazer uma mudança na articulação política diante das dificuldades que Alexandre Padilha estava tendo junto a alguns aliados dentro do Congresso Nacional.
01:27A avaliação também não é lá muito positiva.
01:31Na semana passada, a gente viu a ministra tentando barrar a CPMI do INSS lá no Congresso Nacional,
01:38e inclusive petistas já começaram a assinar o requerimento, mesmo sem a concordância aqui do Palácio do Planalto.
01:46Então, está uma confusão generalizada.
01:49Na semana passada, a ministra reafirmou que o governo é contra, que isso pode dificultar, inclusive, as negociações para devolução,
01:59ressarcimento dos valores que foram desviados de aposentados e pensionistas.
02:04Ela não explicou como, mas disse que a negociação, que a CPMI no Congresso Nacional,
02:09pode também atrapalhar os trabalhos da Polícia Federal, que ainda está investigando a fraude.
02:14Fato é que, mesmo com as mudanças aqui nas relações institucionais, na chamada coordenação política,
02:21as reclamações que chegam do Congresso continuam as mesmas.
02:24O governo não discute, o governo não recebe para conversar, e o governo, principalmente, não ouve apelos,
02:30não quer saber de reivindicações, apenas quer apresentar demandas,
02:35e isso está sendo cada vez mais recorrente dentro do Congresso.
02:39O presidente Lula também tem sido alfinetado.
02:41Muitas pessoas estão lembrando que, nos primeiros governos, ele conversava muito.
02:46O Palácio do Planalto realmente era um entra e sai sem parar.
02:49Hoje, ele tem sido mais seletivo.
02:51As conversas reduziram, não tem recebido muitos parlamentares no Congresso Nacional.
02:56Quando eles vêm aqui para o Palácio, eles ficam ou nas relações institucionais,
03:01ou na Secretaria-Geral da Presidência, que deve mudar o comandante nos próximos dias,
03:07mas o presidente mesmo tem conversado pouco com os aliados.
03:10E isso está gerando insatisfação, e segundo os recados que estão vindo do Congresso Nacional,
03:16é que pode dificultar a aprovação das matérias, mesmo com o apoio dos presidentes da Câmara e Senado.
03:23Muito obrigado, viu, Luciana Verdolim. Ótimo trabalho.
03:25Zé Maria Trindade, como é que você avalia essa estratégia,
03:28em que o presidente da República vai lá e negocia diretamente com os presidentes das Casas,
03:33e a ministra Glaze Hoffman fica responsável por se articular com as lideranças.
03:40Isso pode fazer com que as pautas que são de interesse do governo avancem com mais rapidez,
03:46em detrimento daquelas que, por enquanto, são defendidas pela oposição?
03:50Eu ouvi reclamações sobre essa estratégia aí do presidente Lula, né?
03:57A ideia do Palácio é a seguinte, é presidente e conversa com o presidente.
04:01E aí ele quer fazer um tipo de entendimento nacional,
04:05e em política não é bem assim, porque existem as agendas pessoais, né?
04:11De cada um dos ocupantes do poder.
04:14Então a ideia do presidente Lula é fazer uma união de presidentes,
04:19que iria inclusive incluir nesse conceito aí o presidente do Supremo,
04:23e fazer viagem todos juntos, fazer reuniões sempre, definindo ali pontos comuns.
04:29O ponto comum, ele às vezes reúne presidentes, né?
04:35Mas no dia a dia, que é o papel da ministra Glaze Hoffman,
04:39tem que ser os interesses gerais do Congresso Nacional, que nem sempre são republicanos.
04:44Aí a estratégia tem que ser com os líderes dos partidos políticos.
04:48Isso não se pode terceirizar.
04:50Os líderes, por sua vez, falam com os deputados dos seus partidos.
04:55A nomeação da Glaze Hoffman deu ali uma agilidade maior,
05:00porque ela está conversando diretamente com os integrantes, os líderes dos partidos políticos,
05:05mas não tem jeito, o presidente vai ter que colocar a mão na massa.
05:09Agora, há um raciocínio de que é muito perigoso o presidente da República
05:13ir no varejo.
05:14Ele fica muito exposto, né?
05:17Então, qualquer irregularidade ou um assunto não republicano
05:22pegaria diretamente o presidente Lula.
