- anteontem
No Dia Dia Rural desta quarta-feira (16), o jornalista Otávio Céschi Junior entrevista no Assunto de Primeira, a repórter do Canal Terraviva, Renata Afonso.
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NotíciasTranscrição
00:00É muito legal isso, Renato Afonso, inclusive porque juntando tudo isso você agrega valor ao produto final
00:08e aí você tem um rendimento melhor, porque como ele disse, custa um pouco mais caro,
00:13mas é porque ele tem uma procedência, uma origem, uma garantia e tem todo um cuidado.
00:18Todo mundo ali registrado, certinho, carteira assinada, cuidado com o produto que vem, tem rastreabilidade, legal, bacana.
00:28Imagina que devem existir muitas outras confecções como essa pelo Brasil, você só pode pegar uma.
00:34Sim, eu peguei uma graça, eu quero agradecer de novo a Sol de Agudon que me ajudou na criação dessa reportagem,
00:41indicando os personagens, indicando a confecção, que eu achei super importante para a gente seguir essa linha do que a gente queria mostrar,
00:47que é uma cadeia sustentável, que se reinventou e que tem essa questão da rastreabilidade.
00:51Você viu que eu mostrei, a rastreabilidade começa no campo e ela vai até a confecção.
00:55Então, essa roupa que você comprou, que você mandou confeccionar essas sacolas, que essa confecção faz,
01:01ele sabe a origem desse algodão, porque é tudo rastreável.
01:03Então, isso é super importante.
01:06Ele coloca isso na embalagem?
01:10Quem pede, sim.
01:12Tem até a última imagem que a gente mostrou no VT, algumas empresas fazem questão de destacar isso,
01:18que é fabricado com algodão nacional.
01:20Fabricado com algodão nacional.
01:22Algodão nacional com rastreabilidade e tudo mais.
01:26É, porque geralmente quem faz parte desse programa já tem toda a questão de rastreabilidade.
01:30Sabe que tem sustentabilidade e tem rastreabilidade, que faz parte da...
01:34Isso é uma iniciativa da Abrapa ou parte dos próprios empresários?
01:38Como é que é o mix?
01:40É todo um conjunto.
01:41A Soul de Agudão é uma iniciativa da Abrapa para valorizar o algodão nacional
01:45e para desenvolver essa indústria de sustentabilidade.
01:47E tem também toda uma questão mundial, que ontem a Silmara falou do Better Cotton, né?
01:53Acho que foi isso.
01:54Foi o Better Cotton.
01:55Better Cotton que fala dessa questão de produção sustentável, de que é possível ter produção
01:59boa e sustentável de algodão.
02:01Então, cada vez mais vem aumentando o número de produtores, de indústrias, de parceiros
02:05que fazem parte dessa rede para ter esse algodão sustentável e para desenvolver essa indústria.
02:10Mudar a forma das pessoas verem essa indústria.
02:12Então, é um movimento que está crescendo, mas que a Abrapa, através...
02:17Você mostrou aí a tesselagem Santista, né?
02:19Isso.
02:20É uma das que produzem tecidos de algodão.
02:24Mas, então, é um movimento constante que tem aumentado também a produção para atender
02:28a demanda.
02:29Isso atende a demanda e quanto mais você oferece um produto de qualidade com sustentabilidade,
02:34que principalmente as novas gerações querem isso, querem a questão de rastreabilidade,
02:38que é o consumidor.
02:38Não adianta você fazer um produto que você não vai atender o que o consumidor quer.
02:42Tem que pensar no que as novas gerações querem.
02:44A nova geração quer muito essa questão de saber de onde sai o produto, né?
02:47Não necessariamente...
02:48Não sei se vê em algumas na etiqueta aqui, ó.
02:51Ele destacando, ó.
02:52Com o algodão brasileiro.
02:53Esta peça é produzida com o algodão brasileiro, produção sustentável, com resíduo e inclusão
02:58de população...
02:58Resíduo zero e inclusão de populações vulneráveis na periferia de São Paulo.
03:03Porque essa tesselagem é em São Mateus.
03:04Fica em São Mateus, na zona leste de São Paulo, que é o que o Igor fala, que é uma
03:08região que não tem tradição teixo.
03:10A gente tem a teixo aqui no Brás e no Bom Retiro.
03:14São dois bairros da região central e da zona leste.
03:17Não tem nenhum bairro com tradição.
03:19Mas ele levou lá, porque ele leva emprego.
03:21Até dei o exemplo de uma das funcionárias que ela cresceu ali.
03:24Ela não sabia cozinhar, não sabia costurar.
03:26E ela foi...
03:27Você estava falando de cozinhar?
03:28E ela foi capacitada para isso.
03:31Ela pode ser capacitada para cozinhar também, mas ela tem que querer.
03:34É, porque você estava falando de cozinhar, eu fiquei com isso na cabeça.
03:37Olha, está vendo?
03:38É uma indústria bacana.
03:39E aí eu perguntei para as funcionárias, eu não vi o registro, mas o Igor falou que
03:43todas são registradas.
