- ontem
Com apoio de bolsonaristas e lulistas, Hugo Motta (Republicanos - PB) foi eleito presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil - AP), do Senado.
O deputado do Republicanos recebeu 444 votos, enquanto Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 e o Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) somou 22 votos.
No Senado, Alcolumbre venceu com 73 votos. O astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) receberam 4 votos cada.
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O deputado do Republicanos recebeu 444 votos, enquanto Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 e o Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) somou 22 votos.
No Senado, Alcolumbre venceu com 73 votos. O astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) receberam 4 votos cada.
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, a gente fez uma cobertura especialíssima ao longo do fim de semana com os nossos repórteres em Brasília, Wilson Lima, Débora Sena, no portal antagonista.com.br, das eleições no Congresso Nacional.
00:12E agora a gente traz aqui não só os resultados, claro, mas também a repercussão.
00:16Então a gente fala sobre as vitórias de Hugo Mota, do Republicanos da Paraíba, na Câmara dos Deputados, e de Davi Alcolumbre, União Brasil, do Amapá, no Senado, com apoio de bolsonaristas e lulistas.
00:27Repito, e ainda tem gente que briga em casa.
00:31Mota foi eleito presidente da Câmara e vai assumir o comando da Casa no lugar de Arthur Lira, que era do PP, ainda é do PP de Alagoas.
00:38O deputado do Republicanos recebeu 444 votos, enquanto Marcel Van Hatten, do Partido Novo, lá do Rio Grande do Sul, teve 31, e o pastor Henrique Vieira, do PSOL, do Rio de Janeiro, somou 22 votos.
00:50Vamos acompanhar o momento em que a vitória do deputado do Republicanos foi anunciada após a votação de sábado, 1º de fevereiro.
00:57Pode soltar.
00:58A Câmara dos Deputados
01:16Com o resultado, Hugo Mota, de 35 anos, tornou-se o deputado mais jovem a presidir a Câmara.
01:41Mas essa não é exatamente uma renovação da política, naquele bom sentido de que saem as raposas da velha política, entram novas lideranças, que vão zelar pelo interesse público.
01:55Na verdade, é a renovação do centrão. O seu mandato no comando da Casa vai até 2027.
02:03Em discurso após a vitória, o novo presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a praça é dos três poderes e não de um, e falou em lutar pela Constituição.
02:11Vamos assistir a essas bravatas, pelo menos, costumam ser assim, e quando a gente vai ver na gestão, a prática é bem diferente.
02:21E em se tratando do sucessor de Arthur Lira, que teve o seu apoio, a gente sabe que o caso das emendas parlamentares vai continuar servindo para o Toma Lá da Cá, vai continuar gerando diversas discussões.
02:36Já que em 2025, eu não me canso de lembrar, serão mais de 50 bilhões de reais em emendas parlamentares.
02:46Então é isso que estava em jogo no Congresso Nacional. Mais de 50 bilhões.
02:51E os parlamentares de vários partidos, de várias correntes ideológicas, estão de olho na divisão do Butim. Pode soltar o vídeo.
02:57Na questão da transparência, o que não pode haver é opacidades e transparências relativas, porque o princípio é o da igualdade entre os poderes.
03:08A praça, sempre lembremos, é dos três e não de um nem de dois poderes. E quando não é dos três, não é a praça da democracia.
03:19E todos defendemos a democracia, porque sem democracia, este livro não é a Constituição, não é a civilização.
03:29É um pedaço de papel, é letra morta. E vamos lutar pela Constituição, pela nossa Constituição.
03:39Tudo isso para concluir. Estamos virando uma página da história.
03:44Todos os ruídos dos últimos anos. O estranhamento dos diversos agentes diante da afirmação do poder legislativo.
03:53As reações geraram momentos de maior ou menor tensionamento.
03:58Agora sabemos que não estamos no ponto de chegada, mas no ponto de partida, onde nos colocaram os constituintes
04:07e que por décadas as circunstâncias não nos permitiram estar.
04:11Quando cada um reconhece o seu lugar, o nome disso é respeito.
04:16Passou o tempo do dedo na cara. É hora do olho no olho.
04:20O respeito não grita. O respeito ouve e se faz ouvir.
04:25Ninguém é dono da Constituição. Todos somos seus devotos defensores.
04:30E todos, sem exceção, devemos a ela obediência.
04:34A Constituição está acima de todos e nada ou ninguém acima dela,
04:39porque fora disso, a democracia que a concebeu estará ferida de morte.
04:45A democracia não tem dono. Somos todos donos da democracia,
04:49porque se a democracia tem um dono, a democracia não é de ninguém.
04:53Democracia só é democracia se é de todos.
04:57Estaremos sempre com a democracia, pela democracia, do lado da democracia.
05:03E seus inimigos, similinos ou ferozes, encontrarão no legislativo uma barreira como sempre encontraram ao longo da história.
05:12Isso aí foi na Câmara dos Deputados, repito, e já no Senado, a outra Casa Legislativa Federal,
05:19o Davi Alcolumbre venceu a presidência com 73 votos.
05:23Lembrando que há uma diferença grande de número de deputados e de senadores.
05:27Na Câmara dos Deputados são 513 deputados, no Senado são apenas 81 senadores.
05:32Então, daí a discrepância.
05:34Então, Alcolumbre teve 73 votos e ganhou a presidência do Senado.
05:38O astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, e Eduardo Girão, do Novo, do Ceará, receberam 4 votos cada.
05:45Alcolumbre vai assumir o comando do Senado no lugar de Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais,
05:50que fez o anúncio do resultado da votação. Vamos acompanhar.
05:54Senador astronauta Marcos Pontes, 4 votos.
05:57Senador Davi Alcolumbre, 73 votos.
06:00Senador Eduardo Girão, 4 votos.
06:03Nenhum voto em branco.
06:05Total, 81 votos de senadores e senadoras.
06:11Tenho a honra de proclamar, eleito presidente do Senado Federal,
06:15que exercerá o mandato no Bienio 2025-2026,
06:20o senador Davi Alcolumbre.
06:22Agradecendo a todos os candidatos que participaram desse pleito,
06:32cumprimentando o senador Davi Alcolumbre,
06:34externando minha profunda gratidão aos senhores senadores e senhoras senadoras.
06:39Convido o presidente eleito do Senado Federal,
06:42o senador Davi Alcolumbre, para ocupar a presidência do Senado Federal.
06:47Muito obrigado.
06:57Vocês viram que ali do lado do Davi Alcolumbre, um pouco na frente,
07:00estava Renan Calheiros, senador por Alagoas.
07:03Ele que é um rival local do Arthur Lira,
07:07mas estava ali celebrando a vitória do Davi Alcolumbre.
07:11Perto dele, a gente já viu imagens por outro ângulo.
07:14Tinha, por exemplo, Randolfo Rodrigues, que é um dos líderes do governo Lula,
07:17no Congresso Nacional, e Flávio Bolsonaro,
07:21que depois deu as mãos para o Davi Alcolumbre,
07:23como a gente ainda vai ver no compilado que eu publiquei nas redes sociais
07:27e que gerou mais de 500 mil visualizações.
07:29O Senado elegeu por aclamação os candidatos da chapa única para a mesa diretora
07:34no Bienio 2025-2026.
07:37A primeira vice-presidência ficou com Eduardo Gomes, do PL do Tocantins,
07:41e a segunda com Humberto Costa, do PT de Pernambuco.
07:46Houve um acordo costurado entre os partidos previamente,
07:49e por isso a votação se deu por aclamação.
07:51Vamos acompanhar o anúncio que foi feito por Davi Alcolumbre.
07:54Primeira vice-presidência do Senado Federal, indicação do Partido Liberal,
08:00senador Eduardo Gomes.
08:03Segunda vice-presidência do Senado Federal, indicação do Partido dos Trabalhadores,
08:09senador Humberto Costa.