05:24Então, é uma espécie...
05:25O ministro de Relações Institucionais, no caso a ministra Glaze,
05:29funciona como uma espécie de blindagem.
05:32A estratégia não está dando certo,
05:34porque o governo tem perdido todas nos últimos dias.
05:37Como é que você avalia, Piper?
05:40Eu acho que, veja, quando o presidente recebe um parlamentar,
05:46é óbvio que o parlamentar se sente prestigiado.
05:51Tem, claro, esse risco que o Zé mencionou, por exemplo,
05:54de esse excesso de atendimento ao varejo
05:58poder, eventualmente, criar algum tipo de constrangimento.
06:02Isso é um fato.
06:04A gente está falando de um parlamento muito grande,
06:07heterogêneo.
06:09De qualquer forma, eu acho que é, sim,
06:12um trabalho necessário.
06:16É claro que a ministra Glaze,
06:18ela toma para si boa parte desse...
06:20A maior parte desse atendimento
06:23é o trabalho dela.
06:25Eu acho que isso tem sido bem feito até aqui.
06:27Mas, de qualquer forma,
06:30o governo também vai entrando
06:31na reta final do seu mandato
06:34e os preços, as exigências vão ficando...
06:37O toma lá, dá cá,
06:39para falar em português, claro,
06:40ele vai ficando muito mais caro nessa reta final.
06:43E você acha que ele fica mais caro também
06:44pela falta de, digamos assim,
06:48poder do governo,
06:49da dificuldade que o presidente Lula tem
06:51nesse atual mandato, hein, Piperno?
06:53Eu acho que vai ficando tudo
06:56cada vez mais difícil.
06:58É evidente que o nível de popularidade
07:01não é mais o mesmo.
07:03O nível de encantamento,
07:05de sedução que o governo exerce
07:06também diminuiu muito,
07:08até porque agora o parlamento
07:10está muito mais empoderado.
07:12Ele não depende mais
07:14tanto do toma lá, dá cá,
07:16porque, afinal de contas,
07:18as verbas,
07:19a fatia que o parlamento tem
07:21no orçamento é muito grande.
07:22Então, essa correlação mudou.
07:25Mas, ainda assim,
07:26o parlamentar se sente prestigiado.
07:28Como é que você avalia essa gré?
07:31Dá a sensação de que o presidente
07:32está no plano C.
07:34Deu errado o plano A,
07:36deu errado o plano B,
07:37agora vamos no plano C.
07:39Se não fosse que alguma coisa está errada,
07:40ele não estaria conversando
07:42com os presidentes da Câmara e do Senado.
07:45E, na política,
07:45você precisa sempre, é possível.
07:47O presidente Lula é a última palavra.
07:50É aquele que define,
07:51sim ou não.
07:52O presidente do Senado,
07:54o presidente da Câmara,
07:55pode ter sempre a desculpa
07:56de conversar com as suas bases
07:58ou conversar com os líderes.
08:00Isso não é bom,
08:01porque expõe o presidente
08:03em uma situação
08:03que ele não tem correlato
08:04do outro lado.
08:06Ele é que determina.
08:08Um ministro no meio,
08:09Gleisi Fogman,
08:09ou qualquer um,
08:11poderia sempre dar a opção de
08:12eu vou consultar o presidente.
08:15Quando o presidente está na linha direta,
08:17não tem com o que consultar,
08:18não tem porquê adiar uma determinação.
08:22Mas, do outro lado, sim.
08:23Os americanos utilizam muito essa situação.
08:26Se você vai a negociar com um americano,
08:28ele vai olhar o teu cartão.
08:30Se o teu cartão diz diretor,
08:32você vai negociar com um diretor.
08:34Nunca vai negociar com um presidente.
08:36Isso tem a ver, precisamente,
08:38com a necessidade de que um
08:39não pode ter fusível,
08:41se o outro não tem também.
08:43Rogani,
08:45você acha preocupante
08:46o fato de,
08:46depois de três anos,
08:47o governo ainda estar adotando
08:49novas estratégias
08:50para conseguir se comunicar?
08:52É sinal de que
08:53tudo o que foi feito até agora
08:54não funcionou,
08:55como eles imaginavam?
