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O governo dos EUA anunciou novas tarifas contra países do Brics, e o ministro Fernando Haddad ressaltou a importância de agir com prudência para evitar respostas impulsivas. Nesta terça-feira (08), o presidente Lula reforçou a defesa da soberania nacional e do comércio aberto. A intenção é garantir estabilidade econômica e política nas negociações internacionais. A bancada do Linha de Frente, coordenada por Fernando Capez e com comentários de Carla Beni e Thulio Nassa, analisa o caso.

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Transcrição
00:00O presidente, que é um homem experiente, devia aprender um pouco mais sobre RealPolitik.
00:05Novamente, o artigo da Economist dizendo o seguinte.
00:09O presidente Lula foi lá visitar a Rússia, Moscou, no aniversário de 80 anos do dia da vitória da União Soviética contra a Alemanha nazista.
00:21E nenhum país, nenhuma democracia ocidental lá se encontrava, os Estados Unidos não se encontrava.
00:26Ele foi e acabou nem sendo prestigiado, foi colocado lá quase que vendo de binóculo o desfile.
00:33Aí eu vejo a comparação com o Keir Starmer, que é o primeiro-ministro da Grã-Bretanha.
00:38Cometeu um deslize na campanha, apoiou ostensivamente o Joe Biden.
00:44Depois o Trump ficou com raiva, eu lembro ele na Casa Branca sendo provocado pelo Trump,
00:49ficando em situações embaraçosas, mas com a diplomacia britânica, que eles são mestres,
00:53passou por cima disso e agora a Grã-Bretanha, a Inglaterra, está se dando muito bem economicamente com os Estados Unidos.
01:01Quando eu vejo o Brasil estar presente na posse do presidente do Irã,
01:06e o vice-presidente que representou o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin,
01:10está sentado ao lado de líderes, quase todos já foram mortos.
01:14O presidente do Hezbollah, o líder do Hamas, líder do Hezbollah, líder do Hamas,
01:20presidente do Irã, chefe da guarda revolucionária iraniana.
01:25Será que na política externa nós estamos escolhendo bem os nossos amigos?
01:30Eu acho que a gente pode ter duas óticas aí.
01:33A primeira, sim, é que a gente tem uma foto, com só respeito do que você falou.
01:37A foto, ela fica uma foto meio duvidosa, porque você fala, bom, escorregou, não precisava ter ido, poderia não ter ido.
01:45Então, sim, há uma crítica a esse respeito, sem problema algum.
01:48Do outro lado, a gente tem uma possibilidade de comércio, a gente tem uma possibilidade de contato com os outros países
01:56e um diálogo maior, puxando um pouco até o que a gente acabou de falar, da importância da nossa diplomacia.
02:04Então, por esses dois lados, eu acho que é difícil acertar sempre, você tem alguns deslizes que acontecem, sim,
02:11e têm acontecido ultimamente, mas a gente, quando pensa em comércio internacional, por exemplo,
02:18ou mesmo a questão do Irã, que é uma questão extremamente delicada, extremamente controversa, digamos assim,
02:26quando a gente pensa em comércio, em importação, exportação, em petróleo, em uma série de outras coisas,
02:32a gente também não pode esquecer quando os Estados Unidos encaminhou lá para Caracas
02:38uma comissão para poder negociar direto com a PDVSA o petróleo para Chevron.
02:46Então, a gente fica no meio desse caminho, então eu abriria esses dois pontos aí para poder pensar a esse respeito.
02:54Professor Túlio Nasa.
02:57Olha, Capês, eu quero falar aqui antes do Rodolfo, até para eu tentar ter uma fala um pouco mais amena,
03:06porque é um assunto que realmente me revolta um pouco.
03:09Se nós formos analisar a história do BRICS, ele começou a sua ideia lá,
03:14inclusive com a política de um banco, com o Goldman Sachs, em 2001, e tinha só BRIC, né?
03:21O nome era BRIC. O que significava BRIC, né? Para quem não conhece?
03:24BRIC é a união dos países naquela época em desenvolvimento.
03:28BRIC por quê? B de Brasil, R de Rússia, I de Índia e C de China.
03:34Depois entrou o S, que é de África do Sul, que é South Africa, o termo em inglês, por isso que vem o S ali.
03:402008, né?
03:41É, aí em 2009, né, foi a formalização. A ideia vem em 2001, 2009 a China já não era um país em desenvolvimento,
03:48ainda é, né, em desenvolvimento humano, vamos dizer assim, mas já é um país que é a segunda maior economia do mundo,
03:53não era tão um país, assim, abaixo dos outros, né, já é um líder de economia.
03:58Mas a ideia foi, quando ele foi idealizado, realmente a ideia é boa, né, de uma união desses países
04:03para que eles possam, através do multilateralismo, construir políticas econômicas conjuntamente
04:10e que possam favorecê-los, porque evidentemente que há uma supremacia dos países mais ricos
04:16e que muitas vezes não sobra espaço, há uma política aí predatória, do ponto de vista de diplomacia internacional,
04:23de política econômica, não sobra espaço para esses países em desenvolvimento.