08:11Primeira secretaria, indicação do PSD, senadora Daniela Ribeiro.
08:18Segundo secretário, indicação do MDB, senador Confúcio Moura.
08:26Terceira secretária, indicação do PDT, senadora Ana Paula Lobato.
08:34Quarto secretário, indicação do Progressistas, senador Laércio Oliveira.
08:42Primeiro suplente de secretário, indicação do PSB, senador Chico Rodrigues.
08:50Segundo suplente de secretário, indicação do Republicanos, senador Messias de Jesus.
08:58Terceiro suplente de secretário, indicação do PSDB, senador Stevenson Valentim.
09:07Quarto suplente de secretário, indicação do Podemos, senadora Soraya Tronick.
09:16Declaro eleita por aclamação a chapa única registrada para a legislatura 2025-2026.
09:28E o Acolumbra elogiou a gestão de Rodrigo Pacheco, chorou ao falar sobre a sua família
09:33e afirmou que o compromisso do Senado é com o povo brasileiro.
09:37Quem acredita, podem responder no chat, no canal de YouTube de O Antagonista,
09:41nessa transmissão, que está com o título Congresso, STF e 2026,
09:46em razão de vários temas que serão apresentados aqui ao longo do programa, além desse.
09:49Eu já aproveito para dar o boa noite, então, ao Ricardo Kertzmann, nosso colunista mineiro,
09:53que está falando diretamente dos Estados Unidos.
09:56Salve, salve, Ricardo, tudo bem?
09:58Salve, salve, Felipe, boa noite, boa noite, Duda, seja bem-vindo de suas férias.
10:03Boa noite também para todos os nossos queridos amigos antagonistas.
10:06Olha, você sabe que desses discursos aí, principalmente do Hugo Mota,
10:10me chamou a atenção meio que um sincericídio, meio que um lapso de transparência dele,
10:15porque em determinado momento ele fala de forma bem clara,
10:19essa praça, ele se referia à Praça dos Três Poderes, não é de um poder,
10:23essa praça é dos três, são dos três poderes, ou seja, fica muito claro mesmo,
10:29e eu acredito nele, porque é isso, a gente sabe, aquela praça não pertence à população
10:34que elege essas pessoas, não pertence à população que banca toda a estrutura governamental,
10:39mas sim pertence a eles, aos três poderes, aos poderosos dos três poderes.
10:44Felipe, outra coisa muito interessante nessa eleição para a presidência da Câmara
10:50e que me chamou a atenção foram os votos que receberam o Marcel Van Hatten,
10:5731 votos, e o Pastor Vieira, 22 votos, o Van Hatten do Partido Novo e o Vieira do PSOL.
11:05Porque aqui, Felipe, a gente vê de forma muito clara, muito cristalizada,
11:10verdadeiramente quem são os congressistas que se elegem em cima de uma plataforma,
11:15em cima de um espectro político ideológico e que mantém essa mesma coerência,
11:21uma vez que ganham as eleições.
11:23Numa casa com mais de 500 parlamentares, quando você tem pouco mais de 10%
11:28representando fielmente, fidedignamente, as suas ideologias,
11:33independentemente do fato de que a eleição do Mota já estava garantida,
11:37isso me faz pensar mais uma vez, Felipe, para que tanto partido, já que não há ideologia,
11:43há um grande fisiologismo, isso sim, a gente não precisa de tantos partidos assim.
11:48Já no Senado, a mesma coisa, porque se você somar os votos que receberam o Girão e o Astronauta,
11:54é pouco mais de 10% também do total de senadores, só que ali tem uma diferença,
11:59não tem ninguém do espectro de esquerda, não tem ninguém do campo progressista,
12:03você tem um candidato, os dois candidatos são ligados ao Partido Novo e ao PL.
12:11E no caso específico da eleição, agora do Alcolumbre, é só uma troca,
12:16uma alternância de poder entre um grupo, aliado entre um grupo de amigos.
12:20Porque lá atrás, quando o presidente Pacheco, esse presidente agora Pacheco venceu,
12:25ele venceu com o apoio do Alcolumbre e agora está sendo retribuído,
12:29ou seja, vai para o terceiro mandato, o terceiro período, o terceiro bienio de cada um,
12:35no poder, apenas alternando os nomes.
12:37Os grupos, os personagens, continuam os mesmos.
12:41Muito bem, a gente já retomou aqui o ponto do vídeo,
12:45pode colocar a produção então ao Columbre elogiando o Pacheco.
12:47Agradeço muito especialmente a um irmão que a vida me deu,
13:03ao presidente Rodrigo Pacheco.
13:05Por seu notável trabalho à frente desta casa.
13:24Quando nos guiou com muito equilíbrio e com muita sabedoria.
13:33sua liderança nos fortaleceu e nos preparou para os desafios que temos pela frente.
13:43Agradeço também, muito especialmente, a minha família,
13:47pelo amor e pelo apoio incondicional.
13:54Aos meus pais, o mecânico Samuel.
13:58Samuel.
14:05E a minha mãe, Júlia.
14:12A minha esposa,
14:16Liana.
14:19E aos meus filhos,
14:22Davi e Mateus.
14:25Que todos os dias me motivam
14:35a dar o melhor de mim.
14:39Tenham certeza
14:40de que estou aqui para trabalhar muito, como sempre fiz.
14:45em meu mandato.
14:49Não faltarão empenho e dedicação desta presidência.
14:55O compromisso do Senado Federal é com o povo brasileiro.
14:59que anseia por um país mais justo,
15:03próspero e harmonioso.
15:07O compromisso do Senado Federal é com o povo brasileiro.
15:10Você acredita?
15:12Responda aí no chat,
15:14no canal de YouTube de O Antagonista,
15:15na transmissão aqui do Papo.
15:17Também no fim de semana,
15:18Alcolumbre criticou, supostamente,
15:19a polarização no Congresso
15:21e afirmou que esse cenário não é bom para o Brasil.
15:24É claro que não é bom para ele.
15:25Ele ganha com todo mundo estar junto
15:27em seu entorno,
15:28como vocês acabaram de ver.
15:31Então, é aquela declaração insabuada
15:33de quem ganha de todos os lados.
15:35Vamos acompanhar.
15:35Mas eu tenho um desejo.
15:39Eu não quero que o Congresso brasileiro
15:42seja a caixa de ressonância de extremos.
15:48Não é bom para o Brasil.
15:50Não está sendo bom para o Brasil.
15:52Essa polarização constante
15:55de agressões constantes
15:57que a gente vive em uma eterna disputa eleitoral
16:00e que eu vou pedir para que todo mundo
16:03pense no Brasil
16:05e que deixe as disputas ideológicas,
16:09políticas e eleitorais para o ano da eleição.
16:12Para nós nos darmos as mãos
16:14e fazermos da agenda do Congresso
16:16e, aliás, tomarmos a dianteira
16:18da agenda legislativa do Congresso
16:20em favor do Brasil.
16:22E a outra parte, para me concluir,
16:24que eu já falei muito,
16:26eu quero dizer que,
16:27enquanto presidente do Senado,
16:30eu vou trabalhar incansavelmente
16:33pela relação de harmonia
16:34com os outros poderes.
16:37Doutor Teixeira, um minutinho da sua análise
16:38nesse bloco, é claro que a gente vai aprofundar
16:40no próximo, com Lula e Bolsonaro, inclusive,
16:42mas vai lá.
16:42Vou pegar o último tópico aí.
16:44Disputas ideológicas e políticas
16:47não são só para a época da eleição, não.
16:49Elas têm que acontecer todo dia
16:51no Congresso.
16:52Os representantes do povo
16:54têm que representar os seus eleitores.
16:56Não faz sentido o que ele está falando.
16:58O que ele está falando é uma promoção
16:59do fisiologismo, como você colocou.
17:01Tem o Alcolumbre jogando tênis, produção?
17:04Pode colocar que o nosso público
17:05sempre pede, dá tempo, dá tempo.
