- 03/07/2025
O presidente Lula participa da cúpula do Mercosul, onde assume a presidência do bloco. Durante discurso, o chefe do Executivo afirmou que estar no Mercosul protege o país. Lula ainda destacou que a Tarifa Externa Comum nos blinda contra guerras comerciais alheias. A bancada do Linha de Frente, coordenada por Fernando Capez e com comentários de David Andrade, Henrique Krigner, Guilherme Mendes e Mônica Rosemberg, analisa os desdobramentos do tema.
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NotíciasTranscrição
00:00O presidente Lula não está no Brasil acalmando o Congresso Nacional.
00:05Ele participa da cúpula do Mercosul, onde assume a presidência do bloco.
00:13Durante discurso, o chefe do Executivo afirmou que estar no Mercosul protege o país.
00:22Roda a sonora.
00:23Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio baseada em regras claras e equilibradas.
00:34Estar no Mercosul nos protege.
00:38Nossa tarifa externa comum nos blinda contra guerras comerciais alheias.
00:44Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo como parceiros confiáveis.
00:51Não é à toa que o número cada vez maior de países e blocos estejam interessados em se aproximar de nós.
01:00A gente estava lendo lá o discurso.
01:03Lula ainda destacou que a tarifa externa comum nos blinda contra guerras comerciais alheias.
01:11Quer ouvir?
01:12A presidenta brasileira representará uma oportunidade para refletir sobre o lugar que almejamos ocupar no novo tabuleiro global.
01:24Nesse esforço, será imprescindível conferir prioridade a cinco questões.
01:29A primeira delas é o fortalecimento do comércio entre nós e com os parceiros externos.
01:37Ainda há fronteiras a ultrapassar, como a inclusão dos setores automotivo e açucareiro em nossa união aduaneira.
01:47Adiar essa tarefa significa sacrificar o potencial estratégico do bloco na produção de veículos elétricos e biocombustíveis.
01:55Não se constrói prosperidade apenas com grandes negócios.
02:02É necessário reativar o fórum empresarial do Mercosul e oferecer maior apoio a pequenas e médias empresas.
02:12É, é aquela música italiana.
02:15Parole, parole, parole.
02:18Muita palavra.
02:19Sei, o que você achou aí do Krigner?
02:22É difícil de opinar, né, Capês?
02:23Até porque o presidente Lula desenvolveu uma habilidade muito grande que é se posicionar do lado errado da história.
02:31Eu quero pegar essa visita aí à Argentina como um todo.
02:36Algumas horas atrás ele tinha entrado ali na casa da ex-presidente Cristina Kirchner para poder fazer uma visita.
02:44Então, o presidente do Brasil...
02:45Vamos tirar os nomes e os posicionamentos ideológicos aí de lado, né, se é que possível.
02:50O presidente do Brasil faz uma visita a um país vizinho, que é muito importante, talvez o segundo país mais importante aqui do nosso continente.
02:58Não faz uma agenda oficial com o presidente democraticamente eleito desse país.
03:04Não haverá agenda oficial entre o presidente Lula e o presidente Milley.
03:07Houve ali um aperto de mãos em decorrência aí da cúpula dos BRICS e uma troca de poucas palavras.
03:14Mas, ao invés de fazer essa agenda, não faz essa agenda, mas ele faz agenda com a ex-presidente do país que foi julgada e condenada.
03:26Eu não vou trazer aqui argumentos ideológicos contra os Kirchners, mas a questão é que ela foi julgada e condenada.
03:32É a mesma coisa...
03:33Está em prisão domiciliar.
03:34Em prisão domiciliar.
03:35Foi visitar ali, dentro da casa, que é a cela, né?
03:38Então, é a mesma coisa que vem um presidente de uma outra nação e entra no Brasil para fazer uma visita ao Marcola, para fazer uma visita a algum outro criminoso.
03:48Ou uma primeira-dama condenada que vem pedir asilo aqui.
03:50Que veio pedir asilo, não.
03:52Que pediu asilo em casa e recebeu ali com o avião da FAB toda a sua ajuda, né?