08:55Eu vejo que sim.
08:56E aí,
08:57tem raízes estruturais, Evandro.
08:59Uma delas é que falta
09:01um projeto de país,
09:02um projeto de longo prazo.
09:04Todas as medidas anunciadas,
09:07elas são muito parecidas
09:08com medidas do passado.
09:09E algumas dessas medidas,
09:11medidas que, evidentemente,
09:13não deram certo,
09:14que trouxeram inflação,
09:16descontrole fiscal
09:17e depois até queda
09:19no crescimento econômico.
09:21Então, esse é o primeiro ponto.
09:22Segundo ponto,
09:23você tem também,
09:25e aí,
09:25ligado à falta de medidas,
09:27uma conjuntura econômica
09:29não tão favorável,
09:31você tem um Congresso
09:32muito mais empoderado,
09:34com muito mais força,
09:36e que também, é claro,
09:37a questão das emendas
09:38deu muito mais força
09:39para este Parlamento.
09:40e uma base
09:41do Executivo
09:43no Congresso
09:44que é muito frágil
09:45e que é muito dependente
09:47de aprovação
09:48do Centrão,
09:49mas não é uma base
09:50orgânica que ele tem,
09:51não é uma relação
09:53orgânica com o Centrão,
09:54é caso a caso
09:55e preço a preço.
09:56A base orgânica
09:58é muito frágil.
10:00E, além de ser frágil,
10:01ela está desembarcando,
10:02que é o PDT.
10:03E você não tem,
10:04diferentemente
10:05do primeiro
10:06e do segundo mandato
10:07do presidente,
10:09você não tem
10:10aquele apoio popular
10:11que ocorria no passado,
10:13aquela euforia,
10:14uma conjuntura internacional
10:15bastante favorável,
10:17um crescimento
10:17da renda e do emprego,
10:19e a população apostando,
10:21né, com esperança.
10:23Agora não.
10:24É um sentimento
10:25de desesperança,
10:26você tem inflação,
10:27você tem uma crise
10:28de segurança pública.
10:29Então, tudo isso
10:30combinado
10:31torna a vida
10:33muito mais difícil
10:34do governo,
10:35e isso é um sintoma
10:37de que as coisas
10:37não estão dando certo
10:39e o presidente
10:39está tentando aí
10:40ajustar as peças
10:41aos 40 do segundo tempo.
10:43Agora, né,
10:44se a dificuldade
10:45já existiria
10:46com um número atual
10:47de deputados,
10:48imagine quando aumentasse
10:49isso acontecer,
10:50porque seriam 18 cadeiras a mais
10:51e já estão falando,
10:53inclusive,
10:53sobre a construção
10:54de 18 novos gabinetes
10:56até 2027.
10:58André Anelli
10:58é quem vai trazer
10:59as informações pra gente.
11:00E onde esses gabinetes
11:01seriam construídos,
11:02Anelli?
11:02Bem-vindo.
11:03Obrigado, Evandro.
11:07Muito boa tarde a você,
11:08boa tarde a todos
11:09aqui no 3 em 1
11:10da Jovem Pan.
11:11Esses 18 novos gabinetes
11:13da Câmara dos Deputados
11:14vão ser instalados
11:15no anexo 3
11:17da casa,
11:17que fica do outro lado
11:19da rua,
11:19pra quem conhece
11:20aqui a capital federal,
11:21fica do outro lado
11:22de uma das vias
11:24do eixo monumental
11:25da esplanada
11:26dos ministérios,
11:27mas é possível
11:28acessar, então,
11:29esse anexo 3
11:30sem sair aqui
11:31da Câmara dos Deputados,
11:32uma vez que existe
11:33um túnel
11:33que dá acesso, então,
11:35aonde ficam atualmente
11:37esses gabinetes.
11:38Não apenas
11:38os futuros gabinetes,
11:40mas também
11:40os atuais 513.
11:43E desses 513,
11:4585 estão lá
11:46no anexo 3,
11:47onde serão construídos,
11:49então,
11:49esses novos gabinetes
11:52pra suprir
11:52essa necessidade
11:54de aumento
11:54que foi apontada
11:55pela Câmara dos Deputados
11:56pra acabar
11:58atendendo, então,
11:59a exigência
12:00do Supremo Tribunal Federal,
12:01o STF,
12:03sobre a proporcionalidade
12:05dos representantes
12:06de cada estado.