17:09Aquele momento em que Davi Alcolumbre
17:11foi inaugurar a quadra de tênis,
17:14quadra construída, com aquela verba
17:16destinada para o reduto eleitoral.
17:18Ele foi lá fazer uma cena
17:20para mostrar que é ele que estava entregando.
17:22E, de repente, não mais que de repente,
17:27tombou no chão.
17:29Nesse momento em que o nosso público
17:31sempre pede, quando Davi Alcolumbre
17:33ganha protagonismo
17:34na cena política nacional.
17:37A gente mostrou aí vários vídeos
17:39do Alcolumbre, inclusive aquele antigo
17:41que o Geraldo estava pedindo aqui no chat
17:43que a gente lembrasse dele caindo
17:44na quadra de tênis.
17:46Doutor Teixeira, você destacou aí
17:47uma frase final, mas o que você achou
17:49de uma maneira geral dessa eleição
17:51que uniu bolsonaristas, lulistas
17:53e centrão em torno de dois nomes
17:56que vão comandar o Congresso
17:57e a distribuição dessa verba bilionária?
18:01Felipe, o Gumota comentou ali
18:03de que estamos virando uma página da história,
18:07mas a gente vira a página
18:09e o texto é o mesmo.
18:11Não mudou.
18:13O centrão continua no comando
18:16das duas casas do Legislativo Brasileiro,
18:20com apoio tanto do PT
18:22quanto do PL de Jair Bolsonaro.
18:24e estão ali dividindo entre eles os cargos
18:30e assim que agora que já tomaram seus lugares
18:34vão começar a pressionar o governo federal
18:38para soltar as emendas.
18:40É esse o objetivo.
18:41Então, tudo isso que eu falei
18:43não mudou nada.
18:46E me chamou a atenção também
18:48esse choro do Davi Alcolumbre,
18:51que aqui um dos espectadores
18:52chamou de melodrama.
18:55Eu fico um pouco ressabiado
18:58de ver essa cena,
18:59porque, Felipe,
19:00uma coisa é família,
19:02outra coisa é trabalho.
19:04E o Brasil tem esse mau hábito
19:08de misturar família
19:11com cargo público.
19:12Eu acho que essa cena
19:14é para ser analisada
19:16pelos nossos antropólogos,
19:18tipo um Roberto da Mata,
19:20que vem,
19:21que questionam muito
19:23essa coisa do patrimonialismo.
19:24O sujeito mistura
19:26o cargo público com família.
19:29Assim que ele ganha um cargo,
19:31a primeira coisa que ele tenta fazer
19:32é ajudar todos os familiares.
19:34Se não pode contratar,
19:36porque tem uma lei aí
19:37que não permite nepotismo,
19:39faz nepotismo cruzado.
19:41Tipo, olha, eu contrato o seu primo
19:43e você contrata a minha esposa.
19:45Eles fazem essas coisas,
19:46a gente denunciou isso aqui
19:48no ano passado.
19:50Para mim, assim,
19:52é uma cena meio que real, sabe?
19:55Mas que, ao mesmo tempo,
19:56mostra essa índole patrimonialista
19:59que o Brasil tem,
20:00que não consegue separar
20:01o ambiente privado
20:04do ambiente público.
20:05Ricardo, eu falei muitas vezes
20:07ao longo do governo Bolsonaro
20:09e, claro,
20:09dos governos anteriores,
20:11que seja com um lado,
20:13seja com o outro,
20:14seja com Lula,
20:15com Bolsonaro,
20:15seja com direita e esquerda,
20:17entra governo,
20:17sai governo,
20:18quem acaba sempre ganhando
20:20é o Centrão.
20:21E está aí esse resultado
20:22para não me deixar mentir.
20:23O que você avalia mais?
20:26Perfeito, é isso mesmo.
20:27E há muito tempo, né, Felipe,
20:29que o Centrão vem dominando.
20:30Não só a cena política nacional
20:32vai estar sempre por trás
20:34de um ou outro partido
20:35e sempre com o pé
20:35em cada canoa,
20:37sejam vencedores ou perdedores,
20:39como vai estar principalmente
20:40com o dinheiro, né,
20:42vai estar com a chave do cofre.
20:43E isso vem aumentando,
20:44esse poder vem aumentando,
20:45a gente aponta isso com frequência
20:47nas últimas legislaturas.
20:49Cada vez mais o Congresso Nacional
20:51vem articulando
20:52para retirar do Executivo
20:53o que sobra de dinheiro.
20:55A gente tem sempre que lembrar isso.
20:57O orçamento do Executivo
20:59já é engessado pelas despesas obrigatórias,
21:01pelo serviço da dívida,
21:03que são os juros
21:03que o país paga pelos seus débitos.
21:07Você tem também as despesas
21:08com a Previdência,
21:09que é um rombo gigantesco.
21:11Então, aquele dinheiro,
21:12que era o dinheiro discricionário
21:13para o governo executar
21:15as suas medidas públicas,
21:18as suas medidas de governo,
21:19vem sendo retirado cada vez mais
21:20pelo Congresso, pelo Centrão,
21:23que cada vez mais manda no país, Felipe,
21:25com uma vantagem, né?
21:26Não tem que dar satisfação para ninguém.
21:28Porque o Presidente da República
21:29ele é cobrado pela opinião pública,
21:31é cobrado pelos eleitores,
21:33do que não entrega.
21:34Já o Congresso
21:35acaba ficando com esse dinheiro,
21:37não entrega nada
21:38e não tem ninguém
21:39que a gente possa cobrar pessoalmente, né?
21:41Tem o conjunto da obra,
21:43que é o Congresso Nacional.
21:45Em discurso ao lado de Hugo Mota
21:47e Davi Alcolumbre,
21:48nessa segunda-feira,
21:49Lula afirmou que os dois
21:50não terão problemas
21:51na relação política com o Executivo.
21:53Vamos assistir.
21:54Eu estou aqui junto
21:56com o Davi Alcolumbre,
21:57eleito presidente do Senado,
21:58com 73 votos.
22:00Estou aqui com o companheiro Hugo Mota,
22:02eleito presidente da Câmara,
22:03com 444 votos.
22:06Eu estou muito feliz,
22:07porque primeiro,
22:08eu sou amigo dos dois,
22:10tenho conhecimento
22:12do compromisso democrático
22:14que os dois têm,
22:15e eu quero, na frente de vocês,
22:17dizer para eles
22:18que eles não terão problema
22:20na relação política
22:22com o Poder Executivo.
22:24Eu jamais mandarei
22:26para o Senado ou para a Câmara
22:27um projeto que seja
22:29de interesse pessoal
22:30do presidente Lula
22:32ou de um partido político.
22:34Todos os projetos
22:35que nós enviaremos
22:36para o Congresso,
22:37Senado e Câmara,
22:39serão projetos
22:40de interesse vitais
22:41para o povo brasileiro.
22:43E estou convencido
22:44que daqui a dois anos,
22:47quando a gente estiver
22:47fazendo o julgamento
22:49do meu mandato
22:50e do mandato dos dois,
22:51na Câmara e no Senado,
22:53a gente vai poder,
22:54com muito orgulho,
22:56notar que vocês da imprensa
22:58constataram
22:59que a democracia
23:01foi restabelecida
23:03na sua plenitude
23:05no nosso querido país.
23:08No encontro,
23:09Hugo Mota afirmou
23:10que os poderes
23:10devem ser independentes
23:11e harmônicos
23:12e falou em construir
23:13uma pauta positiva
23:14para o país.
23:15Pode soltar esse trecho também,
23:16que o programa hoje
23:17está mais do que generoso.
23:18Estamos aqui,
23:19tanto eu como o senador Davi,
23:21fazendo essa visita
23:23institucional
23:23para dizer que
23:25a Câmara dos Deputados,
23:26penso eu que também
23:26o Senado Federal,
23:27o Congresso Nacional,
23:29estará à disposição
23:31para construirmos
23:31uma pauta positiva
23:32para o país.
