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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21) que o Brasil continuará negociando com os Estados Unidos, apesar da ameaça de tarifa de 50% sobre importações brasileiras a partir de agosto. Segundo ele, a área econômica já desenvolve um plano de contingência para apoiar os setores que podem ser impactados pelas medidas anunciadas por Donald Trump.
Apresentador: André Marinho
Comentaristas: Anna Beatriz Hirsh, David de Tarso, Jesualdo Almeida e Mano Ferreira

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Transcrição
00:00É importante a gente também aqui entender os passos sendo dados pelo nosso atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva,
00:05porque enquanto guerras são travadas na política e na economia, o presidente Lula embarcou novamente para o exterior pessoal,
00:11dessa vez para participar do encontro de países em defesa da democracia.
00:15Esse é o título do encontro.
00:17E Santiago, no Chile, capital chilena, propôs que a gente confira ao vivo.
00:21Claro, você pode perceber nesse momento Gabriel Boric, presidente de esquerda também,
00:26ao Yamandu Orsi, presidente uruguaio, além de Pedro Sanches, primeiro-ministro espanhol,
00:33todos ali, enfim, dando...
00:35E o próprio Gustavo Petro, presidente colombiano.
00:37Eu diria que, com exceção do Yamandu Orsi, também um presidente ali no espectro da esquerda,
00:43é presidente uruguaio, que ainda está engatinhando aí os primeiros passos do governo dele,
00:47todos os outros quatro ou sofrem protestos massivos, reprovações nas alturas,
00:52pedidos até de prisão, como no caso do primeiro-ministro espanhol,
00:55e vale a pena mencionar que até a ausência da França com representantes
00:59nesse encontro que ocorreu também ano passado na sua primeira edição,
01:03de certa forma, é revelador, além de outros países menores.
01:07Então, de qualquer forma, Lula em Santiago, usando um belo sapatênis,
01:12que a gente percebeu ali naquele momento,
01:15e assim a gente vai repercutindo, meus amigos.
01:18David.
01:18É, o meu receio é justamente quanto às falas promovidas desse encontro,
01:22porque a defesa é pela democracia, e o Lula tem falado bastante
01:27sobre a questão de garantir a soberania do país,
01:29mas isso pode provocar também o Trump.
01:31Então, acho que ele tem que ser muito cauteloso em relação às falas,
01:34no discurso, para que a gente não sofra com ainda mais sanções.
01:38A gente tem que defender, sim, claro, a nossa soberania,
01:41mas temos que ser cautelosos em relação às falas que vão ser ditas nesse evento.
01:48É, no fim, parece mais um encontro pontual aí de governos atualmente,
01:53enfim, de alinhamento de esquerda, querendo alguma legitimidade institucional
01:58e apoio mútuo no momento de dificuldade, que é o que internamente se encontra.
02:03Gabriel Boric, 70% de reprovação no momento.
02:05Gustavo Petro, que vem comparando o consumo de cocaína com o de uísque recentemente,
02:11além de vários protestos ali em Bogotá e nas principais cidades colombianas.
02:14Pedro Sánchez, então, nem se fala primeiro-ministro espanhol, enfim.
02:18E o próprio presidente Lula, que também não é que a vida dele está uma maravilha, né?
02:22André.
02:22Mas, Aninha.
02:23Sabe, recente, há pouco tempo no meu comentário,
02:26eu critiquei o Eduardo Bolsonaro por entender que ele está utilizando do país
02:31na tentativa de obter benefícios em favor próprio, em favor da sua família.
02:37E a gente vê o presidente Lula com uma postura muito semelhante
02:40ao invés dele estar aqui no país, no meio desta crise absurda,
02:46tentando encontrar soluções para resolver essa crise diplomática da melhor forma,
02:52ele faz o quê?
02:53Ele se escora em aliados ideológicos do passado,
02:57praticamente fugindo da raia no momento que o Brasil mais precisa.
03:01Então, a gente vê também o presidente Lula pensando nos seus próprios interesses,
03:06pensando na sua própria bolha, ao invés de estar aqui tentando resolver o problema do país.
03:11A crítica que eu faço para um é a mesma crítica que eu faço para a outra.
03:15E, infelizmente, a gente não vê nenhum governante muito preocupado em mudar essa situação.
03:22Só vemos cada vez mais o quê?
03:24Distanciamento e aprofundamento dentro das suas próprias bolhas.
03:27Ou seja, o país como um todo fica em último plano.
03:30É, meus amigos, vale a pena a gente só reforçar que, ao longo do dia,
03:35estaremos cobrindo também a ida do ex-presidente Bolsonaro.
03:37Não deixa de ser um baita símbolo forte, relevante.
03:40Tem um ex-presidente caminhando até o Congresso, junto aos seus aliados,
03:43com uma tornozeleira eletrônica no seu calcanhar.
03:46E também vale a pena só ficar a reflexão aqui, né?
03:48Que o tipo penal invocado pelo ministro Alexandre de Moraes
03:51para justificar essas medidas preventivas foi de crime de lesa pátria.