12:08Então,
12:08já existe a expectativa
12:09de que
12:10esses novos gabinetes
12:12sejam construídos
12:13no anexo 3
12:13e fiquem prontos
12:14antes de 2027,
12:16uma vez que,
12:17se aprovado o texto
12:19que aumenta
12:19o número de deputados,
12:21se esse texto
12:21for aprovado
12:22aqui no Senado,
12:23então,
12:24já pro ano que vem,
12:25vão haver
12:26novas vagas
12:27para a Câmara
12:28dos Deputados
12:29e,
12:30consequentemente,
12:31em fevereiro
12:31de 2027,
12:34eles vão
12:34tomar posse.
12:36Por conta disso,
12:37então,
12:37já existe
12:38essa movimentação
12:39em torno
12:40da construção
12:41desses gabinetes,
12:42que fica
12:42no anexo 3,
12:44que é uma espécie
12:44de patinho feio,
12:45viu, Evandro?
12:46Porque,
12:47atualmente,
12:47os 85 gabinetes
12:49que já existem
12:50naquele local,
12:51eles não contam
12:52com banheiro,
12:52também são gabinetes
12:53mais antigos,
12:54mas toda uma reforma
12:56que vai contemplar
12:57também o aumento
12:58do número de gabinetes,
13:00vai instalar
13:01banheiros privativos
13:02em cada um,
13:03não só dos novos gabinetes,
13:05mas também dos 85
13:06já existentes.
13:08Então,
13:08a expectativa
13:09é de que
13:10aquele anexo 3,
13:11ele seja todo
13:12reformado,
13:13no sentido,
13:13não apenas
13:14de atender
13:16a esse aumento
13:17do número de deputados,
13:18mas também modernizar
13:19os atuais gabinetes.
13:21Evandro.
13:21Obrigado,
13:22Anely,
13:23bom trabalho.
13:23Já já eu volto
13:24a falar contigo
13:24sobre outras questões
13:25também de articulação
13:26política.
13:27Agora,
13:275h26,
13:28quem nos acompanha
13:29pela rádio,
13:29aquele intervalo aqui,
13:31espero vocês daqui a pouquinho,
13:32nas outras plataformas
13:33seguimos.
13:33Zé Maria Trindade,
13:34um dos problemas
13:35do anexo 3
13:36seria a falta
13:37de banheiros privativos,
13:39algo que seria
13:40resolvido agora.
13:41Só que,
13:42quem está cuidando
13:43da organização,
13:44o Piperno está rindo aqui,
13:46o Piperno,
13:47acho que poderiam
13:49instalar banheiros químicos
13:50lá no anexo 3
13:51para os deputados,
13:52aí eles teriam
13:52banheiros privativos.
13:54Mas é o seguinte,
13:55Zé,
13:56o problema é que
13:57ainda não falam exatamente
13:58sobre os valores
13:59que eles gastariam
14:00com essa reforma.
14:01A única coisa que dizem
14:02é a possibilidade
14:04de remanejamento
14:05de verba
14:06para acolher
14:07mais 18 pessoas.
14:09Se está sobrando dinheiro,
14:10então esse dinheiro
14:10poderia ser usado
14:11para outras questões
14:12ou até devolvido
14:14então para os cofres,
14:15diante de um momento
14:16que não está assim
14:17tão positivo
14:18para todo mundo
14:18em termos de gastos públicos.
14:20Como é que se avalia
14:21toda a maneira
14:22como a Câmara
14:23está tentando
14:24enfiar a água
14:25abaixo
14:25da necessidade
14:26de mais deputados?
14:28Existem vários projetos,
14:30eu digo vários,
14:31eu já pesquisei lá
14:3322 projetos
14:34para reduzir
14:36o número de deputados.
14:38Não é possível
14:39negociar
14:39com 513 deputados.
14:42O Senado não.
14:43O Senado
14:43é a representação
14:44do Estado.
14:45Três senadores
14:46para cada Estado
14:47independente
14:47do tamanho
14:48do Estado.