23:33A nossa democracia
23:35rege a nossa Constituição,
23:37que os poderes
23:38devem ser independentes
23:39e harmônicos.
23:40E essa harmonia,
23:41penso eu que é
23:42o que o Brasil precisa,
23:43que nós tenhamos
23:44a capacidade
23:45de lá tratarmos
23:47as pautas
23:47que serão enviadas
23:48pelo Executivo,
23:50tratarmos as pautas
23:51que serão propostas
23:52pelas deputadas,
23:53pelos deputados,
23:54pelas senadoras,
23:55pelos senadores,
23:56sempre buscando
23:57termos uma agenda
23:58que seja produtiva,
24:00que temas importantes
24:01possam ser tratados
24:02e que essa harmonia,
24:05esse diálogo
24:06entre os poderes
24:07possa perseverar,
24:09porque quem ganha
24:09com isso
24:10são os mais de 200 milhões
24:11de brasileiros
24:12que dependem
24:13desse nosso relacionamento.
24:14Agradeço ao senhor
24:15aqui o convite
24:16mais uma vez,
24:17me coloco 100%
24:18à disposição
24:18para juntos
24:20trabalharmos
24:21em favor
24:21do nosso Brasil.
24:24Todos aí
24:25posando de democratas
24:26na frente das câmeras,
24:27fazendo toda aquela
24:28pose
24:29de professor
24:31paraninfo
24:32da institucionalidade,
24:34não é mesmo?
24:35É um tom
24:36que soa
24:37para a gente,
24:37inclusive,
24:38como forçado.
24:40A gente sabe
24:41que nos bastidores
24:42há portas fechadas,
24:43o diálogo
24:44é bem outro.
24:45Davi Alcolumbre
24:45afirmou que o legislativo
24:46não pode se fortar
24:47em ajudar o governo
24:48a melhorar a vida
24:50dos brasileiros.
24:51Vamos acompanhar
24:52como essa gente
24:52está preocupada
24:53em melhorar
24:54a vida
24:55de todos vocês.
24:56Pode soltar.
24:57Fazer um registro
24:58importante
24:59desse gesto,
25:00ele tem
25:01um simbologismo
25:02para a sociedade
25:04brasileira
25:05que espera
25:06de nós
25:06as respostas
25:07adequadas
25:08aos nossos sonhos,
25:10aos nossos desejos,
25:11enquanto Poder Legislativo
25:13e Poder Executivo.
25:16Falo isso
25:16porque sei
25:18da sua capacidade
25:19de liderar o Brasil,
25:21Vossa Excelência
25:21hoje é o presidente
25:22do nosso país,
25:24tem compromisso
25:25com os brasileiros
25:26e o Poder Legislativo
25:28não pode se furtar
25:29em ajudar
25:30o governo do Brasil
25:32a melhorar
25:33a vida dos brasileiros.
25:34E eu tenho certeza
25:35que esse é o espírito
25:36colaborativo
25:37e quero registrar
25:39publicamente
25:39em nome
25:40dos meus colegas senadores,
25:43das minhas colegas senadoras,
25:44do Congresso Nacional,
25:46assim,
25:47tenho certeza
25:47e convicção
25:48que o é
25:49sob a liderança
25:50do presidente Hugo
25:51na Câmara dos Deputados
25:53e é um gesto
25:54para o Brasil,
25:55um gesto
25:56de aproximação,
25:58um gesto
25:59de maturidade
26:00institucional,
26:01onde cada um
26:02dentro das suas
26:03atribuições
26:04tem que cumprir
26:05com as suas obrigações
26:06e olhar o que é melhor
26:07para o Brasil,
26:09mas em especial
26:10para o povo brasileiro.
26:12Nosso país ainda
26:13tem muitas desigualdades,
26:15a gente não tem tempo
26:16de criar crise
26:18onde não existe,
26:19porque o nosso tempo
26:20tem que ser aproveitado
26:22integralmente
26:23para entregar
26:24para as pessoas.
26:25Então eu estou aqui
26:25em nome do Congresso Nacional,
26:27do Senado da República,
26:29muito feliz
26:30pela relação exitosa
26:32que nós temos
26:33com o senhor
26:33e com a sua equipe,
26:35com os ministros
26:36do seu governo,
26:37que são
26:38os responsáveis
26:40também
26:41pela essa relação
26:42de articulação política
26:43no Congresso,
26:44mas eu estou
26:45muito esperançoso
26:46na relação
26:47que eu tenho
26:48pessoal de amizade
26:49com o presidente Hugo.
26:50Nós vamos estar juntos,
26:52eu já conversei
26:52muito com o Hugo,
26:53o Hugo já conversou
26:54muito comigo
26:55e o espírito do Hugo
26:56e o meu
26:57é de ajudar o Brasil,
26:59ajudar o governo
26:59e ajudar os brasileiros.
27:01Conte com a gente
27:01no Congresso Nacional.
27:02Ainda existe
27:05muita desigualdade
27:06no Brasil
27:07e está aí
27:07uma parte
27:09da elite
27:09política
27:10muito bem
27:11assalariada
27:12e com milhões
27:13de reais
27:13para distribuir
27:14por aí
27:15para prefeituras
27:16de parentes
27:16que eventualmente
27:17fazem negócio
27:18com empresas
27:18de outros parentes
27:19ou de aliados
27:20em um circuito,
27:23vamos dizer assim,
27:24muito pouco
27:25fiscalizado.
27:27Você tem ministros
27:28que têm
27:28o seu salário
27:29de ministro
27:29de mais
27:30de 40 mil
27:30e ainda conseguem
27:32um salário
27:32extra
27:32como conselheiro
27:33de alguma empresa
27:34pública
27:34ganhando mais
27:35de 40 mil
27:37além
27:38daquele salário
27:39de ministro.
27:40Portanto,
27:41gente aí
27:41que já está
27:42acima dos 80 mil
27:43reais.
27:45É parte
27:45da desigualdade
27:46essa elite
27:47que a gente está
27:48vendo aí,
27:49é que eles nunca
27:49se colocam
27:50nessa posição
27:51de elite,
27:52eles se colocam
27:53na posição
27:54de representantes
27:55do povo.
27:56E agora
27:56vamos falar
27:57sobre a festa
27:58do Hugo Mota.
27:59Só para concluir,
28:00o novo presidente
28:00da Câmara
28:01comemorou sua vitória
28:02em Brasília
28:02na noite de sábado,
28:04dia 1º,
28:04e o evento reuniu
28:05deputados,
28:06governistas
28:06e da oposição,
28:07ministros do governo Lula
28:08e figuras ligadas
28:09ao ex-presidente
28:10Jair Bolsonaro,
28:11além de empresários
28:12e aliados políticos.
28:13A celebração
28:14ocorreu em um espaço
28:15de eventos
28:15a cerca de 3 quilômetros
28:16do Congresso Nacional
28:17e recebeu
28:18cerca de 1.500 convidados,
28:20incluindo o ex-presidente
28:21da Câmara,
28:21Arthur Lira.
28:22Entre os presentes
28:23estavam o ministro
28:24da Gestão Petista
28:25Alexandre Padilha,
28:28Silvio Costa Filho
28:29e Luciana Santos.
28:30Também participaram
28:31do evento Wesley Batista,
28:32dono da JIF,
28:34da JBS,
28:35e Eduardo Cunha,
28:37do Republicanos,
28:37ex-presidente da Câmara também.
28:39Além dele,
28:40Ciro Nogueira,
28:40do PP,
28:41Eduardo Pazuello,
28:42Alexandre Ramagem
28:43e João Roma,
28:43os três do PL,
28:44compareceram à festa
28:46de Hugo Mota.
28:46O PT foi representado
28:48por Glaze Hoffman.
28:49Todo mundo, repito,
28:51junto e misturado
28:52nessa grande farra
28:53daquilo que eu chamo
28:54de República do Escambo.