03:57E quando depois uma cidadã nacional fica ali esperando quatro dias num vulcão na Tailândia, não tem dinheiro para mandar o avião da FAB.
04:05Mas aí são outros 500.
04:07Mas esse é o cenário.
04:09O presidente Lula se posicionando de uma maneira contra aquilo que rege, inclusive, o rito democrático.
04:16E a fala dele no BRICS, na questão de uma tarifa comum entre os países do Mercosul, na verdade, isso é uma política bastante interessante quando se trata da questão de exportação, né?
04:27Quando vem falar sobre questões domésticas, aí realmente é uma questão muito mais delicada.
04:32Mas entre a tarifa e, inclusive, a moeda comum para exportação entre os países do BRICS é economicamente viável, sim.
04:40É uma política interessante.
04:41Mas ela é perigosa, então ela precisa ser analisada com bastante cuidado.
04:46Mônica Rosenberg, eu estava lendo um editorial do jornal The Economist, dizendo o seguinte, que o presidente Lula precisa se concentrar menos em discursos e menos em querer projetar um tamanho que nós ainda não temos na política internacional.
05:06E se concentrar mais em administrar o país, cuidar dos acordos comerciais.
05:12Estava falando isso porque o Brasil estava se alinhando, alinhando ao Irã, junto com outras ditaduras, como Rússia e China, e se distanciando da posição dos países ocidentais.
05:24Não que a posição do Brasil seja relevante, mas quando ele faz isso, ele manda um sinal de que nós estamos querendo projetar uma influência que nós não temos.
05:35E fala, menos discurso e cuida que administra.
05:39Então, em vez de falar do Mercosul, talvez, está certo que ele tinha que estar presente, mas precisa cuidar melhor do Congresso Nacional, para não ter essa confusão toda que está acontecendo.
05:48O Guilherme Mendes já está fazendo com o dedo aqui, não, não, não, não, não, mandando eu ficar quieto.
05:53Você já vai falar, Guilherme, calma.
05:55Queria te ouvir primeiro, Mônica, e depois pode vir com tudo para cima, meu querido Guilherme Mendes.
05:59Com a palavra, Mônica Rosenberg.
06:01Primeiro, Capês, que eu achei muito otimismo seu acreditar que a presença do presidente no Brasil resolveria de alguma forma o que ele conseguiria controlar o Congresso,
06:09porque o que nós vimos desde que ele tomou posse foi um acirramento do desentendimento.
06:15Então, não acredito que seja o problema da viagem dele que está causando maior estresse com o Congresso.
06:23Agora, onde a reportagem da The Economist faz todo sentido, e eu li essa reportagem com quase lágrimas nos olhos, pelo quanto me doeu,
06:32é que o Brasil está se tornando irrelevante no cenário internacional.
06:37Irrelevante. O Brasil que, pelo menos diplomaticamente, sempre foi protagonista.
06:42Nós fazemos parte do Conselho de Segurança. São cinco países, nós estamos lá como membros permanentes.
06:47Hoje eu já me pergunto se faria sentido, porque realmente o Brasil está tomando um caminho muito perigoso
06:54de deixar de ser o protagonista da mediação e da busca de soluções,
07:00e de tomar partido se alinhando com um grupo muito perigoso.
07:04A gente está falando de capitalistas malvadões, mas esses autoritários malvadões de ditadura
07:09são extremamente perigosos, muito piores que qualquer capitalista.
07:13E aí, voltando para a questão do Mercosul e do discurso do nosso presidente no Mercosul,
07:19vale lembrar que ele foi lá com muito orgulho anunciar um acordo feito com uma sigla que eu não vou saber repetir,
07:25mas que inclui, parece que é a sigla dos menores países do mundo.
07:28É o Liechtenstein, a Suécia, a Islândia.
07:32Puxa, que coisa importante.
07:34Claro que todo acordo é bom, e claro que nós buscamos e estamos avançando em relação ao acordo com a União Europeia,
07:40mas não dá para a gente estar celebrando que nós estamos protegidos por estar no Mercosul
07:45e assinando esses acordos tão representativos da nossa absoluta inexpressividade.