03:55Acho que também tem uma carga simbólica bem relevante nesse sentido.
03:59Ainda mais com um arcabouço jurídico, com todo tipo penal
04:04que poderia, de alguma forma, tentar coibir abusos e tal.
04:07E cuja lei foi editada durante o governo Bolsonaro,
04:10o que é mais curioso ainda.
04:11O que é uma cruel ironia do destino, talvez, para o ex-presidente.
04:14A gente segue adiante aqui, pessoal.
04:15Indo adiante, porque aqui no nosso Brasil,
04:17durante uma entrevista para a Rádio CBN,
04:19o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
04:21afirmou que a pasta já prepara planos de contingência
04:24contra os efeitos do tarifácio.
04:26E, pelo menos a nível retórico, dizendo que está disposto a negociar.
04:29Vamos conferir a fala dele.
04:30Numa situação como essa, de agressão externa injustificável,
04:35o Ministério da Fazenda se prepara, conforme eu disse,
04:39para todos os cenários.
04:40Então, nós temos plano de contingência
04:43para qualquer decisão que venha a ser tomada
04:46pelo presidente da República.
04:48Mas eu insisto em dizer,
04:49o Brasil jamais saiu e jamais sairá da mesa de negociação,
04:53porque não há compreensão da nossa parte
04:57de que essa situação perdure para benefício mútuo,
05:03tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil.
05:05Pode ser que nós tenhamos que recorrer a instrumentos de apoio
05:09a setores que injustamente estão sendo afetados.
05:13E são setores que têm relações de décadas com os Estados Unidos.
05:17É isso aí, meu amigo fala, enfim,
05:21que deu pelo menos aí o panorama da visão de momento,
05:24talvez aí pelo menos a nível retórico, como a gente disse,
05:26pelo menos na fala, pragmático,
05:27ensaiando aí uma possível diplomacia, negociação.
05:30Agora, como diria o eterno Garrincha,
05:32tem que combinar com os russos.
05:33Tem que ver se os americanos, nesse caso,
05:35estão dispostos a realmente formalizar esse canal diplomático.
05:39Mano Ferreira, sua expectativa em torno dessa fala?
05:41Marinho, eu gostaria de ver uma atitude muito mais incisiva e proativa do Brasil
05:47em colocar aspectos que são realmente da diplomacia tradicional na mesa.
05:54A gente precisa modificar, de um ponto de vista do interesse nacional,
05:59qual que é a agenda de negociação.
06:01Porque o que estava na carta do presidente Trump
06:05é completamente inegociável e até aloprado,
06:10de um ponto de vista da política internacional.
06:13Então, o que a gente precisa?
06:15É modificar o tom dessa conversa.
06:17E como poderíamos fazer isso?
06:19Colocando, por exemplo, itens de tarifas,
06:23de barreiras tarifárias e não tarifárias,
06:26que o Brasil sempre praticou na sua relação comercial com outros países
06:31e que poderiam, de fato, serem negociados
06:35numa mesa de aprofundamento das relações bilaterais do Brasil com os Estados Unidos.
06:42Além disso, poderíamos estar falando sobre um avanço efetivo
06:46e não apenas retórico e moroso, como temos assistido nas últimas décadas,
06:52numa agenda de outros acordos comerciais
06:54que seriam importantes, inclusive, para abrir mercados de forma efetiva,
06:59caso alguns produtos brasileiros não consigam continuar
07:05sendo vendidos para o mercado americano.
07:08Ou seja, está faltando muito proatividade e liderança do Brasil
07:14ao colocar quais são os seus interesses comerciais
07:19na agenda internacional.
07:21A gente não pode ficar simplesmente a reboque
07:24e usando um discurso de posição de vítima
07:28que, no fim das contas, tem como maior interesse
07:31o projeto eleitoral e não as necessidades do mercado brasileiro.
07:37E o ministro Haddad já disse que, pelo menos,
07:39algumas medidas já estão sendo articuladas com o setor produtivo
07:42para, pelo menos, amortecer esse primeiro impacto
07:44das tarifas sendo, enfim, devidamente impostas.
07:47Pessoal, acho que falta, nesse momento, o quê?
07:49De 12 a 11 dias, até que a maior punição ou sanção econômica
07:53da história brasileira, potencialmente, seja, de fato, implementada.
07:56Aninha Beatriz Rios, você que acompanha na íntegra a entrevista,
08:00qual o trecho mais te saltou aos olhos ou às orelhas, nesse caso?
08:04Ai, André, sabe o que me saltou aos olhos?
08:07Na verdade, me incomodou um pouco.
08:10Como o ministro da Fazenda tenta sempre levar toda essa questão
08:16para um problema com a família Bolsonaro
08:20e para um problema de uma liderança política interna
08:24atuando contra o país.
08:26Não é que o discórdio do ministro, nesse sentido,
08:29está mais do que claro que existe uma interferência política
08:34da família em prol de uma tentativa de anistia e tudo mais.
