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Após a deputada federal Gleisi Hoffmann ser indicada pelo presidente Lula (PT) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha, o Partido dos Trabalhadores (PT) fará uma reunião na próxima sexta-feira, 7, para definir quem será o presidente interino da sigla, segundo revelou O Globo.
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Transcrição
00:00Agora, partindo para outro assunto ainda, sobre reforma ministerial,
00:04vamos continuar falando sobre os líderes partidários
00:07que passaram o carnaval digerindo a nomeação da Gleisi Hoffmann
00:11para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.
00:15E o Wilson Lima vai falar sobre isso justamente agora no quadro Bastidores do Meio Dia.
00:30É, Inácio, ainda em clima de carnaval, eu vou utilizar uma expressão que um parlamentar
00:42me deu via mensagem hoje pela manhã, se quiser até colocar o Rodolfo na tela,
00:46porque eu acho que ele vai gostar.
00:47Porque é o seguinte, tem um parlamentar dizendo o seguinte,
00:51que a nomeação, a indicação, melhor dizendo, da Gleisi Hoffmann
00:54para a Secretaria de Relações Institucionais
00:56desceu tão bem quanto uma cerveja de quinta categoria
01:01naquele bloquinho de carnaval.
01:03A questão é a seguinte, os integrantes do Centrão falam aqui nos bastidores
01:08que o presidente Lula perdeu uma bela oportunidade
01:14de reafirmar o compromisso com a tal da Frente Ampla
01:17criada em 2022 para derrotar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
01:24Porque é o seguinte, esses parlamentares do Centrão,
01:26eles queriam que o presidente Lula destinasse a eles
01:31alguns ministérios estratégicos, pelo menos um ministério
01:35na cozinha do Palácio do Planalto, aí quer seja
01:38SRI, Secretaria de Relações Institucionais
01:41ou Secretaria-Geral da Presidência da República,
01:44quer seja o Ministério da Saúde.
01:47O Ministério da Saúde, ele é uma pasta que tem
01:50um orçamento bilionário, não é mi, é bilionário.
01:54E o Centrão estava ali, de olho no Ministério da Saúde,
01:58principalmente o PP.
02:00Qual era a ideia do PP?
02:01Quando inclusive sugeriu a indicação do Arthur Lira.
02:04Era que o Arthur Lira assumisse o Ministério da Saúde
02:06para que ele tivesse, para que o governo tivesse uma interlocução melhor
02:10com alguns integrantes do PP e também de alguns parlamentos,
02:14de alguns outros partidos do Centrão, como republicanos,
02:17como até o PL, que tem ali uma ligação próxima com o PP.
02:22Isso não aconteceu.
02:23O Lula realocou o Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde
02:28e indicou Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais.
02:33Na visão dos deputados, como a gente falou no bloco anterior,
02:37a gente deu um pequeno spoiler,
02:39os parlamentares estão falando o seguinte,
02:40gente, o Lula não quer composição com frente ampla.
02:43O Lula quer se isolar ainda mais.
02:46E a base parlamentar do Lula, com esses partidos aí,
02:49PP, perdão, PT, PCdoB, PSOL, Rede, PSB,
02:54mal chega a 130 parlamentares.
02:56Então, isso mostra, os parlamentares já vão dar esses claros sinais
03:02de que o governo vai ter muita dificuldade no Congresso
03:05para aprovar qualquer coisa, até coisa simples,
03:07como, por exemplo, o orçamento.
03:08O orçamento sequer, de 2024, sequer foi votado.
03:13A tendência é que ele seja votado, analisado na semana que vem.
03:18Mas essa votação, que deve acontecer na quarta ou na quinta da feira
03:23da semana que vem, ela ainda está ali sob,
03:25sob o certo suspense.
03:27Por quê? Porque os parlamentares, como disse agora há pouco,
03:30ainda estão digerindo a nomeação da Gleise Hoffmann.
03:33Ou seja, meu caro Inácio,
03:35sabe aquela situação em que você está ali naquele bloquinho,
03:38toma aquela cerveja meio ruim, meio batizada,
03:40que você fala, hum, não descer legal, vou ficar em casa,
03:43vou esperar, vou tomar algum remedinho?
03:46Então, o governo Lula está nessa situação,
03:48está, digamos que, curtindo uma ressaca de carnaval,
03:52olha que promete ser bem duradoura.
03:54Rodolfo Borges, você crê que Gleise Hoffmann vai conseguir surpreender o Centrão
04:00e mostrar-se uma hábil articuladora, o algodão entre os cristais
04:05e não o trator presidente do PT, que a gente está conhecendo pelos últimos oito anos?
04:10Eu não apostaria nisso, mas antes mesmo de que ela possa tentar fazer alguma coisa,
04:16como isso já falou, a escolha por ela já foi uma indicação ruim do que o governo pretende.
04:23E é aquele mesmo drama do PT, mas desde o primeiro governo Lula.
04:30Os governos do PT, eles não entendem por que que mesmo serem no Ministério,
04:35ou dinheiro, emenda para os aliados,
04:38por que que esses aliados nunca conseguem contribuir, digamos assim,
04:45da forma como eles imaginariam o que deveria ser com o governo?
04:49E a resposta é muito simples, é porque o PT não divide poder.
04:54Isso está na origem lá do esquema do Mensalão.
04:56O PT, apesar de, e aí nesse caso desse terceiro mandato é mais grave ainda isso,
05:01porque o discurso era de frente ampla,
05:03o PT se elege com uma frente ampla, mas ele governa como PT.
05:08Ele não divide o poder.
05:09Então, ou ele faz um esquema com o Mensalão,
05:11que dá dinheiro, ou que dava dinheiro para os parlamentares,
05:14exatamente para não precisar dividir o poder,
05:17ou faz o Petrolão, que também é isso,
05:19divide ali feudos de dinheiro para não, mais uma vez,
05:22dividir o poder, e agora é a mesma coisa.