07:53Eu não gostaria que o Brasil fosse isso.
07:55Lamento que a gente tenha chegado nesse lugar.
07:58Lamento uma reportagem de uma revista tão importante escancarando isso para o mundo inteiro,
08:02porque a gente achava que só a gente estava vendo, e agora todo mundo está enxergando isso.
08:06E que o nosso presidente entenda o seu papel institucional,
08:10ponha de lado as suas ideologias,
08:12e quando ele vai a um país, pelo menos vai conversar com o presidente eleito democraticamente desse lugar,
08:18já que ele tem conversado com tantos ditadores.
08:21Muito bem, Mônica.
08:23Guilherme Mendes, estava vendo a imagem enquanto a Mônica falava?
08:27O presidente lendo, cabeça baixa, praticamente repetindo as palavras escritas sem interpretá-las,
08:34sem dar ênfase, isso aí não retira um pouco a espontaneidade e a liderança da sua fala?
08:41Não deveria ele estar falando com boa impostação de voz, tentando de maneira convincente?
08:48Quem sabe, conhece alguma coisa de oratória, praticamente ele está lendo por obrigação ali,
08:54lendo um texto aí, e como que meio que é lá, meio até de paciência cheia.
09:01Queria te ouvir.
09:02Capês, o presidente não tem a sua eloquência e a sua qualidade.
09:06Ah, tem!
09:09Guilherme, Guilherme, quem me dera até a eloquência do presidente.
09:13E ele é até criticado, todo mundo fala, quando o Lula improvisa é uma catástrofe, a gente já ouviu isso várias vezes.
09:19Então, quando ele improvisa, ele está errado, quando ele lê, ele está errado, eu não sei o que ele tem que fazer.
09:23Talvez defender que ele deu um tiro na cabeça, porque de resto não tem como agradar.
09:27Agora, veja só, o que nós estamos colocando aqui, o desejo do Kriegner em falar mal do presidente Lula é tão grande,
09:33que ele falou de BRICS, BRICS, BRICS, nós estamos falando de Mercosul.
09:37BRICS é outra coisa.
09:39E veja lá, falou BRICS duas ou três vezes.
09:41E veja lá, a questão toda é a seguinte, quando ele começou a falar, um presidente eleito,
09:46vem ao país vizinho, visitar um ex-presidente condenado, eu achei que ele estava falando do Milley.
09:51Porque quem fez isso no Brasil a primeira vez, há meses atrás, e foi a Santa Catarina,
09:57não procurou o presidente Lula, foi o presidente Milley, que foi se encontrar com esse presidente Bolsonaro.
10:01Então, dentro...
10:02Pera aí, pera aí.
10:03Não, pera um pouquinho, gente.
10:05Nós estamos falando aqui da diplomacia, existe uma regra chamada reciprocidade.
10:09E tem uma outra questão.
10:11Você não vai à casa de ninguém que você não é convidado.
10:14A iniciativa na diplomacia de uma agenda oficial parte de quem recebe.
10:18Quem está recebendo o presidente brasileiro é o presidente argentino.
10:21Então, quem teria que propor a agenda é quem recebe.
10:25Isso não foi feito por parte do governo argentino.
10:27Ah, isso é frescura, isso é palhaçada.
10:29Não, não é.
10:29Relações diplomáticas não se dão como relações familiares ou de amizade.
10:34Infelizmente, a Argentina rejeita o governo brasileiro.
10:38Quem primeiro fez isso, que o Krigner acusou, foi o presidente Milley, que veio ao Brasil,
10:43sequer comunicou à chancelaria e ao governo brasileiro,
10:46e foi a Santa Catarina participar de um fórum de direita,
10:49procurando o presidente Bolsonaro com o presidente eleito democraticamente.
10:53Tudo isso que o Krigner falou vale, só que vale do outro lado.
10:56Então, o presidente Lula tão somente aplicou o princípio básico da diplomacia, reciprocidade.
11:01Segundo ponto.
11:02Vocês ficaram preocupados à forma.
11:05Ah, ele está velho, ele está falando baixo, ele está lento.
