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A Câmara dos Deputados deve votar a derrubada do decreto que elevou o IOF, em um embate que pode suspender a alta do imposto. A medida tem gerado grande repercussão econômica e política.

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Transcrição
00:00Bruno Pinheiro tá conectado conosco?
00:03Vamos então conversar com ele, porque a Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto que suspende o decreto que aumenta o IOF.
00:08Bruno, bem-vindo meu amigo, tudo bem por aí?
00:11Conta o quanto isso tá aquecendo esse dia na Câmara dos Deputados.
00:19Oi, Evandro, tudo bem sim? Ótima tarde a você aqui, nos acompanha.
00:23Estava de olho aqui no celular, recebi agora o relatório, inclusive, do relator que será analisado no plenário sobre a derrubada desse IOF.
00:31Hugo Mota usou ontem as redes sociais, estava ouvindo vocês comentários sobre esse algoritmo.
00:36Não era o algoritmo, não era o que os aliados do governo estavam esperando que aparecesse nas redes sociais.
00:42Mas foi lá que Hugo Mota mandou o recado, então, dizendo que hoje, na quarta-feira, iria analisar a derrubada do IOF.
00:50E aí, aconteceu o que? Amanheceu o dia, já tinha até relator, que é o nome do Partido Liberal, o Coronel Crisóstomo,
00:57que é visto pelos aliados do governo, nome sem nenhuma chance de negociação.
01:03E com uma semana esvaziada aqui na Câmara dos Deputados, essa movimentação aqui ao fundo não são os parlamentares, não.
01:09São visitantes que estão aqui no Congresso Nacional, menos os parlamentares que estão nos seus redutos eleitorais,
01:16já que a sessão hoje é de forma remota.
01:18Isso gerou uma repercussão.
01:20O Lindenberg Farias disse que não imaginava que Hugo Mota iria colocar isso em votação em um dia esvaziado
01:27e não imaginaria o nome que foi escolhido como relator.
01:30Hoje, onze e meia da manhã, na hora do almoço,
01:33Lindenberg chamou uma entrevista coletiva e fez várias críticas a esta decisão de Hugo Mota.
01:39A gente vai ver agora.
01:40Eu só quero que essa casa reflita.
01:43Primeiro, eu acho que é uma temeridade o presidente Hugo Mota pautar um tema de tamanha importância sem deputados aqui em Brasília.
01:52Esse é o primeiro ponto que nós queremos questionar e dialogar.
01:56Agora, acho que a decisão é uma decisão de votar.
01:59E a nomeação do coronel Crisóstomo como relator significa que não tem espaço nenhum para qualquer tipo de diálogo.
02:10Não existe sobre o mérito.
02:12Colocar o coronel Crisóstomo, eu acho que já é um grave erro ter pautado isso.
02:18Colocar o coronel Crisóstomo como relator parece uma provocação bem infantil.
02:23Um tema tão importante.
02:29Evandro, o que diz o documento que eu recebi agora e leio junto com você aqui ao vivo?
02:35Diz que o objetivo do projeto que será analisado logo mais hoje aqui na Câmara dos Deputados
02:41é justamente a derrubada dos efeitos do último decreto do dia 22 de maio de 2025
02:47que altera então o imposto sobre operações de crédito, o câmbio e seguro que é o IOF.
02:54E aí tem diversas falas sobre o governo federal.
02:57Tem também uma análise financeira que esta proposta deve ser analisada
03:02quanto à compatibilidade e adequação financeira e orçamentária
03:06em conformidade com o plano e a lei de responsabilidade fiscal.
03:11Hugo Mota chegou agora há pouco aqui na Câmara dos Deputados
03:14e rapidamente respondeu aos jornalistas de que hoje vai analisar sim essa matéria.
03:20Em off com o que eu conversei aqui com algumas fontes no Congresso
03:23que se Hugo Mota conseguir colocar em votação hoje até o final do expediente
03:28nesta noite o Senado também colocará em votação.
03:32Foi um acordo firmado então com Hugo Mota e ao Colúmbio
03:35que seria uma resposta diretamente para os integrantes ali do governo federal.
03:39Qual é a reclamação, Evandro?
03:41Que as emendas não foram liberadas, foram empenhadas.
03:45E aí só para entender, eu ouvi que existem aliados do governo
03:48que são enviados para o Congresso em dia de votação
03:51para tentar negociar esse voto e tentar liberar essas emendas.
03:56Essas emendas são empenhadas, mas não são executadas.
