Mais de cinco mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no Rio Grande do Sul devido às cheias dos rios. Em Itaqui, a 670 km de Porto Alegre, o Rio Uruguai transbordou e alagou ruas e imóveis, forçando a saída de mais de 900 moradores. Na capital gaúcha, mesmo com o nível do Guaíba ainda elevado, a prefeitura reabriu quatro comportas do sistema de proteção contra inundações. Apresentador: André Marinho Reportagem: Arthur Cipriani Comentaristas: Larissa Fonseca, Luciana Nepomuceno e Maria De'Carli
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00:00Toda a seriedade que merece o momento de trazer atualização quanto à situação dos nossos irmãos gaúchos, pessoal, ali no Rio Grande do Sul, a cheia dos rios, obrigou mais de 5 mil pessoas a deixarem suas casas.
00:10E é pra lá que nós vamos diretamente para o Rio Grande do Sul, pra saber essa situação dramática com o Arthur Cipriani.
00:15Fala, Arthur, você me ouve bem. Traz aqui o panorama pra gente, por favor.
00:20Olá, Marinho. Olá a todos. Realmente, mais situações complicadas aqui no Rio Grande do Sul.
00:24Desta vez, aí, mais de 900 pessoas deixaram suas casas na região que é aí, você cita pelo Rio Uruguai, que transbordou, inundou casas e ruas em Itaqui, cidade que fica a 670 quilômetros aqui da capital gaúcha.
00:40Já aqui em Porto Alegre, mesmo com a elevação do Guaíba, que agora já está se estabilizando, e essa água que está na capital gaúcha vai seguir pro Uruguai e pro Rio Uruguai,
00:50e vai, então, a zona sul do estado, por isso, da elevação, aqui em Porto Alegre, com portas foram abertas.
00:55A situação está se restabilizando.
00:57Eram 14 com portas que vão costeando a orla do Lago Guaíba, destas, 3 foram fechadas definitivamente, e agora as 11 seguem em operações normais.
01:07Obras estão sendo realizadas e a conclusão delas deve ser em até 10 meses.
01:12Algumas dessas com portas serão fechadas definitivamente, e outras terão sempre esse trabalho de abre e fecha, justamente,
01:20pra conseguir reorganizar e aí o Rio não entrar mais, principalmente, nesta área próxima ao Lago Guaíba, aqui em Porto Alegre, Marinho.
01:29Situação, enfim, a gente vai e acaba evocando todo aquele trauma do ano passado, não tem jeito, mas importantes esclarecimentos aqui.
01:37Arthur Cipriani, a gente volta com você, bom trabalho por aí.
01:39E aí, David, você que conheceu bem lá o estrago ano passado, cobrindo, representando muito bem a nossa Jovem Pan,
01:47suas primeiras impressões diante dessa atualização?
01:50Pois é, Marinho, causa bastante preocupação, né, visto que a gente viu aquele episódio onde diversas pessoas morreram,
01:56a maior tragédia já registrada no Brasil, e novamente, então, as pessoas tendo que sair de suas casas por conta de cheias dos rios
02:04e as políticas públicas, realmente, que deveriam ser implementadas, não foram, por isso, realmente, causa bastante preocupação.
02:12E aí, Maria?
02:12É triste ver tudo isso, e o que o David falou é verdade.
02:15Somos um país que estamos localizados, e sabemos que temos chuvas torrenciais aqui,
02:20e as autoridades não conseguem pôr pra frente um plano de contingência eficiente para esse tipo de situação.
02:29Não conseguem ter um mapeamento eficiente das áreas de riscos, não conseguem ter um orçamento eficiente pra isso.
02:35Eu tiro o caso, por exemplo, aqui de São Paulo, que tem o maior orçamento do Brasil,
02:38e Defesa Civil tá junto com a pauta de segurança, que são as duas principais preocupações do município.
02:44Ou seja, qual é o exemplo disso, e ainda mais no Sul, como o David falou, a gente tá reprisando o que vimos ano passado,
02:50é um absurdo, é um absurdo o descaso das autoridades.
02:54E mais vítimas, mais desastres vão vir, infelizmente.
02:57Doutora Luciana, né, por você?
02:59É, exatamente, a gente toda semana comenta sobre a questão climática e a questão climática no Sul.
03:06São tragédias anunciadas, que demandam uma reflexão de qual é a prioridade do poder público
03:14no combate a esses eventos climáticos que acontecem todos os anos.