04:26Então a ideia, ele foi concebido de uma maneira positiva, de uma maneira boa.
04:31Mas vamos olhar hoje o que é o BRICS, como que o BRICS foi cooptado hoje.
04:36Olha só quais países que ingressaram no BRICS.
04:40Olha quais países ingressaram no BRICS.
04:43Primeiro deles, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes e Etiópia.
04:52No mínimo, a democracia passa longe, né, na lista dos países que ingressaram no BRICS.
04:57A Arábia Saudita pulou fora, que não quiseram brigar com os Estados Unidos.
05:00É, porque a Arábia Saudita está querendo se abrir mais para o mundo agora,
05:04mas vamos falar o português claro, não é uma democracia, né.
05:08Então, são países cuja democracia passa longe.
05:13Aí, convidados para essa cúpula.
05:15Cuba, República Socialista do Vietnã, Bielorrússia, que é o puxadinho da Rússia.
05:20A Venezuela quase entrou também.
05:22É, a Venezuela só não entrou porque tem uma briga recente, né, entre o governo do PT e o Maduro,
05:27mas, historicamente, sempre foram aliados.
05:29Então, o BRICS está se transformando, infelizmente, num bloco socialista
05:34ou num bloco de não-democracias do mundo.
05:37E, nesse sentido, a fala do governador Tarciso foi muito pontual.
05:43É preciso saber que tipo de aliança sul-global o Brasil quer fazer.
05:48Com quem o Brasil quer se aliar?
05:49Eu estou falando de políticas concretas, eu não estou falando de aparecer na foto.
05:53Vamos olhar o resultado da fala do BRICS.
05:56O que o BRICS escreve?
05:57Ele condena os ataques ao Irã, mas não condena os ataques do Irã a Israel.
06:02E ele não fala nada sobre a guerra da Ucrânia.
06:05Ele não condena a atitude da Rússia.
06:08Daquilo que, economicamente, deveria ser um resultado positivo,
06:11por exemplo, a exportação de frango do Brasil para a China.
06:14A China não é parceira do Brasil no BRICS?
06:17Como é que, então, o governo brasileiro não consegue retirar o embargo chinês?
06:22Depois de meses, o Brasil já provou que tem todas as medidas sanitárias,
06:27vários outros países já levantaram o embargo, mas, nesse caso, a China não levanta.
06:31Então, para que serve o BRICS hoje, Capês?
06:34Me parece que é um bloco muito mais político, é uma união político-ideológica,
06:40do que, realmente, uma política séria de multilateralismo econômico,
06:44de multilateralismo diplomático.
06:47No mínimo, eu acho que os diplomatas sérios estão falando
06:49como é que pode a gente se aliar só com estados que não são democráticos.
06:55Então, professor Túlio, mas só para completar seu raciocínio,
06:58que está, eu concordo, em gênero no meu grau,
07:01fica estranho, assim, a gente, quando começa a ver,
07:04que o Brasil prefere se alinhar ao Irã e à Rússia do que aos Estados Unidos.
07:13Um alinhamento com a China junto com os Estados Unidos é compreensível.
07:17Quando o Brasil começa a fazer esse tipo de alinhamento,
07:20permitindo que navios de guerra do Irã ancorem no porto do Rio de Janeiro,
07:26no início desse governo, por exemplo,
07:28quando isso acontece...
07:30Chega um pouquinho para lá.
07:31Quando isso acontece, o Brasil não está colocando a ideologia
07:38acima do pragmatismo econômico das relações comerciais?
07:43E quando isso ocorre, não dá um arrepio de lembrar
07:46que o governo Dilma que quebrou o país...
07:49Com certeza.
07:50Esse é o ponto.
07:51O que teria aí de realmente resultados concretos em relação à China?
07:57Teria muita coisa.
07:58A China não veio, simplesmente não deu bola,
08:02não levantou o embargo, de novo, da exportação do frango brasileiro.
08:06Então, não me parece que, economicamente, isso terá alguma relevância.
08:11E a ideia, a pérola do encontro foi
08:14vamos criar uma moeda comum.
08:16Veja, a professora está aqui e pode explicar melhor do que eu,
08:20mas conhecimento básico de economia e de política estatal.
08:26Para se criar uma moeda comum, é preciso uma construção histórica
08:29em que leve a um alinhamento de política fiscal,
08:32a um alinhamento de política econômica,
08:34um alinhamento de política monetária.
08:36Imagina como é o Banco Central da China,
08:38que é controlado por uma ditadura,
08:41extremamente controlado com o Banco Central do Brasil,
08:43que tem independência, autonomia.
08:45Como é que vai se juntar tudo isso
08:47para criar uma moeda comum?
08:49Brasil, Rússia, China, Irã,
08:51todos eles vão criar uma moeda comum?
08:53Então, é evidente que é uma história
08:55para inglês ver, Capês.
08:58Economicamente, não há relevância nenhuma.

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