05:25Na hora de dividir o poder, eles não conseguem.
05:27E aí eles ficam entre eles,
05:29e mesmo com alguns ministérios nas mãos de alguns outros partidos,
05:32esses partidos não se sentem contemplados na divisão do poder.
05:36Esse é o drama essencial do Partido dos Trabalhadores,
05:39e é por isso que os governos não dão certo,
05:42ou precisam, para funcionar,
05:44como foi no caso dos dois primeiros governos do Lula,
05:46de condições muito específicas, geopolíticas, inclusive,
05:50para que a coisa ande.
05:51Pois é, vamos continuar falando agora sobre política.
05:56O STF, o Supremo Tribunal Federal,
05:58ratificou de forma unânime a decisão do ministro Flávio Dino
06:02que validou o plano de trabalho elaborado conjuntamente
06:06pelo governo federal e o Congresso Nacional.
06:08Essa medida visa aumentar a transparência nas emendas parlamentares
06:12e foi aprovada com um placar de 11 votos a favor e nenhum contra.
06:17Com a homologação, Flávio Dino autorizou a execução das emendas
06:21do orçamento de 2025,
06:23além das referentes aos anos anteriores.
06:26E aí eu pergunto, finalmente, Rodolfo Borges,
06:29teremos o fim da guerra das emendas?
06:32Também não apagaria essa aposta.
06:35Já foi tentado isso outra vez.
06:36O Flávio Dino impôs ali alguns limites para serem respeitados.
06:39O Congresso, com a anuência do Palácio do Planalto,
06:42não seguiu essas regras.
06:44E por isso, de novo, continuou essa questão no STF.
06:47Agora, que essa questão das emendas é a aposta do Lula
06:51de que a Glaze pode, de alguma forma, conseguir se impor,
06:54essa, para mim, é a questão.
06:58Claramente, ele fez aí uma aposta de que,
07:00ao tornar aí, e o discurso é esse, né?
07:02A transparência, de fato, tudo isso é muito importante,
07:05mas, no final das contas,
07:07o que está em questão é quem vai tomar conta das emendas,
07:11quem vai levar, quem vai guiar o Parlamento a partir das emendas.
07:15E aí, a aposta é de que a Glaze conseguirá,
07:18por meio do controle de emendas, guiar o Parlamento.
07:21É uma aposta arriscada.
07:23Aliás, eu diria que é até mais do que arriscada, assim.
07:25É difícil de acreditar que ela vai funcionar.
07:28Wilson?
07:31Eu concordo com o Adolfo.
07:33Provavelmente, essa estratégia não vai funcionar.
07:37Me parece muito que o presidente Lula está de olho muito no Supremo,
07:40que o Supremo possa tentar corrigir os erros da presidência da República,
07:43só que isso não vai acontecer no longo prazo.
07:45Essa que é a questão.
07:46Então, não me faz...
07:48Os parlamentares já estão ali achando alternativas
07:51para burlar essa decisão do Supremo Tribunal Federal, tá, Inácio?
07:55Então, a gente também tem que ficar de olho
07:56qual vai ser a próxima artimanha.
07:58Bom, lembra que esse acordo ainda vai passar
08:01por homologação do Congresso Nacional.
08:04E ali, amigo,
08:05quando o caso chegar para análise,
08:07tanto de deputados quanto de senadores,
08:10aí é que pode haver uma diferença,
08:12uma mudança, inclusive nas próprias regras
08:14que o Congresso colocou lá no Supremo Tribunal Federal.
08:18Vamos esperar, mas ainda eu acho que não é o final da guerra.
08:22Apenas o fim de uma batalha.
08:25Só uma rápida pergunta, Wilson,
08:28antes da gente ir para o intervalo.
08:29Os próximos passos são quais?
08:32Ele vai para o Congresso, para o Congresso validar,
08:34e ele lá pode fazer uma série de mudanças,
08:36aí voltaria para o Supremo?
08:37Como é que é?
08:38Não depende muito do que os parlamentos decidirem, Inácio,
08:43porque já houve uma tentativa de acordo no ano passado.
08:46Quando esse acordo foi para a Câmara,
08:48eles fizeram, se não me engano,
08:50os deputados fizeram novas mudanças
08:52nesse acordo com o Supremo Tribunal Federal,
08:55e o caso se arrastou por mais tempo.
08:57Então, aquela história, Inácio,
09:00mesmo um acordo, quando vai para a Câmara,
09:02quando vai para a votação no plenário da Câmara,
09:05tudo pode acontecer.
09:06Qualquer deputado pode apresentar, por exemplo,
09:07uma emenda aditiva ou uma emenda supressiva,
09:11isso pode mudar o texto, virá-lo de ponta cabeça.
09:14Então, esse é o risco que pode ocorrer.
09:17E aí, nesse ponto, o Hugo Mota e o Davi Acolumbre
09:21vão ter que lidar com essa questão com um monte de ferro,
09:24para que, de fato, o acerto que foi feito com o Supremo
09:27de fato seja cumprido pelos parlamentares.
09:29É por isso que eu sempre falo,
09:31há essa possibilidade de que tudo que tenha sido acertado
09:33nesse momento, mude quando o caso chegar no plenário,
09:36tanto da Câmara quanto do Senado.
09:37Pois é, isso só semana que vem,
09:39já que estamos em semana do Carnaval para o Congresso.
09:43Lá o Congresso não para só de segunda e talvez terça
09:46e quarta de manhã.
09:47É quarta, quinta, bom, sexta nunca.
09:50Então, só semana que vem, não é, meu caro?
10:07E aí, meu caro?

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