03:59E diante de uma falta de acordo, acabou que Hugo Mota tirou do fundo da gaveta
04:04o IOF e será analisado nesta quarta-feira.
04:08Evandro Silva.
04:09Obrigado pelas informações, Bruno Pinheiro.
04:11Se tiver novidades ou movimentações, por favor, chame a gente, meu amigo.
04:15Zé Maria Trindade, Lindbergh Farias, diz que Hugo Mota estaria fazendo
04:19uma provocação infantil ao governo.
04:21É mesmo provocação ou é o governo a situação que não perceberam
04:27que a articulação deles não está lá indo muito bem?
04:30Pois é, muita gente diz que na verdade é um recado, mas é um recado muito forte.
04:37Eu falei agora há pouco com o Carlos Zaratini, que é o relator desse pacote
04:43da reforma fiscal, ele dizendo, olha, nós vamos até a última hora tentar negociar.
04:48Não tem muito espaço, mas é tentar negociar.
04:51E aí se o Congresso aprovar esse pacote que está sendo relatado pelo Carlos Zaratini,
04:56é possível recuperar ali algumas pontas, mas eu acho muito difícil.
05:02E a história é a seguinte, esse projeto, esse decreto legislativo que anula o aumento
05:08do IOF pode ser aprovado hoje na Câmara e hoje mesmo no Senado Federal,
05:15para você ter uma ideia.
05:16E já sai pronto, não tem que receber sanção do presidente,
05:20será promulgado pelo Congresso Nacional mesmo.
05:23E anula o aumento do IOF e pronto, e deixa o governo para resolver os problemas fiscais,
05:29os problemas de caixa.
05:31Então é um recado, ou não diria que é uma provocação,
05:36trata-se do presidente da Câmara e dos Deputados.
05:40Foi uma decisão que assustou o governo.
05:43A palavra é essa mesmo, assustou.
05:45Os líderes não estavam sabendo disso.
05:47E foi anunciada através exatamente das plataformas digitais.
05:52E o quórum não é difícil, porque todo o celular agora dos deputados tem um infoleg ali,
06:00que ele pode votar lá da festa de São João, da cidade dele,
06:04alguns foram para o exterior, de onde ele estiver, ele pode votar, né?
06:09Pois é, Zé Maria Trindade.
06:10Agora, Gustavo Segret, isso aí criou uma movimentação intensa no governo federal hoje,
06:14com o ministro das Relações Institucionais, ministro da Fazenda,
06:17todo mundo tentando se reunir e conversar para saber como é que eles combateriam,
06:22entre aspas, essa situação.
06:24Dá para combater uma decisão como essa do Congresso Nacional,
06:27que derruba uma medida que, segundo o ministro da Fazenda,
06:30seria importantíssima para tentar equilibrar os cofres?
06:33Não, mas tentar equilibrar, o ministro continua errando no conceito.
06:37Tentar equilibrar os cofres tem uma mão de ida e outra mão de volta.
06:41Essa mão de ida tem a ver com dizendo, ok, precisamos equilibrar,
06:44vou aumentar a carga tributária.
06:47A mão de volta, eu vou tentar também diminuir o gasto público.
06:50E aí você vê que o sacrifício está sendo feito por todo mundo.
06:53O governo está colocando na marra um aumento da carga tributária,
06:58sem nenhum interesse, sem nenhum conceito de diminuir o gasto,
07:02e essa forma de equilibrar a carga, o equilíbrio fiscal, está dando muito problema.
07:07O Mota está conseguindo fazer uma proeza gigantesca,
07:10ele ficar mal com os dois lados.
07:12Porque com o negócio da amnistia que ele prometeu,
07:14não cumpriu com o PL e a turma da direita.
07:18Agora com o IOF, pautou num negócio que não tem ninguém,
07:21e que, segundo eu vi vários deputados hoje de manhã,
07:24eles podem votar, como muito bem mencionava o senhor Maria.
07:27Então, não vejo problema.
07:29E se a gente levar em consideração a maneira como foi votada a urgência,
07:32já dá para entender que a aprovação seria da mesma maneira,
07:35porque foi uma votação arrebatadora.
07:38Mais de 300 a 90 contrários.
07:40Foi a primeira vez que o governo consegue menos de 100 votos em qualquer questão que propõe.
07:45Ou seja, a paulada vai vir feia.
07:48E está certo, não pode ser pautado coisa somente quando o governo vai ter aprovação.
07:53E é negociar, não é mandar pelas redes sociais reclamando de todo mundo.
07:56Não, senta e negocia.
