Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 29/05/2025
O governo decidiu manter o aumento do IOF, mesmo diante da pressão de parlamentares. A medida é defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Sem o aumento, será necessário cortar ainda mais o Orçamento da União.

Assista à íntegra em:
https://youtube.com/live/QswBQo3AHHo

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Volto a falar sobre IOF. O governo federal decidiu manter o aumento neste ano para compensar a perda de arrecadação com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
00:12O André Anelli vai trazer essas informações para a gente porque tem a ver com o equilíbrio fiscal.
00:17A equipe do ministro Haddad tem falado em substituir esse imposto por outro no ano que vem.
00:24Mas e agora, hein, Anelli? Conta aí.
00:26Pois é, Evandro, só que até o momento o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem insistindo que é necessário realmente esse conjunto de aumento no IOF,
00:40o Imposto sobre Operações Financeiras, para justamente garantir a sustentabilidade fiscal e também até mesmo a garantia dos serviços, da prestação dos serviços para toda a população.
00:52Porque Haddad acabou externando para os presidentes da Câmara e do Senado, numa reunião no dia de ontem, na residência oficial do Senado, reunião essa para debater essas questões relacionadas ao aumento do IOF,
01:05que a medida iria acabar, então, garantindo a prestação de serviços, porque o governo federal tem no caminho outros empecilhos que acabaram impedindo, então, o aumento da arrecadação,
01:20como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que mais geram empregos aqui no país.
01:27O Congresso Nacional foi um grande defensor dessa medida, que foi prorrogada, medida essa que foi adotada na época da gestão do então presidente Jair Bolsonaro,
01:37e que tinha no governo federal, principalmente na pessoa do ministro Fernando Haddad, um posicionamento contrário a essa medida.
01:44Só que o Congresso Nacional cedeu as pressões, não só dos municípios que também são beneficiados com essa medida, mas também de vários setores da economia privada.
01:56Então, o governo federal diz que a manutenção da desoneração da folha de pagamento, na verdade, precisa ser compensada, então, com esse aumento do IOF,
02:06que foi feito por decreto presidencial na semana passada.
02:11Então, o que Haddad espera é que esses 20 bilhões de reais, que devem ser arrecadados no ano de 2025,
02:20garantam a prestação de serviços para a população e também não necessitem na interrupção de parte dos repasses das emendas parlamentares,
02:31o que também iria provocar insatisfação aqui no Congresso Nacional.
02:35É questão econômica, questão de cobertor curto, a gente sabe, né, Evandro?
02:41Tampa um lugar, descobre o outro, e é isso agora que o governo federal vem defendendo para manter o IOF,
02:47que não é bem visto aqui no Congresso Nacional.
02:50Ó, Nelly, agora nesse jantar que você mencionou, o Haddad explicou, então, para Davi Alcolumbre e também para o presidente da Câmara,
02:57que se essa medida cair, o governo está ferrado?
03:01Exatamente. Na prática, é justamente isso aí mesmo, Evandro,
03:07porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que haveria aquela espécie de shutdown,
03:13ou seja, uma espécie de apagão mesmo no funcionalismo público,
03:17porque iriam faltar recursos, possivelmente, até mesmo para a manutenção da máquina pública,
03:23manutenção de serviços básicos à população.
03:26Haddad não entrou em grandes detalhes em relação a esses serviços,
03:30que poderiam, eventualmente, vir a faltar, mas apresentou, então, o IOF como uma espécie de salvação
03:37para que esse cenário acabe não acontecendo.
03:40Só que, mesmo assim, conforme a gente já trouxe anteriormente aqui no 3 em 1,
03:44mais cedo, o presidente aqui da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
03:48já deu um prazo de 10 dias para que o governo federal arrume uma outra alternativa ao aumento do IOF.
03:55Caso contrário, serão pautados um, ou pelo menos mais, projetos que prevêem a derrubada desse decreto presidencial,
04:04que acabou impondo, então, o aumento do imposto sobre operações financeiras.
04:09Evandro.
04:10Obrigado, viu, Anely.
04:11A demonstração de que essa medida, Piperno, seria de desespero, expõe bastante o governo federal, hein?
04:17Mas, na verdade, o que o governo federal está dizendo para o parlamento, entre outras coisas, também é o seguinte.
04:24Bom, eu preciso desse dinheiro.
04:27Nós não vamos mais ter os recursos da desoneração.
04:31Aliás, estamos tentando isso há um ano e meio, né?