28:56Eles fingem que existe
28:57esse contraste
28:58entre uma ditadura militar
28:59que foi aventada
29:02por reacionários
29:03aloprados do bolsonarismo
29:04e uma democracia
29:06linda e maravilhosa,
29:07etc.
29:08Não há.
29:08Há uma República do Escambo
29:09com elementos
29:10de cleptocracia no Brasil.
29:12A gente está fazendo
29:13a cobertura da repercussão
29:14da vitória de Davi Alcolumbre
29:15na presidência do Senado,
29:16Hugo Mota na presidência
29:18da Câmara,
29:19mostramos o Lula
29:20dando um discurso
29:21ali com eles,
29:22esse festival de demagogia,
29:23de canastriz,
29:24se a gente não vê ali
29:25um elemento de autenticidade,
29:26só uma tentativa
29:28de afetar a virtude.
29:30Faltam até elementos objetivos
29:32para embasar,
29:33para fundamentar as falas.
29:34Você vê que são palavras soltas,
29:36são expressões
29:37sem substâncias,
29:39são bravatas,
29:40palavrinhas que podem despertar
29:42algum tipo de sentimento positivo,
29:44mas muita pouca entrega
29:46de resultado
29:47de uma forma coerente
29:49a essa retórica.
29:50Dua Teixeira,
29:51o que você destaca?
29:52Gostei dos comentários
29:54aqui do nosso chat,
29:55o pessoal falando
29:56dessa ceninha que a gente viu
29:58aí do Lula
29:59com o Hugo Mota
30:00e o Davi Alcolumbre,
30:02confete para lá,
30:03confete para cá,
30:05os três amigos,
30:08todo mundo feliz,
30:08uma troca de afagos ali,
30:11de elogios,
30:12e o Lula diz,
30:14eles não vão ter problemas
30:17na relação com o Executivo.
30:20Agora,
30:21pode ter problemas sim,
30:24por quê?
30:25Porque tanto o Hugo Mota
30:27quanto o Davi Alcolumbre
30:29agora vão cobrar
30:30a liberação das emendas parlamentares,
30:3450 bilhões de reais no ano,
30:37é isso que eles querem essencialmente,
30:40e o Lula vai falar o quê?
30:41O Lula vai falar,
30:42não, claro,
30:43vou liberar,
30:45pode contar com isso.
30:46O problema dessa história
30:48é que essa liberação
30:50vai depender do Flávio Dino,
30:53ministro do STF,
30:55e aí tem duas opções,
30:56uma é que de repente
30:57o Flávio Dino fala assim,
30:58Lula,
30:59fica tranquilo,
31:00vamos liberar,
31:01todos esses problemas
31:02que eu arrumei até agora
31:04eu vou tirar,
31:06sua relação com o Legislativo
31:07vai ser ótima.
31:09A outra opção
31:10é que o Flávio Dino
31:10continue
31:11fazendo o que ele já está fazendo,
31:15que é segurar
31:17e não deixar que essas emendas
31:20saiam dos cofres públicos
31:22sem qualquer transparência,
31:24sem qualquer controle,
31:25sem rastreabilidade,
31:27e se isso acontecer,
31:29a relação entre o Executivo
31:30e o Legislativo
31:31não vai ser assim tão bonitinha,
31:35amigável,
31:36como está aparecendo
31:37nesse videozinho que a gente viu.
31:39É, não que o governo Lula
31:41seja um moralizador
31:43de distribuição de emendas,
31:44muito assim pelo contrário,
31:46é o governo que consolidou
31:49o Toma Lá da Cá
31:50mais sujo
31:50em escândalos
31:53como do Mensalão,
31:55como do Petrolão,
31:56estou falando aqui
31:56dos governos do PT
31:57de uma maneira geral,
31:58mas o Mensalão já foi
31:59no primeiro mandato
32:00o próprio Lula.
32:01Então, o que o Lula
32:04sente falta
32:05é o controle
32:06do Toma Lá da Cá
32:07que foi sendo assumido,
32:09como o Ricardo até resumiu
32:10agora há pouco,
32:11pela cúpula
32:13do Congresso Nacional,
32:14que foi se emancipando
32:16ali dos outros poderes
32:17e agora o Flávio Dino,
32:18que foi indicado
32:18pelo Lula,
32:20deu um certo limite,
32:21suspendeu ali
32:21as emendas parlamentares.
32:22Nós comentamos aqui
32:23que tem elementos
32:25eventuais
32:25de motivação errada,
32:27mas para se fazer o certo,
32:28porque nós queremos
32:29que as emendas,
32:30se elas forem existir
32:33na quantidade que existem,
32:34isso poderia ser debatido também,
32:36que no mínimo
32:36tenha transparência,
32:38tenha rastrabilidade,
32:39que seja feita
32:39a distribuição
32:40com base no interesse público,
32:42em planejamento,
32:43inclusive,
32:43não simplesmente distribuir
32:44para a Prefeitura do Papai,
32:47como o Arthur Lira faz,
32:48como o Hugo Mota,
32:50como outros parlamentares
32:51que a gente mostrou aqui,
32:52foi noticiado,
32:53recentemente foram noticiados
32:55alguns casos.
32:56Então,
32:57não é que o governo Lula
32:58queira moralizar isso,
33:00ele quer
33:01é que
33:01haja uma recompensa
33:04pela liberação
33:05das emendas
33:05com voto
33:06no Congresso Nacional.
33:08Se ele libera
33:09a emenda
33:09para parlamentares,
33:11eventualmente,
33:13sem ser aqueles
33:14que são os preferidos
33:15do governo,
33:15e eles nem sequer
33:16dão os votos
33:17em troca
33:18nos projetos
33:19que o governo
33:19apresenta
33:20para o Congresso Nacional,
33:22aí o governo
33:23fica irritado
33:24e o Lula
33:24pode conversar
33:25com Flávio Dino,
33:26como a gente sabe
33:27também que ocorre
33:28nos bastidores
33:29dessa República
33:30do Escambo,
33:30e o Flávio Dino
33:31pode fazer uma ação,
33:33porque é disso
33:34que os parlamentares
33:35sempre suspeitam,
33:36como aparece
33:37até no jornalismo
33:38de bastidor,
33:39que há uma grande
33:40articulação.
33:41Então,
33:41o Lula está posando
33:42o Ricardo Kertzmann
33:43de amigo
33:44do Davi Alcolumbre
33:45e do Hugo Mota,
33:46porque ele quer
33:47que os dois
33:48fiquem próximos dele,
33:49que não criem obstáculos,
33:50então ele está dizendo
33:51que não vai haver,
33:52mas pode ser
33:53que haja,
33:54porque há pressões
33:55de ambas as partes,
33:56mas ambas
33:57por interesses
33:58particulares,
34:00partidários,
34:01eleitorais,
34:03e não pelo interesse público,
34:05porque é o que a gente
34:05tem visto ao longo
34:06dos últimos anos.
34:07E, Felipe,
34:09nenhum deles
34:10acredita verdadeiramente
34:11no que o outro
34:12está dizendo.
34:13Nem do que eles próprios.
34:14É interessante,
34:16porque quando você
34:17vê um falando,
34:18você fica olhando
34:18a expressão do outro,
34:19um baixa o olho,
34:20um olha para o lado,
34:22um franze a testa,
34:23porque eles não acreditam
34:24nesses discursos vazios,
34:25mentirosos,
34:26que eles mesmos dizem.
34:28Quando você citou
34:29o salário
34:30que essa turma ganha
34:32e depois
34:32as nomeações
34:34de parentes e amigos
34:36para estatais,
34:37para outros gabinetes,
34:39com esse tal
34:39de nepotismo cruzado,
34:41eu me lembrei, Felipe,
34:42das esposas,
34:43são quatro ou cinco
34:44já nesse governo Lula,
34:45das esposas dos ministros
34:47que foram nomeadas
34:48ministras nos tribunais
34:49de contas,
34:50que são cargos
34:52com salários altíssimos
34:53e vitalícios,
34:54são para sempre,
34:55nunca vão ser mandados embora,
34:57até aposentar,
34:57sei lá,
34:58com quatro e quantos anos.