14:50Então São Paulo
14:51tem três,
14:52Amapá,
14:53Acre,
14:54Rodone,
14:54que tem lá
14:55500, 700 mil habitantes,
14:57também tem três senadores.
14:59O número de deputados
15:00deveria ser proporcional
15:02ao número de habitantes,
15:04que o equilíbrio
15:04está no Senado.
15:05Então São Paulo
15:06teria muito mais
15:07do que 70 deputados.
15:09Cento e poucos deputados
15:10de São Paulo teria
15:11com base
15:12na representação
15:14de população.
15:16E os Estados menores,
15:17750 mil habitantes,
15:19não teriam oito deputados.
15:21Não teria
15:22essa proporcionalidade.
15:23e aí se ajustaria.
15:25É a ideia.
15:27Na Constituinte,
15:28o Norte e o Nordeste
15:29se uniram
15:29contra o Sul e o Sudeste
15:31e fez isso aí.
15:32Colocou uma trava.
15:3370 é o máximo
15:34e oito mínimo
15:37de deputados.
15:38Não é preciso
15:39aumentar
15:39o número
15:40de vagas
15:41no Senado Federal.
15:42Já existem
15:42513 deputados.
15:45E olha,
15:46não tem nada
15:47no mundo melhor,
15:48mais gostoso
15:49do que gastar dinheiro.
15:51Agora,
15:51gastar dinheiro
15:52dos outros
15:52é mais gostoso ainda.
15:55É melhor ainda.
15:56Então,
15:56o que eles fazem?
15:57É 14 bilhões
15:59o orçamento
16:00do Congresso Nacional.
16:01Não sobra,
16:02porque se sobrar
16:03o dinheiro,
16:04devolve
16:05para o Tesouro.
16:06E o que eles fazem?
16:07É auxílio disso,
16:08auxílio daquilo.
16:10A Câmara e o Senado
16:11são os únicos lugares
16:12do mundo
16:13onde o salário líquido
16:15é maior
16:15do que o salário bruto,
16:17para você ter uma ideia.
16:18Por causa de todos
16:19os penduricalhos
16:20que vão aparecendo ali,
16:21seu Zé Maria Trindade.
16:22Fala, Zé Gré.
16:23Eu espero que o Senado
16:27tenha coerência
16:28para não ir na frente
16:30com esse projeto.
16:32É uma vergonha
16:33quando a gente observa
16:34tantas necessidades
16:36em saúde,
16:37em educação,
16:38em segurança,
16:39agregar mais gasto público
16:41num lugar
16:42em que já tem
16:43muito gasto público.
16:44E onde vai colocar
16:45tanta gente?
16:46Em containers,
16:47provavelmente com
16:48banheiros químicos.
16:50é muito vergonhoso
16:51porque não é somente
16:52o deputado só.
16:53Vem um deputado
16:54com uma pequena
16:55empresa atrás.
16:57É um monte
16:57de assessores,
16:58mais assessores,
17:00gastos,
17:01benefícios.
17:03Não precisamos disso.
17:04Tomara que o Senado
17:05tenha racionabilidade
17:06e impeça
17:07que isso vai para frente.
17:08Você acha que o Senado
17:09poderia ter essa racionalidade,
17:10Piper?
17:11Claro que não.
17:11Eu não tenho nenhuma esperança
17:13que o Brasil
17:13algum dia vá tomar
17:14algum tipo de providência
17:16corretiva.
17:16Muito pelo contrário.
17:17Tenho certeza
17:18que no próximo censo
17:20de 2030,
17:21a partir disso,
17:23alguns estados
17:24obviamente vão
17:25acusar e vão apontar
17:27aumentos
17:27nas suas populações
17:29acima da média nacional.
17:31Eles vão reivindicar
17:32mais representação
17:34parlamentar
17:35e aí de novo
17:36eles vão aumentar
17:37o número de cadeiras.
17:38Porque tem uma coisa,
17:39essa não é a primeira vez
17:40que aumenta.
17:40o Brasil já teve
17:42quatrocentos e pouco,
17:44quatrocentos e pouquinho,
17:46quinhentos e três,
17:47aí vai sempre aumentando
17:49um pouco mais.
