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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que “não preside a Casa para servir o governo”, cobrando mais articulação por parte do Planalto. Além disso, o União Brasil e o Progressistas anunciaram voto contrário à medida provisória enviada pelo ministro Fernando Haddad (PT), que altera a cobrança do IOF.

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Transcrição
00:00Vou falar um pouquinho também agora sobre essas relações do Congresso Nacional com o Executivo.
00:04Zé, eu quero começar contigo, porque o presidente da Câmara, Hugo Mota, tem dado recados bem interessantes ao governo federal,
00:11dizendo que não servem a interesse de outros e reclamando também do atraso, mais uma vez, do pagamento de emendas parlamentares.
00:16A gente sabe que o governo está dependendo bastante do Congresso Nacional agora, com mais uma proposta que está para sair e ser aprovada
00:23e que mexe muito com o humor ali dentro, diante do que provocou o anúncio em torno do IOF.
00:30Como é que se avalia essa relação de 0 a 10?
00:33Como é que está o amor, a parceria, a aceitação entre Congresso Nacional e Executivo?
00:41E eu digo, inclusive, daqueles que integram a base do governo, base bem entre aspas.
00:51Zé, me ouviu?
00:53Ah, ouvi.
00:55Vai lá, Zé, você.
00:55Eu acho o seguinte, eu acho uma relação meio complexa, porque isso era muito usado quando o Executivo tinha um poder de liberar ou não as emendas,
01:07quando o Executivo mandava.
01:09Hoje o Congresso está fortalecido, não só por 50 bilhões das emendas parlamentares,
01:15mas a gente sabe hoje que tem as emendas paralelas.
01:19Olha só, tem o orçamento secreto e as emendas paralelas.
01:23O que são as emendas paralelas?
01:25São liberações de recursos extra-orçamentário por parte do governo por mando parlamentar.
01:31Então, além dos 50 bilhões, tem as emendas paralelas.
01:35Além disso, tem o poder político, o poder de mando político, que é o poder de pauta.
01:39O Congresso, por incrível que pareça, não está mal avaliado.
01:44Ninguém está cobrando do Congresso isso.
01:46E o Congresso está poderoso.
01:47Então, não adianta mais essa relação de liberar emendas ou não.
01:52O Congresso não precisa mais disso.
01:54Daí a grande dificuldade do governo, a dificuldade do governo Lula, e do próximo governo, seja ele quem for, haverá dificuldades.
02:01E é por isso que os partidos estão tentando dominar o Congresso Nacional.
02:06Eu acho um absurdo o que está acontecendo.
02:09Até adversários do ex-governador, ex-deputado, ex-ministro Flávio Dino, hoje ministro do Supremo,
02:18admitem que ele tem razão.
02:20Mas, olha, ninguém no Congresso quer abrir mãos desse poder, poder de liberar emendas.
02:27Ninguém.
02:28Nem governo, nem oposição.
02:30Isso aí, eu diria que só o Novo e o PSOL, que são os partidos que mais se juntam em votações polêmicas,
02:36que estão contra as emendas parlamentares.
02:39Fala, Pepe.
02:41Não, concordo com o que você colocou aqui.
02:42Realmente, você vê o fortalecimento do poder legislativo sobre o poder executivo.
02:46O Lula não consegue mais ditar a ordem e ditar a política como fazia no primeiro mandato, segundo mandato dele.
02:54Agora, o poder legislativo está muito mais forte que o poder executivo.
02:57O Brasil vive o parlamentarismo indireto.
02:59Quem dita a regra é o presidente da Câmara, o presidente do Senado Federal.
03:04Então, certamente, o Lula vai ter uma dificuldade muito grande de aprovar essa medida provisória do IOF.
03:10Eu acho, inclusive, que tem grande chance de perder essa medida provisória,
03:14o que vai colocar o Brasil numa situação complicada financeiramente.
03:17E tem um sentimento muito interessante relacionado a essa derrota do governo em relação à medida provisória,
03:22que é o posicionamento de partidos como o PP e o União Brasil,
03:26que, por meio de suas direções, já estão sinalizando que irão contra essa medida do governo.