04:35E a gente não consegue alcançar o que se imaginava aqui.
04:39Então, o governo, ele precisa tirar dinheiro de algum lugar.
04:45Muito bem.
04:45Aí, o Congresso fala para o governo, não, mas pera lá.
04:48Então, se você está dizendo que você está precisando desesperadamente de dinheiro para fechar as contas,
04:54então, diminua as suas contas.
04:56O governo fala, tá bom, eu diminuo as minhas contas, já anunciamos aí um contingenciamento,
05:02mas, entre as áreas onde a gente pode reduzir alguns gastos, está também as emendas.
05:11Aí, o Congresso fala, não, mas aí também não.
05:15Então, eu te dou 10 dias e você arruma uma outra solução que faça com que você não tenha que enfiar a goela abaixo da sociedade,
05:25sem passar por nós a história do IOF, mas também não mexa com as nossas emendas.
05:30Porque, na verdade, quando o governo também estica a corda e fala,
05:35olha, precisamos desesperadamente de um dinheiro agora,
05:39esse agora, na verdade, ele está em outro lugar, o calendário, ele está em 2026.
05:45O problema não vai ser, eventualmente, faltar um dinheiro agora.
05:49O grande temor, obviamente, é faltar dinheiro em um ano eleitoral.
05:54José, o governo está cabunda na janela?
05:58Está no encruzilhado, é chamada sinuca de bico,
06:01essa instabilidade está provocando desgastes já irreparáveis no governo,
06:06está dando uma ideia de que a economia, que é o principal ponto de um governo,
06:12está incerto, joga para um lado, joga para o outro,
06:18e não tem nada mais covarde no mundo do que o capital.
06:22Ao menor sinal de risco, ele foge.
06:24Eu conversava hoje com o empresário e ele falando da dificuldade de fazer previsão.
06:29E aí, eu tenho ou não o que pagar o IOF, né?
06:32Então, na dúvida, o que o empresário faz?
06:34Joga para cima, porque o empresário não paga imposto, ele transfere imposto.
06:39Se o empresário pagar imposto, ele quebra,
06:42porque a margem de lucro nem sempre é igual ao imposto,
06:46ele é inferior ao imposto pago.
06:49Então, se os empresários estão colocando o IOF,
06:52eles têm que fazer previsão mínima para pelo menos seis meses na frente,
06:56e está nessa dúvida aí.
06:58O ministro da Fazenda dizendo que, por enquanto, não.
07:01Quer dizer, por enquanto não vai recuar.
07:03Como por enquanto não vai recuar?
07:05Ou vai recuar ou não recua.
07:07E a indicação clara do que está no parâmetro aí é o seguinte,
07:11se o governo não recuar, ele será derrotado no Congresso.
07:16Está entre a cruz e a caldeirinha.
07:18Quer dizer, não tem jeito.
07:20Esse IOF está com sinais claros de que não será aplicado.
07:24Mas os empresários têm que contar que será aplicado,
07:28porque isso aí faz parte do custo.
07:31Isso provoca uma instabilidade muito grande.
07:34E o presidente da Câmara e os deputados que estão negociando isso
07:38não contribuem, porque aumentam a instabilidade.
07:41Vou te dizer, hoje o poder no Congresso está com as frentes parlamentares.
07:47As principais frentes parlamentares já fecharam contra o IOF.
07:53Zé Maria Trindade, e é sobre isso que eu quero te questionar, Acácio.
07:56Se as frentes parlamentares que detêm o poder já disseram
07:59nós não queremos o aumento do IOF,
08:02como é que o governo conseguiria articular
08:04se sequer não consegue passar outras pautas
08:08que são ainda mais importantes para ele nesse Congresso Nacional?
08:11O governo não conseguiria articular.
08:14A verdade é essa.
08:15O governo joga a responsabilidade no Congresso
08:17e levanta esta história das emendas
08:20exatamente para partilhar o problema com o Congresso,
08:26para criar na população um sentimento que
08:29nós estamos pagando mais impostos por conta das emendas
08:34e a partir daí sensibilizar o Congresso.
08:38Mas nós já percebemos, e aí a sua pergunta,
08:40que o Congresso não está tão sensibilizado assim.
08:44E aí vem uma segunda alternativa
08:46que foi inclusive aventada pelo presidente Hugo Mota
08:50na sua fala hoje, o Supremo Tribunal Federal.
08:55Judicializar esta questão e jogar para o Supremo Tribunal Federal
08:59decidir, mesmo que seja uma solução temporária.