17:50Então, na década de 30,
17:51provavelmente não serão
17:53só mais esses 18
17:54que vão ser,
17:55que vão agora,
17:56enfim,
17:57aumentar ainda
17:58a representação
18:00na Câmara.
18:01É muito,
18:02é muito provável
18:02que o Brasil passe aí,
18:04enfim, já já,
18:05bata aí mais ou menos
18:06em uns 550.
18:08Agora, você vê,
18:09por exemplo,
18:09lá nos Estados Unidos,
18:10cada Estado
18:11tem só dois senadores.
18:13Aqui já são três.
18:15Então, vai sempre aumentar.
18:17Isso vai gerar
18:18um efeito em cascata.
18:20Porque as assembleias
18:21estaduais também,
18:23daqui a pouco,
18:24elas vão ficar maiores.
18:26A lei vai amparar
18:27de alguma forma,
18:28por conta de
18:28algum tipo
18:29de proporcionalidade,
18:30porque se aumenta
18:31a Câmara Federal,
18:33vai acabar aumentando
18:34também as assembleias.
18:35E aí,
18:36algum gaiato vai falar,
18:37bom,
18:38sendo assim,
18:39por que não também
18:40a gente
18:40aplicar
18:42esse aumento
18:43de vagas
18:43também
18:44às câmaras municipais.
18:45Vai todo mundo
18:46gastar mais
18:47felizes para sempre.
18:48Quem paga, Gani?
18:49Quem paga
18:50é a mesma turma
18:50de sempre,
18:51é a mesma turma
18:53de sempre,
18:53que está aqui,
18:55que é audiência,
18:56que carrega
18:57o Brasil
18:57nas costas.
18:58E, Evandro,
18:59aproveitando a tua colocação,
19:01a gente muitas vezes
19:02tem uma ideia
19:02de que,
19:03é um pequeno valor
19:06nas contas públicas,
19:08se a gente pegar
19:09o resultado primário,
19:10não representa nada,
19:13é um narco.
19:13Só que a gente usa
19:14esse argumento
19:15para tudo.
19:16Então, a gente fala assim,
19:17olha,
19:18o restaurante lá
19:19do parlamentar,
19:21a Lagostas,
19:22servido a champanhas,
19:24é muito pouco.
19:25Ah,
19:26aumentar o número
19:27de gabinetes,
19:27é muito pouco.
19:28Vai juntando
19:29tudo isso.
19:29Então,
19:30é como se fosse
19:31uma grande casa
19:32com várias goteiras.
19:34De fato,
19:34a goteira aqui,
19:36em relação ao todo,
19:37ela não representa
19:38muita coisa.
19:39Mas, se você somar
19:40todas as goteiras,
19:42aí é um oceano.
19:44Então,
19:44o Brasil
19:44é uma grande casa
19:46com várias goteiras,
19:48com vários desperdícios
19:49de recursos públicos.
19:51E, se a gente somar
19:52todos esses
19:53desperdícios,
19:55Evandro,
19:55no nível federal,
19:57no nível estadual
19:58e no nível municipal,
19:59aí a gente
20:01está falando
20:01de bilhão.
20:02Exatamente.
20:03Agora,
20:04em articulação,
20:05o PSD
20:06e a União Brasil
20:07estão enfrentando
20:07disputas por espaço
20:09no governo federal
20:09e também por candidaturas
20:11nas eleições
20:12do ano que vem.
20:13Principalmente
20:13em estados
20:14como Bahia
20:15e Santa Catarina.
20:16E essa tensão
20:17é agravada
20:17por desentendimentos
20:18entre lideranças
20:19dos partidos,
20:20como a rixa
20:21entre Davi Alcolumbre
20:22e o ministro
20:23de Minas e Energia,
20:24Alexandre Silveira.
20:25Zé Maria Trindade,
20:27o PSD,
20:28ele está se achando
20:29desprestigiado
20:30em relação
20:31aos ministérios
20:32nesse governo?
20:34Está há muito tempo,
20:36né?
20:36Há uma...
20:38dizem que
20:40é uma subrepresentação,
20:42porque o PSD
20:43tem uma articulação
20:44forte no Congresso Nacional,
20:46tem um número
20:47de representantes
20:48no Senado
20:49e na Câmara
20:50dos Deputados
20:51e acha
20:52que está tendo
20:52um espaço
20:53muito pequeno
20:54no governo.