03:44Mas você vê ali, todo mundo tem carga horária, todo mundo tem pausa para o almoço, como
03:48manda...
03:49Essa aqui, essa jovem aqui, que ela foi capacitada por um programa.
03:52Ela trabalhava no escritório, levava um tempão para chegar no trabalho, porque era longe
03:55da casa dela, ônibus, metrô e tal.
03:57E aí agora ela trabalha perto de casa, então ela consegue ter mais contato com a família.
04:02E essas são as sacolas, aquelas sacolinhas que a gente recebe em feiras e tal?
04:06Em feiras.
04:07E aí, essas sacolas também tem muita gente que faz questão de que seja fabricada com
04:12algodão nacional.
04:13Ele falou isso, é uma procura, o cliente que exige que seja fabricado, que esse produto
04:17seja fabricado com algodão nacional.
04:19É, é uma nova situação onde as empresas têm que se adequar.
04:24Estamos falando aqui da produção de tecido sustentável, algodão natural e brasileiro.
04:29Mas todos os setores hoje têm que se preocupar com essa necessidade e exigência das novas
04:35gerações que fazem questão disso.
04:37E o Igor, ele trabalha junto com a esposa.
04:39O Igor é formado em TI e aí ele queria trabalhar com confecção, mas ele queria uma
04:44coisa que fosse para ele que ele achasse bacana, que ele considerasse bacana.
04:47Não é só ganhar dinheiro, é você também ter alguma coisa de ajudar o próximo na questão
04:51de emprego, gerar emprego e também de sustentabilidade, né?
04:54Eu acho que quem pensa, quem começa a pensar dessa forma, vai dando sequência, aí você
04:59vai formando uma cadeia produtiva, uma sequencial, eu diria.
05:03Você vai trabalhar com algodão natural, como é que você vai ter funcionário que não
05:06está registrado?
05:07Como é que você, né?
05:09Enfim, né?
05:10E eu estou percebendo aí que você falou que tem 15 pessoas trabalhando na linha de
05:14produção, mas ele produz bem, hein?
05:15Produz bastante aí.
05:16Produz, ele, eu acho que eu coloquei na matéria, mas eu tenho aqui, ó, de 15 a 20 mil
05:20peças por mês.
05:21Por mês?
05:21Então, mas para você ver como tem público para isso, né?
05:23Às vezes a pessoa pensa, não, vou investir no mais barato.
05:26Não, você tem um público que quer essas peças feitas com algodão e peças com produtos
05:31de qualidade, né?
05:32Porque são produtos de qualidade.
05:34Está vendo?
05:35Esse tecido que chega aqui, ele tem rastreabilidade, ele sabe de onde veio esse algodão, ele sabe
05:39da fazenda, ele sabe de onde foi o beneficiamento.
05:42E ele também tem essa preocupação de você visitar a empresa de beneficiamento para saber
05:47se a empresa segue todas as práticas, a ideologia que ele quer levar.
05:51É, eu acho legal isso, porque isso é multiplicador.
05:54Isso me faz lembrar a história de uma grande marca, cujo empresário recentemente teve lojas,
06:00unidades fechadas, porque confeccionava para o mundo inteiro, tinha lojas no mundo inteiro
06:05com a sua marca, não vou falar o nome da marca, porque todo mundo sabe o que é, qual
06:08que é, mas ele usava trabalho escravo, mão de obra escrava, produtos que não tinham
06:13qualidade, feitos clandestinamente em lugares escondidos, onde as pessoas não tinham condições,
06:19algumas até trabalhando em condições análogas à escravidão.
06:23E está aí um exemplo, 15 pessoas trabalhando, produzindo aí uma boa quantidade de peças num
06:29produto que tem origem, sustentabilidade, tem DNA e tem, agrega valor e tem público que
06:36quer consumir.
06:37Ele tem nove anos que ele tem essa confecção e são 15 funcionários, 30% capacitados por
06:42esse projeto.
06:43Um desses projetos é o projeto Guilda, que essa moça foi capacitada, que é super importante.
06:49Ele estava falando que desde o início ele usa algodão brasileiro, algodão nacional,
06:53pela qualidade para valorizar a indústria têxtil do país, para você ver a preocupação,
06:57essa preocupação dele em valorizar o produto nacional, de como ser importante.
07:02Pois é, ele começou nove anos atrás, ele já está fora do tarifácio do Trump aí, porque
07:06o Trump está perseguindo até o pessoal da 25 de março, como disse o Silmar hoje, com
07:11esse negócio de propriedade intelectual que ele inventou de ontem para hoje.
07:15Ele está, tinha um coronel antigo aí que via terrorista embaixo da cama, quando ia dormir,
07:19se tinha, o Trump anda vendo fantasma, ele está demais e abusado.
07:24Mas parabéns, bacana.
07:26E aí está a origem da produção no campo, passando pela tesselagem e chegando ao produto
07:31final para depois a gente usar.