11:07Não, ninguém falou que ele está velho.
11:08Não, não, não.
11:08Você falou que ele está fraco, lendo baixo, perdeu impostação, perdeu capacidade.
11:13Está meio desanimado.
11:14Desânimo, exatamente.
11:16Não, mas a questão do etarismo também já vem, é um dos argumentos, inclusive,
11:20para desaconselhar a concorrer à reeleição.
11:22Mas o presidente falou uma coisa muito importante, que talvez vocês não tenham percebido.
11:27Ele falou, olha, a necessidade de sinergia entre o setor energético,
11:31e ele faz um aceno direto e muito importante ao agronegócio brasileiro.
11:36Por quê?
11:36Se parte da frota dos carros que circulam no Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai,
11:43Bolívia, utilizar o etanol brasileiro, nós teremos um mercado maravilhoso.
11:48E, infelizmente, isso não acontece.
11:50Por quê?
11:50Não por conta do Brasil, e talvez nem por conta da indústria automobilística dos nossos
11:54vizinhos, mas porque hoje a base do biocombustível brasileiro, ela é rechaçada por conta das
12:03grandes petrolíferas, que não querem que o etanol brasileiro se prolifere pelo mundo,
12:08dada a, primeiro, a questão da economia.
12:11E, segundo, que é muito mais efetivo, menos poluente e mais barato.
12:15Então, vamos apostar no petróleo.
12:17Então, existem interesses comerciais muito sérios para a gente ficar tratando como brincadeira.
12:22E quando o presidente vira e fala, olha, seria importante a gente ter uma maior sinergia
12:26no setor energético, ele está tentando vender o etanol brasileiro.
12:30E isso seria excelente para o nosso agronegócio.
12:34E, por fim, veja lá, a presidência brasileira, quem preside não é o presidente Lula, é o
12:39Brasil, é o Estado brasileiro.
12:41Para você que está em casa entender, o Mercosul tem uma presidência rotativa.
12:46E o presidente, entre aqueles que hoje ocupam as cadeiras dos executivos nacionais desses
12:53cinco países que eu falei, sem dúvida, é o que tem a maior projeção internacional.
12:57Então, o fato de o Brasil ter se apequenado, saído de organismos multilaterais, de ter virado
13:04um anão diplomático em razão de governos anteriores, não cabe na conta do presidente
13:10Lula.
13:10Essa conta, felizmente ou infelizmente, não é dele.
13:14O que o Brasil realmente sofreu uma diminuição foi pelo fato de ter saído, entre outros
13:23fóruns, de mecanismos de participação bilaterais e multilaterais, mundo afora.
13:29E isso não se deu no governo brasileiro.
13:31No governo do presidente Lula, nesse governo brasileiro.
13:34Então, assim, faz parte a rotatividade.
13:37O Brasil vai exercer a sua presidência.
13:39E espero que fortaleça o grupo.
13:41BRICS é outra coisa.
13:42Estamos falando de Mercosul.
13:44E, por fim, Capês, é muito triste eu perceber que os próprios brasileiros zombam do nosso
13:53país.
13:53Isso é uma coisa terrível.
13:55E grande parte dessa visão que a Mônica colocou aqui, que eu não concordo, desse
14:01apequenamento da imagem do Brasil, se deve, sobretudo, à elite brasileira que não acredita
14:06no seu país.
14:07Muito bem.
14:08Meu querido Davi Andrade, primeira fala forte do Guilherme, agora no final.
14:13A elite brasileira não acredita no nosso país.
14:18Quem seria a elite brasileira?
14:20São os políticos, são os empresários.
14:22Quem seria a elite brasileira?
14:24E segunda pergunta.
14:26O Brasil era um anão diplomático.
14:30O alinhamento com o Irã, na posse do novo presidente do Irã, o nosso vice-presidente da
14:35República fez lá, representando o presidente Lula.
14:39Se não me engano, do lado dele é de sentar uns três, quatro terroristas que já estão
14:42mortos.
14:42Exatamente.
14:43Então, esse alinhamento não seria um alinhamento equivocado para quem quer deixar de ser um
14:48anão diplomático?