34:59E sobre a festa, Felipe,
35:00também do Hugo Mota,
35:02eu me lembrei
35:02da festa recente,
35:03porque nesse tipo de festa
35:05é como coração de mãe,
35:06cabe todo mundo,
35:07não tem mais briga,
35:09não tem mais rival,
35:10nem nada,
35:10todo mundo entra.
35:11Eu me lembrei
35:12de uma festa
35:12de aniversário recente
35:14do ex-presidente
35:15José Sarney
35:15e que é impressionante,
35:17todo o país,
35:18os grandes empresários,
35:20os políticos poderosos
35:21estavam lá,
35:22esquerda, direita, centro,
35:24empresários que foram
35:24condenados por corrupção,
35:26dando abraço
35:27e rindo
35:27com juízes e ministros
35:28que haviam os condenado
35:30anos atrás.
35:31Uma verdadeira,
35:32perdão se eu estou usando
35:33uma expressão forte,
35:34mas uma verdadeira orgia
35:35é o que a gente
35:36acaba assistindo
35:37nesse Zé Gabófes
35:38do poder.
35:39Pois é,
35:40e o irmão Batista,
35:43um dos irmãos Batista,
35:44o Wesley Batista,
35:45estava presente
35:46nesse evento,
35:46conversou animadamente
35:47com o Arthur Lira,
35:48como registrou,
35:49inclusive,
35:50uma fotografia ali
35:51da Folha Press,
35:52e o Wesley Batista,
35:54ele patrocina
35:55evento de grupo
35:57empresarial no exterior
35:58com a presença
35:59de ministros do STF,
36:01a corte,
36:02onde os casos dele
36:04estão sendo aliviados
36:06ainda,
36:07grupo empresarial
36:09fundado por comandante
36:11de emissoras de TV,
36:12que está aí,
36:13inclusive,
36:13ampliando
36:14o seu núcleo
36:18de emissoras,
36:19aliado
36:20de Gilmar Mendes.
36:23Então,
36:23assim,
36:24a gente,
36:25aqui no Antagonista
36:26da Cruz Roé,
36:26a gente olha
36:27para os tentáculos
36:28de poder,
36:30e a gente vê
36:31como,
36:32depois da
36:33sabotagem
36:35do combate
36:35à corrupção,
36:36depois da retaliação
36:37de juízes
36:38e procuradores
36:38que ousaram
36:40investigar,
36:41apontar
36:42a sujeira,
36:43condenar,
36:44depois do alívio
36:45de multas
36:46bilionárias
36:47dos acordos
36:48de leniência
36:49em decisões
36:50repletas
36:51de conflitos
36:52de interesse,
36:53a gente vê
36:53que os empresários
36:54que confessaram
36:55o suborno,
36:57eles voltaram
36:57a atuar
36:58sem a menor
36:59cerimônia
37:00na República
37:01do Escambo,
37:02fazendo os seus
37:03contatos,
37:05e os órgãos
37:06de fiscalização
37:07e controle,
37:08eles estão
37:08instrumentalizados
37:09politicamente.
37:11Então,
37:12a imprensa
37:12tem que ser
37:13o mais vigilante
37:14possível,
37:14a imprensa
37:15não tem
37:15todas as ferramentas
37:16que órgãos
37:17de fiscalização
37:17eventualmente
37:18tem,
37:19por exemplo,
37:19a imprensa
37:20não pode
37:20decretar
37:21quebra
37:21de sigilo
37:22bancário
37:22ou pedir
37:23para um juiz
37:23autorizar,
37:25geralmente,
37:26quem pode
37:27e um juiz
37:28autoriza,
37:29depois a quebra
37:30de sigilo
37:30ela é anulada
37:31por uma instância
37:32superior
37:32que já é
37:33infiltrada
37:33politicamente,
37:34então assim,
37:35o cenário
37:35que a gente
37:36está vendo
37:36hoje
37:37é o resultado
37:37de tudo isso,
37:39de toda a sujeira
37:40que foi varrida
37:40para debaixo do tapete,
37:42de esquemas
37:42de corrupção
37:43que acabaram
37:44sendo institucionalizados
37:45em mecanismos
37:47como o orçamento
37:48secreto,
37:49foram expandidos
37:50com essa
37:51inflação
37:52de emendas
37:53e agora
37:54você tem
37:55uma disputa
37:56simplesmente
37:57para ver
37:57quem vai receber
37:58mais,
37:59quem vai receber
37:59menos,
38:00mas é o dinheiro
38:01dos pagadores
38:01de impostos
38:02que está indo
38:02para os cofres
38:04dos amigos
38:05do poder,
38:06mesmo que
38:08haja uma
38:09representatividade
38:10institucional
38:11que seja
38:11uma prefeitura
38:12etc,
38:13mas a gente
38:14vê em vários casos
38:15que está ficando
38:16no bolso de um,
38:17que está ficando
38:18no bolso de outro,
38:19mas a investigação
38:19não vai adiante,
38:21não tem condenação,
38:22olha aí
38:22o orçamento secreto,
38:24até o Lula
38:24disse que era
38:25o maior esquema
38:26criminoso
38:26da história
38:27até para relativizar
38:28os esquemas
38:29dos governos dele
38:30e no entanto
38:31quem é que foi preso
38:32pelo orçamento secreto?
38:33Ninguém,
38:34o máximo
38:35que o STF
38:35faz é não,
38:36tá bom,
38:37vamos suspender
38:39esse método aqui,
38:40vamos melhorar
38:41isso aqui,
38:41depois tudo continua
38:42mesmo com a decisão
38:44anterior do Supremo,
38:46então é isso,
38:47a República
38:49está mudando
38:50para continuar
38:51como está
38:51e é você
38:52que está pagando.
38:53A gente segue falando
38:54sobre eleições
38:55no Congresso,
38:56Duda,
38:56se quiser complementar
38:57você me fala.
38:58Muito bem,
38:59então vamos continuar
39:00falando aqui
39:00porque o deputado
39:01Eduardo Bolsonaro
39:02criticou também
39:04o deputado
39:04Marcelo Van Hatten
39:05do Novo do Rio Grande do Sul
39:06por ter se candidatado
39:07à presidência da Câmara.
39:10Olha,
39:10finalmente,
39:11uma treta
39:12aí entre eles,
39:14mesmo que
39:14de aparência,
39:15mesmo que retórica.
39:17O filho 02
39:18de Bolsonaro
39:18reagiu a uma publicação
39:20em que Van Hatten
39:20comemorou os 31 votos
39:22que recebeu
39:23e fez projeções
39:24para 2026.
39:25Eduardo escreveu,
39:26aspas,
39:27prezado Marcelo,
39:28a eleição popular
39:28não tem relação direta
39:30com os discursos
39:30feitos para a presidência
39:32da Câmara.
39:33Veja a sua votação
39:34para a presidente
39:35da Câmara
39:35eleição popular
39:36barra eleição popular
39:38no Rio Grande do Sul.
39:3923 votos
39:40barra 350 mil
39:41em 2019.
39:432021,
39:4410 votos,
39:442023,
39:4519 votos
39:46barra 205 mil,
39:482025,
39:4931 votos.
39:49Não sei se todos
39:50estão entendendo,
39:51né?
39:51Esses votos
39:51da primeira coluna,
39:53vamos dizer assim,
39:54são os votos pequenos
39:54que o Marcelo teve
39:55ao se candidatar
39:57em eleição legislativa,
39:58lá no,
40:00em eleição,
40:01na verdade,
40:01para a presidência
40:02da Câmara de Deputados.