07:33É interessante que ele, apesar de ser formado em TI, ele estava me contando que ele estudou
07:36bastante pelos temas, eles não só abriram a confecção, vamos fazer uma confecção.
07:40Ele estudou para saber como é o mercado de algodão, como é que podia ser uma produção
07:43sustentável e que público que ele podia atingir.
07:46E quando eu falo do público, está vendo como a gente sabe o que o consumidor quer?
07:49O consumidor quer rastreadibilidade.
07:51Quando você oferece um produto bom, você tem o cliente.
07:54O Zurita, eu nunca me esqueço, que foi presidente da Nestlé Brasil durante muitos e muitos anos,
08:01ele, eu nunca esqueço uma frase que ele disse em uma entrevista que eu fiz com ele.
08:04Ele disse assim, eu nunca produzo o que as pessoas não querem.
08:08Primeiro eu vou pesquisar e vou ver o que as pessoas querem, que produto elas querem.
08:13Aí a gente cria uma linha de montagem e cria o produto.
08:16Porque se não, eu não tenho demanda, eu vou ficar com o negócio encalhado.
08:19Então, se você quer ser um empresário, você tem que pesquisar o mercado que você vai trabalhar
08:24e escolher o seu nicho, porque é no nicho que você vai se dar bem.
08:29Essa é a minha visão.
08:30Exatamente, concordo com você.
08:32Ontem, a funcionária que apareceu, que você me perguntou o nome, é a Uditriz,
08:35ela é Maria Aparecida.
08:37Maria Aparecida?
08:37É, agradecer a minha participação.
08:38Aí, obrigado aí, o pessoal da Santista aí, que colocou a gente lá na sua...
08:43Mural.
08:43No seu mural, mural eletrônico, hoje em dia, porque ninguém prega mais, né?
08:47Hoje é mural eletrônico, né?
08:49Mas colocou, chamando o pessoal para assistir aqui a nossa série de reportagem
08:53que a Renata fez sobre o algodão.
08:55E ontem foi a parte dos fios e da tecelagem que a Renata visitou a Santista.
09:00Parabéns, hein, Renata?
09:01Obrigada.
09:02E eu queria agradecer a Fran da Santista pela ajuda, a Carol da Soul de Agodão, que
09:07me ajudou bastante, ao Igor que nos recebeu, os produtores que me receberam, foi muito
09:11legal, foi muito bem recebido em todos os locais.
09:13Ao Newton, que é o diretor da Santista, que passeou comigo e com o Paulo ali por toda
09:17a empresa para mostrar todo o processo.
09:20Claro que a gente não consegue mostrar tudo, né, na reportagem, mas a gente conheceu
09:24quase que todo o processo ali.
09:25Ele fez questão de mostrar para a gente, mostrar o que estava acontecendo ali, o Igor também,
09:29nós ficamos um bom tempo ali na confecção, também fomos muito bem recebidos.
09:33E a primeira reportagem foi no campo, teve a Silmara também e o...
09:36O Thomas e o Abel também, obrigada pela...
09:40Principalmente o Thomas que foi nos receber, nos mostrou, levou também até, depois, até
09:43a fazenda do Abel.
09:45É o que eu falo, né, foi uma série construída a muitas mãos.
09:48Show.
09:49Agradecimento ao Cleiton também, que editou essa matéria super bem também.
09:52Muito bem, Cleiton.
09:54O que temos para a semana que vem?
09:55Na semana que vem, eu estou produzindo, agora a gente vai fazer o Empeve, que a gente
10:00vai fazer o Dia Nacional do Campo Limbo, né?
10:02Mais uma vez, estamos com o Empeve no Dia Nacional do Campo Limbo.
10:04Em agosto, dia 18 de agosto.
10:04Então, vamos ter uma série de reportagens especiais também sobre a reciclagem de embalagens
10:08vazias que abrigam conteúdos tóxicos do agronegócio.
10:13É, a gente vai falar sobre práticas agrícolas, a gente vai falar sobre uma nova marca do Empeve,
10:19vai falar sobre a importância da participação do produtor de todos os elos da cadeia, né,
10:24porque não é só a indústria que faz isso, todo mundo tem um produtor.
10:28E a gente vai mostrar também os recebimentos itinerantes de algumas associações, né,
10:34que elas fazem.
10:35São pequenos produtores que acabam levando até um determinado ponto.
10:39Então, assim, todo mundo participa desse sistema, desse Dia Nacional do Campo Limbo.
10:44Vai ser uma festa bonita dia 18 de agosto.
10:45Então, eu vou preparar as matérias.
10:47Não vou prender você mais aqui, porque você precisa preparar as belíssimas matérias
10:51que você traz para depois a gente colocar no ar e comentar aqui, tá bom?
10:54Tá bom, combinado.
10:56Obrigada, Tavinho, mais uma vez pelo espaço.
10:57Ótima quarta-feira.
10:58Obrigada.
10:59Sempre bem-vinda.
11:00Obrigada.
11:00Obrigada.
11:01Obrigada.
11:02Obrigada.
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