20:55E mais,
20:56os deputados
20:57dizem que não é só
20:58a pasta,
20:59mas é preciso
21:00ter poder,
21:01ou seja,
21:01a possibilidade
21:02de entrarem
21:03em outros
21:04ministérios.
21:06Então,
21:06já houve
21:06alguns atritos
21:07ali,
21:08principalmente
21:08com o presidente
21:09do PSD,
21:10Gilberto
21:12Kassab,
21:14e essa conversa
21:16é antiga.
21:17Mas agora,
21:18aproveitando
21:18que o governo
21:19está mais fragilizado,
21:21a pressão aumenta.
21:22Fala,
21:23Peperno.
21:24Olha,
21:24isso é muito engraçado
21:25até,
21:26porque,
21:27vejam só,
21:27todo mundo fala
21:28em desembarcar
21:29do governo,
21:30até,
21:30inclusive,
21:31o PDT.
21:32Mas na hora,
21:34assim,
21:34de se discutir
21:36seriamente
21:36a distribuição
21:37de cargos,
21:38todo mundo
21:39levanta a mão
21:40para falar,
21:40opa,
21:40eu estou aqui.
21:42Então,
21:43mas é verdade,
21:45então,
21:45por exemplo,
21:46o PDT anunciou,
21:47não é anúncio,
21:48não pode,
21:49no final de contas,
21:50trocou o ministro
21:51sem nos consultar
21:53porque desprestigiou
21:54o Lupe e tal,
21:54vamos embora
21:56do governo.
21:57Vai nada.
21:59Da mesma forma,
22:01União,
22:02agora,
22:02se juntando,
22:04se unindo,
22:05enfim,
22:06agora,
22:06anunciando a fusão
22:08com outro partido
22:09e tal,
22:10não,
22:10agora nós vamos formar
22:11com o PP
22:12um grande partido
22:13de direita,
22:14A.E.,
22:15e os seus ministérios,
22:17e os seus cargos regionais.
22:19Então,
22:19veja,
22:20o que vai acontecer
22:22com clareza
22:23cada vez maior
22:24à medida
22:25em que as eleições
22:26se aproximem,
22:27são,
22:28na verdade,
22:29disputas regionais.
22:31Por exemplo,
22:32a gente citou agora
22:33o PSD.
22:34O PSD,
22:35ele tem um perfil
22:37na Bahia,
22:39no Rio de Janeiro,
22:40muito diferente
22:40do PSD
22:41do sul do país.
22:42Então,
22:44eu duvido,
22:45e já falei aqui,
22:46duvido,
22:47essa história
22:47de que o Kassab
22:48ameaça
22:49lançar uma candidatura,
22:50tudo o papo furado.
22:51Eles não vão ter coragem
22:52de fazer isso
22:53em hipótese alguma,
22:54porque se fizer isso,
22:56primeiro,
22:57muitas sessões regionais
22:58vão se manifestar contra.
23:00E imagina,
23:00por exemplo,
23:01o Kassab
23:01levantando a mão
23:02e falar,
23:03a partir de agora
23:03nós vamos todo mundo
23:04embora do governo
23:05e vamos apoiar
23:06a candidatura,
23:07sei lá,
23:07do Ratinho Júnior.
23:09Ó,
23:09o ministro das Minas e Energia
23:11vai falar,
23:11pô,
23:12escuta,
23:12alguém falou comigo,
23:14Eduardo Paes,
23:14opa,
23:15aqui não,
23:16o pessoal do PSD
23:17da Bahia,
23:18ô,
23:18nós somos governo Lula.
23:20Então,
23:21não vai acontecer isso
23:23e vai acontecer,
23:24vai ocorrer cada vez
23:25mais essa briga
23:26por espaço,
23:27até porque,
23:28espaços,
23:29cargos e verbas,
23:31perto de eleição,
23:32valem muito mais.
23:33É,
23:33o André,
23:34né,
23:34ele vai falar um pouquinho
23:34dos bastidores também,
23:35dessas rixas aí.
23:36Conta pra gente,
23:37meu amigo.