40:03E depois da barra,
40:04você tem ali
40:05os votos
40:05que ele conseguiu
40:06da população
40:08do Rio Grande do Sul
40:10para se eleger
40:10deputado federal.
40:11A sua votação
40:12para presidente da Câmara
40:13aumentou
40:14porque o partido
40:14de Bolsonaro
40:15passou de 36 deputados,
40:17foi o que ele levou
40:18para o PL em 2021,
40:19para cerca de 100
40:20após a eleição
40:21de 22.
40:22Você sabe que teve
40:23mais votos
40:24deputados do PL
40:24do que do seu
40:25partido novo.
40:26Um político
40:27que se elegeu
40:27em 22
40:28fazendo vídeo
40:28com Bolsonaro
40:29e vai buscar
40:30fazer de novo
40:30em 26,
40:31mas que atua
40:32na política
40:32divergindo
40:33da orientação
40:33de Bolsonaro,
40:35não tem moral
40:35para falar dos outros.
40:37Aí está
40:37a verdadeira divisão
40:38da direita.
40:39E a troco de quê?
40:40De dar palanque
40:41para vocês tentarem
40:42se turbinar
40:42para as próximas eleições?
40:44Os números
40:44da sua própria eleição
40:45mostram que não é
40:46por aí.
40:47Feche o aspas.
40:48E eu quero ouvir
40:49mais uma vez
40:50o Ricardo Kertzman
40:51antes de eu comentar
40:53aqui a treta
40:53entre Eduardo Bolsonaro
40:54e Marcelo Van Hatten
40:56que o Ricardo
40:56tem compromisso.
40:57Diga aí.
40:59Felipe,
40:59vou fazer um comentário
41:00bem curtinho
41:01porque eu sei
41:01que você tem muito
41:02a falar sobre o assunto.
41:04É impressionante
41:05como esse pessoal
41:06do bolsonarismo,
41:07os bolsonaros
41:08propriamente dito,
41:10como eles se sentem
41:11donos
41:11aqueles que eles
41:12ajudam a eleger
41:13uma vez
41:14que os caras
41:14se fazem
41:15de cabos eleitorais,
41:17de representantes
41:18do parlamento.
41:20Eles passam a ser
41:21de donos.
41:22Olha,
41:22ou você me obedece
41:23ou você não está
41:24mais na minha patota.
41:25Que coisa horrorosa.
41:26De qualquer maneira,
41:27boa sorte
41:28para todos eles.
41:29Obrigado mais uma vez
41:30e boa noite
41:31para todo mundo.
41:32Valeu,
41:32Ricardo Kertzman.
41:34Já, já está com a gente
41:35de volta aí
41:35nos próximos programas.
41:36Estamos juntos.
41:37Aliás,
41:38depois,
41:38Ricardo,
41:39depois,
41:40antes de você sair,
41:41eu quero que você me explique
41:42por que o Atlético Mineiro
41:44teve tanta dificuldade
41:45de superar o Botafogo
41:46que o Flamengo derrotou
41:48com a maior facilidade
41:49ontem,
41:51sendo super campeão,
41:53o verdadeiro campeão
41:55das Américas
41:56e do Brasil
41:57é aquele que derrotou
41:58o campeão
41:59da Libertadores.
42:00Flamengo.
42:01Mas,
42:01brincadeiras à parte,
42:02vamos voltar aqui
42:03ao programa.
42:04Ele está doido
42:05para falar,
42:05o Ricardo.
42:05Mas, olha,
42:06você já se despediu hoje,
42:07Ricardo.
42:07Depois você fala.
42:09Valeu.
42:10Muito bem.
42:11Então,
42:12eu quero comentar,
42:13pegando carona aí
42:14no que o Ricardo falou.
42:15é um certo autoritarismo
42:18da família Bolsonaro.
42:20Quer dizer,
42:20quem já atuou junto
42:23para eleger
42:24e tal,
42:25eles acham que deve
42:26devoção eterna.
42:28Agora,
42:28bem feito também
42:29para o Marcelo Van Hatten.
42:31Bem feito,
42:32porque é da parcela
42:33do Partido Novo
42:33que parasita
42:34o bolsonarismo
42:35já há bastante tempo,
42:37que não teceu
42:38críticas mais incisivas,
42:40mais duras
42:40em relação
42:41à sabotagem
42:42do combate à corrupção,
42:43à impunidade administrativa.
42:45porque uma coisa
42:46é, eventualmente,
42:47você até votar
42:48de maneira divergente,
42:49outra coisa é você
42:49mostrar para o eleitorado
42:51quem é que está
42:51patrocinando
42:52aquele tipo de pauta,
42:54aquele tipo de medida.
42:55E eu até falava
42:56do método Van Hatten
42:57porque às vezes
42:57criticava
42:58sem dizer
42:59quem eram
42:59os responsáveis,
43:01que é para não
43:01melindrar
43:01a base comum
43:03de eleitores.
43:05Então,
43:06é preciso registrar
43:08que o Van Hatten
43:08foi lá
43:09concorrer
43:10à presidência
43:11da Câmara
43:12dos Deputados
43:13numa candidatura
43:15alternativa
43:16a essa
43:17do Centrão,
43:18que, obviamente,
43:19falou algumas verdades
43:20no meio desse caminho,
43:21mas estava junto
43:22com o bolsonarismo
43:23e agora está recebendo
43:24essa patrulhada
43:25aí do Eduardo Bolsonaro.
43:27Então,
43:27a mesma coisa
43:28no Senado
43:29com o Eduardo Girão,
43:30com o Marcos Ponte,
43:30como eu comentei aqui
43:31no outro dia.
43:34Você tem
43:34uma parcela
43:35daqueles parlamentares
43:37com retórica
43:38à direita
43:39que eles
43:40acendem,
43:42né,
43:43uma vela
43:45para um lado
43:45e para o outro,
43:46depois eles são
43:46cobrados pelo outro.
43:48Eles não conseguiram
43:49criar um discurso
43:50próprio
43:50para
43:52não ser
43:54nem Lula
43:55nem igual
43:56ao Bolsonaro.
43:58Então,
43:59a própria família
43:59Bolsonaro
44:00estava com a gente
44:01e agora estão
44:02se traindo,
44:02viram os traidores,
44:04etc.
44:04Mas já já
44:05provavelmente
44:06eles se acertam.
44:07Está difícil
44:08para que esse grupo
44:10de parlamentares,
44:11etc.,
44:12tenha um pouquinho
44:12mais de coragem,
44:13um pouquinho mais de fibra
44:15para se desgarrar
44:16do legado
44:18maldito
44:20do bolsonarismo.
44:22Esse legado
44:23no sentido
44:23de que favoreceu
44:25o Lula
44:26para voltar ao poder.
44:28Então,
44:29é bom que haja
44:30alguma treta
44:31entre eles
44:32para ver se
44:33começa a surgir
44:35um discurso
44:36no campo
44:37de uma direita
44:38ou pelo menos
44:39no campo
44:40antipetista
44:41que não seja
44:42associado
44:43ao bolsonarismo.
44:45Então,
44:45houve muito
44:46parasitismo,
44:47houve muito
44:48nós contra eles,
44:50mas pouca
44:51fibra moral
44:52para se
44:53desassociar.
44:54E agora
44:55estão pagando
44:56os pecados
44:56por aquilo que plantaram.
44:57Duda Teixeira.
44:58essa treta
44:59entre
45:00Eduardo
45:01Bolsonaro
45:02e
45:02Marcel
45:02Van Hatten
45:03dá muito bem
45:05para entender.
45:06O Eduardo
45:06Bolsonaro,
45:07como disse ali
45:08o Ricardo
45:09Kettman,
45:09tem essa ideia
45:10de que
45:11ou você está
45:12na minha patota
45:13ou você é
45:14meu inimigo.
