O especialista tributário Wesley Santiago participou do jornal Fast News deste sábado (12) e repercutiu a decisão do deputado Arthur Lira em manter a alíquota de 10% para os super ricos do Brasil. O relator do projeto de isenção fiscal ampliou o benefício para a classe média.
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00:00Sobre esse tema, conversamos agora com o especialista tributário Wesley Santiago.
00:05Sr. Wesley, boa tarde. Muito obrigado por atender aqui a Jovem Pan.
00:10Eu vou começar perguntando se é o ajuste possível, esse que foi apresentado agora com relatoria do deputado Lira.
00:18Boa tarde.
00:20Boa tarde, Nonato. Boa tarde a toda audiência da Jovem Pan.
00:24Bom, uma medida bem importante está sendo discutida há algum tempo, né?
00:28A gente sabe que é uma promessa aí de campanha do presidente Lula e logo no seu primeiro ano de mandato ele fez um ajuste ali na tabela para quem ganha até dois salários mínimos.
00:38Mas ainda está devendo conseguir esse ajuste até para quem ganha até cinco mil reais.
00:43E a proposta inicial ali discutida era também afetar quem ganha até sete mil.
00:49E aí dentro da comissão especial, o relator Arthur Lira, ele tem colocado aí a possibilidade de estender para quem ganha até sete mil, três e cinquenta.
00:59E faz total sentido porque a gente tem visto que o governo tem vendido a ideia de que precisa compensar essa renúncia fiscal com o aumento da arrecadação para os chamados super ricos, né?
01:14Com a líquida mínima efetiva aí de dez por cento, para quem ganha ali acima de cinquenta mil por mês.
01:21Então, obviamente, é analisado nesse contexto qual que é a arrecadação gerada com essa nova tributação versus a renúncia fiscal.
01:30E é sabido que há uma sobra, há um excesso de arrecadação com essa segunda medida.
01:35Então, nesse sentido, a oposição e até alguns congressistas têm apelado ali para que o aumento da isenção do imposto de renda seja um pouco maior para quem ganha acima de sete mil reais.
01:48Wesley, você vê uma espécie de redução de desigualdade com esse projeto apresentado ou não chega tanto?
01:55Olha, é complicado falar nesse sentido de desigualdade porque a gente vê que o movimento do governo é, de fato, aumentar a arrecadação.
02:07A gente vê que outras medidas estão sendo discutidas, implementadas, desde o atual mandato do presidente.
02:13Agora, segundo estudos, até dessa comissão, segundo essa análise, há uma ação para que haja uma redução de até um por cento da desigualdade social no Brasil.
02:29Agora, de fato, a gente tem que recordar que o imposto de renda tem uma defasagem histórica.
02:36Até dois mil e quinze, a gente tinha cento e cinquenta por cento de defasagem da tabela do imposto de renda.
02:43Então, o salário mínimo aumentava todos os meses, a tabela continuava o mesmo e as pessoas que ganhavam menos ali eram empurradas às faixas maiores de tributação e até mesmo a ter obrigatoriedade de contribuir.
02:57Agora, então, a gente vê nesse sentido que é importante fazer uma atualização dessa tabela do imposto de renda.
03:05Agora, à medida que o governo tem implementado para isso, talvez seja o ponto central.
03:10Porque a gente tem falado muito que é um governo que tem aumentado ali os gastos públicos, tem aumentado o déficit histórico e em nenhum momento a gente vê iniciativas de cortes, de redução para conseguir implementar essas medidas.
03:23E sim, novas tributações, novas taxações, novas formas de arrecadação para que consiga ali trazer um aumento na arrecadação pública e o equilíbrio de caixa.
03:36É assunto para a gente continuar acompanhando o Wesley Santiago, especialista tributário, conversando com o ouvinte e telespectador da Jovem Pan.