23:37Pois é,
23:41Evandro,
23:41são queixas que colocam
23:43em lados opostos
23:43o PSD
23:44e o União Brasil
23:45e tem vários motivos.
23:47O primeiro deles,
23:48inclusive,
23:48que a gente vem destacando
23:49aqui ao longo
23:49dos últimos dias,
23:51vem do Senado,
23:53o presidente aqui da casa,
23:54Davi Alcolumbre,
23:55tem divergências
23:56em relação
23:57a Alexandre Silveira,
23:58ministro de Minas e Energia,
24:00por conta
24:00das indicações
24:01pra agências
24:03reguladoras.
24:03Então,
24:04os dois,
24:05nesse momento,
24:05não têm falado
24:06a mesma língua,
24:07embora Alexandre Silveira
24:09tenha sido indicado
24:10pra pasta
24:10por Davi Alcolumbre,
24:12mas essa indicação
24:13já não teria mais validade
24:15e, por isso,
24:15inclusive,
24:16existe essa insatisfação
24:18com a permanência
24:19do ministro
24:20na pasta.
24:21Um outro ponto
24:22que vocês já estavam
24:23discutindo aí também
24:24no estúdio
24:25é em relação
24:25às eleições.
24:26De um lado,
24:27o partido,
24:28o União Brasil,
24:29ele defende,
24:29por exemplo,
24:30no Rio de Janeiro,
24:31que Rodrigo Bacelar,
24:32presidente da Assembleia,
24:33Legislativa do Estado
24:35do Rio de Janeiro
24:35seja o candidato
24:36a governador do Estado.
24:38Por outro lado,
24:39o PSD
24:40vem defendendo,
24:41inclusive,
24:42com o apoio
24:42do presidente Lula,
24:43que o prefeito
24:44da capital,
24:46Eduardo Paes,
24:47seja, então,
24:48o candidato
24:49ao Palácio Guanabara.
24:50Essa é outra divergência
24:52que acaba colocando,
24:53então,
24:54em lados opostos
24:55os dois partidos.
24:57E, por conta disso,
24:59e também por outras divergências,
25:01Davi Alcolumbre
25:02tem travado aqui
25:03a pauta do Senado,
25:04o Senado tem trabalhado
25:05em ritmo muito lento,
25:06principalmente em relação
25:07às deliberações
25:08no plenário,
25:09porque aguarda,
25:11então,
25:11uma deliberação
25:12e um entendimento
25:14entre ele
25:15e também
25:16o ministro
25:17de Minas e Energia,
25:18ou seja,
25:19entre o Legislativo
25:20e o Executivo,
25:21na indicação
25:23de nomes
25:24para a ocupação
25:24das agências reguladoras.
25:26e esse é apenas
25:28um ponto
25:28de outro também
25:29que acaba trazendo
25:30divergências
25:31entre os partidos
25:32em relação
25:33à distribuição
25:33nos ministérios.
25:34Essa é uma divergência
25:36que sempre existe,
25:37que o governo federal
25:38vai lidando
25:39ao longo
25:40de todos os anos
25:41e que acaba
25:42nunca contemplando
25:43a vontade
25:43de todas as siglas.
25:45Atualmente,
25:46o União Brasil,
25:47então,
25:48tem, por exemplo,
25:48o Ministério
25:49de Turismo,
25:50o Ministério do Turismo
25:51com o ministro Celso Sabino
25:53e esse ministério
25:54também é visado
25:55pelo PSD
25:56que já tem
25:57três pastas,
25:58mas acredita
25:58que deveria
25:59ter muito mais,
26:00então,
26:01acaba agravando
26:02ainda mais
26:03essa divergência
26:04entre as duas siglas
26:05e o governo federal
26:06não tem interesse
26:07em deixar de ter
26:08o apoio aqui
26:09no Congresso Nacional
26:10nem do União Brasil
26:11e nem também
26:12do PSD
26:13porque os partidos
26:15são os maiores
26:16aqui do Congresso Nacional
26:17juntamente com outros
26:18e acabam representando
26:20pelo menos teoricamente
26:21votos
26:22nas pautas de interesse
26:24do governo
26:25aqui no Legislativo.
26:26Evandro.
26:27Valeu, Anélio.
26:27Um ótimo trabalho
26:28para você.