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Governo federal vai indicar ex-ministro de Dilma para a Eletrobras.
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Transcrição
00:00O governo Lula indicou o ex-ministro da Fazenda Guido Mântega para ocupar uma cadeira no Conselho Fiscal da Eletrobras.
00:09Para o Conselho de Administração foram apresentados os nomes de Maurício Tomasquin, Silas Rondô e Nelson Hubner.
00:17Os indicados precisam passar pela Assembleia Geral Ordinária dos acionistas da companhia marcada para 27 de abril
00:23a serem homologados pelo Supremo Tribunal Federal.
00:27Wilson Lima, boa tarde. Finalmente Lula conseguiu uma boquinha para Guido Mântega, mas não só ele, né?
00:38É, meu caro Inácio, boa tarde para você Inácio, boa tarde para o nosso amigo Rodolfo, boa tarde para você que nos acompanha ao vivo aqui em ONU Antagonistas também pelo canal BMC News.
00:49É, meu amigo, Lula tentou, tentou, tentou e conseguiu uma boquinha para o amigo.
00:52Essa que é a grande verdade, porque tentou emplacar o Guido Mântega na Vale, tentou Petrobras e agora conseguiu no Conselho Fiscal da Eletrobras.
01:02Mostrando que para esse governo, meu amigo, o que vale é a fidelidade.
01:08Vamos relembrar quem é essa figura. É bom lembrar que Guido Mântega foi ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff.
01:16É aquele cidadão que tecnicamente, digamos que ajudou, deu aquela forcinha para o impeachment da Dilma Rousseff.
01:27É bom lembrar que o Mântega, ele é o pai das pedaladas fiscais.
01:32Então imagina, esse personagem que praticamente, que quase acabou com a economia brasileira,
01:38agora sendo indicada para o Conselho Fiscal da Eletrobras.
01:42Coisa boa não vem aí. Coisa boa não vem.
01:45E esse tipo de indicação, Inácio, a gente critica muito aqui em um antagonista,
01:50mostra que o governo Lula pouco está, o governo Lula pouco se importa com o mérito.
01:59Se importa com a fidelidade, se importa com a lealdade, se importa em ajudar os seus.
02:05Não é a primeira indicação polêmica do governo Lula durante o mandato de Lula 3, melhor dizendo.
02:12A Dilma Rousseff está onde? Lá na China.
02:17Então, meu amigo, percebam que é assim.
02:21Você pode até não ser um técnico de excelência,
02:25mas nesse governo, se você é amigo do rei, você vai ter uma boquinha,
02:31você vai ter um lugar lindo, você vai ter uma vaga na janelinha.
02:35É assim que as coisas funcionam.
02:37E não dá para esperar que o Brasil melhore, enquanto esse tipo de indicação de caráter eminentemente político ainda ocorra.
02:45Rodolfo Borges, boa tarde.
02:48Qual a sua análise dessas indicações amistosas a figuras do PT?
02:54Boa tarde a todos.
02:56A sinalização é péssima.
02:57Como o Wilson lembrou, o Guido Mantega já estava, o Lula estava tentando encaixar ele aí,
03:03desde antes de o governo começar.
03:07O Mantega apareceu ali no gabinete de transição,
03:11e já, quando ele apareceu ali, já começou a causar ruído.
03:15Ele próprio teve que depois apresentar lá uma carta,
03:19dizendo, olha, não quero participar, não, deixa para lá,
03:21porque estava pegando muito mal.
03:23O governo Lula já estava começando sob a sombra da nova matriz econômica,
03:30que não funcionou, deu errado,
03:32e acabou, como o Wilson lembrou, prejudicando até o próprio governo da Dilma Rousseff.
03:38É claro que os petistas fazem uma análise para dizer que não tem nada a ver com isso.
03:43Foram outras coisas, foram os outros.
03:44Eles, o Lula gosta de usar isso, foram eles que fizeram.
03:47Eles não são identificados, mas, no final das contas,
03:51os problemas econômicos do governo Dilma foram causados pelo próprio governo Dilma.
03:56E aí tinha o Guido Mantega como o grande expoente daquela época.
04:03Passaram-se aí alguns anos, alguns petistas foram realocados,
04:07entre eles a Dilma Rousseff,
04:09e agora parece que o Guido Mantega, enfim, vai ter um lugar
04:11onde se escorar pelos próximos meses, pelo menos até o final do governo,
04:17quando aí os diretores mudam e se tomam outro rumo.
04:21Agora, é de se questionar de que vale esse tipo de desgaste.
04:27A gente já publicou muito no Antagonista isso,
04:29eu pessoalmente publiquei, estou lembrando,
04:31uma análise questionando se valia,
04:33o Guido Mantega vale esse desgaste,
04:37e aí era um trocadilho com a empresa Vale,
04:39e eu dizia que não vale, não vale esse desgaste.
04:42Agora, do ponto de vista do Lula vale, porque é isso,
04:45tem essa questão de fidelidade,
04:48é o que levou, por exemplo, a Glaze Hoffman ao ministério do governo Lula.
04:53Deixou de ser presidente do PT para virar ministra,
04:56apesar de todas as análises indicarem,
05:01todas as perspectivas indicarem que aquele não seria o melhor lugar para ela.
05:04Mas, do ponto de vista do Lula,
05:06é preciso encaixar essas pessoas que foram fiéis com ele,
05:08principalmente durante o período em que ele foi preso,
05:11em que permaneceu preso lá em Curitiba.
05:14Agora, para o país, obviamente, é uma indicação péssima,
05:17e mostra que esse governo,
05:19mais uma vez mostra que esse governo não tem muito compromisso com o futuro,
05:22o compromisso desse governo é mais com o passado.