14:49Exatamente, professor.
14:52Em primeiro lugar, o seguinte, Mercosul.
14:53Mercosul é trincheira ideológica.
14:55Não é bloco de mercado, coisa nenhuma.
14:57Ninguém está interessado com o Mercosul, gente.
14:59Por isso que o Milet está doido para pular fora.
15:02Por isso que o Chile faz acordo bilateral livre.
15:04Por isso que Colômbia faz acordo bilateral livre.
15:06Por isso que Peru faz acordo bilateral livre.
15:08Ninguém quer fazer negócio com o Mercosul.
15:11Mercosul é bloco ideológico.
15:12Não é bloco de mercado.
15:14O Lula quer emplacar o Mercosul porque é mais uma perna dessa ideologia que ele defende.
15:20Então, não é bloco de mercado.
15:21O Milet está doido para sair disso.
15:22Passou o bastão e deu uma banana mesmo.
15:25Deu uma banana mesmo.
15:26Ele não quer saber disso.
15:27Passou com alegria a presidência para o presidente Lula nessa coisa rotativa de lá.
15:34Agora, vamos cortar para essa questão da diplomacia brasileira.
15:38Queria até lembrar.
15:39Olha a distância.
15:41Não é tanto tempo assim, não.
15:42Em 1947, Capês, teve um certo diplomata brasileiro que presidiu uma sessão da ONU que criou o Estado de Israel.
15:52O Zó da Aranha.
15:53Em 1947, corta para 2025.
15:56Corta para 2024.
15:58O que a gente tem?
15:58Um governo que defende Ramaz, um governo que defende Irã, um governo que senta com ditador, um governo que senta com terrorista.
16:07Vai me dizer, vão me dizer que está...
16:10Não, olha, só a diplomacia brasileira funciona perfeitamente.
16:14Acabaram com a diplomacia brasileira.
16:16Destruíram a diplomacia brasileira.
16:18Implodiram a diplomacia brasileira.
16:20E vem falar que isso é de governo Bolsonaro?
16:22Vão falar que é governo Bolsonaro que sentou com Ramaz, sentou com um terrorista morto, que está batendo palma para Irã, que está criticando Israel o tempo inteiro?
16:31Um Estado que se defende?
16:32É isso?
16:33Então, nós somos um país com uma diplomacia maravilhosa, né?
16:38Então, está tudo errado.
16:40Como o Kriegner disse, é o tempo inteiro do lado errado da história.
16:45Foram lá...
16:45Gente, eu não estou dizendo de milhares, não.
16:48Estou dizendo o seguinte, como é que um presidente da República vai visitar no outro país uma presidiária?
16:54Porque é disso que se trata.
16:55Independente de ser ex-presidente ou não, ela é uma presidiária.
16:58E o presidente sai daqui e vai visitá-la na cela?
17:02Ela está na casa dela.
17:04É a cela.
17:05Ela está presa.
17:06Isso é razoável?
17:07Um presidente de uma república fazer isso?
17:10Isso é diplomacia?
17:11Não dá, né, gente?
17:12Então, assim, está tudo errado.
17:14Está tudo muito errado.
17:17Henrique Kringner, você concorda com Davi Andrade ou concorda com Guilherme Mendes?
17:24A diplomacia do Brasil está no rumo certo?
17:27Não, de jeito nenhum.
17:29Na verdade, a diplomacia brasileira, ela tem um histórico glorioso.
17:33O Brasil é um dos poucos países que conseguiu definir as suas fronteiras sem conflitos armados.
17:38É um dos poucos países que conseguiram intermediar ou ter posicionamentos muito firmes em questões internacionais,
17:43sem prejudicar os interesses nacionais, sem prejudicar a balança comercial, ou seja, mantendo o pragmatismo político.
17:50Tudo isso está indo pelo ralo, uma vez que o presidente Lula, além do seu posicionamento ideológico bastante equivocado,
17:57elegeu um assessor especial para sobrepor o chanceler, aquele que é o ministro das Relações Exteriores.