03:33E a gente lembra que esses partidos têm quatro ministérios ali no primeiro escalão.
03:37Você acha que isso já traz um pouco do termômetro de como está essa relação também?
03:42Ou, Gustavo Segre, é que essa base está muito frágil?
03:46Isso mostra a fraqueza do governo, porque se um partido da base aliada, dois, nesse caso,
03:50são contrários às votações, a primeira questão que deveria ser ratificada pelo Poder Executivo
03:56é então devolva aos ministérios.
03:58Se não estou te colocando com dinheiro, com poder e você vota contra mim, não, tem que sair, então.
04:03Mas se isso for levado à prática, o governo ficaria mais debilitado ainda.
04:08Então está numa sinuca sem saída.
04:11Ele não consegue resolver essa questão, vai perder o IOF, que já pegou até com o nome,
04:17medida de equilíbrio fiscal.
04:19Não, é medida de aumento da arrecadação com aumento da carga tributária.
04:22Dê o nome que quiser.
04:24Mas é muito ruim para o Poder Executivo ter dois partidos da base aliada
04:28que já caracterizaram a sua posição contrária ao governo.
04:32Fala, Gani.
04:34Pois é, o governo acaba pagando um preço desde o início do mandato
04:37de não ter feito nenhum tipo de ajuste fiscal lá atrás.
04:41Pelo contrário, fez uma PEC de transição absurda, com valor bilionário,
04:48quase 200 bilhões de reais, um arcabouço fiscal muito frágil.
04:52E agora fica nessa sinuca de bico.
04:54Evidentemente que não vai querer cortar gasto à véspera de uma eleição
04:57e, evidentemente, que colocar mais tributos pega mal para a população
05:01e tem muita resistência no Congresso Nacional.
05:05E não há, daí, nenhum toma lá, dá cá, nenhuma emenda que seja suficiente.
05:11Ruim para o governo.
05:12Zé Maria Trindade, eu quero te ouvir sobre essa decisão de PP e União Brasil, né?
05:16O quanto isso traz um retrato ou um raio-x desse relacionamento para o governo federal
05:23e como decisões como esta batem também para as equipes do governo federal,
05:29para relações institucionais,
05:30porque são partidos que têm relações por meio dos seus ministérios,
05:35mas que não estão caminhando com o governo de jeito nenhum.
05:38Pelo contrário, parecem até fazer oposição.
05:42É, exatamente.
05:42Mas é porque não é o partido que está, né?
05:45É um grupo do partido que está no governo.
05:48E esse grupo está sendo atendido nos ministérios que ocupam
05:52e há uma convivência possível ali.
05:55Hoje, por exemplo, eu vi uma reunião muito importante,
06:00tomei conhecimento de um encontro de mineiros com o Zema aqui
06:04para derrubar três vetos do presidente Lula
06:07àquela lei de renegociação das dívidas estaduais.
06:10E ali eu vi que grupos unidos, né,
06:13eles fazem um efeito muito grande no Congresso Nacional.
06:16Por que eu estou dizendo isso?
06:17O deputado Zé Silva, ele é presidente de uma frente parlamentar
06:21e lida com as frentes parlamentares.
06:24E ele que fez essa reunião aqui do presidente das minas inteiras
06:28tentando derrubar os vetos da lei de regulamentação das dívidas estaduais.
06:33E o Zé Silva me falando sobre o fechamento das frentes parlamentares
06:37contra aumento de impostos.
06:40E elas são as novas poderosas do Congresso Nacional.
06:43Então, assim, está mesmo difícil para o governo aumentar a arrecadação
06:47porque as frentes fecharam.
06:49E as frentes têm a maioria do plenário independente de ou de centrão
06:53ou de outra ação no Congresso Nacional.
06:56Esses partidos que você citou aí,
07:00eles serão adversários de Lula em 2026.
07:03Isso já está claro.
07:05O acordo agora é pela governabilidade.
07:07E essa governabilidade não passa pelo partido inteiro.
07:11Lá tem gente que é adversário pesado do governo.

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