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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou cautela ao comentar as declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre impor tarifas a países alinhados ao Brics. Haddad destacou que as falas carregam um “grau de incerteza” e exigem avaliação constante. Segundo ele, o foco do Brasil é manter o diálogo técnico com o governo americano.
Apresentador: André Marinho
Reportagem: Aline Becketty
Comentaristas: David de Tarso, Jess Peixoto e Monica Rosenberg

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Transcrição
00:00Rumo a Brasília, rumo a capital federal, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:04falou sobre as ameaças de tarifácio de Donald Trump contra países do Mercosul
00:08e também sobre as ações para controle de gastos.
00:11Ninguém melhor que a Aline Beckett, nossa repórter Aline Beckett, ao vivo de Brasília,
00:15que acompanhou tudo e tem os destaques aqui pra gente.
00:17Bom dia, Aline.
00:18Vai que é sua.
00:21Oi, André. Bom dia a você, bom dia a todos no estúdio, a todos que nos acompanham também.
00:26Também, exatamente. O ministro da Fazenda falou hoje com a gente aqui na portaria do Ministério
00:32sobre o tarifácio anunciado por Donald Trump de 10% em cima dos países membro dos BRICS.
00:39Ele seguiu a mesma linha do que disse ontem o vice-presidente da República
00:43e também ministro da indústria, Geraldo Alckmin.
00:46Ele chegou a ressaltar o superávit que os Estados Unidos têm com o Brasil
00:51e o déficit que os Estados Unidos têm com outros países.
00:54Vamos ouvir o que disse o ministro.
00:56A América do Sul é deficitária em relação aos Estados Unidos.
01:00Os Estados Unidos têm superávit na América do Sul.
01:03Eu já transmiti isso ao secretário de Estado do Tesouro americano,
01:07dizendo que não fazia sentido você tributar uma região
01:12que compra mais do que vende para os Estados Unidos.
01:15Então ele, inclusive, ficou de destacar pessoas que estão à mesa com o Brasil nesse momento
01:23para tratar do assunto com seriedade.
01:25Até porque o Brasil tem relações, não é com o BRICS.
01:29O Brasil tem relações com o mundo inteiro.
01:31Então o Brasil segue uma posição neutra em relação a esse anúncio feito por Donald Trump.
01:43É sempre o diálogo, a diplomacia, o que vem sendo ressaltado pelo próprio ministro da Fazenda
01:48e também por Geraldo Alckmin, que é quem encabeça essas negociações com os Estados Unidos
01:54e com o secretário executivo de lá.
01:57O ministro da Fazenda chegou a falar também sobre corte de gastos em relação à isenção fiscal,
02:03que é um projeto que está em tramitação no Congresso Nacional,
02:06cuja a Fazenda já apresentou também dados relacionados a isso.
02:10Ele disse que as tratativas continuam, o diálogo com o Congresso continua
02:15e que em relação ao corte de gastos, a possíveis novos cortes de gastos,
02:20tendo em vista que ontem a portaria da Fazenda anunciava corte de gastos aqui do próprio Ministério do Orçamento de 2025.
02:29Então o Ministério não poderá contratar mais despesas do que aquelas que já foram contratadas até o momento.
02:37Ele chegou a dizer que isso é um trabalho conjunto sobre o corte de gastos,
02:41que cada um deve se unir ali para poder cortar e conseguir conter as contas públicas
02:47e conseguir cumprir com a meta fiscal para o ano de 2025 e também já pensando em 2026.
02:54Ele falou um pouquinho sobre isso também, vamos ouvir.
02:57É uma tarefa dos três poderes cumprir a meta do ano.
03:01Se cada poder for usado as suas prerrogativas para ampliar o gasto,
03:08não conter o gasto e não contribuir para o corte de gasto tributário,
03:14que no Brasil chegou a patamares absurdos, nós vamos ter mais dificuldade de cumprir a meta.
03:21Bom, a gente chegou a questionar ele sobre novos cortes em outros ministérios,
03:30além do Ministério da Fazenda, mas ele disse que só terá uma resposta sobre isso
03:36depois da divulgação do relatório do segundo bimestre,
03:39que está para ser divulgado no dia 22 de julho.
03:43E também eu já lembro a vocês que a audiência de conciliação sobre o IOF
03:47está prevista para acontecer no dia 15 de julho no Supremo Tribunal Federal.
03:52Então, só depois do dia 22, da apresentação do relatório por parte do Tesouro Nacional,
03:57o ministro disse que terão os dados aí, a equipe econômica terá os dados para poder revisar
04:02e ver se será possível novos cortes.
04:06Eu volto com você.
04:07Aline Becker te diretamente da Capital Federal.
04:09A gente agradece a sua presença.
04:10Bom trabalho por aí.
04:11Voltamos ao longo da programação da nossa Jovem Pan.
04:14Voltando aqui à nossa bancada para a gente debater, Mônica Rosenberg,
04:17basicamente um dos principais destaques está posto de que esse flaflu em torno do IOF
04:21não interessa a ninguém.
04:23Já pelo menos a nível retórico, sinalizando que está disposto a realmente sentar,
04:28botar o ego de lado e chegar a uma solução, algum denominador comum
04:31para virar essa página e seguir adiante.
04:33O que o ministro parece que não entendeu, na questão do tarifácio do Trump,
04:38ele não entendeu que Trump usa tarifas de forma política.
04:42Não é econômico, é político, então essas tarifas não têm nada a ver com o fato
04:46deles terem superado.
04:47Instrumento de negociação.
04:48Exatamente.
04:49Por isso que ele depois pode ser indicado para o Nobel da Paz por alguém que tem contra
04:53si um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional.
04:56Eu ainda não entendi como é que o Netanyahu entrou nos Estados Unidos.