18:03Ou seja, hoje Celso Amorim tem mais voz dentro do governo do que Mauro Vieira.
18:07Isso quem fala não é, não sou eu, não é a oposição, é quem está dentro do governo, quem está dentro do Itamaraty,
18:12que está vendo a credibilidade construída ao longo do tempo, indo pelo ralo e sendo completamente desacreditado,
18:18como a Mônica trouxe aqui, um anão diplomático.
18:21E aqui é um ponto que eu quero trazer.
18:23Eu não tenho problema nenhum em reconhecer que eu fiz um equívoco aqui falando BRICS ao invés de falar MERCOSUL,
18:30mas isso não representa um desconhecimento da reunião.
18:33Isso aí para mim não é problema reconhecer esse erro.
18:35O problema para mim seria tentar ficar aqui usando de articulação e jogar informação
18:40para fazer passar pano para os erros desse governo.
18:43Um presidente que vai visitar uma ex-presidente julgada e condenada,
18:49ele faz uma afronta ao sistema judicial daquele país,
18:52ele faz uma afronta aos cidadãos daquele país e ele leva uma mensagem errada.
18:58Esse mesmo presidente que manda um avião do Brasil, da Força Aérea Brasileira,
19:02custeado com dinheiro de imposto brasileiro,
19:04para resgatar uma primeira-dama que também tinha acabado de ser condenada
19:09por esquemas de corrupção que também, de certa maneira, estavam envolvidos com ele lá atrás.
19:14Ou seja, o que ele está querendo fazer?
19:16Todos aqueles que são da patota ideológica,
19:18ainda que eles sejam julgados e encontrados culpados pelas suas justiças nacionais,
19:23esses vão ser protegidos aqui pelo pai Lula.
19:25Essa é a mensagem que ele está mandando, não só para o continente sul-americano,
19:29mas para o resto do país.
19:30E agora ficar querendo jogar isso aqui que o Guilherme traz.
19:32Ah, não, porque o presidente tinha que convidar.
19:35O problema não é ele não se encontrar com o Milley.
19:37Esse não é o ponto do meu argumento.
19:39O ponto é ele se encontrar com uma pessoa que foi julgada e condenada por crimes de corrupção,
19:44que são crimes seríssimos.
19:46É crime contra o cidadão argentino.
19:48É esse tipo de aval e bênção que o Lula está dando quando ele faz essa visita.
19:52Ele está numa visita oficial à Argentina.
19:54Ele não está de férias à Argentina.
19:56Ele está ali enquanto presidente da República Federativa do Brasil.
20:00Não é um momento off, não é um day off.
20:03Não é momento para ele fazer conversas paralelas.
20:06O fato do Milley vir e conversar com o Bolsonaro...
20:09O Bolsonaro não foi condenado, não está em prisão domiciliar,
20:12não foi...
20:13O cenário não tem nada a ver por corrupção.
20:16Esse aqui são dois casos completamente diferentes.
20:19Muito pior.
20:19Foi condenado...
20:20Nós estamos falando...
20:21Não foi condenado?
20:22Não, imagina.
20:23Ele está inelegível por uma questão das reuniões...
20:26Um discurso ali com os embaixadores.
20:28Isso aqui é uma condenação.
20:29Isso não é condenação de...
20:30Ela está presa.
20:32Ela está presa em prisão domiciliar.
20:34Isso não é uma condenação...
20:35É uma questão criminal que ela cometeu.
20:36Está dizendo o seguinte...
20:38Não, é uma condenação...
20:39Não, não.
20:39É uma condenação eleitoral.
20:42Não é uma condenação criminal por corrupção.
20:44Exato.
20:45Sim, claro.
20:46Mas é uma condenação.
20:47A gente está tentando achar pelo em ouro.
20:49Não, não, não, não, não, não, não, não, não.
20:50Não, não, não, não, não, não.
20:51Olha, vamos deixar essa questão...
20:53Esse é o teu próprio argumento.
20:54Olha, o mundo gira e a carruagem roda.
20:58Vocês querem concluir?
20:59Concluam os assuntos.
21:00Não, não, não.