05:25Wilson Lima,
05:27o governo tem cerca de 40% das ações da Eletrobras,
05:31pelo menos da última vez que eu me informei sobre o tema.
05:33Com esses 40%, eles conseguem essa aprovação meio que automática,
05:38ou pode haver resistência dos outros 60%?
05:43Não, vai ter resistência, sem dúvida nenhuma,
05:46e o grande problema desse tipo de indicação é que isso afeta no valor da companhia,
05:50e esse que é o grande ponto.
05:52Então, é engraçado, Inácio,
05:55parece que o governo faz questão de manter vivo o ministério da crise,
06:01é impressionante,
06:04é impressionante,
06:05é bom lembrar que o Guido Mantega,
06:06em 2016, ele foi inabilitado de exercer cargos públicos
06:10pelo Tribunal de Contas da União.
06:12Essa decisão, ela foi caçada em 2023,
06:16mas o governo insiste em manter ali, sabe,
06:20manter vivo, pujante, o ministério da crise,
06:25porque isso vai criar uma crise na Eletrobras,
06:27fato, vai despencar o valor de mercado da Eletrobras,
06:32fato, sabe,
06:33despencando o valor de mercado da Eletrobras,
06:36ainda mais a companhia que passou por um processo recente de,
06:40né, desestatização, quer dizer,
06:44sabe, parece que o governo, sabe,
06:47faz questão de criar esse tipo de ruído,
06:50que não faz bem para a companhia,
06:52não faz bem para o Brasil,
06:52não faz bem, não faz bem para o próprio cenário.
06:57E tem mais um detalhe, ô Inácio,
06:59nessa indicação do Guido Mantega,
07:01que reforça aquilo que o PT insiste em dizer que é narrativo,
07:06mas não é, não é narrativa.
07:08O governo PT é um governo intervencionista,
07:12eles fazem de tudo para intervir aonde eles querem.
07:16Então, você joga o Guido Mantega na Eletrobras,
07:22goela abaixo,
07:24isso mostra que o governo pode intervir na Eletrobras
07:26em outros momentos,
07:28em outras decisões importantes, gente.
07:30Esse aqui é o ponto.
07:31Então, é por isso que qualquer decisão,
07:34nesse sentido, relacionada ao governo,
07:37o mercado sempre fica meio,
07:39fica de olho,
07:39fica ali assustado,
07:41porque, nossa, vem intervenção na Eletrobras,
07:44vem intervenção na Petrobras,
07:46pode vir intervenção na Vale,
07:48é disso que se trata, Inácio.
07:51E esse aqui é o grande problema.
07:52Cada vez que o governo aposta,
07:54como falou muito bem o Rodolfo,
07:57toda vez que o governo faz esse tipo de sinalização,
08:01mostra que está disposto a pagar o preço,
08:04o alto preço político para manter,
08:07para colocar os seus num cargo como esse,
08:11isso mostra que o mercado não está errado.
08:13Isso mostra que o mercado está certo em desconfiar
08:16de qualquer tipo de boa intenção, entre aspas,
08:21do governo PT.
08:22Porque eles sempre fazem isso, Inácio.
08:25Eles vão trabalhar sempre pela tentativa de intervenção.
08:29E esse é o grande problema.
08:30E essa é a herança maldita
08:31que o governo Lula não consegue se desvencilhar.
08:34Wilson, não é coincidência,
08:36mas a Eletrobras está caindo agora 1,75%.
08:39Então, como você mesmo disse,
08:42o mercado também não gosta desse tipo de intervenção,
08:45onde não há mérito,
08:47há apenas amizade.
08:49Rodolfo, ainda...
08:50Por favor.
08:52Para mencionar, já que a gente está falando do Mantega,
08:54as duas últimas vezes que o Mantega apareceu para falar,
08:57ele deu duas entrevistas recentes,
08:58e a gente aqui no Antagonista acompanha de perto
09:00esse tipo de figura,
09:01porque ele tem ascendência sobre o Lula
09:04em questões econômicas.
09:07Então, ele apareceu para falar,
09:08entre outras coisas,
09:09obviamente, defender o seu legado,
09:10mas criticar muito o Roberto Campos Neto,
09:13que era o presidente do Banco Central,
09:15até Gabriel Galípolo,
09:16que foi indicado pelo Lula, a assumir.
09:17E ele reverberou, nessas entrevistas,
09:21aquelas críticas que o Lula vinha fazendo,
09:23e agora o Haddad, ministro da Fazenda,
09:24também está fazendo,
09:25dizendo que o Galípolo herdou
09:28esses aumentos de juros recentes do Campos Neto.
09:31Só queria destacar que o Gabriel Galípolo,
09:33e a gente está lá no site do Antagonista,
09:35isso é o trecho do vídeo,
09:37em que ontem o Gabriel Galípolo,
09:38durante uma apresentação sobre relatório de inflação
09:41do Banco Central,
09:42desmentiu mais uma vez essa narrativa
09:44de que não é ele o responsável
09:46pelos aumentos da taxa básica de juros,
09:48desde dezembro.
09:49Ele disse que foi ele, sim.
09:50Ele já tinha dito isso,
09:51a gente já tinha destacado isso aqui no Antagonista,
09:53e destacamos de novo, nessa semana.
09:56Então, é só para dar uma ideia
09:57do que é o Guido Mântega,
10:00e do que significa ele ser indicado
10:02para qualquer órgão público,
10:05ou diretoria,
10:06ou comando de fundo,
10:09qualquer coisa que tenha a ver
10:10com a gestão pública no Brasil.
10:12a apresentação pública no Brasil.
10:15Legenda Adriana Zanotto
10:15Mãe
10:17Mãe
10:18E aí

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