09:03Confesso a você que o Zé usou uma expressão,
09:06eu vou usar outra.
09:07Minha avó sempre dizia que em casa que falta pão,
09:10todo mundo grita e ninguém tem razão.
09:12É um pouco do que acontece em Brasília.
09:14Está faltando dinheiro e um vai jogando a responsabilidade para o outro.
09:18Isso aumentaria a preocupação que muitos já têm com esse governo,
09:22que é o fato dele não sustentar aquilo que prometeu
09:25sobre contas públicas e sobre arcabouço fiscal, Henrique Grigna.
09:29Exato, é o vai e volta.
09:30Fala uma coisa, testa, vê se é aceito, se não é,
09:34se for ok, se não for volta.
09:37É mais um episódio aí dessa bagunça que nós estamos vendo realmente.
09:41Agora, também fica claro, Evandro, aqui uma leviandade
09:44até do próprio ministro Fernando Haddad,
09:47quando ele diz, quando ele evoca aí o conceito do shutdown.
09:50Esse shutdown acontece lá nos Estados Unidos
09:52quando o Congresso não aprova o orçamento.
09:55E quais são as consequências?
09:58Lá nos Estados Unidos, quando o Congresso não aprova o orçamento federal,
10:00no tempo, dentro do prazo,
10:02então, logo no dia seguinte, geralmente no mês de outubro,
10:05o que vai acontecer?
10:07Servidores públicos federais param de receber salário
10:09e precisam entrar em férias forçadas, sem pagamento.
10:12Eles cortam serviços não essenciais.
10:15Eles começam a fechar também outros investimentos
10:18que também têm natureza não essencial.
10:21Então, talvez, quando o ministro Fernando Haddad faz isso,
10:24na verdade, o que ele está propondo é uma coisa que pode ser positiva
10:27para o nosso Brasil.
10:28Se fosse um shutdown de verdade, poderia até ser bem positivo.
10:32Cortar gastos não essenciais do governo federal,
10:35colocar algumas pessoas ali em umas férias não remuneradas,
10:38pessoas que não estão mostrando também o quão essencial é o seu trabalho.
10:42Porque, convenhamos, dizer que agora, se não aumentar o IOF,
10:47o governo para, o governo quebra,
10:48o shutdown dos Estados Unidos, que é o conceito que ele evocou,
10:52é um fechamento completo.
10:53É fechar as portas, ninguém aprova mais nenhum tipo de gasto,
10:56ninguém faz nenhum tipo de investimento.
10:58É muito sério.
10:59Então, dizer, fazer essa ameaça é leviano da parte do ministro,
11:03porque a gente sabe que isso não vai acontecer,
11:05ainda que não aprovasse.
11:06Eu gostaria, inclusive, diante dessa ameaça,
11:09eu acho que o Congresso deveria aumentar a aposta aí e não passar.
11:13E vamos ver como é que o ministro vai fazer.
11:14Ô, Piperno, você acha que é a leviandade do ministro?
11:16Eu acho que o ministro, na verdade, ele está jogando com o que ele tem agora,
11:22quer dizer, o que ele tem agora, pressionar também o Congresso.
11:25Eu acho que a história do shutdown também é um pouco de exagero,
11:30acho que não chegaria tanto.
11:32Mas veja, nós falamos outro dia,
11:33e o Segredo chamou atenção, por exemplo,
11:35para a história da previsão de arrecadação com as lições do CARF.
11:41Foi um exemplo aleatório que ele pegou, né?
11:44E, de fato, foi muito abaixo do que o governo imaginava.
11:47Aquilo é um erro, né?
11:48Imagina, você estima 50 bilhões de reais e arrecada 400.
11:54Menos de 1%.
11:56Não sei de quem era essa maquininha de calcular.
11:58De qualquer forma, também,
12:01muito se falou sobre uma desaceleração da economia.
12:06Os dados preliminares apontam que não é bem assim.
12:10Ontem, inclusive, demos aqui o dado sobre emprego.
12:13Ou seja, a arrecadação por conta da atividade econômica,
12:18ela continua alta.
12:20Mas onde é que também está essa outra diferença?
12:24É na questão de benefícios fiscais.
12:26E a gente fala disso todo dia aqui, praticamente.
12:29Então, ou se começa a cortar isso de uma forma séria,
12:33e eu sei que aí as frentes parlamentares vão espernear,
12:38ou então não sei para onde vão.

Recomendado