03:22Então, é a segurança, de um lado, que deve ser um dos mortes do Executivo,
03:28e do outro lado também a preocupação com o cidadão, com a cidadã que fica sofrendo com chuvas.
03:35E não pode falar que, ah, é um evento da natureza que aconteceu, não estava dentro de um grau de previsibilidade.
03:41Então, passa a ter uma omissão do governante nesse combate.
03:46Prevenção.
03:47Eu atuei uma vez numa tragédia, né, que teve um desmoronamento.
03:51Eu fui com uma equipe psicológica porque as pessoas ficaram sem casa.
03:54E tem todo um trabalho que deveria ser feito, né, além de sofrer a questão da segurança
03:59pra não acontecer novamente, é esse trabalho que a pessoa fica com o estresse pós-traumático
04:04e ela fica tendo imagens daquilo e ela fica se sentindo totalmente insegura
04:07e causa uma consequência na vida da pessoa pro resto da vida, né.
04:11Além de financeiro, emocional e psicológico, a pessoa transita pelos ambientes
04:15e até vendo a própria casa e as situações e todas as perdas que ela teve é um impacto muito grande.
04:21Isso do psicológico que a Lala falou, eu lembro muito rapidamente aqui falando
04:24quando as doações foram pro Rio Grande do Sul, das pessoas que se mobilizaram e doaram
04:29e a crueldade das pessoas que doaram essas peças.
04:34Eu não sei se vocês chegaram a ver, saiu na mídia, roupas íntimas usadas.
04:39Assim, o marco psicológico é absurdo pra quem sofre
04:45e a crueldade humana de quem quer ajudar é mais absurda ainda.
04:49Então, gente, se tiver qualquer tipo de mobilização pra gente conseguir ajudar,
04:53doar, verifique a instituição se é confiável
04:58e doe o que essas pessoas precisam nesse momento, que é coisa de qualidade.
05:02Mas eu vou só fazer uma ponderação, Maria, que isso é exceção.
05:07Porque o brasileiro é um povo muito solidário.
05:09Ah, sim.
05:10Muito solidário.
05:11A gente viu agora, no resgate da morte que nós tivemos lá da Indonésia,
05:17que o brasileiro, ele se solidariza.
05:19Então, esses eventos que aconteceram na tragédia que nós tivemos,
05:23das pessoas não terem menor sensibilidade com a dor e com a necessidade do outro,
05:28ainda, na minha avaliação, ele é menor frente ao nosso espírito altruísta de solidariedade.
05:34Ai, que linda, doutora.
05:35Vamos juntar isso assim.
05:37Mas, infelizmente, tem casos assim, né?
05:42É isso, pessoal.
05:42Tem que tratar com, na medida do possível, certa leveza.
05:46Olha só.
05:48Que inspire o pessoal aqui.
05:50Tem que ir à maioria feminina da bancada.
05:52É isso aí.
05:52Fique à vontade.
05:53Momento capivara aqui da nossa...
05:56Capivara do bem.
05:58Capivara fofa de verdade.
06:00Tô brincando, tô brincando.
06:01Agora, pessoal, a gente precisa se compenetrar aqui que, pelo amor de Deus,
06:04o segundo ano consecutivo de chuvas, incêndios, inundações,
06:08acima da média no Rio Grande do Sul.
06:10E esse é o novo normal climático.
06:12Eu não venho aqui como, de novo, não dá pra cair aqui em pessoas que têm uma agenda
06:17política por trás de todos esses profetas do apocalipse climático,
06:21os ecoterroristas que acabam, enfim.
06:23Mas o fato é o seguinte, é o segundo ano consecutivo.
06:26Se isso não for necessário ter um novo consenso entre meteorologistas e climatologistas
06:30pra promover essas mudanças estruturais que não dão voto,
06:34vai ser difícil esse ano pré-eleitoral.
06:36Mas eu tenho certeza que quem gastar a sola de sapato,
06:39quer arregaçar as mangas no Rio Grande do Sul,
06:41vai ser eleito em primeiro turno,
06:43se realmente se debruçar, fazer uma revolução dos campos de drenagem,
06:47de toda a estrutura interna,
06:48pra poder evitar que essa tragédia siga acontecendo ano após ano após ano.
06:52Então, não é possível que não tenha ninguém com essa disposição