08:39No entanto, a gente tem os fatos como eles são.
08:43E o governo precisa lidar com isso.
08:45O governo não pode ficar querendo só trazer uma justificativa política
08:50e não apresentar soluções ou, minimamente, uma estratégia
08:55para conseguir lidar com essa situação.
08:57Porque, veja bem, isso está acontecendo.
09:01Ninguém vai conseguir mudar.
09:02Ninguém vai falar, queridos familiares Bolsonaro,
09:06agora deixem de fazer qualquer tipo de interferência
09:10porque, então, o tarifácio vai ser excluído.
09:13Não vai acontecer isso.
09:14O Brasil, o governo brasileiro, precisa agir com os fatos que ele tem hoje.
09:20E eu não vi isso na entrevista.
09:22Eu não vi nenhuma medida de forma objetiva que foi mencionada pelo ministro
09:27para tentar fazer essa situação minimamente melhorar para o povo brasileiro.
09:32O tarifácio de Trump é um golpe duríssimo, é um soco no estômago da nossa economia?
09:36É.
09:36O próprio ministro Haddad reconheceu que era de se aguardar,
09:40que já era algo que eles já estavam projetando, ou pelo menos vendo ali no horizonte.
09:44Então, enfim, a gente espera que...
09:46E, para mim, eu já estou convencido disso, Jesualdo.
09:48Quero ver se você concorda que a grande característica de todos os grandes líderes que se consagraram na história
09:52sempre foi a capacidade de antevisão, ou de pelo menos tentar apagar incêndios antes que eles de fato se consumam.
09:59Não é o que a gente está vendo aqui, mas um round de promessas sem cumprimento
10:03e de metas sem resultados vindo do ministro Haddad, né?
10:07Você tem toda a razão e quando a gente fala de antevisão, eu me lembro muito do Churchill.
10:11Ele anteviu todos os problemas que o nazismo traria, ele foi um dos primeiros a fazer o enfrentamento
10:16e um dos mais eficientes enfrentamentos.
10:19Talvez não fosse a visão do Churchill, quer no pré-guerra, quer durante a guerra,
10:24a história teria sido contada de forma diferente.
10:26Mas, Aninha, concordo com você no que disse sobre o depoimento do nosso ministro da Fazenda.
10:31Entretanto, quero destacar um ponto que talvez seja o ponto positivo desse discurso.
10:35Mais comedido, menos ufanista, menos politicado, menos afoito.
10:42O que o seu chefe, o que o presidente não tem feito.
10:46Geralmente o Lula tem trazido para um capital político esse tipo de questão,
10:49aumentando a fervura da discussão, o que não é bom para ninguém em termos de diplomacia.
10:55Portanto, se houve sim falhas pontuais nesse discurso, sobretudo do enfrentamento,
11:00eu acho que o tom trazido é um tom mais acessível.
11:04É que eu acho que o ministro Fernando Haddad, ele tem um tom mais moderado em geral.
11:08Ele não é uma pessoa que você vê perder muito a compostura.
11:13Mais ou menos.
11:14Não, não.
11:15Perto dos demais aí.
11:16Quando a gente pergunta para ele, ele não gostou muito não.
11:18Tudo bem que a gente pode estar nivelando por baixo, mas perto dos demais.
11:22Ele sempre foi chamado de o mais tucano dos petistas.
11:25Exato, exato.
11:26Eu considero ele moderado.
11:27O mais tucano dos petistas.
11:29Agora, eu não vi com muita moderação, porque ele expressamente falou, eu estava escutando,
11:35ele menciona, nós precisamos focar no fato de que tem uma força política interna agindo
11:41contra os interesses do país.
11:42Achei isso bem ousado.
11:43Sim, mas o enfrentamento com o Trump, como, por exemplo, o Lula faz.
11:47O Lula sempre diz que a soberania é nossa, não abrimos mão disso.
11:51Tá bom, né?
11:52Não houve disso na fala do Haddad.
11:54Não, mas sabe o que mais me preocupa, gente, de tudo isso?
11:56É a falta de uma construção de que a gente vai fazer tal coisa.
12:00Exato.
12:00Esse aqui é o plano.
12:01Tá na mesa, a gente vai ajudar dessa forma aqui e essas são as medidas.
12:05É o problema, mas é a solução, né?
12:06Exatamente.
12:07Então fica debatendo bravados, mas assim, não traz nada efetivo.
12:10Parece que o governo parece que só se convence que bastam adjetivos para negociar com os
12:14americanos, né?
12:14Justo, cooperativo, realmente diplomático.
12:17Mas cadê o plano?
12:18Cadê o plano?
12:19Cadê o plano?
12:20A verdade é essa.
12:21O resto é só conversa para enganar ou vender um sonho de uma noite de verão para os exportadores
12:27brasileiros que estão aqui, enfim, super tensos.
12:30Mas ainda há tempo, como eu costumo dizer, ainda há tempo, meros 11 dias, mas que sejam
12:35bem aproveitados esses 11 dias.
12:37É o que a gente aguarda.

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