07:58Se o governo negociar dizendo que eu preciso disso,
08:01mas eu me comprometo a diminuir o gasto,
08:02certamente isso poderia ser negociado.
08:04O governo está colocando na marra aumento da carga tributária
08:07para ele continuar gastando muito e gastando mal.
08:09O Alangani, o ministro da Fazenda disse que essa proposta,
08:13ela faria justiça tributária.
08:15Tem justiça tributária no aumento do IOF?
08:17Não, claro que não, né?
08:19Porque, de alguma maneira, você está penalizando a população.
08:22Por quê?
08:22Porque vai encarecer o crédito à medida que há um imposto maior nas transações financeiras
08:29e, evidentemente, que as instituições financeiras repassam isso para o crédito nas empresas.
08:33Se o crédito para a empresa se torna mais caro,
08:36de alguma maneira, ela também vai reagir ou diminuir a sua atividade econômica
08:40ou aumenta preço, além do que também encarece as importações.
08:46E vamos lembrar que muitas indústrias aqui no Brasil, Evandro,
08:48elas compram máquinas lá de fora para expandir a sua produção aqui.
08:53Encareceu a importação pelo IOF.
08:56Então, não tem justiça tributária.
08:58Justiça tributária seria começar a cortar gastos,
09:02porque daí a gente começaria, posteriormente,
09:05a falar de corte de tributos para a população brasileira.
09:08Piperno, já a ministra das Relações Institucionais diz que
09:12a derrubada do projeto do IOF poderia prejudicar o pagamento de emendas parlamentares.
09:18É uma contra-ameaça?
09:20Claro que sim.
09:21Claro que sim.
09:22Os dois estão pagando para ver.
09:24Porque é o seguinte, foi desonesta a forma como o presidente da Câmara agiu,
09:30na calada da noite, né?
09:33Enfim, comunicando a sociedade, principalmente o Congresso, via Twitter, no finalzão da noite,
09:40de algo que ele tem toda a prerrogativa de marcar data, de agendar, de colocar ou não na pauta,
09:46mas por que não fazer isso numa sessão regular?
09:49Então, é claro que ele quis dar um recado sim.
09:53A Glaze, por sua vez, rebate na mesma moeda.
09:58E se trata disso?
09:59Quer dizer, mas o governo não pode perder essas oportunidades também de se comunicar melhor
10:04com a sociedade e dizer o que está, de fato, ocorrendo.
10:08Quer dizer, essa forma, eu diria que até um pouco atabalhoada que utiliza o presidente da Câmara
10:16é um mecanismo de pressão para pagamento de emendas.
10:20Agora, tem uma coisa, né?
10:21Eles falam em justiça social e tal.
10:24Eu também concordo que aumentar simplesmente o IOF não é uma boa medida.
10:30mas a Câmara dos Deputados, principalmente, ela não tem o direito de falar em fazer justiça social ou não
10:39na mesma semana, ou praticamente no mesmo período em que ela aprovou esses dias aí, né?
10:47Ela derrubou um veto do presidente da República que vai implicar em aumento nas contas de luz
10:54para poder beneficiar empresas eleitas, empresas do setor, inclusive o rei do gás, lá, o empresário Carlos.
11:03Foi o projeto de energia offshore, né?
11:04Exatamente.
11:05Ou seja, é um assunto aparentemente denso e tal, que a sociedade não discute corretamente
11:11e o Congresso joga no meio lá de um pacote, no meio de um monte de coisa,
11:16então acaba passando sem a devida discussão.
11:19Mas o governo teria o dever, e ele não faz isso porque ele se comunica mal,
11:26de contar para a sociedade o seguinte, ó, sua conta vai ficar mais cara
11:30porque eles derrubaram o veto do presidente por isso, isso e isso.
11:34O governo não fez isso, né?
11:36O governo, pelo menos nesse tema, ele tomava o caminho correto,
11:42mas ele não consegue se explicar nem em relação a isso.
11:45E quem pijou na bola, quem está trazendo ônus para a sociedade é a Câmara dos Deputados.
11:51Mas não é de agora que a gente percebe uma dificuldade séria nesse governo
11:54em trazer um contraponto, em rebater críticas ou até apontar os erros de seus opositores
12:00ou daqueles que, de alguma forma, derrubam medidas que seriam importantes.
12:05Há dificuldade enorme para comunicar ou falar com a sociedade sobre temas relevantes.
12:10Você concorda nesse sentido?
12:11Não, concordo, concordo. Foi um escândalo, né?