04:58Agora, em relação ao IOF e atingir a meta fiscal, que é absolutamente necessária,
05:05Haddad também precisa entender, e parece que finalmente entendeu,
05:08que não é aumentando a arrecadação, não é com essa sanha arrecadatória
05:11de meter a mão no bolso do brasileiro.
05:13O que precisa ser feito é corte de gastos.
05:15E aí ele que está no Executivo, é quase engraçado que ele peça que os outros poderes
05:21também cortem gastos.
05:22O Executivo tem que cortar.
05:24As emendas são uma linda fonte, são 50 biques.
05:26Se o Congresso abrisse mão, ou pelo menos colocasse dentro do orçamento de uma forma
05:32mais correta, também faria uma diferença.
05:35E o Judiciário, que nós sabemos que é o poder que tem os super salários e os privilégios
05:39mais exacerbados de todos, dava para todo mundo fazer corte.
05:43Mas quem realmente tem que cortar é o Executivo, não há dúvidas.
05:47Mas ele disse que esse movimento do Congresso recente, David Itaço, é tão claramente,
05:52tão somente, para sabotar o crescimento do país.
05:54Ele colocou nesses termos.
05:55Será que quem afirma algo assim nesses termos, realmente está interessado em chegar a alguma
06:01negociação minimamente republicana e pragmática?
06:04Não, não é tanto que o Supremo Tribunal Federal teve que entrar no circuito.
06:07Mas se a gente fizer uma analogia, trazendo os assuntos em relação à questão da guerra,
06:14do Donald Trump ser indicado com essa potencial indicação em relação ao Nobel da Paz,
06:20o presidente Lula também se manifestou em relação a isso, dizendo que não sabe por
06:25que os Estados Unidos têm incentivado tantos outros países que compõem a OTAN para que
06:31invistam em armamento.
06:33É muito simples.
06:34Você, quando tem dinheiro no bolso, ou seja, está enriquecido, tem um país rico e tem
06:39um poder bélico, você é capaz até mesmo de resolver conflitos como fez Donald Trump.
06:44E o Brasil deveria ter esse mesmo pensamento, de que você realmente estar fortalecido de
06:50forma bélica, você consegue gerar a defesa e consegue também resolver conflitos, porque
06:56na base do diálogo é na base muitas vezes da força, infelizmente, como a gente vê.
07:01E também, quando você tem dinheiro, quando você tem recursos, você consegue proteger
07:05o seu país.
07:06Então, a visão precisa mudar também em relação ao nosso país para que a gente avance, tanto
07:11em medidas de defesa, porque a gente tem a Amazônia, é importante a gente lembrar
07:15disso e enriquecer também para que a gente possa articular junto aos outros países.
07:21E essa articulação não está existindo até mesmo aqui dentro, no Congresso Nacional.
07:25David, só para complementar, esta semana, semana passada, saiu na Economist uma reportagem
07:30dizendo que o Brasil está se tornando irrelevante em termos de diplomacia.
07:34O Lula está conseguindo afundar o Brasil em algo onde nós sempre fomos líderes.
07:38Por conta disso.
07:39Exatamente.
07:39E ficando esse complexo de chihuahua geopolítico, né?
07:44Achar que é maior do que de fato é.
07:45Eu acho que, excelente termo, inclusive, André, se não está em nenhum livro de relações
07:50internacionais, chihuahua político, diplomático, é o que o Brasil está se tornando.
07:55Isso tem muito a ver com a prepotência.
07:57O que é a prepotência aqui?
07:58É a prepotência de, muitas vezes, olhar a todos como um sabidão.
08:03Eu sei de tudo.
08:04Sabichão.
08:04Essa é a minha verdade.
08:05Sabichão.
08:06Eu sei de tudo.
08:07Essa é a minha verdade.
08:08É assim que as coisas funcionam.
08:09Então, isso prejudica um pouco o Brasil quando a gente está olhando para as relações internacionais
08:14e para a nossa expansão.
08:17E um detalhe aqui, nas entrevistas, nas coletivas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
08:22Um detalhe é que ele sempre parece extremamente nervoso e querendo sair dali.
08:26O Haddad, ele olha para o lado, ele claramente não está gostando muito dessas coletivas.
08:33Não à toa ele tem saído mal em alguma delas.
08:36Mas, quando a gente olha para essa situação, vale mencionar que o tarifaço, nesse caso,
08:40são as tarifas recíprocas.
08:42Então, são tarifas que os países já colocam em produtos dos Estados Unidos e que o Donald Trump
08:47teve como pauta de campanha devolver.
08:50Então, ele está devolvendo até para aliados históricos como Japão e Coreia do Sul
08:55que estão em negociação aí de uma tarifa de 25%.
08:58Por quê?
08:59Porque elas são recíprocas.
09:00Então, se os países estão colocando, ele está colocando de volta
09:03e agora ele está negociando acordos diretos com esses países.
09:06Então, essa tem sido a estratégia dele para diminuir o protecionismo aos produtos dos Estados Unidos.
09:13Na situação com a China, outra situação é a guerra comercial mesmo.
09:16Mas, vale esse detalhe.
09:18E vale mencionar que é importante que a gente negocie com os Estados Unidos
09:22para isso não acontecer.
09:24Porque nós vendemos muito para os Estados Unidos.
09:27O Haddad está correto.
09:28No caso, eles vendem mais para a América do Sul.
09:31Mas, nós, como Brasil, vendemos muito para os Estados Unidos.
09:33A gente não quer que os nossos produtos sejam afetados,
09:36que a nossa economia seja ainda mais afetada.
09:38Então, cabe esse diálogo e melhorar isso cada vez mais
09:40para a gente potencializar a economia do Brasil
09:43e não entrar em bola dividida com o laranjão.

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