45:16Querem
45:16mostrar ali
45:17a turma
45:18do bolsonarismo
45:19de que
45:19não existe
45:20alternativa
45:21na direita
45:22que não seja
45:23sob a liderança
45:24de Jair
45:25Bolsonaro
45:25e o que
45:27o Eduardo
45:27Bolsonaro
45:27está querendo
45:28dizer ali,
45:29olha,
45:29você até
45:30ganhou,
45:30Marcelo
45:31Van Hatten,
45:31você até
45:32ganhou mais
45:32votos ali
45:33para a presidência
45:33da Câmara,
45:34mas olha,
45:35o teu capital
45:36eleitoral
45:36está diminuindo,
45:38essa que é a
45:38ideia do
45:40Eduardo
45:40Bolsonaro.
45:41E o Marcelo
45:42Van Hatten,
45:42por sua vez,
45:43o Novo
45:44tem quatro
45:45deputados
45:46e ele ganhou
45:4631.
45:47Então,
45:48basicamente,
45:50esses números
45:50já mostram
45:51que ele
45:52levou votos
45:53do PL
45:54e de outros
45:55partidos
45:56e de outros
45:57deputados
45:58mais à direita.
45:59Então,
46:00para o Marcelo
46:00Van Hatten,
46:02essa votação
46:04que ele teve
46:04meio que é a esperança
46:06de poder mostrar
46:07que existe
46:08uma alternativa
46:10dentro da direita
46:11que não seja
46:12bolsonarista,
46:14o que,
46:14obviamente,
46:15incomoda
46:15o Eduardo
46:16Bolsonaro.
46:17Daí é o que
46:17explica
46:17essa treta
46:18entre os dois.
46:20Exatamente.
46:21Agora,
46:22é para continuar
46:24incomodando,
46:25porque essa família
46:26já mostrou
46:27na política
46:28e no debate público
46:30de uma maneira geral
46:31que se você
46:32não for 100%
46:33alinhado
46:34a ela
46:35e as orientações
46:37dela,
46:37repare que ele nem
46:38disserta
46:40a respeito do conteúdo
46:41da orientação.
46:42A orientação
46:42é apoiada
46:43via o Columbre,
46:44é apoiar o Centrão,
46:46porque
46:46para a família
46:47Bolsonaro,
46:48nesse momento,
46:48é mais vantajoso.
46:49Está aí o Bolsonaro
46:50dizendo,
46:51em troca de uma comissão
46:52aqui e ali,
46:53na verdade,
46:53ele quer pautar
46:54anistia,
46:54está preocupado
46:55de ser preso
46:56e ele quer criar
46:57um clima propício
46:58para que ele
47:00não seja preso,
47:01para que haja
47:02uma anistia
47:02geral,
47:03ampla e restrita.
47:05É só o que a família
47:05vem batalhando
47:06desde a lista
47:06do COAF
47:07que saiu lá
47:08depois da eleição
47:08de 2018,
47:09no caso das rachadinhas
47:10do Flávio Bolsonaro.
47:12E,
47:13portanto,
47:15o Marcel
47:16Van Hatten,
47:17ele tem uma oportunidade
47:18de resistir
47:20a essa patrulha
47:21do bolsonarismo.
47:22Coisa que não
47:23vem fazendo
47:24o Partido Novo
47:25há muitos anos.
47:27Há uma dificuldade
47:29muito grande
47:30do Partido Novo
47:31de se posicionar
47:32de uma maneira
47:32realmente independente
47:34de acordo
47:34com os princípios
47:35que fundaram
47:36o partido,
47:37que estão presentes
47:38no seu estatuto,
47:40se desgarrando
47:42do bolsonarismo,
47:43pelo menos
47:44naquilo que ele tem
47:46de pior.
47:46Evidentemente,
47:47há pautas legítimas
47:48em comum
47:49que não tem problema
47:50você seguir.
47:51Agora,
47:51você ser chamado
47:53a atenção,
47:54você sempre voltar
47:55ali,
47:56vai ficar cada vez
47:57mais vexaminoso.
47:59Agora,
47:59como o patriarca
48:00da família
48:01está inelegível,
48:02vamos ver
48:03se aos poucos
48:04eles vão
48:05se desgarrando,
48:06eles vão se soltando
48:07e se cria
48:08no Brasil
48:09uma direita
48:10não bolsonarista,
48:12pelo menos
48:12que não fique refém
48:14de uma família
48:15que tenta segurar
48:16todo o restante
48:17pela colheira.
48:17Quer falar mais
48:18de alguma coisa,
48:19Duda Teixeira?
48:19Fica à vontade.
48:20Vamos acompanhar
48:22o que vai acontecer
48:23com o novo
48:23nos próximos dois anos.
48:25O partido
48:26já está vindo
48:27numa tentativa
48:28de renovação,
48:29já mudou
48:30algumas posturas
48:31que estavam
48:31meio engessadas,
48:33então,
48:34hoje já é um partido
48:34que usa
48:36o fundo eleitoral,
48:37o fundo partidário,
48:39o Romeu Zema,
48:40governador de Minas,
48:41está abrindo
48:42mais as asinhas,
48:44isso pode significar
48:45uma candidatura
48:46à presidência
48:47em dois mil e vinte e seis,
48:49possível vice-presidente
48:51de chapa,
48:51Marina Helena,
48:52que foi candidata
48:53aqui em São Paulo,
48:55e até
48:56há um tempo atrás
48:56estava falando
48:57de fazer um rebranding,
48:59trazer um nome novo
49:01para o partido.
49:03Vamos ver aí
49:04como que o novo
49:05vai conseguir,
49:06se vai conseguir
49:07ou não
49:07dar uma
49:08recauchutada.
49:10é bom
49:12que o nosso
49:12público entenda
49:13que a gente
49:14faz determinadas
49:16críticas
49:16e às vezes
49:17com incisividade
49:19e eu falo
49:21por mim,
49:22é óbvio
49:22que tem
49:22diferentes tons
49:23aqui,
49:23diferentes graus,
49:24diferentes análises
49:26no programa,
49:27no nosso portal,
49:28mas a gente
49:29faz
49:30em prol
49:31daquilo
49:32que a gente
49:33vê como
49:33o que é
49:35melhor para o país,
49:37o que é melhor
49:37para o interesse
49:38público.
49:38Então,
49:40uma direita
49:41refém
49:41da família
49:42Bolsonaro
49:42é uma direita
49:43que perdeu
49:44em 2022.
49:47É isso
49:48que aconteceu
49:49no Brasil
49:49quando o Lula
49:51voltou ao poder.
49:53Então,
49:54efetivamente,
49:55algo precisa mudar.
49:56É claro
49:56que o governo
49:57Lula,
49:58ao se comportar
50:01da maneira
50:01que se comporta,
50:02ficar perdido,
50:03não fazer corte
50:04de gastos,
50:06ter essa postura
50:07na política externa
50:08terrível,
50:09ele facilita
50:10um tantinho
50:10o trabalho
50:11da oposição,
50:12quer dizer,
50:12o desgaste
50:13do governo Lula.
50:14Agora,
50:15para a oposição
50:16conseguir
50:18reestabelecer
50:19uma conexão
50:20com o eleitorado
50:21independente,
50:22com o eleitorado
50:22moderado,
50:23com o eleitorado
50:24que conseguiu,
50:27em que o Bolsonaro
50:28conseguiu aumentar
50:30a sua rejeição,
50:31é preciso
50:32que haja
50:33determinadas
50:34mudanças.
50:35e se a gente
50:37não fizer
50:37as críticas
50:38pontuais,
50:39não vai haver
50:40mudança
50:40e o desgaste
50:41permanece.
50:43Então,
50:43a gente fala
50:44aquilo que precisa
50:45ser dito
50:46e que muita gente
50:47não fala
50:48porque não pega bem,
50:50não é popular,
50:51porque vai gerar
50:51desgaste,
50:52porque vai gerar
50:53apurrinhação,
50:54alguém tem que falar.
50:55Então,
50:56estamos aqui
50:56para isso também.
50:57para isso também.
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