12:13O que o Congresso fez a duas semanas, semana passada, ou a duas semanas...
12:17Foi a semana passada.
12:17Semana passada, que foi essa derrubada de veto e o derrubado de veto aí das eólicas offshore.
12:24Isso significa uma renúncia fiscal, Evandro, de 500 bilhões de reais, né?
12:30E se a gente distribuir isso em 20 anos, é algo bastante expressivo
12:35e que, evidentemente, vai encarecer a conta de luz, né?
12:38Então, por isso que tem esse jargão que se fala tanto aqui no Brasil.
12:41A energia é abundante no Brasil, mas a conta é cara.
12:45A gente tem a publicação que foi feita pela ministra Gleisi Hoffmann.
12:48Vamos colocar na tela para ler aqui para os nossos telespectadores e ouvintes.
12:52O novo decreto do IOF traz ajustes necessários para a execução do orçamento
12:56de acordo com o arcabouço fiscal.
12:58Quando falam em aumento de imposto, é preciso lembrar que o IOF,
13:01para cartões internacionais, era de 6,38 em 2022 e está sendo fixado em 3,5 pelo decreto
13:08depois de duas quedas consecutivas na alíquota.
13:11No diálogo com o Congresso, o governo retirou ajustes que incidiriam sobre outras operações.
13:16A derrubada dessa medida exigiria novos bloqueios e contingenciamentos no orçamento,
13:21prejudicando programas sociais e investimentos importantes para o país,
13:25afetando, inclusive, a execução das emendas parlamentares.
13:28É hora de pensar primeiro no país, que precisa continuar crescendo
13:32e buscando justiça social e tributária.
13:34Vejo que você discorda bastante, Gustavo Segré.
13:36Muito, porque ele está esquecendo que quando o presidente Bolsonaro estava no governo,
13:41a intenção era reduzir a cero o IOF até 2016.
13:45Já estava num caminho de redução, fazer parte de um planejamento.
13:47Então, se ela colocar, não, o IOF em 2014 era de...
13:51Pô, não serve de referência nenhuma.
13:53A queda estava já prevista.
13:55O governo parou e está aumentando.
13:57Exato, a questão é que eles interromperam uma descida que já estava planejada.
14:01Então, ele está mostrando...
14:03Isso aí é desinformação.
14:04Isso aí é desinformação.
14:06Porque está colocando uma parte parcialmente da notícia e não coloca o todo.
14:10Inclusive, era feito para que o Brasil conseguisse entrar na OCDE.
14:14E agora, como é que fica?
14:15Isso não vai ser colocado no Twitter?
14:17É tendencioso isso.
14:18José, eu quero te ouvir sobre essa correria de bastidores do governo para tentar combater,
14:23nem que seja politicamente, por meio do discurso, a provável derrubada do projeto do IOF pelo Congresso Nacional.
14:32É, eu até insisti muito nas conversas que eu tive com os governistas sobre a difícil mensagem que o governo quer passar.
14:40A ideia do PT e do governo é passar a ideia, a imagem de que eles estão tentando aumentar a arrecadação taxando os mais ricos, né?
14:52E não ir liberando o imposto de renda para os que ganham até 5 mil reais.
14:57Mas é um debate muito técnico e muito difícil de ser levado, ou seja, mais em popularidade para o governo e para o presidente Lula.
15:07O que está passando nesse debate, nessa resistência do Congresso, é de que as frentes parlamentares não querem aumentar a arrecadação.
15:15E hoje as frentes são o poder do Congresso Nacional.
15:19Quando elas se unem, como se uniram agora, pronto, né?
15:22Forma essa maioria.
15:23Eu até falei, olha, a aprovação da urgência já é o retrato da política.
15:29E a ideia dos governistas ainda é de, olha, é possível negociar.
15:34Essa mensagem da ministra Gleis Hoffman é a cara disso.
15:38Na verdade, ela falou, olha, vou cortar as emendas parlamentares e não é só as emendas.
15:44É a liberação de recursos extra, orçamento que o governo faz para alguns integrantes ali do Centrão, né?
15:52Que é uma maneira de dar mais dinheiro, além das emendas parlamentares, para setores da economia e setores da política.
15:59Então o governo ainda pensa numa reação.
16:02Mas eu acho muito difícil.
16:04Se tudo sair como combinaram os presidentes da Câmara e Senado,
16:09esse projeto será aprovado hoje na Câmara e hoje mesmo no Senado,
16:14tudo remotamente, tudo com os deputados e senadores longe daqui de Brasília.

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